Undisclosed Desires escrita por Dama do Poente


Capítulo 12
11 - Química


Notas iniciais do capítulo

Assim, se precisarem de uma ajuda em química, podem pedir ao Nico, porque ele Manja disso!
Espero que gostem!! *atualização 07/09/2016* Estou tentando adequar essa fic aos acontecimentos recentes dos livros, e também ao meu novo modo de escrever. Mas o principal é: estou amando reviver esse casal!



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P. O. V Thalia:

Eu precisava de uma música animada, que os dois gostassem, e que fosse fácil de cantar, por isso, quando a professora me perguntou qual havíamos escolhido, creio que Apolo me deu uma ajudinha, e eu disse um nome maravilhoso.

― A música é This Is War! ― respondi, e consegui ver Nico sorrindo ao meu lado.

A banda se arrumou, e deram o sinal para começarmos. Não havia combinado com Nico qual de nós começaria, mas parecemos selar um acordo silencioso para que eu fosse a primeira a cantar, portanto fechei os olhos e deixei que as notas musicais fluíssem por mim, confiando que se Apolo era por nós, ninguém seria contra!  

A Warning to the people (Um aviso para as pessoas)

The Good and the Evil (O bem e o mal)                  

This Is War (Isso é Guerra)

To the Soldier (Para o soldado)

The Civilian (O civil)

The Martyr (O mártir)

The Victim (A vítima)

This is War (Isso é Guerra)

E então, era a vez de Nico cantar, e pela primeira vez confiei nele. A surpresa, contudo, foi ver que ele cantava ainda melhor do que eu imaginava. Eu não era a única boquiaberta quando o filho de Hades se pôs a cantar.

It's the moment of truth and the moment to lie (é o momento da verdade e o momento para mentir)

The moment to live and the moment to die (O momento  para viver e o momento para morrer)

The moment to fight, the moment to fight (O momento de lutar, o momento de lutar)

To fight, to fight, to fight (De lutar, de lutar, de lutar)

Definitivamente, Apolo devia estar de folga, ou entediado, ou só gostasse muito de Nico ― afinal, ele era o melhor amigo de Will e conseguia aturar as gêmeas malucas também ―, e muito a fim de ver a gente cantando. E eu esperaria que ele continuasse assim durante o refrão.

To the right. To the left (Pela direita. Pela esquerda)

We will fight to the death (Vamos lutar até a morte)

To the Edge of the Earth (Até o fim da Terra)

It's a Brave New World (É um admirável mundo novo)

From the last to the first (Do ultimo até o primeiro)

To the right. To the left (Pela direita. Pela esquerda)

We will fight to the death (Vamos lutar até a morte)

To the Edge of the Earth (Até o fim da Terra)

It's a Brave New World (É um admirável mundo novo)

It's a Brave New World (É um admirável mundo novo)

Quando olhei para o auditório, as pessoas em volta cantavam junto conosco animadamente, e por isso decidimos continuar cantando.

A warning to the prophet (Um aviso para o profeta)

P. O. V Nico:

Nunca pensei que uma música que lembrasse tanto os anos anteriores fosse fazer tanto sucesso na nossa turma!! Até a professora tinha gostado!!

― Eu estava certa: o timbre de vocês é perfeito! Separados são incríveis, mas juntos, perfeitos! ― ela disse, e eu, imediatamente fiquei vermelho! E não me perguntem por quê. ― Com toda certeza, vocês estão na equipe, certo? ― ela pergunta, e todos os outros concordam. 

― O que você acha disso? ― Thalia se pendura em meu braço, e sussurra em meu ouvido.

― Que Apolo deve estar de muito bom humor! ― sorrio para ela, estranhando um pouco o fato de ela ter se aproximado espontaneamente.  

― Definitivamente! ― ela sorri também, e descemos do palco, agradecendo a professora.

Como éramos o último grupo, a professora logo nos liberou, para uma aula espetacular, incrível, fantástica, que todos os filhos de Apolo amavam, e eu detestava e fugia... A diferença era que eu não estava mais no acampamento, e não era de Will que eu fugiria, mas sim de professores sérios que poderiam me manter de castigo! O lado bom, contudo, é que eu não era o único a odiar o momento, e tampouco era o que o viveria.  

― Ninguém merece: vocês realmente conseguem imaginar uma punk, fazendo Educação física? ― Thalia pergunta.

― Olhando aqui meu horário, percebo que tenho aula mais tarde, mas mesmo assim, compartilho a sua dor! ― a informo.

― Do que você tem aula agora? ― Steph pergunta.

― Nada! ― se algum dia eu fui feliz, nada se comparou aquele momento, sabendo que eu teria tempo suficiente para mentir uma doença.  

― Então, aproveite, e faça o trabalho de Química! ― Thalia não pede, mas manda, acabando com meu resquício de felicidade.

― Desde quando você me diz que hora devo fazer os trabalhos? ― pergunto.

― Desde o momento em que, graças a minha persona, estamos no grupo esse ano!

― E quem te disse que eu queria estar?

― Não reclama, e vai fazer logo a porra do trabalho!

― Tá bom, Trovãozinho, to indo! ― voltei pelo corredor, e fui para a biblioteca.

Ou pelo menos, tentei!

P. O. V Aria:

Depois da aula de álgebra, encontrei com meu povo na aula de Ed. Física. Mesmo percebendo a pequena tensão entre Nico e Thalia, preferi não ligar para o que estava acontecendo, indo diretamente ao professor, informando-o que por motivos biológicos eu estava incapacitada de participar daquela aula. Claro que eu odiava ficar menstruada, mas para escapara da educação física, eu não me incomodaria em estar... Mesmo que a cólica estivesse acabando comigo, e minha paciência estivesse no marco zero!

― Ei, Rodolfo... ― Tatiane, a outra professora de educação física, chega e junto com ela vinha o rebanho... digo, o grupo de líderes de torcida.

― Oi, Tati! ― sim, o professor rolava de amores por ela.

― Se importa se minhas meninas fizerem uma parte do treinamento aqui?

― Imagina, fique a vontade! ― ele disse, e quase perguntei se ele queria um babador, mas preferi me afastar antes que levasse uma suspensão.

Ser suspensa em colégio interno não tem a menor graça: você fica proibida de ir às aulas, mas continua presa na escola.

― Professor Roddy já ta babando pela líder do rebanho? ― Lyra pergunta, sentando-se ao meu lado no banco.

― O que você acha, cara? ― reviro os olhos, impaciente. ― Mas, por quem esse aí não baba? Qualquer uma com seios demais já é motivo para ele babar!

― Pelo menos, a música é boa! ― Valentina deu de ombros.

― Vamos lá meninas: 5, 4, 3... ― e então, 4 Minutes, da Madonna começou a tocar.

― Realmente, ao menos a música é boa! ― concordo, vendo as garotas rebolarem e fazerem... o que quer que líderes de torcida fazem.

― Por um acaso tem times por aqui? ― John pergunta, parando atrás de mim, massageando meus ombros.

― Tem de basquete e futebol americano! ― Sam responde antes que eu possa fazê-lo.

― Você tava aqui esse tempo todo? ― Thalia sorri, de repente, e eu encaro Catarina: isso não parecia ser bom para os planos de Afrodite.

― Não sempre, mas resolvi voltar! Sabe como é, dizem que quando você pratica exercícios, pode acabar com a depressão! ― ele sorriu, e foi para a quadra de basquete.

― Gente, que loucura! ― Thalia sacudiu a cabeça. ― Enfim, vou ali trocar de roupa, vai que esse cara para de babar por uma versão mais jovem da minha madrasta e resolve nos dar aula?

― Difícil! – murmuro, e volto a ler meu lindo livro de arquitetura. Ou pelo menos tento voltar a ler.

― Viram a Punk? Ela está com a folha dos exercícios, e com o livro da dupla. ― Nico surge, meio desesperado, meio irritado.

― Ah, cara, ela acabou de entrar no vestiário; espera uns minutinhos aí, que daqui a pouco ela volta!

― Posso não ser um vidente, mas acho que esses minutos podem se tornar horas! ― ele suspirou, e se sentou, para nossa surpresa, no colo de Catarina, que me encarou confusa.

― Nicolícia! ― Diamond pirou de vez, como podemos ver aqui.

― Oi, Di! ― ele conteve um sorriso.

― Que bom que está aqui! Acho que você tem forças o suficiente para isso! ― ela começou a puxá-lo.  

― Força pra quê? ― ele pergunta, tão confuso quanto nós.

― Pra me erguer! Eu sou uma flyer, preciso voar, mas nenhum dos garotos conseguia me erguer, mas acho que você consegue! ― ela sorriu, e desabotoou o paletó dele, jogando-o sobre nós.  

― Por que eu? ― Nico olhou para baixo, como se estivesse pensando no pai.

― Porque você é gostoso! ― ela disse, sem mais delongas, levando todo mundo a arregalar os olhos.

― Porra, essa garota nasceu para acabar com minha vida! ― Catarina reclamou, e eu tinha que concordar.

― Tudo bem! ― ele deu de ombros, e foi com Diamond.

Lá, ela explicou o que ele teria que fazer, e pelo sorrisinho torto dele, ele tinha entendido muito bem.

Ela deu um duplo mortal pra trás e então, ele a ergueu e quando a baixou, foi bem no estilo Dirty Dancing. E o pior foi ter rolado um clima, e eles ficarem se encarando por tempo demais. Até que, sim, se beijaram!

― Eu não acredito no que esse idiota ta fazendo! ― eu disse, incapaz de controlar minhas emoções.  ― Eu vou mandar esse cara pra casa mais cedo, e não vai ser de um jeito muito bom!

― Será que ele não vê que é muito pra ela? ― Maite reclama. ― E olha, que não digo isso por querer algo com ele, definitivamente não quero.

― Eu vejo, mas não creio! Seria melhor se ele fosse gay! ― Cathy diz, e faz com que todos a olhem ― Tá, é mentira: eu ficaria desempregada se ele fosse gay!

― Nós ficaríamos! ― suspiro.

― Gente: eu to aqui! ― John se manifesta.

― E daí? É um desperdício mesmo! Ela não o merece! Relaxa aí, gato! ― pode não parecer, mas eu amo sim o meu namorado. Mas isso não me fazia achar aquele momento menos inoportuno.

E então, como se alguém tivesse aberto a boca para perguntar o que poderia piorar, pois sempre piora depois que se pergunta isso, a situação apenas se complicou.

― Voltei, pesso... Santo Zeus! ― Thalia para tudo, ficando chocada ao ver a cena.  

Silêncio no reino da educação física! Apenas o caveira e a oxigenada se moviam naquele vale silencioso. E era extremamente nojento de se ver.  

― Fudeu! – Steph expressa o sentimentos de todos.

― Nico! ― Thalia berra, adquirindo uma coloração avermelhada nas maçãs do rosto.

― Ah! Thalia, eu... ― e Nico se solta tão rápido de Diamond, que a dita cuja quase cai no chão.

― Posso realmente saber por que você não está na biblioteca?

A situação podia ser ruim para Cathy e eu, que sabíamos dos planos de Afrodite, porém ainda era engraçado ver Thalia usando o uniforme de educação física, com as mãos na cintura, brigando com Nico como se fossem casados e ele não tivesse pagado a conta de luz.

― Só porque você não tem Q.I suficiente, não significa que ele não tenha! ― Diamond aparece, e põe a mão possessivamente sobre o ombro dele.

― Do que você ta falando? Você nem sabe o que Q. I significa! E dá licença, tenho que levar pra desinfetar! ― Thalia sai, puxando Nico pela orelha, ignorando os protestos deste. ― E ai de você se reclamar!

― Ai, ta bom, mãe, eu não reclamo mais!! ― Nico pediu pra morrer.

― Eu só não te mato agora, porque eu preciso de nota boa!

― Sou seu escravo agora?

― Enquanto você trocar o ambiente da biblioteca pela boca daquela drogada ali, sim! ― Thalia jogou a mochila para ele ― E vamos, temos que terminar esse trabalho logo.

Depois que os dois saíram, John verbalizou o que se passava em nossas cabeças. E o que eu já sabia desde que me metera nessa trama.

― Vai da merda! Ou melhor, já deu!

P. O. V Nico:

Eu admito: não era lá o cara mais sociável do mundo, embora muita coisa tenha mudado desde a guerra contra Gaia. Eu sabia que ninguém do meu grupo gostava de Diamond, mas ela até que era simpática comigo, e extremamente bonita. Passei anos ouvindo de Will que eu deveria ser espontâneo, e quando o faço, o que acontece? Isso mesmo, sou arrastado pela orelha e transformado em um escravo de química.

“Suas idéias de espontaneidade não incluíam puxões de orelha, incluíam?

Di Angelo”

“O q? Comassim, cara?

Solace”

“Thalia :”

― Afinal, qual a fórmula da concentração comum? ― Thalia perguntou, pela décima vez.

― Concentração é igual à massa do soluto dividido pelo volume da solução! ― respondi, parando de enviar mensagens para Will. ― E faz o favor de anotar que C é igual a m sobre v, porque não to a fim de repetir de novo.

― Ouch, com saudade da sua nova namorada? Quer dar uma tragada com ela? ― ela provocou.

― Responde a porra do exercício! ― baixei a cabeça sobre a mesa, massageando minha orelha dolorida.

― E quando eu não sei a massa?

― Você faz a concentração multiplicada pelo volume! E antes que me pergunte, para achar o volume, basta dividir a massa pela concentração!

― Nico, odeio admitir, mas você é um puta gênio!

― Obrigado! Mas por que mesmo estamos xingando?

― Porque essa porra é difícil pra caralho!

― Deuses! ― levantei a cabeça, rindo da cara dela ― Mesmo te ensinando química, depois de ter sido arrastado pela orelha, e ser arrancado do campo daquele jeito, eu não consigo ficar bravo com você, Punk Idiota! Por que?

― É um dos meus dons secretos! ― ela piscou, e voltou a fazer a conta.

― Dentre os quais, química não está no meio, né?! Isso ta errado! ― tomei a lapiseira da mão dela, e tentei ensiná-la química.

Na minha humilde opinião, ela tinha mais química em batalhas! Acho que era lá que seu espírito se encontrava! 

“O que tem a Thalia?

 Isso seria você, enfim, estando a fim de alguém? :D

Solace”


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Notas finais do capítulo

Um especial obrigada à Nicole Saraiva pela sugestão da música!! Eu amei todas as sugestões, mas essa conquistou meu coração, que tá vivendo uma guerra conta química!!
Beijos, e desejem-me sorte!! *atualização* Estaria Will Solace certo (como sempre está)?