Undisclosed Desires escrita por Dama do Poente


Capítulo 31
30 - O Ataque da Drama Queen Profetiza


Notas iniciais do capítulo

Marii Mattos, minha lindeza, esse capítulo é todo pra você, pela lindíssima recomendação :3 Você não tem idéia do quanto me animou!!
Mas o cap também vai para todos que comentaram, muito obrigada minha gente!
Quem quiser ver as roupas das garotas nesse cap, é só passar nesse link http://www.polyvore.com/ataque_da_drama_queen_profetiza/collection?id=3332114



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P. O. V Catarina:

– Você tem certeza disso? – perguntei, assim que saímos da sala de música.

– 99% de certeza! 1% de esperança de estar errada! – Valentina suspirou. – Ela vai ficar desolada!

– Ela? Elas vão! As duas gostam dessa menina, e ela vai fazer isso! – suspirei – Agora são dois para ficarmos de olho. Mas não agora!

– Como assim? – ela me pergunta, confusa.

– Não vai adiantar fazermos alarde enquanto não sabemos a verdade; e eles merecem um momento de paz! – digo, observado-os por cima do ombro.

Ele andava com um dos braços ao redor dela, e os dois conversavam sobre qualquer coisa que arrancavam muitas risadas.

– Tudo bem! Vou continuar tentando ver o que está acontecendo, e quando tiver mais certeza, falaremos com eles! – Valentina disse – Prometa-me que vai avisá-los assim que soubermos de algo? É uma ordem, como irmã mais velha.

– Somos gêmeas! – revirei os olhos – Mas tudo bem, eu prometo! E, para seu alívio, vou falar com a Aria sobre isso, e pedir para ela pedir ao John para tomar conta de Nico.

– Enquanto eu tomo conta da Thalia! – Valentina pareceu se satisfazer com essa decisão. – Vou para o rinkin, experimentar meus novos patins!!

– E eu vou usar meu skate! – abracei o dito cujo – Obrigada!!

– Não por isso! – ela responde e parte para o rinkin

E subitamente uma sensação de culpa me atingiu. Culpa pelo que poderia acontecer com Nico e Thalia (fosse pela vingança que iriam cometer contra eles, ou caso o plano de Afrodite falhasse); culpa por ter posto Aria nessa enrascada; culpa por ter posto Valentina nisso também, e por conseqüência feito-a ficar sem a pessoa que mais a amava no mundo.

– Refletindo? – Aria pergunta

– Eu sou um furacão de culpa! – murmurei

– Vai dar tudo certo! Afrodite nunca falha! – ela diz, e abraça minha cintura. Eu era pequena perto dos meninos e de algumas meninas do acampamento, mas Aria exagerava

– Ela pode não falhar, mas sempre existe alguém pronto para acabar com seus planos! – uma voz envolvente falou, e nós duas congelamos.

– Por que pararam? – Thalia questiona, quando bate em nós

– Vocês ouviram essa voz? – questiono.

– Eu escuto mortos, mas não ouvi nada! – Nico comentou

– Eu não escutei nada! – Thalia concorda

– Vocês estão bem? – John pergunta

– Deve ter sido só o vento! – Aria sorri, e me aperta como se dissesse: nada que possamos contar, sem nos meter em encrenca.

– É, deve ter sido o vento! – murmuro.

P. O. V Nico:

Aquelas gêmeas estavam muito estranhas: tendo visões tão perturbadoras ao ponto de fazê-las cair, ouvindo vozes...

– Di Angelo e Schindler, fora da minha aula agora! – o professor de Ed. Física gritou conosco.

– Saindo! – murmuramos

– Se fosse uma das líderes de torcida, ou a treinadora, ele nem ia reparar que estávamos ali. – John diz

– Pior que é verdade! – concordo – Mas, e aí, cadê a Pipoca?

– No dormitório. Provavelmente em cima do seu travesseiro. – ele riu

– Anotação mental: comprar outro travesseiro! – ri também

– Mas o que você ganhou? – ele perguntou, apontando para a enorme caixa que eu levava embaixo do braço

– Boa pergunta! – a encarei também – Vou aproveitar o meu tempo livre e descobrir! Quando se trata da Grace, tudo é uma surpresa.

– Inclusive ela te agarrar no meio da aula de música? E só soltar dois tempos depois?

– É, tipo isso! – coço a nuca

– Aah, ele ta vermilhinho! – ele tenta apertar minha bochecha, mas dou um tapa em sua mão – Sem agressividade, Caverinha!

– Cereal, você não tinha aula agora?

– É mesmo! Boa sorte com o presente. – e ele volta correndo para o prédio, enquanto eu continuo calmamente.

Vou direto para o dormitório, onde Pipoca realmente estava no meu travesseiro (qual o problema desses gatos?).

– Pipoca, essa é a cama do seu dono! Pisoteie o travesseiro dele. – a levo para o outro lado do quarto.

Mas assim que sento na minha cama, a gata volta e se aconchega no meu colo. E eu não podia dizer não àqueles olhinhos azuis.

– Tudo bem, mas fique quieta! – pelos deuses, eu to falando com um filhote. Devo ter problemas – Vamos descobrir o que a tia Grace me deu de presente.

Desembrulhei a grande caixa e a primeira coisa que vi foi um bilhete, escrito numa bela caligrafia que eu nunca imaginei que Thalia tivesse:

“Caro Caveirinha

Eu realmente não sabia o que comprar pra você, não depois desses 6 anos sem conversarmos por mais de uma hora. É difícil conhecer uma pessoa assim.

Então, inspirei-me nesse mês que passamos juntos e na semana em que nos conhecemos. Sim, vai ter coisa aí que te lembre seus 10 anos (quando você era, adimito, um pirralho bem fofinho)

Espero que goste, e se não gostar, finja que amou.

Punkemente,

Grace

P.S.: O dia que eu descobrir o dia do seu aniversário, te dou um presente descente. Ou não!”

– Punkemente! – ri, colocando o bilhete de lado, e me dedicando a caixa.

Que realmente estava recheada dos mais diferentes tipos de coisas: dentro de uma caixinha acrílica, havia um deck de cartas de mitomagia e um de Yu-Gi-Oh (com um bilhete escrito: jogue com a Cathy quando ela estiver irritada/me irritando); uma camisa do The Rolling Stone (outro bilhete: não seremos um par de jarros se você usar essa ao invés da do Guns); dois cd’s do Blink 182; dois ingressos do Green Day para o dia 22 de dezembro (explico depois, um post it dizia) e então o item que mais me chamou atenção: uma estatueta de Hades, de mitomagia.

E claro, mais um bilhete.

“ Não sei se você vai chorar, se vai me odiar, ou se perguntar como eu consegui essa estatueta (caso esteja curioso, foi num antiquário aqui perto, te levo lá qualquer dia desses), mas achei que você deveria tê-la. Percy me contou que você queimou todas as suas quando tinha uns 11 ou 12 anos, então pensei que seria bom ter de volta ao menos a que lembra-se sua família! Espero que não fique bravo!!”

– Não tem como ficarmos bravos com ela, não é Pipoca? – pergunto, sentindo uma lágrima escorrer de meu olho esquerdo, enquanto eu guardava minha estatueta na plateleira, junto com os CDs. Os decks eu deixei em cima da cama, para investigá-los melhor. – Só não entendi porque ela me deu algo de Yu-Gi-Oh...

– Se não quiser, pode me dá! Eu sou viciada em Yu-Gi-Oh, mas perdi todas as minhas cartas! Meus Deuses, um mago Negro! – Cathy pula em cima da minha cama de repente.

– De onde você surgiu criatura? – seguro a gata, que tentava pular pra minha estante. Antes eu arranhado do que minha estante desarrumada.

– Da barriga da mulher que transou com meu pai! – ela responde, organizando o deck – A, a Valkyria! Eu tinha uma dessas!

– Sem palhaçadas, Catarina. O que você ta fazendo aqui? E cadê seu uniforme? – a menina usava uma calça rosa e uma blusa listrada com um laço na frente. Eu não tinha comido flor de lótus para imaginar ou sonhar com aquilo.

– Fomos expulsas da aula! – Thalia chegou e se jogou no chão.

– É, todas nós!! – e chegam Aria, Valentina, Steph e Agatha

– E porque estão aqui?

– Eu to organizando o seu baralho, e decidindo qual dessas cartas vou roubar! – Cathy diz, pegando a Valkyria e o Mago Negro.

– Devolve isso aqui! – catei as cartas da mão dela, que ficou com olhos dourados – Não tenho medo dos seus olhos dourados não, mesmo sabendo que você pode me queimar com eles! – guardei meu deck novo.

– Lyra, se você quiser, eu te dou um desses no seu aniversário! – Thalia suspira – Embora você não esteja merecendo!

– Eu te disse que te daria uma! Ela é linda! Eu usaria se fosse minha.

– Se quiser, eu te devolvo!

– Não, obrigada, eu comprei uma azul para mim! – a Cria Maluca pisca para a Punk

– Eu nunca vou usar aquilo!

– Nunca diga Nunca! – Valentina citando Justin Bieber? O que essas garotas beberam.

– Eu vi que você vai usar; vai ficar linda enquanto estiver com ela... Mas vai durar tão pouco sob as mãos dele! – e Catarina é atingida pelo meu travesseiro. – E você vai a-do-rar enquanto ela for destruída! – a criatura ainda ria.

– Ei, se eu fosse você saía daí agora! – Steph aconselhou, e eu me arrastei para o outro lado do quarto.

– Por que elas estão brigando? – pergunto

– Melhor você nem saber! – Aria responde rindo.

– Eu não to criando um monstro – murmuro, vendo Thalia quase enforcar Cathy, que ainda ria -, eu to criando vários monstros.

P. O. V Catarina:

Querendo meu professor de Ed. Física ou não, Skateboard é um esporte. E eu estava muito bem, obrigada, praticando-o, quando a Tempestade Grace me atingiu.

– COMO VOCÊ TEM A AUDÁCIA DE FAZER ISSO? – ela chega no modo vou-matar-minha-sobrinha

– Ah, você viu o presente! Coube? Ficou pequeno o suficiente? – perguntei, rindo.

– Pequeno? Quase não tem pano naquilo. – ela estava tão vermelha quanto a lingerie que eu havia comprado para ela.

– Então ta ótima! – eu dei uma gargalhada, rolando no chão.

– Ótima? Eu vou te enforcar com aquilo! – e então, ela começou a sessão de vou-mesmo-matar-minha-sobrinha.

– Socoroo, minha tia maluca quer me matar! – abandonei skate e vergonha na cara, e me meti no meio do treino das líderes de torcida

– Catarina, você ta atrapalhando! – Diamond gritou

– Continua atrapalhando, Cathy, continua! Eu posso pensar em diminuir sua pena. – Thalia foi pelo mesmo caminho que eu, derrubando Lena.

– Partiu derrubar magricelas!! – gritei – Olha, a Claire já se juntou ao grupo de lambisgóias!

– Ah, merda! Catarina, para de flopar minha vida! – minha prima grita, enquanto eu ainda corro, derrubando as “boazudas” do colégio

– Nascestes flopada, minha querida! – comento – This is SPARTAAAAAA! – grito e pulo em cima dela.

– Ai, filha da Puta! – ela me xinga

– Sou mesmo! Minha mãe era uma puta igual à você! – confesso que, se tivesse uma tesoura ou uma das minhas adagas, cortaria o cabelo dela naquele momento.

– MAS O QUE É QUE TÁ ACONTECENDO AQUI? – e foi aí que tudo ferrou, já que a treinadora e o professor viram a confusão e nos mandaram pra diretoria.

E pra resumir a confusão, chamaram Valentina para que ela tentasse “controlar a própria família”, e colocaram à mim e Thalia na detenção por duas semanas. E as outras simplesmente fugiram.

E agora, estamos ocupando o dormitório de Nico, e eu estou sendo enforcada pela segunda vez. Mas nunca ri tanto.

Nunca ri tanto, até ter o vislumbre de uma visão.

“- Ah, claro,vou dizer o que pra ela: olha, ta vendo essa fita aqui? É de isolamento: apesar de estudarmos juntos e sermos da mesma equipe de estágio, você não pode se aproximar de mim; minha namorada não gosta nada disso! – Lorenzzo revira os olhos – Por favor, Catarina, pensei que fosse menos infantil!

– Ah, vai se fuder com suas loiras e vê se me esquece! – saio da sala onde estávamos – Ah, só pra ficar claro: ela pode se aproximar a vontade de você: eu não ligo! Vou por a fita de isolamento ao meu redor: se aproxime e eu queimo isso que você tem no meio das pernas até não sobrar um espermatozóide pra contar história.”

– Cathy? Ai, meus Deuses, matei minha sobrinha! – Thalia gritou, e eu apaguei.

Mas, não antes de aquela voz melosa que eu ouvira hoje cedo, sussurrar em meu ouvido.

Ah, o amor não é algo incrível? O ciúmes é uma das formas de incrementá-lo. Ou não!

P. O. V Thalia:

– Ela não ta morta! – Nico disse, antes mesmo que Valentina chegue perto da irmã.

– É, ela só teve uma visão! Mas se você soltá-la, vai ajudar um pouco! – Valentina murmura.

– Não acham que ela anda tendo muitas visões? – Aria questiona, tremendo

– Você quer outro casaco? – Nico à oferece

– Não! Eu não estou com frio... Estou apenas... Ah, esqueçam! – ela disfarça.

– Bom, eu só vim até aqui para entender o que aconteceu, então vou voltar para a minha aula! – Agatha, que tinha saído da aula de Ed. Física, saiu do quarto, provavelmente achando tudo muito estranho.

– Hey, o que você viu? – Valentina perguntou – Por que ta chorando?

– Eu... Eu preciso ver Afrodite! – ela pula da cama, e sai correndo do quarto.

– Ai, meus Deuses! – Aria corre atrás dela.

– Eu não agüento mais. Tenho que descobrir o que ta acontecendo! – Valentina corre também.

E sobram Steph, Nico e eu.

– Então... O que fazemos? – pergunto

– Vocês, eu não sei! Mas eu tenho que ir no Clube da Moda: eu ganhei aulas lá como presente! – e ela estava tão feliz, que nem podíamos culpá-la por não perceber o drama que estava acontecendo.

E então, sobramos Nico e eu! Ah, e a Pipoca.

– O que faremos? – ele pergunta, sentado no chão ao meu lado.

– Tira a roupa! – eu digo

– O QUÊ? – ele pergunta

– Tira esse uniforme, e vamos almoçar! – respondo rindo, ao ver o desapontamento em seu rosto.

– Só almoçar? Ah, mas que peninha! – ele coloca a gata de lado.

– Você está muito tarado hoje! – ri, puxando-o pela lapela do blazer.

– Eu estou tarado? Você que ta me puxando pra cima de você! – ele beija meu pescoço.

– Faz parte do nosso tratado de paz do verão! Eu acho? Não sei! Hoje é quarta: quarta nunca é um dia normal nessa escola! – sussurro em seu ouvido.

– Ótimo! Adoro as quartas! – ele continuou distribuindo beijos por meu pescoço. – Um camafeu? – ele se ergue um pouco, me mostrando um cordão antigo.

– Um dos presentes de Lyra! Eu gostei, achei bonito! – murmuro

– Ele não me é estranho! – ele murmurou, baixando-o sobre minha camisa – Ficou bem em você! – sorriu, e esse sorriso chegou aos seus olhos negros.

– As quartas, são nossas! – decido, e puxo-o de volta para mim.

– Sou seu escravo agora? – sinto suas mãos subindo por dentro de minha blusa, apertando minha cintura.

– Pelo tempo que eu quiser! – mordo seu lábio inferior, e sinto suas mãos subindo cada vez mais. – E da maneira que eu quiser.

– Desse jeito eu me apaixono! – e tchau camisa. – Não que não seja difícil... – ele deixa de beijar meus lábios e seus beijos vão descendo para meu pescoço – Mas se eu vou ser seu escravo, você também podia me dar algo em troca! – agora seus lábios estão sobre meu colo, quase chegando aos meus seios.

Como eu passei da Tenente da caçada para a garota que agarrava Nico di Angelo em seu dormitório em uma escola?

– É um serviço mutuo! – suspiro ao senti-lo dar uma mordidinha no meu seio esquerdo.

– E prazeroso! – ele ri, continuando com a tortura.

E eu acho que teria ido a loucura se ele continuasse, e tenho certeza que ele continuaria, não fosse um probleminha.

– Hey, brother, dia de... Uau, vocês já estão nesse nível?


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Notas finais do capítulo

Sobre a parada de Yu-Gi-Oh: a Cathy e eu somos viciadas, então o Nico vai aprender a jogar! Se alguém aqui assistiu, minha carta favorita é o Mago Negro ^_^
E amanhã a fic faz 6 meses. :3 Então, obrigado à todos que comentaram todos os capítulos até aqui, obrigado aos que deixaram um comentário às vezes e até mesmo quem favorita e acompanha mas não comenta.
Beijos, e até o próximo!!