Meu Doce (In)Desejado escrita por Buzaid


Capítulo 16
Capítulo 15




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Após o almoço no palácio de South Whintchersbarg Henry foi para sua casa trocar o elegante terno Armani que trajava por uma calça jeans e uma camiseta pólo branca bem casual, que deu um destaque especial ao seu maravilhoso rosto encoberto por uma leve barba mal feita. Depois seguiu diretamente para o Provence Fields , local onde sempre se encontrava com Ivy para protagonizarem intensas cenas de sexo selvagem e carnal. Ele estava ansioso para rever sua prima. Os dois não se encontravam há mais de um ano - desde que a revista Escândalo fizera uma matéria, com fotos e tudo mais, relatando o caso secreto do casal. Depois disso a jovem de então 18 anos fora mandada para um castelo na Espanha, aonde ficou morando até então...

Ao adentrar a suíte 1901 do hotel Henry já sorria maliciosamente. Sabia que as próximas horas de sua vida seriam marcadas por um prazer e deleite tão profundos e excitantes que já podia até sentir seu pênis pulsar dentro da calça jeans.

– Sentiu minha falta? - Ivy já estava a espera do príncipe. Henry alargou o sorriso malicioso que carregava no rosto e então respondeu:

– Nenhum pouquinho! - Seus olhos azuis analisaram cada detalhe do corpo da mulher a sua frente. Ivy havia mudado, ele concluiu com gosto ao apreciar os seios da jovem, que estavam quase pulando para fora de seu decote sensual.

Ivy Butler sempre fora uma jovem à frente da sua idade. Seus cabelos loiros faziam uma moldura repicada ao redor de seu rosto fino. Sua pele estava sempre bronzeada dando ao seus olhos verdes esmeralda um destaque e uma certa luz. O corpo de Ivy cresceu e amadureceu cedo demais. Por isso aos 12 anos quando as outras garotas da escola ainda estavam brincando de bonecas, Ivy já ia para atrás das arquibancadas com os garotos mais velhos, onde eles faziam sabe-se-Deus-o-quê! Por ter amadurecido tão cedo, a jovem sempre chamou a atenção de Henry mas diferença de 6 anos impediu que os dois tivessem algo até o aniversário de 16 anos da garota.

– Não minta para mim! Eu sei que sentiu minha falta. - Ivy sorriu com malicia enquanto enrolava a ponta de seu cabelo dourado com o dedo indicador. Henry não respondeu. Apenas avançou sobre ela como se fosse um leão selvagem avançando em sua presa. Fazia muito tempo que o príncipe não transava...

Assim que Henry deixou South Whintchersbarg Carolina foi diretamente para o quarto e trocou seu vestido Moschino azul marinho e os saltos Jimmy Choo por uma calça jeans, uma malha branca e uma rasteira de strass, bem casual. Seu coração estava tão agoniado sem saber o que esperar do encontro que Edward propôs... Eram tantas expectativas que Carolina achou, por um segundo, que elas não caberiam dentro daquele pequeno reino e talvez até da Europa.

O "lugar de sempre" a que Edward havia se referido era uma luxuosa suíte em um hotel, antes localizado nas terras do Norte, chamado Provence Fields . O local era tão, mas tão exclusivo que quase ninguém sabia que a princesa o freqüentava, por isso que ela se sentia tão segura para encontrar Edward lá.

Carolina sempre ia dirigindo para o hotel para evitar que mais pessoas soubessem aonde ela estava e o porquê dela estar lá. A jovem tirou sua elegante Porsche Cayenne branca da garagem e em 30 minutos já a estava estacionando no Provence Fields... A suíte de Edward era a 1910, localizada no andar V.I.P. Antes de adentrá-la Carolina contou até dez mentalmente, procurando manter a calma e controlar a tremedeira das mãos.

– Pelo visto você ainda tem a chave! - Edward comentou sério assim que Carolina entrou na luxuosa sala de estar da suíte.

– Você não achou que eu tinha jogado-a fora, achou? - Edward tinha o corpo largado sobre um comprido sofá branco que estava disposto naquele enorme cômodo. Ele trajava uma calça preta de sarja e uma camiseta da mesma cor. Carolina estava de pé à sua frente, com as pernas bambas e o estômago cheio de borboletas, ou melhor dizendo mariposas descontroladas. Ela simplesmente não conseguia dar um passo à diante.

– Não sei! - Ele confessou parecendo aflito. - Fazem dois anos desde que estivemos aqui pela última vez. - Carolina assentiu, seu coração pareceu parar por um instante ao se lembrar das loucuras que os dois fizeram ali da última vez.

– Parece que foi ontem. - Disse nervosa. Edward sorriu como se concordasse, porém logo voltou à ficar sério. - Por que me chamou aqui? - A voz de Carolina estava esganiçada e trêmula. A pergunta praticamente explodiu para fora dela em um impulso nervoso e descontrolado. Edward encarou-a silencioso, um suspense sombrio parecia rondar o rosto do rapaz.

Há poucos metros dali na suíte 1901 Henry e Ivy se beijavam descontroladamente, de uma forma tão íntima que nem parecia que fazia um ano que não se viam.

– Eu sabia que você estava com saudades! - Ivy exclamou ofegante, enquanto Henry se concentrava nos pequenos beijos e longos chupões que dava no pescoço dela. - Anda, Henry, diz que você estava com saudades! - Ela ordenou ao puxar o rosto do rapaz para cima, obrigando-o a encará-la olho no olho.

– Não tente me controlar, gracinha! - Os olhos celestiais de Henry tinham um forte poder sobre Ivy, ela mergulhava naquele oceano azul com tanta intensidade que deixava-se muito maleável e fácil de ser controlada. - Você está sendo uma menina muito má me pedindo que fale isso! - Ele exclamou com um tom forte, imponente e sexy. - Acho que vou ter que te dar umas palmadinhas! - Henry bateu na bunda de Ivy e em seguida a agarrou e puxou-a para mais perto. Ivy sorriu ao mordiscar a ponta da orelha do príncipe.

Os dois foram caminhando com as pernas entrelaçadas e os corpos colados até a cama. Uma trilha de roupas foi sendo deixada ao longo do caminho, primeiro o vestido de seda roxo beterraba de Ivy, depois a camiseta pólo de Henry e por fim seus jeans.

Ainda beijando-a Henry fez uma pequena pressão em seus ombros finos e pontudos, forçando-a a abaixar, até colocá-la deitada na cama. O corpo dourado de Ivy era o modelo ideal para um homem: cintura fina e coxas grossas. Henry não cansava de admira-la trajando as meias pretas, a cinta liga, o fio dental rendado preto e o sutiã também preto e rendado com alguns detalhes em strass.

Por entre beijos intermináveis e chupões selvagens Ivy tentava se ajeitar para falar, mas Henry a forçava de volta sobre a cama pois para ele ela só podia abrir a boca para uma coisa que, certamente, não era falar... Dando-se por vencida Ivy fechou os olhos e permitiu-se entrar em um transe intenso e muito prazeroso. De repente ele pousou a mão quente sobre sua barriga e foi calmamente subindo apertando-lhe as costelas e soltando seu sutiã. Seus mamilos estavam enrijecidos gritando para serem tocados e mordiscados. Henry desceu seus lábios até lá e concentrou-se em lambe-los. Ivy sorriu com deleite, em seguida envolveu a cintura do príncipe com suas pernas grossas esperando que ele tirasse logo a cueca, e assim ele fez. Moveu a calcinha da jovem para o lado e então penetrou sua intimidade.

– Me leve à loucura Henry Caldwell! - Ivy pediu por entre um gemido de prazer.

No final do corredor no quarto 1910 o clima era de menos tesão e mais tensão. Carolina fitava Edward esperando por uma resposta enquanto o silêncio crasso do rapaz a matava aos poucos.

– Então? - Ela indagou achando que não conseguiria esperar nem mais um segundo sequer. - Me diga, porque me chamou, Ed? - Edward ajeitou-se no sofá e fez um sinal para que Carolina se sentasse ao seu lado, mesmo hesitante ela aceitou e assim fez. - Ed você está me matando! - A princesa exclamou com um tom suplicante.

– Carol... - Ele exclamou e então pegou sua mão fria e trêmula. - Eu tenho que te dizer algo... e acho melhor que você fique sabendo por mim. - Afirmou. Carolina sentiu um arrepio cruzar-lhe a espinha. "Ele tem outra!" pensou desesperada.

– Diga! - Pediu apertando seus dedos ao redor da mão enrijecida do rapaz.

– Vou voltar para Londres semana que vem! Vou morar com a minha mãe. - Como se puxasse um band-aid de uma ferida de uma só vez, Edward falou querendo que tudo aquilo acabasse logo. Carolina sentiu o chão sob seus pés desaparecerem e então o encarou, havia dor em seu olhar.

– Porque? - Foi a única coisa que conseguiu falar antes das lágrimas invadirem seu rosto.

– Porque isso aqui não está dando certo. - Edward afirmou, desta vez com mais rigidez.

– Ed, não está dando certo porque estamos separados... - Carolina tentou argumentar mas sentia-se tão fraca que por um momento achou que não fosse conseguir acabar de falar. Edward podia perceber a força que ela fazia. - Mas se estivéssemos juntos...

– Carol, não! - Ele pediu a interrompendo. - Você sabe que enquanto aquela farsa de relacionamento arranjado existir nós não podemos ficar juntos! Seria arriscado demais para você... - Carolina sorriu. Adorava quando Edward se preocupava com ela, era muito reconfortante.

– Já falamos sobre isso, não posso simplesmente pular fora agora! - Afirmou sentindo seu coração despencar de um abismo enorme.

– Eu sei, e não estou pedindo que faça isso. - Edward moveu-se para mais perto da jovem, querendo abraçá-la e beijá-la naquele instante. - Embora eu tenha te pedido isso já!- Sorriu envergonhado. - Mas agora eu sei que esse é o seu dever como princesa e depois daquele dia que nos encontramos eu jamais conseguiria te pedir uma coisa dessas novamente...

– Como assim? Aquele dia foi horrível, eu queria deletá-lo de minha mente! - Ela confessou com sinceridade.

– Eu também gostaria de deletá-lo. - Ele concordou. - Foi horrível te ver com outro homem, principalmente com Henry Caldwell, ele é um idiota! - Carolina riu por entre um soluço choroso, Edward não sabia nem da metade de como Henry era mesmo um idiota. - Mas o fato é que eu vi o quanto o povo ficou feliz com vocês dois namorando. - Edward fez um sinal de aspas ao falar "namorando". - E eu acho que comecei a entender esse relacionamento... - A jovem voltou à ficar séria, como se sua última pontinha de esperança morresse ali. Mais lágrimas molharam-lhe as bochechas e os lábios. - Carol, a verdade é que eu estou me mudando para Londres porque eu simplesmente estou cansado de ligar a televisão e ver notícias sobre vocês dois... Estou me sentindo assombrado. - Carolina encarou-o com pesar.

– Ed... - Murmurou.

– Apenas escute. - Ele pediu. - Eu estou mesmo cansado de ouvir e ver notícias suas e dele em todo lugar, principalmente depois daquele discurso estúpido dele falando que você preencheu o coração dele e blá blá blá. - Edward rodou os olhos.

– Eu sei que é difícil... Mas não se mude! - Carolina pediu em um ato desesperado. Mal conseguia respirar, precisava saber que Edward estaria por perto quando precisasse dele, mas agora tudo isso estava acabado. Edward estava se mudando para outro país.

– Já está tudo certo com a minha mãe. - Falou. - Semana que vem estarei lá, já até arrumei um trabalho. - Edward respirou fundo, as lágrimas de Carolina o estavam matando lentamente. - Não adianta você implorar, eu estou decidido...

– Mas... isso significa que nós nunca mais vamos nos ver... - A voz abalada da princesa fez o coração do rapaz encolher dentro do peito.

– Eu sei, e é melhor assim! - Ao ver que Carolina não desistiria Edward achou que seria melhor partir para o plano B: ser grosso e seco. - Agora é melhor você ir embora... Antes que as coisas fiquem mais difíceis do que já estão. - Carolina pareceu ficar em choque, em seguida inclinou seu corpo para cima de Edward tentando beijá-lo em outro impulso desesperado. - Não, apenas vá embora... - Pediu abaixando o rosto e o olhar.

– Ed, você não pode...

– Posso! - Ele afirmou ao se levantar. - Como você não vai, eu vou... - Edward afirmou com rigidez evitando olhar Carolina nos olhos. Antes que ela pudesse falar mais alguma coisa ele deixou o recinto. O barulho da porta batendo ecoou dentro dos ouvidos da jovem fazendo-a desabar em lágrimas. Imagens de Edward deixando seu quarto da primeira vez borbulharam em sua mente conturbada. Ela nunca pensou que fosse passar por isso novamente, era tudo muito doloroso para ser verdade...

Enquanto isso no 1901 o cheiro de sexo parecia se impregnar cada vez mais no ar.

– Henry Caldwell você não mudou nadinha... - Ivy afirmou ofegante enquanto encarava o teto trabalhado em gesso da suíte. Henry estava deitado ao seu lado, também tentando recuperar o fôlego.

– É que não existe nada à cima da perfeição! - Gabou-se. Ivy gargalhou, ainda estava sob efeito dos orgasmos fortíssimos que teve à pouco.

– Pois é, você não mudou nadinha mesmo! - Ela concluiu ao girar os olhos. Odiava a maneira com a qual Henry sempre achava que era perfeito. - Pensando bem, você mudou sim... - Falou ao ficar de lado, frente ao rapaz. Com a ponta do dedo indicador começou a fazer pequenos círculos no peito dele.

– Ah, então existe coisa à cima da perfeição?! - Indagou. Para a infelicidade de Ivy ele não estava brincando.

– Não é disso que estou falando. - Ela respondeu fazendo-o franzir o cenho. - Estou falando da princesinha que você fisgou!

– Ah... - Henry pigarreou. - Pois é... fisguei.

– Nunca pensei que eu fosse te ver namorando. - Ivy comentou com certa ironia.

– Nem eu! Mas algo me diz que esse relacionamento vai para frente! - Henry comentou também com um tom irônico.

– Jura que pensa isso? Então o que está fazendo aqui chifrando ela? - Indagou com um sorriso sarcástico no rosto.

– Ivy, não distorça a situação para que você não se sinta culpada em estar aqui! Foi você que me chamou, mesmo sabendo que eu estou namorando a princesa! - Henry afirmou seco sem gostar do rumo que a conversa tomava.

– Não estou me sentindo culpada... Eu, sim, sou solteira! - Ela soltou uma gargalhada forçada para irritá-lo. - Além do mais eu só estava querendo ver se aquela história que você disse dela "ter preenchido seu coração" era verdade! - Henry encarou-a irritado. Em seguida sentou-se na cama ainda com um olhar intenso sobre Ivy.

– É lógico que é verdade! - Mentiu meio nervoso. - Você acha que eu menti em rede internacional? - Enfatizou a última palavra com um tom de voz mais pastoso.

– Não seria a primeira vez! - Ivy provocou-o.

– Quer saber de uma coisa?! - Henry levantou enervado. Ivy nem sequer ligou, já sabia do lado dramático do primo. - Eu já acabei o que vim para fazer... - Caminhou até sua boxer preta, que estava caída perto da janela. Ao pegá-la, porém, Henry viu uma cena que lhe pareceu extremamente peculiar...

Através do vidro da janela o príncipe pode ver Carolina andando até uma elegante Porsche Cayenne branca. Franziu o cenho se questionando que diabos ela estava fazendo lá naquele hotel. Depois ficou nervoso ao pensar que talvez ela o tivesse visto lá, mas logo deu de ombros afinal seu relacionamento com ela era ar-ran-ja-do...

– Eu vou embora! - Ele anunciou ao vestir a cueca e ir atrás das suas outras roupas.

– Vá com Deus! - Ivy disse divertida.


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