Give Up? Never. escrita por rowena


Capítulo 6
Yes, that girl was me.


Notas iniciais do capítulo

Geenntee. Voltei e já to indo embora!! :( Queria dizer que eu não pude postar para vocês no sábado, porque lembra Semana de Provas! Então eu tive que passar o fim de semana inteiro estudando. Não era para eu nem estar aqui, mas como eu muito vocês, eu desobedeci as regras da minha mãe e to aqui, vejam só a gravidade do que eu fiz tá? Espero que entendam que eu não vou poder postar essa semana!! Bom, antes de deixar vocês lerem com calma (Pra quem ler a notas, né?) QUERO AGRADECER DE CORAÇÃO, CORPO, ALMA, CÉREBRO A MORE DREAMS! MENINA, QUERIA ME MATAR DO CORAÇÃO É? MUITO OBRIGADA MESMO MANINHA, EU NÃO ESPERAVA POR ISSO. EU AMEI MUITO SUAS PALAVRAS E SURTEI QUANDO VI A RECOMENDAÇÃO!!! OBRIGADA DEMAIS, MESMO MUITO MANA , TE AMO, TÁ? ♥
APROVEITEM O CAPÍTULO!!!



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P.o.v Ally

A minha vista se encontrava embaçada, e a minha mente estava confusa. Girei ao redor de mim mesma, mas não consegui identificar onde eu estava. Aliás, como eu iria saber? A minha volta estava tudo branco. Flash’s brancos que atingiam os meus olhos, fazendo-me piscar consecutivamente.

Tentei falar algo, mas nada saia da minha boca. O desespero começou a tomar conta de mim. Eu não conseguia falar nada, e pouco enxergava com toda aquela claridade. Até que eu ouço uma coisa. Uma voz. Me concentrei ao máximo em tentar saber de quem era a voz e de onde ela vinha, quando ao longe eu consigo enxergar um lugar. Me aproximei mais e pude ver com mais clareza, que a paisagem a minha volta, mudava lentamente.

“Prazer, Austin Moon!” Era dele. Era a voz do Austin que eu havia escutado.

Virei-me rapidamente, vendo eu e o Austin sentados na grama, embaixo da árvore. Ele estava com a mão estendida, e eu revezava meu olhar entre sua mão e seus olhos. Eu já tinha visto aquela cena antes, eu tinha certeza. Foi o que aconteceu na manhã do cemitério. Na manhã que eu aceitei ser sua amiga.

Dei-me conta que nem ele, nem a minha figura, repararam a minha presença ali, o que me fazia constatar que isso era apenas um sonho. Um sonho que realmente me intrigava.

O loiro sorriu abertamente quando eu apertei a sua mão, e os nossos olhos não se desgrudaram um só segundo. Sorri, ao mesmo tempo em que uma lembrança me veio a mente.

Aquela maldita lembrança. O meu sorriso se desfez, e eu vi tudo ao meu redor sumir. Tudo virou apenas um borrão, e aos poucos a imagem de uma garota que aparentava ter quinze anos apareceu em minha frente. Ela estava também debaixo de uma árvore, mas sozinha. Ela não me via, obviamente, apesar de eu estar bem próxima. A sua expressão era de ansiedade e ela mordia os lábios a cada cinco segundos. Ela parecia estar esperando por alguém. Reparei suas vestes. Elas eram fofas, aquelas roupinhas bonitinhas que parecem de boneca. Os seus cabelos estavam soltos e os cachos pendiam em seus ombros. Os seus olhos castanhos estavam cobertos por uma leve maquiagem rosinha, mas que era facilmente escondida por um óculos enorme, que tapava boa parte do rosto da garota. Sua aparência era frágil. Ela era delicada. Estava vulnerável. Eu conhecia aquela garota. Ela não me era estranha. Um brilho apareceu em seus olhos, quando eu vi que um garoto se aproximava. O seu rosto eu não podia ver, um moreno, com cabelos castanhos, vestia roupas normais, de garoto. Mas eu não conseguia enxergar sua face. Via uma sombra que escondia seus olhos. Mas ainda sim, ele me parecia familiar. Os dois.

Eles começaram a conversar, e a cada piada sem sentido que o garoto contava, a castanha soltava uma risada sem graça. Ele pegou em sua mão, fazendo a garota estremecer com o contato. Ela sorriu fraco e com a ponta do dedo, empurrou os seus óculos, ajeitando-os no rosto. Seus olhos ainda possuíam aquele brilho intenso. As emoções e os sentimentos estavam claramente expostos neles. Ela... Ela estava apaixonada.

Prestei atenção em cada movimento, cada ação dos dois. Até que o garoto foi se aproximando mais e mais, diminuindo o pequeno espaço que ainda os separavam. Eu não queria que aquilo acontecesse. Eu sabia muito bem o que iria acontecer. Tentei impedir. Gritei, tentei chamar a atenção dos dois. Mas nada funcionava. Eu era como um fantasma ali. Eles não me enxergavam, nada do que eu fizesse iria impedi-los de fazer o que iriam fazer.

Uma lágrima escorreu pela minha face, quando eu presenciei o toque dos lábios dos dois. O cara pegou na fina cintura da garota, trazendo-a para mais perto dele, enquanto ela, ainda um pouco surpresa com o ato, enredou seus delicados dedos no cabelo do garoto. Ela não fazia a mínima ideia do que realmente estava acontecendo, e do que ainda iria acontecer.

Novamente tudo sumiu. A imagem dos dois se beijando foi desaparecendo da minha frente, e eu fiquei parada. Virei uma estátua. O que viria agora?

A pior parte.

Eu vi a menina feliz. Sorridente. Andava pelos corredores da escola de bem com a vida. Como se estivesse ganho um premio, um presente de Deus. O que na verdade era ao contrário. Ao mesmo tempo eu via aquele mesmo garoto com uma outra menina. Se divertindo com seus amigos e outras garotas, enquanto a garota, que era sozinha no mundo, achava que tinha conseguido o seu primeiro namorado. E com ele seria feliz para sempre.

Aquelas cenas se foram, dando lugar a outra. Vi a menina deitada na cama, mas aquele quarto não era o seu. Parecia um quarto masculino. Estava com poucas roupas. Roupas íntimas. E a sua expressão era indecisa e receosa. O garoto novamente apareceu, também com poucas roupas. Eu não queria ver aquilo. O erro que aquela garota cometia só ia aumentando, e as minhas lágrimas cada vez eram despejadas, escorriam pelo meu rosto, e escorregavam por meus lábios, deixando um gosto salgado. Fechei os meus olhos. Não queria ver. Não queria presenciar aquele momento, de novo.

As imagens sumiram, e o que eu vi? A parte final. A garota no centro do pátio do colégio. Ela estava chorando, ao contrário da multidão a sua volta. Todos riam da cara da garota. Chamavam-na de estúpida, idiota, iludida. Ela havia caído no papo do garoto. Tinha se apaixonado por ele. Tinha dormido com ele. E tudo isso só fazia parte de uma aposta. Uma aposta para vê-la sofrer. Para provar para ela, que ela não fazia parte da sociedade, não faziam para aqueles que riam dela. Passou tudo como um filme. Eu girava em torno de mim mesma, vendo as cenas. A garota chorando em seu quarto, sozinha, como sempre. Ela não tinha pais. O seu pai morreu a não muito tempo, e a sua mãe... Ela mal se lembra dela. Não sabia se neste momento ela estava viva, ou morta. Os seus pulsos cobertos por sangue, cicatrizes, novas e velhas, marcavam todo seu braço, vermelho. Vi a garota na praia, era noite, e o céu estava limpo. Nenhuma estrela se fazia presente. Seus pés afundavam na água do mar, e cada vez mais ela andava para frente, sendo coberta aos poucos pela água salgada, que se misturavam com suas lágrimas grossas. A garota, agora, numa clínica. Ela não havia se suicidado, mas por outro lado, foi parar em um reformatório. Acompanhei cada passo da vida daquela garota, assim que ela se encontrou com aquele garoto. O garoto. Ele foi o maior erro. Confiar nele foi o erro. Acreditar nele foi o erro. E a última coisa que eu vi, foi aquela pobre menina. Ela se olhava no espelho. Estava mais velha, havia crescido um pouco mais. Mas sua aparência não era das melhores. Ela estava magra, muito magra. E parecia estar fraca. Sua cabeça estava abaixada, e aos poucos ela foi levantando-a mais e mais. Dando-me para eu ver o seu rosto.

Sim, aquela garota era eu.


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Notas finais do capítulo

E aí? gostaram? Ficou legal? Esclareceu um pouco sobre a vida da Ally? Com o tempo ela vai se abrindo mais e mostrando o que aconteceu com ela, para o Austin. E bem, o Austin, não tem muito sobre o que contar dele, mas isso só será revelado para uma certa morena né?
Espero mesmo que tenham gostado. E ah, os reviews, quando eu realmente puder eu responderei todos, ok? Beijões minha pessoinhas!! Brigada de novo More Dreams, eu amei a recomendação!! Mereço reviews ? *--*