P. O. V Catarina:

– Sua cara ta horrível! – ele ri, encostado nas costas de um banco

– Discutir mentalmente com meu pai tem esses efeitos. – suspirei – O que você ainda ta fazendo aqui??

– Meu professor mandou a equipe de ontem vir checar os danos, e ver as falhas de segurança. – ele deu de ombros – Mas, como eu tenho coisas mais interessantes para fazer, como checar se a heroína de ontem está bem...

– Lorenzzo... – uma menina loira chega, com um tablet na mão e uma postura autoritária. – Preciso que reenvie os relatórios dos gastos ao professor, ele já está enchendo meu saco com isso.

– Sim senhora! – ele responde, sacando seu iPhone do bolso – Gatinha, eu já falo com você!

– Não se apresse... eu só não tenho todo o tempo do mundo! – a loira diz

– Eu estava falando com ela! – Lorenzzo aponta para mim.

– Ah! Oi! – ela continua, azeda – Sou Lauren Meyer, estudo com ele.

– Catarina de Lyra, namoro com ele. – sorrio.

– Pronto, enviado, e recebido com sucesso. Agora, Lauren, se me der licença! – Lorenzzo sorri, e me puxa para longe da loira. – Ok, respira fundo...

– Tá nervoso por que? Ta tentando esconder algo de mim? – pergunto

– Não! – ele pisca

– Ótimo! Agora me dê toda a atenção que puder!

– Sou todo seu! – ele me abraça – Por tanto, me diz porque essa cara de zumbi.

– To querendo entrar pro cast de The Walking Dead, sabe, aí to tendo aulas de atuação e...

– Lyra? – ele me encara, com um sorriso no rosto – Pode me contar a verdade...

– Na verdade, não posso não! – respondo pensativa – Eu posso contar metade da metade da verdade, mas a verdade não vai dar não.

– Então, conte-me o que puder! – ele me pega no colo, apoiando minhas pernas em sua cintura – Estou aqui por você!

– Lembra-se de nossa primeira missão? Quando Zeus só permitiu que eu continuasse viva se algum deus se responsabilizasse por mim?

– E Afrodite fez isso, dizendo que, se você saísse da linha, teria que trabalhar para ela, ah sim, eu me lembro bem!

– Então, digamos que, quando eu tentei te proteger da Quione e do Phobos, apagando sua memória, eu saí da linha...

– Catarina de Lyra, o que é que você anda fazendo?

– Eu tenho que juntar um casal totalmente improvável, odiado por muitos, mas que eu amo demais e não consigo dizer não ao desafio de vê-los juntos, e não sei o que pode acontecer comigo se eu não conseguir juntá-los. Pronto, falei!

– Seria menos perigoso enfrentar Cronos, Gaia, Tártaro e Apófis juntos, dentro de um megazord. – ele balança a cabeça – E você estaria apenas com um Pikachu.

– Qual dos dois? Thalia ou Jason?

– Eu acho melhor ser...

– Será que os dois podem parar de se agarrar, e prestar atenção aqui em mim? – uma voz se faz ouvir, muito perto, mesmo sem ter um corpo presente.

Ou seja, alguém nos enviara uma M.I; e pela voz, só podia ser uma pessoa.

– Eu não estou me agarrando com ele; estou discutindo se posso ou não participar de The Walking Dead!

– Não, você não pode: é radiante demais para isso; deixe isso para mim e para o Nico!! Isso é com os filhos de Hades. E o Jason é um Pichu, então obviamente você enfrentaria Cronos, Gaia, Tártaro e Apófis com a Thalia disparando choques do trovão, ou usando o equipamento volts, porque ela é o Pikachu! Zeus é um Raichu nervosão que ninguém gosta!

– Lucas, o que você quer?? – pergunto, sem paciência, e tonta com o poképapo.

– Ora... Quero falar com meus padrinhos de casamento. – ele sorriu.

– Padrinhos? – Lorenzzo e eu nos encaramos

P. O. V Nico:

O que fizemos depois que os deuses nos dispensaram? Os outros, eu não sei, mas voltei para o aconchego da minha cama, fechei as cortinas pesadas e tentei dormir.

Apenas tentei, fui impedido por dois motivos.

– Nico, o que você quer falar comigo? – Thalia-motivo-número-um, entra no meu quarto, de repente.

– Não sei! – a encaro, confuso – Eu quero falar com você?

– Segundo seu irmão, Lucas, sim, você quer! – ela responde

– Buu, peguei os dois! – Lucas-motivo-número-dois aparece numa mensagem de Íris. – Vocês não têm noção de como é bom ser amigo dos filhos de Íris, altas mensagens boladas a qualquer hora.

– Cara, parece que você vai começar uma propaganda de site de relacionamentos, então, por favor, para! – peço.

– Ok, mano! A parada é a seguinte! Você sabe que eu te amo muito, não é?

– Todo mundo me ama! Eu sei! – digo convencido, e recebo uma olhada de dúvida de Thalia – Inclusive a Grace, ela me propôs casamento e tudo!!

– Ah, poxinha, ou que legal, sei lá!

– Bipolar! – resmungo.

– Enfim, já que você chegou tão rápido ao ponto, vou soltar a bomba: querido irmão, cara Para-Raios favorita..

– O chalé de vocês me ama! – Thalia revira os olhos

– O Nico com certeza ama, mas, enfim, como eu dizia, eu estou aqui para intimá-los a serem meus padrinhos de casamento!

– Ah, Le... Pera. Comé? – finalmente prestei atenção no que ele dizia.

– Nico, casamento é uma coisa muito comum no século XXI, na verdade, era mais comum no século em que você nasceu, seja lá qual tenha sido!

– Thalia, não é hora para isso!

– É, cunhadinha, é hora de vocês me parabenizarem pelo meu casamento! – ele sorri.

Thalia e eu nos encaramos em silêncio.

– Ok. Apenas saibam que quero os dois como padrinhos e não aceito não como resposta. O casamento será em novembro, por tanto, se brigarem nesses meses, ao menos finjam que estão em paz no dia do casamento. Ele está sendo organizado pelas gêmeas do Glitter, e elas vão para a escola de vocês para acertar os detalhes finais com vocês! Beijos! – e desligou.

Eu ainda encarava os olhos de Grace

– Lá vai a Grace usar salto outra vez! – ela reclama

– E vestido! Longo!

– Vida bandida!

– Deve ser filha de Hermes! – assenti para mim mesmo.

– Você... ai, deuses! – ela ri incrédula, se jogando no chão.

– Tá ligada que tu não pode ficar aqui, né?

– Desde quando você fala tanta gíria? – ela me encara.

– Eu não falo! Argh, tudo culpa do Lucas! – balancei a cabeça – Enfim, sabe que estamos ferrados se... – minha fala será interrompida por uma mensagem de texto – Levanta punk, temos um casamento para organizar!

– O quê? Eu não quero fazer parte de nenhuma comissão de coisas da alça de poderes de Hera! – ela reclama quando a puxo

– Não faremos parte de seja lá o que você disse... vamos apenas até lá pra tirar as medidas; pelo menos, foi o que Val disse! – continue arrastando-a pelo corredor.

– Eu sei andar,ok? E afinal, para onde estamos indo?

– Sala de Artes! Artes em geral, e não pintar com tinta! – respondo, e não paro de arrastá-la.

– Nico! – ela berrou, e eu podia sentir suas mãos eletrocutando-me.

– Estava apenas querendo poupar seus pés! – a ajudei a se levantar.

– Obrigada, mas não!! Depois do casamento, te deixo fazer uma massagem neles!

– Ah, nossa, quanta honra! – reviro os olhos – Creio que seja aqui!

– Eu tenho certeza: não ta ouvindo a Cathy berrando não? E sabe o que isso significa? Significa treta, ou seja, Aria, acho bom que você tenha pipoca, amiga, por que... – e o motivo da Punk ter se calado?

Muito simples: todos, exatamente todos, estavam encostados nas paredes, bem longe do meio da sala, onde uma baixinha brigava com uma modelo no salto 15. Ou seja, Catarina brigava com sua prima, Claire. E não era briga de puxão de cabelo: elas usavam armas de verdade, e uma raiva anormal.

– Qual o seu problema? – Claire pergunta, segurando uma adaga.

– Meu problema? Você mal chegou nessa escola e já deu em cima de todos, TODOS, os garotos compromissados, tentou transar com o diretor e com o segurança, AO MESMO TEMPO, e ainda tentou atingir minha amiga com uma adaga, só porque ela não gostou que VOCÊ deu em cima do namorado DELA, e você ainda me pergunta qual o meu problema? Acho que a problemática aqui é você, queridinha!

– Uh, queridinha nunca é sinal de paz! – Thalia murmurou comigo.

– Você não consegue admitir que eu sou melhor do que você, esse é o problema! Por isso você agarrou o primeiro idiota que apareceu, e já foi dando pra ele na primeira oportunidade!

– Idiota que você não conseguiu levar pra cama, né? O que isso é pra você? Algum tipo de jogo?

– Sim! Onde todos devem ser meus!

– Se você chegar perto dela, considere-se um homem capado! – Valentina ameaça Eleazar, que simplesmente revira os olhos e continua gravando.

– Quer saber qual o real problema? Você é o problema: se você não existisse, seria uma dor de cabeça a menos na minha vida!

– Ah, claro, porque você tem muita dor de cabeça se preocupando com quantos caras já dormiu, se ainda tem maquiagem suficiente para parecer com o Coringa, se a manicure está disponível... Nossa, desculpa ter nascido e estar te aborrecendo desde então!

– JÁ CHEGA! – outra voz feminina se faz ouvir, e rapidamente as duas se calam. – Estamos aqui para organizar um casamento, não para vocês digladiarem até a morte!

– Jas, você sempre estraga tudo! – Claire briga com a irmã gêmea.

– Gente, essa família é bugada? Só nasce gêmeo? – pergunto

– Se vocês pensam que vão organizar um casamento sem minha presença, acho bom mudarem de idéia! – uma voz mais estridente se faz ouvir, e uma garota de 13 anos surge de um portal.

– Sophia, o que ta fazendo aqui? – Lorenzzo questiona, aproveitando a distração para arrastar a namorada para longe da prima.

– Eu sou, infelizmente, filha de Hera, deusa do casamento: tenho que representá-la, né?! – a garota dá de ombros – Agora todo mundo senta, e vamos fazer uma reunião descente.

P. O. V Thalia:

Tenho que admitir que, depois da noite passada, pensei que nunca mais riria ou me desesperaria. Mas, como eu deveria saber, estava enganada.

– Muito bem: Maninho e Nico são os padrinhos do noivo, enquanto Cunhada e Thalia são madrinhas da noiva. Por favor, meninos desse lado, meninas desse. – Sophia tinha uma prancheta na mão e estava focada nela.

– Eu vou tirar as medidas de vocês duas, enquanto a Claire tira deles. E se ela bancar a engraçadinha pra cima do Lorenzzo, eu faço o cabelo dela ficar da cor de vômito por dois meses. – Jasmyn brinca.

– Valentina e Will são os responsáveis pela música. – Sophia continua – A única exigência do noivo foi: “Tem que tocar Legendary Lovers e A Thousand Years”

– Legendary Lovers eu entendo, agora, A Thousand Years é tão...

– Clichê! – Will e Catarina completam o que Valentina dizia.

– Eleazar, responsável pela foto e filmagem!

– Vou precisar de uma equipe! – o ruivo diz

– Você a terá; faremos uma triagem com os semideuses que estão por lá agora, e escolhemos alguns.

– Ok, então!

– Ágatha e Steph, a decoração é toda de vocês!

– Não curti, não fui incluída em nada! – Aria resmunga

– Você já decorou o loft delas duas vezes, sossega aí, vai! – Ágatha comemora.

– E, pronto! Temos dois meses para deixar tudo perfeito, e eu não quero ouvir ninguém brigando, reclamando ou qualquer outra coisa.

– VOCÊS OUVIRAM, NÉ? – os Yancydeuses perguntam, encarando Nico e eu.

– Brigar? Com ela/ele? Eu? – perguntamos ao mesmo tempo – Ela/Ele me ama!

– Di Angelo! – o encaro, como se dissesse: você não quer realmente fazer isso.

– Grace! – ele dá um sorrisinho de canto, like Ian Somehalder, como se disse: se é guerra que você quer, é guerra o que terá.

– Ah! – Sophia, de repente, sorri para Catarina – Lembra da nossa conversa no hospital?

– Com clareza de detalhes.

– Então! Não se preocupe; vai dar super certo, e você vai ser madrinha de novo!

– Espero que esteja certa, cunhadinha, ou você também entra para a lista negra. E Lorenzzo, nem pense em se meter!

– No meio das duas? Nem que isso salvasse minha vida! – ele responde.

– Prontinho! Terminei com você, agora é a vez do Nico! – Claire sorri – Pode tirar a camisa?

– Por que ele tem que tirar a camisa, se o Lorenzzo não tirou? – pergunto, começando a compartilhar os sentimentos de Catarina para com a prima.

– Porque ele tem muitos músculos, e eu não quero que eles rasguem o terno. – Claire responde, ajudando Nico a tirar a camisa

– Ah.. Mas o Lorenzzo tem... mais músculos que o Nico...

– Por que de repente você começou a gaguejar, Grace? – Nico cruza os braços, ainda me dando aquele sorrisinho torto.

– Eu? Gaguejando? Faça-me o favor! – viro de costas para ele.

– Tá certo! – o ouço rir.

Essa vai ser uma tarde longa...

P. O. V Aria:

Apesar de ter me sentindo ofendida por não fazer parte da comissão, não posso dizer que não me diverti naquela tarde purpurinada ao extremo.

– Verdinha, você ainda tem a câmera que te dei? – Elz pergunta

– Por que todo mundo me dá apelidos ridículos? – pergunto

– Eu te conheci quando você nasceu, eu tenho todo o direito de te dar apelidos ridículos: somos da mesma família. E o John é seu boymagia, e você o chama de Matinho, então ele ta mais do que certo em lhe dar um apelido ridículo. – o ruivo responde

– Legal, mas eu não tenho mais mechas verdes!

– Verdade! Mas, enfim, Desbotada, você tem ou não?

– Claro que tenho!

– Ótimo! Você é minha assistente. – ele deu o ultimato. – Mas agora, vamos gravar a crise de ciúmes da Lia, assim posso mostrar para os filhinhos dela.

– Versão semideusa, Tio Ruivinho! – revirei meus olhos com minha própria piada.

– Ai, meus deuses, tinha esquecido o quão ridícula você pode ser, Aria! – ele ri, tentando manter a câmera em prumo.

– Tava com saudade de você, migs! Só falta os outros minos aqui, aí...

– Eu não teria sossego: não acredito que vocês nos trocaram por namorados.

– É bem a cara do Toby! – rio.

– Imaginei o Jake me zoando por causa da Val, mas tudo bem! Agora quietinha, tenho que gravar isso!

– Sim, senhor! – presto continência, e ficamos assistindo enquanto Thalia, com seu sarcasmo marcante, discutindo com Nico, que por algum motivo só sabia rir da cara dela.

– Pessoal! Algo importante que me esqueci de falar com os padrinhos! – Sophia chama a atenção de todos

– Fala, pirralha minha! – Lorenzzo pergunta, bem-humorado

– Depois da primeira valsa, dos noivos, os padrinhos também que dançar! – ela disse

– Sem problemas: minha namorada é uma dançarina e tanto! – Lorenzzo puxa Catarina para perto, e os dois começam a dançar, sem música alguma.

– Sei que minha adorável companheira sabe dançar: ela já conduziu um sátiro! – Nico diz, se aproximando de Thalia.

– Não vamos desenterrar nosso passado, por favor! – Thalia diz – E eu só conduzi o Grover porque o coitado não tem pés.

– É: ele tem cascos limpos! – Nico ri, apoiando uma mão na cintura de Thalia, e colocando a mão esquerda dela em seu ombro nu. – Mas tudo bem, eu tenho dois pés e sei dançar muito bem!

– Pois eu duvido! – ela ri.

– Vamos tirar a prova então? Soltem o som, por favor? – ele pede

– Como não tenho minhas pick ups aqui, vai do celular mesmo! – Valentina dá de ombros e escolhe uma música alheatória. – Ah, essa é linda! Dancem!

– Sério? One Direction? Você sabe que eu não gosto desse tipo de música! – Thalia reclama

– Nem eu, mas o celular é dela! Se fosse o meu, acho que dançaríamos I Miss You! – Nico dá de ombros. – Mas, não preste atenção na letra, apenas na melodia. Ela é bonita!

I figured it out (Eu percebi isso)

I figured it out from black and white (Eu percebi isso de preto e branco)

Seconds and hours (Segundos e horas)

Maybe they had to take some time (Talvez eles tenham que levar algum tempo)

I know how it goes (Eu sei como ele vai)

I know how it goes from wrong to right (Eu sei como ele vai do errado para o certo)

– Se eles não ficarem juntos, eu raspo meu cabelo! – Eleazar murmura – Ou prendo os dois num quarto escuro e só solto depois que ouvi os dois sussurrando juras de amor.

– Às vezes você é tão ridiculamente romântico! – balanço a cabeça – Mas concordo com você! E, por experiência própria, isso vai demorar um pouco.

– Como assim?

– Se você acha que eu sempre me dei bem com o John, você ta pensando totalmente errado. – respondo.

– Eu não sei o que pensar: minha melhor amiga não me contou que tinha um namorado, eu descobri por acaso!

– Pare de reclamar! Eu te ajudei com sua namorada, ok?!

– Eu sei, sou eternamente grato a você por isso, agora me conta, como foi conhecer o John?

– Ruivo fofoqueiro pra cacete, hein? – Valentina se junta a nós, sentando no colo do namorado. – Eu coloquei a música de propósito!!

– De propósito para mim, ou para eles?

– Ambos! Eu sei que eles não curtem pop, e sei que essa música te lembraria tudo! – ela sorriu, pentelha igual a irmã.

– Até você sabia disso e eu não?

– Amor, eu sou uma garota; garotas dividem segredos sobre garotos com outras garotas, nunca com os melhores amigos, sempre com as melhores amigas! – Valentina explica

– Vê o jeito como os dois brigam? – apontei para o meio do salão, onde Thalia girava nos braços de Nico, como se tivessem nascido para isso. – Eu e John éramos bem piores!

– Eles brigavam por espaço, plantações, cimento e qualquer coisa que ficasse entre Arquitetura e Natureza! – Valentina lembra – Eu morria de rir pelo telefone.

– Você ligava pra minha namorada, mas não ligava pra mim, que praticamente te criei? – Eleazar surta

– Calma, pai, não é pra tanto! Eu não tinha coragem de contar para meu “irmão mais velho” que um garoto estava me tirando o sono. – sorri para ele – John e eu brigávamos por tudo e por nada, brigas feias, de nascerem grãos no meu chalé e na minha cama, e de todas as roupas deles se re-bordarem, todas em nuances diferentes de rosa, e com diversas estampas florais.

– Ai, que ousadia! – ele revira os olhos – Você não tem o menor talento para vinganças!

– Realmente! Por isso que, quando me cansei de brigar, resolvi achar um meio termo!

I figured it out (Eu percebi isso)

Saw the mistakes of up and down (Vi os erros de cima pra baixo)

Meet in the middle (Encontrei no meio)

There's always room for common ground (Tem sempre espaço para um terreno em comum)

– Que jeito?

– Eu me importava com construções civis, ele com meio-ambiente! Por que não algo sustentável? – expliquei – E foi aí que, depois de um pedido de desculpas, começamos a trabalhar juntos em projetos...

– E agora ficamos construindo prédios nas gramas alheias, temos apelidos ridículos, mas tudo bem, qualquer coisa para não brigarmos mais! – John completa, sentado atrás de mim. – Você quer dançar?

– Você sabe que eu não sei dançar! – respondi, mas já era tarde demais, ele já tinha me levantado, e já apoiava meus pés sobre os seus. – Mas é claro que assim tudo se torna mais fácil.

– E assim também temos uma visão mais privilegiada daquilo! – ele aponta com o queixo na direção em que Thalia e Nico dançavam.

Ela parecia incrédula por ele dançar tão bem, e ele se divertia da cara dela, e dizia alguma coisa...

– Se agarrem logo, ou parem com isso, a valsa do meu casamento não vai ser assim!

– Lucas, para de surgir do nada, isso é irritante! – Catarina briga.

– Tanto faz! A valsa tem que ser criativa, por tanto, arranjem um coreógrafo descente; mas lembrem-se, tem que começar com a música que vou enviar pro celular de vocês, e não a divulguem!

– E eu achando que não encontraria alguém mais chato que você! – Thalia murmura, soltando a mão de Nico e pegando o celular – Por que ninguém põe um rock? Por que pop?

– Calma, Grace, no nosso casamento eu peço pra Cathy colocar Rock! – Nico diz, olhando o celular também.

– Por que não eu? – Valentina pergunta, ainda sentada com Eleazar, que não desligava a câmera por nada.

– Porque eu não vou repetir figurinha! E Aria, você organiza meu casamento!

– Awwn, eles já estão fazendo planos, e nem namoram ainda! Por isso amo vocês, S2 pros dois! – digo, fazendo um coraçãozinho com as mãos.

– Meu vestido tem que ser preto!

– Não aceitaria outra cor, Lia! – ele a gira nos braços mais uma vez, e a música acaba.

E todos aplaudem, porque aquela foi, sem dúvida, a coisa mais linda que os dois fizeram.

– Você dança tão bem quanto luta! – ela diz, impressionada.

– Sabe o que eles dizem: não é só de armas que um cavaleiro é feito! – ele a solta, faz uma reverência – E agora, se me dão licença, o cavaleiro aqui gostaria de voltar para seus aposentos!

– O cavaleiro é um velho mesmo! – Thalia riu, saindo do meio do salão, onde John e eu ainda dançávamos

– Por que você é muito nova, né Cara de Pinheiro? – ele pergunta, já na porta.

– O amor não é lindo? – Lucas pergunta para Jasmyn

– E como! – ela baba.

– Vejo vocês depois! – Nico se vai, revirando os olhos.

Olhei na direção de Catarina, que já não dançava mais, e ela tinha uma mensagem nos olhos.

O que, em nome dos Deuses, Afrodite pensava que estava fazendo, mandando suas filhas para Yancy?