3 horas da madrugada

Toc, toc, toc. - havia alguém batendo na porta.

- Cassie vai dormir. - falou Terri.

- Não sou eu. - falei.

- Nem eu. - disse Tessa.

- Quem é? - gritou Terri, ninguém respondeu.

- Alguma sai para ver. - falei, nenhuma se levantou da cama.

Toc, toc, toc. - O barulho de novo.

- Acho que não é na porta. - falou Terri.

- É da janela. - falei, as três levantaram num pulo e foram parar na janela - Vou abrir só um pedacinho. - elas concordaram.

- Até que enfim. - era Violet, ela estava atirando pedrinhas na janela.

- O que você quer menina? - perguntei.

- Quem é ela? - pergunto Terri.

- Sou Violet a visinha e preciso da sua ajuda Cassie.

- Agora? - perguntei.

- Sim.

- Ok, estou descendo. - fechei a janela.

- Nós vamos junto. - disse Tessa.

- Ok, mas sem fazer barulho. - abrimos a porta do quarto bem devagar, passo a passo com cuidado para ninguém acordar, quando estávamos quase no fim da escada uma porta se abriu, paramos imediatamente.

- O que houve cara? - era a porta dos meninos que havia sido aberta.

- Nada, achei que tinha ouvido um barulho. - disse Jake e fechou a porta novamente. Descemos o final da escada correndo, o problema mesmo foi abrir a porta de vidro.

- Deixa comigo. - disse Tessa.

- Não. - falei - Você é muito desastrada. - por fim as três abriram a porta.

Uns cinco minutos depois estávamos chegando à garagem da casa da Violet, ela era aberta de tijolos, sentamos na parte aberta.

- O que houve? - ela estava sentada ao meu lado direito.

- Tate. - ela colocou a cabeça em meu colo.

- O que ele fez? - perguntou Tessa.

- Mentiu, enganou e magoou. - disse a menina.

- Você ainda gosta dele, não gosta? - perguntei.

- Sim, ainda o amo. - a voz dela era triste e sem esperança - Você já amou alguém que já te magoou?

- Não. - respondi - Mas já magoei uma pessoa que amo muito.

- O que você fez? - perguntou ela.

- Fiquei com outra pessoa enquanto estava com o Jake.

- Ele te perdoou? - perguntou Violet.

- Sim, e nos momentos que mais precisei ele estava ao meu lado e ontem ele propôs um recomeço.

- Vai aceitar?

- Acho que sim.

- Será que conseguiria um recomeço com ele? - perguntou ela.

- Tate?

- Sim.

- Acredito que sim. - falei, Tessa e Terri ficaram caladas, acho que estavam pensando.

- Oi Cassie. - dei um pulo com o susto que tomei, Tate apareceu ao meu lado.

- Que susto menino. Oi.

- Tate? - perguntou Violet - O que faz aqui?

- É perigoso trazer elas aqui Vi. - falou ele.

- O único perigoso aqui é você. - disse ela.

- Eu gosto delas, mas não sou o único que mora aqui. - disse ele.

- Você tem razão. - falou ela - Meninas desculpa vocês precisam ir para casa, amanhã explico tudinho.

- Elas não podem ir sozinhas Vi. - disse Tate.

- Eu vou junto com elas. - disse Violet.

- E eu também. - disse ele por fim.

Os dois nos levaram até o portão que passa do pátio deles para o nosso, pela primeira vez vi os dois concordarem em algo e não brigarem. Entramos em casa, ninguém nos viu, deitamos e meu celular tocou.

“Eu vi vocês saírem, mas não irei contar a ninguém. Precisamos conversar. - Jake”

“Biblioteca agora?”

“Talvez.”

“Talvez? Ok, amanhã então.”

“5 minutos, biblioteca sua chata.”

Esperei as meninas dormirem, isso demorou 15 minutos.

- Achei que não vinha mais. - disse Jake sentado em uma poltrona.

- O que quer falar comigo? - perguntei.

- Sente-se, please.

- O único lugar pra sentar seria na poltrona em que você está sentado.

- Não seja por isso, sente no meu colo. - um sorriso torto veio em seu rosto. Sentei no braço da poltrona. - Eu quero que você me ouça primeiro antes de surtar. - assenti com a cabeça - Não quero retomar um relacionamento sério agora.

- Mas você deu a entender que queria.

- Por favor, me deixa terminar. - fiquei em silêncio - Eu acho que nós erramos em namorar tão cedo, então quem sabe vamos fazer como as pessoas normais e termos encontros? Sei lá, sair sem compromisso nos conhecermos mais um pouco.

- Encontro? - não sei por que, mas fiquei com raiva - Claro.

- Cassie, eu gosto de você, melhor eu amo você, mas não quero que as coisas de errado de novo.

- Boa noite Jake, acho melhor não começarmos nada. Desculpa por ter feito dar errado da ultima vez. - sai porta a fora.

- Cassie espere. - ele saiu atrás de mim.

- Boa noite Jake. - ele me puxou pelo braço e me beijou - Você não pode me beijar do nada e fingir que nada antes disso aconteceu, eu sei que errei e paguei pelos meus erros.

- Desculpa, mas eu não quis dizer que foi você que fez o nosso namoro dar errado.

- Não precisa dizer, por que eu sei que fui eu e você me jogou na cara isso mesmo sendo em outras palavras.

- Eu não quis fazer isso.

- Mas fez e doeu. - fui para o quarto e lá no meu recanto chorei.

- O que houve? - Terri estava acordada.

- Nada. - falei.

1 hora da tarde.

- Bom dia. - falei descendo as escadas ainda de pijama, vovó Cecília estava sentada no sofá.

- Boa tarde querida.

- Cadê o resto? - perguntei.

- Cassandra, John, David saíram para resolver uns papeis, Andrew e Adam trabalhando, Terri e Tessa saíram cedinho para fazer caminhada e ir ao shopping e o Jake na biblioteca, passo a manhã toda lá.

- Sábado os meninos trabalhando? - perguntei.

- Hora extra. - disse ela - Tem comida no micro-ondas para você.

- Obrigada. - a comida era bife, arroz e feijão. Comi tudo e fiquei ali pensando na vida.

- Querida, vou ir dar uma caminhada quer ir comigo?

- Não vovó, obrigada, não estou muito bem para sair.

- O que você tem? - perguntou ela assustada.

- Nada demais, doença de coração.

- Vai ficar bem?

- Vou sim. - ela saiu.

Subi para o quarto, vesti uma roupa confortável: calça suplex e moletom, pois estava friozinho.

Esqueci que só eu e o Jake estávamos em casa, peguei um cobertor e deitei no sofá para olhar HP.

- Não vai sair? - ele saiu da biblioteca.

- Não. - respondi, ele me entregou uma carta - O que é isso?

- Leia.

“Cassie, na vida há enganos e desenganos. Há perguntas e respostas. Há a vida e a morte. Eu sei que eu te amo e sei que você me ama, mas isso é certo? Eu sempre estarei aqui se precisar de mim, e sei que se precisar de você, você me ajudará.

Mas repito nosso amor é certo? Eu não sei se é, mas sei que mesmo que não seja certo eu QUERO vive-lo com você.

EU TE AMO, EU TE AMO, EU TE AMO.

ME DESCULPA POR DIZER QUE VOCÊ QUE TERMINOU NOSSO NAMORO, MAS SEI QUE TENHO PARCELA NISSO TAMBÉM.

POR FAVOR, me perdoa.

e

- quer namorar comigo?”

- Eu não entendi a parte do começo, enganos e desenganos e tals? - falei.

- Eu ia fazer um poema, desisti, sai contesto, mas sério que você só ligou para isso?

- A resposta é não.

- O que?

- Eu passei muito tempo pensando e decidir fazer o que você disse, começar do nada e começar apenas com o encontro.

- Eu não te entendo.

- Nem eu me entendo. Sorry. - ele deitou ao meu lado.

- HP, sério?

- Amo. - ficamos cara a cara.

- Não quer voltar mesmo? - seus lábios estavam a centímetros dos meus.

- Talvez. - eles se aproximaram mais.

- E agora?

- Não sei.

- E agora? - eles encostaram-se aos meus, mas ele ficou paradinho. O beijei. Quando vi ele já estava por cima de mim, não havia vestígios do meu cobertor e o beijo era devorador. Ele parou, me olhou. - Isso é um sim? - pensei um pouco.

- Foda-se, sim. - ele me puxou deixando nossos corpos bem colados, os dois sentiam o desejo fluir por tudo.

- Deus, como senti falta disso. - disse ele.

- Não foi tanto tempo assim. - falei.

- O desejo de um homem não passa por apenas aqueles beijinhos que te dei.

- Que roubou.

- Tanto faz.

- Posso trocar meu status de na pista para amarrado? - perguntou ele.

- Claro, coloque assim: cão com dona. - ele riu.

- Cassiano não vai gostar. - falou ele.

- Do que?

- Do nosso retorno.

- Mas quem tem que gostar é eu.

- E você gosta?

- Ainda duvida?

- Não. - ele me beijou mais intensamente.

- Vejo que já conseguiu a cura Cassie. - era Cecília.

- Vovó.

- Está tudo bem, fico feliz em ver que os dois voltaram.

Lumus: 22h

Eu e Jake voltamos diário, pretendo não estragar tudo de novo, ainda mais que descobri que eu o amo. Adam não ficou muito feliz com a noticia, mas me deu apoio.

Eu estou feliz, muito feliz.

- Cassie posso falar com você? - disse Tessa.

- Claro. - falei.

- Eu acho que descobri o sexo do meu bebê, fiz umas simpatias e acho que vai ser menina.

- Sério? Que bom Tes, já sabe o nome?

- Acho que vai ser Shopie.

- Shopie Campbell amei. - falei.

- Achei que iria gostar mesmo.

Quando todas estavam dormindo sai devagar e fui para a biblioteca

.

- Achei que te encontraria aqui. - era Jake. Estava na frente da estante escolhendo um livro.

- Como? - perguntei.

- Fiquei cuidando você descer.

- Para que?

- Para isso. - chegou perto de mim, passou a mão por minha cintura e me beijou. Seu beijo começou lento, mas a cada segundo aumentava a velocidade. - Menina você me deixa louco.

- Sério? - mordi o lábio e ele me beijou novamente - O que você faria se eu fizesse isso? - tracei uma linha de beijos do pescoço dele a boca. Desci as mãos até a cintura dele e fui puxando devagarzinho até tira-la.

- Eu ficaria mais louco ainda. - o beijo já estava ao extremo de quente.

- Eu te amo. - falou ele em meio a um dos beijos. Ele tirou minha camisola, o toque dos seus dedos por onde passava queimava, ele me puxou para o colo e colocou-me sentada na mesa.

- Gente não é seguro fazer isso aqui. - Adam havia entrado na biblioteca.

- O que você faz aqui? - perguntei.

- Tentando evitar um castigo e uma expulsão. - peguei minha camisola ligeiro - Seu avô David acordou, está no banheiro suba ligeiro Cas.

Acabou correndo tudo bem, ninguém nos pegou.

“Estou maluco por desejo menina, assim você me mata. - Jake.”