Houve Uma Vez Uma Primavera escrita por Aline Carneiro


Capítulo 3
Capítulo 2 - Hipogrifos não viram pombos




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James só se lembrou o quanto odiava as festinhas do Clube do Slug quando parou diante  das portas do escritório do professor, muito iluminado e magicamente aumentado por dentro em pelo menos quinze vezes para a ocasião especial. Tinha certeza que o professor convocara aquela festa certo de que a Sonserina conquistaria a Taça de Quadribol: a suspensão de Sirius havia derrubado a cotação da Grifinória no esquema clandestino de apostas que os alunos das casas mantinham e todos davam como certa a vitória da casa rival. Colocar água no hidromel de carvalho do professor balofo intimamente o deixava ainda mais satisfeito pela vitória e amenizava o asco que ele sentia por estar entrando naquele ambiente chato que cheirava tanto a bajulação.
Um dia, no passado, quando era ainda um garoto, ele gostara de ir às festas do professor. Sempre havia comida da melhor qualidade, guloseimas, música e tudo que um menino poderia gostar, e ele era sempre muito bem tratado pelo professor. Na primeira festa que fora, aos 12 anos, que era a idade em que o velho Slug costumava a prestar atenção nos pupilos em potencial, ele fora encorajado a “levar um amigo”. Sirius havia sido convidado também e os dois, sabemdo que podiam levar cada um um acompanhante fizeram uma escolha óbvia: Peter e Remus, que não haviam recebido qualquer tipo de convite. Para a festa seguinte “o velho Slug” disse que gostaria de ter “um clube seleto” e ele e Sirius, sem convites para acompanhantes, ficaram bastante sem jeito por deixar os amigos para trás. Depois de uma rodada de conversa em que o professor sondara ambos sobre suas relações familiares veio uma ligeira insinuação, muito mal recebida por ambos, de que eles tinham “mais potencial” que os dois outros amigos. Quando voltavam para o dormitório, ele e Sirius sentiam-se envergonhados porque, diante do professor, nenhum dos dois tivera coragem de replicar que não eram em nada melhores que ninguém. Era como se tivessem sido comprados por um bom jantar e uma cesta cheia de guloseimas sortidas. Daí em diante eles começaram a ignorar os repetidos convites, que para Sirius cessaram subitamente quando ele deixou a casa dos pais. Por outro lado, James prosseguia sendo convidado, como se o professor ainda tivesse alguma esperança de um dia reconquistar sua personalidade difícil e talvez lucrar alguma coisa com isso.
James estava muito bem arrumado, bem mais do que de costume. Riu interiormente lembrando as palavras de Mundungo Fletcher,  um amigo escroque do seu pai, que freqüentava sua casa para horror de sua mãe: “Se vai fazer algo errado, vista-se bem. Se vai cometer um crime, vista-se melhor ainda”. Não, não queria cometer um crime, mas sua disposição naquela noite era fazer tudo que normalmente não fazia quando estava com os amigos. Queria divertir-se a valer para que eles soubessem que ele era James Potter e não precisava da aprovação de ninguém. Queria ser simpático, agradável e até modesto diante de Lilly Evans. Queria provar que era um cara legal.
Repentinamente, percebeu que o convite duplo para o jantar não estava no seu bolso. O zelador Filch, que o encarava mau humorado fez um gesto impaciente e disse:
– Não precisa fazer essa palhaçada. Seu acompanhante já apresentou o convite, ele chegou não tem nem cinco minutos. – disse apontando um grupo onde se falava mais alto que em todo resto do salão abarrotado de gente.
– Acompanhante? Mas eu...
– O que você está fazendo aí fora? Demorou um ano para se arrumar, parece uma noiva! – berrou Sirius, destacando-se do grupinho que, era perceptível agora, era formado quase que exclusivamente por garotas.
A cor fugiu do rosto de James. Sirius, que sempre arranjava problemas, tinha um faro terrivelmente apurado para saber tudo que ele planejava. E se James havia se esmerado em vestir-se bem para impor respeito pela elegância, Sirius parecia ter tido o raciocínio extremamente oposto por que era a figura mais mal vestida da festa, usando uma veste esfarrapada de quadribol que perdia apenas (por uma margem apertada) para as toalhas de chá dos elfos domésticos que faziam o serviço. Quase imediatamente James percebeu que ele estava ali com a clara intenção de atrapalhar seu plano, mesmo sem saber qual era. Concluiu que o melhor a fazer era entrar na festa e tentar se livrar de alguma forma do amigo.
Sorrindo amarelo para o zelador, dirigiu-se como uma bala até Sirius, sussurando para que as garotas não percebessem:
– O que você veio fazer aqui?
– Proteger meu investimento e garantir que você não vai fazer nada desonesto para conquistar a moça. Eu vi que você havia deixado o convite dando sopa e vim na frente para evitar o pior.
– Do que você está falando, Sirius?
– Não me engane. Você veio aqui ver se rouba um pouco de amortentia do armário do Slug.
– Me diga: por que você e Peter acham que eu recorreria a algo tão idiota quanto uma poção de amor? E acha que eu bebo firewisky com pó de flu? Roubar algo dos armários do Slug deve ser impossível. Eu vim a essa festa em missão de paz. Quero mudar a minha imagem diante dela.
Sirius respondeu o comentário com uma gargalhada digna de ser registrada como Record mundial do constrangimento. Vermelho e furioso, James disse:
– Pode duvidar, mas eu estou preparado para me mostrar outra pessoa para ela.
– Uma pessoa que você não é – disse Sirius – e não vai ser nunca, pois, como costuma dizer minha querida e amável mãe: hipogrifos não viram pombos.
– Eu não estou nem aí para os ditados idiotas da senhora Black... Sirius, me deixe em paz, volte para suas garotas para que eu me aproxime de Lilly.
– Perda de tempo. Seu alvo não chegou na festa, ela ainda é pior que você para se arrumar, pelo jeito...
– Espero que ela chegue com uma amiga tão chata quanto você, assim ela não vai se importar que eu te empurre para ela...
De repente Sirius ficou sério. James conhecia aquela expressão, que poucas vezes vira no rosto do amigo. Os olhos fixos e o cenho franzido, mirando um ponto às costas dele. Virando-se, James pôde ver o irmão mais jovem de Sirius entrando na festa acompanhado de uma moça que aparentava  ter uns 19 anos, o que era muito estranho por que Regulus tinha apenas 15 anos e aparentava ter 13. Era pouco parecido com Sirius, que herdara a aparência forte do pai. Como a mãe, Regulus era franzino e tinha feições ainda infantis, mas sem beleza marcante. A mulher que o acompanhava era bonita, mas tinha algo de doentio no olhar. James a conhecia de vista e de nome, ela se formara em Hogwarts dois anos antes: Belatrix Black, a prima mais velha e absolutamente insuportável de Sirius.
– Veja quem resolveu visitar o jardim da infância, James...
– Deixe isso para lá, Sirius... ela é uma idiota e ele não dirige a palavra a você...
– Ele é meu irmão. Não quero que ele se torne alguém como ela... – Sirius imediatamente deu passos largos na direção dos dois, que James acompanhou o mais rápido que pôde em meio à aglomeração de pessoas e elfos domésticos circulando pela festa. Quando parou atrás de Sirius, que encarava Regulus e Bellatrix sentiu-se extremamente mal. O olhar do garoto era uma espécie de simulacro caricato da expressão arrogante de Bellatrix. Era óbvio que a guerra de Sirius estava perdida ali antes de qualquer luta.
– Desde quando você cria cordeiros para o abate, Bella? – perguntou Sirius ironicamente  à prima, que devolveu com um sorriso sardônico.
– Ah... agora somos bons o suficiente para receber sua atenção? Não é você que diz que não faz mais parte da “decadente e mui podre casa dos Black”?
– Não posso esquecer meu sangue, ainda que o despreze. Desde quando sua organização recruta crianças? Não há adultos maníacos suficientes para segui-los?
– Cale a boca, Sirius – quem respondeu foi Regulus, decidido – eu não sou mais criança e não quero nem preciso do conselho de alguém que anda com nascidos trouxas e com... criaturas.
Sirius encarou o irmão com uma expressão triste.
– Regulus... não repita o que eles falam só por que é o que nossos pais sempre disseram. Por trás desse discurso de supremacia bruxa...
– Ah, que humano – disse Bellatrix, enfatizando a palavra com sarcasmo – vai nos dizer agora que somos segregadores por que não queremos os bruxos misturados com a ralé de sangue ruim e as bestas semi-irracionais...
– Eu sei o que vocês querem e sei que não é algo bom para os bruxos...
– Quem é você para julgar o que é bom ou ruim para os bruxos? – respondeu Regulus – o que você tem feito para honrar o nome da família além de ter sido expulso do seu time de quadribol? Qual seu próximo passo, irmão? Sair da escola e se juntar aos trouxas?
– Regulus, não fale assim comigo – ele apontou o dedo na direção do rosto do irmão, que mantinha a expressão desdenhosa – você e nossos pais não conhecem essa gente... não creio que saibam do que eles são capazes.
– Capazes de cuidar do meu futuro, Sirius, muito melhor do que você vai cuidar do seu... quando sair de Hogwarts terei meu lugar no ministério, um emprego à minha altura, já somos muitos dentro do ministério...
James podia perceber claramente que o amigo percebia agora a derrota, Regulus já se considerava "um deles". Bellatrix parecia ainda mais arrogante que antes e Sirius limitou-se a responder:
– Eu espero que você perceba onde estão se metendo antes que seja tarde, Regulus... essa aí já é caso perdido, espero que na sua cabeça pelo menos ainda haja algum miolo – deu  as costas e rumou com James para o mais longe o possível da dupla.
Por um momento, James esqueceu-se completamente de Lilly, da aposta e de tudo mais, como se o instinto o dissesse que algo sério viria mais tarde, e que criaturas como Regulus e Bellatrix estariam envolvidas. Sabia que o amigo estava certo. Cada dia mais podia perceber que entre jovens bruxos ganhava força um discurso pró-segregacionista e antitrouxa, típicos da tal organização meio política, meio fanática, cuja estrutura obscura tinha algo de profundamente errado, que não aparecia na superfície, mas podia ser pressentida pelo fato de ninguém pronunciar o nome do líder; Lord Voldemort, um título pomposo para um bruxo carismático que ninguém sabia exatamente quem era e o que pretendia, mas que lentamente, desde que James era criança, parecia galgar posições e conquistar aliados e simpatizantes cada vez mais poderosos, mesmo sem colocação ou cargo no Ministério, como um poder paralelo, uma força independente. Seu pai dissera, certa vez: “O discurso desse homem é poderoso e sedutor. Ele fala exatamente o que alguns bruxos sempre quiseram ouvir, mas isso não significa que ele esteja certo”.
James nunca pensara muito seriamente nisso até aquele ano, quando ouvira, como todos os estudantes, uma advertência em tom grave de Dumbledore no primeiro dia de aula, alertando sobre os perigos do discurso radical contra os trouxas e mestiços que vinha ganhando força e agora já era declaradamente o corolário de leis de um grupo que, ninguém se iludisse, ao chegar ao auge do poder instituiria um reinado de terror e obscurantismo baseado no uso das artes das trevas.  Era surpreendente a coragem do velho professor, por que ninguém, nem mesmo o Ministério ou o Profeta Diário, havia até então dito uma palavra contra os temidos bruxos que cada dia tornavam-se mais numerosos. Dumbledore ainda terminara dizendo que só alguém muito ingênuo acreditaria que um grupo que se autodenominava “Comensais da Morte” teria a intenção de agir pelo bem comum dos bruxos. Ainda longe do que podia se chamar “vida adulta”, vendo o ar superior dos dois jovens aspirantes a seguidores de Voldemort, James, começava a tomar consciência que seu mundo e modo de vida estavam de alguma forma ameaçados.  
Mas essa reflexão séria durou o tempo exato entre o instante em que perderam os parentes de Sirius de vista e aquele em que Lilly entrou em seu campo de visão. Devia haver alguma explicação para o efeito estupidificante que a simples presença da garota provocava nele. Quando a viu conversando alegremente com o professor Slughorn, sentiu uma necessidade irresistível de se fazer notar de alguma forma por ela. Ia em sua direção quando Sirius o puxou.
– Me largue, Sirius – ele retrucou praticamente sem olhar para o amigo.
– Eu estou aqui para evitar que você faça besteira...
– Mentira. Você está aqui para evitar que seus dez  galeões sumam na poeira.
– Se eu desconfiasse que os perderia nem teria apostado. Sério, você tem que parar de bancar o bobo toda vez que a vê. – disse o rapaz, indignado. – além do mais se você tivesse um pingo de tutano veria que ela está acompanhada.
James esquadrinhou o ambiente em volta da moça, não conseguindo enxergar ninguém que pudesse ser, minimamente, uma companhia que ela desejasse ter numa festa. Além do gorducho professor a única figura por perto era um rapaz louro e bonito do sétimo ano da Corvinal conhecido mais pelo sorriso e pelas roupas extravagantes que pelo talento. Quando o rapaz deu uma desculpa qualquer ao professor e chamou Lilly, que virou-se na direção dele é que a ficha caiu e James pôde sentir o choque.
– Não. Não é possível que ela esteja saindo com... com aquele panaca!
– Saindo eu não sei, mas o fato é que ela entrou aqui com ele, e parece não ter muitas críticas ao nosso amigo... como é mesmo o nome dele? Só me lembro dele tentando ser batedor da Corvinal quando estávamos no segundo ano e desistindo ainda nos testes quando alguém disse para ele comprar protetores para os dentes, acho que agora ele é o apanhador reserva deles... é Loc alguma coisa.
– Lockhart. – resmungou James, como se remoesse o fato de que Lilly estava deixando de sair com ele para ir a uma festa com um imbecil cuja única qualidade era a suposta beleza,  no conceito dele uma beleza bem esquisitinha e efeminada – E para mim ele parece um tremendo fresco!  
– Então... vai ver que ela está com ele por que ele é veterano... as garotas costumam ficar orgulhosas quando um cara do sétimo ano as convida..  esqueça isso e vamos embora antes que você passe outro vexame.
– Aquele cara não ganha de mim em um duelo...
– Você ainda nem bebeu e eu já sinto cheiro do vinho da estupidez– respondeu o amigo citando a poção com a qual sua mãe o ameaçava toda vez que dissera que não estava muito a fim de estudar.
– Sério. Imagine o que eu não faria com ele... transformaria numa lesma de peruca... ele está usando uma roupa ROXA! Como ela pode sair com um cara que se fantasia de batata doce, Sirius? Eu vou lá! Vou tira-la de perto dele  agora!
– Péssima idéia, ainda mais quando o professor vem na sua direção – murmurou Sirius, vendo que Slughorn percebera a inusitada presença de James no seu clube de de favoritos.
– James, meu querido, vejo que você finalmente...
Mas o professor nem concluiu a frase, porque James passou por ele e foi direto e reto para onde Lilly e Lockhart conversavam. Se James tivesse alguma noção de linguagem corporal, coisa que os bruxos não conhecem muito bem, veria que Lilly já estava arrependida por ter aceito a companhia do rapaz, por que além dos braços cruzados e da expressão de absoluto tédio, ela olhava para a porta esperançosa, imaginando uma forma de se livrar daquela criatura absolutamente vazia que só sabia falar dos seus feitos imaginários nas aulas de feitiços, transfiguração, como se ela não soubesse diferenciar fatos de boatos.
A garota foi subitamente arrancada de seus devaneios quando viu James entrando em seu campo de visão e abordando o outro rapaz diretamente, de forma absolutamente desastrada para quem pretendia parecer gentil, simpático e quem sabe até modesto:
–    O que você está fazendo aqui com a Evans, Lockhart?
–    Eu conheço você? – respondeu o outro, sendo absolutamente sincero, por que mal tomava conhecimento de sua própria turma, ainda mais de um rapaz mais novo e de outra casa. Erroneamente James interpretou isso como uma ironia e retrucou:
–    Claro que me conhece, sou o cara que fez a Sonserina comer poeira hoje cedo e venceu sua casa na partida anterior, idiota.
–    Hã? ­ – respondeu ainda mais confuso o outro – do que você está falando?
–    Potter, o que você pensa que está fazendo? – interviu a garota, embaraçada por que os olhares adjacentes já se voltavam para os dois.
–    Eu acho que você não deveria sair com caras assim só pra me provocar, Evans.
–    Quem você pensa que é? – respondeu Lilly, com as faces muito coradas – Eu saio com quem eu bem entender e com certeza não é para te provocar!
–    Com licença, Lilly – disse Lockhart, afetado – creio que você deveria se retirar, meu caro. A moça não parece interessada em você.
–    Ah, claro, e acha que ela se interessaria por um fresco como você, praticamente uma fadinha?
–    Não me chame assim – disse Lockhart puxando a varinha com um gesto teatral – Eu posso incapacita-lo seriamente, sou ótimo nisso.
A coisa ia exatamente como James gostava. Agora era questão de tempo para ele conseguir uma chance de humilhar o outro, que ele sabia ser medíocre em feitiços.
–    Incapacitar? Você não incapacitaria um verme manco! Ora, veja se consegue se enxergar, pateta, quem usa veste roxo-beliscão não sou eu!
Nesse momento, Lilly reprimiu uma gargalhada a contragosto e se odiou por isso, mas James sequer notou.
– Ninguém... ofende... meu... bom... gosto! – disse Lockhart, sacudindo a varinha no ar ritmadamente, como uma ameaça surda que jamais se cumpriu. Antes que ele conseguisse verbalizar qualquer feitiço suas vestes se enfunaram e caíram ao chão, junto com a varinha, para horror dos presentes. Repentinamente, o punhado de roupas caídos no chão se mexeu e um grande sapo-boi saiu dele, crocitando de uma forma que parecia indignada. James ria com vontade, mas Lilly o fitava pálida e incrédula, como se fosse impossível acreditar no que via.
–    Meu Deus, o que você fez, menino? – disse o professor Slughorn, irrompendo repentinamente atrás de James. – Finite encantatem! – disse o professor, fazendo Lockhart voltar à forma humana, embaraçado e seminu, enrolando-se nas vestes, com o rosto vermelho e absolutamente descontrolado:
–    Professor, eu não fiz absolutamente nada para que esse maníaco...
–    Eu vi tudo, Gilderoy, não se preocupe... entre no meu gabinete e se recomponha, pelo amor de Deus! Deixe que do seu colega cuido eu.
–    Mas ele...
– Vá! – disse o professor impositivamente, ato contínuo voltando-se para James: – Sabe que quero você imediatamente fora dessa festa, certo?
James não  respondeu e ele prosseguiu:
–    Infelizmente essa noite tanto o diretor quanto a professora Minerva encontram-se em Londres, numa reunião muito importante do conselho escolar e eu não posso reportar esse incidente horrendo, nunca esperei tamanho descontrole de você, James... Eu vou descontar cinqüenta pontos da Grifinória por essa... por essa maluquice sua, e amanhã mesmo, às seis da tarde em ponto quero você no meu gabinete. Vai cumprir uma detenção, mocinho!
Cabisbaixo, James encaminhou-se para a porta, mas quando ia chamar Sirius para acompanha-lo, Slughorn ainda disse:
–    Nada disso, Sirius se comportou atipicamente bem, meu caro, ele não transfigurou um convidado da festa em sapo, portanto, pode ficar o quanto quiser, mas você eu quero fora da minha festa nesse exato minuto.
James baixou a cabeça ainda mais para não encarar Lilly, que observava tudo ainda atônita. Passando pela porta irritado consigo mesmo ele ainda pensou: “Hipogrifos REALMENTE não viram pombos.” E saiu arrastando sua vergonha corredor afora.


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