Give Up? Never. escrita por rowena


Capítulo 5
Coração ou a Razão?


Notas iniciais do capítulo

C-H-E-G-U-E-I !!!!
E aí pessoinhas? Como estão? Espero que estejam bem. Vim com mais um capítulo, e hoje eu estou animada! Não sei porque, pois nesta segunda começam minha semana de provas e eu não tenho muita confiança na minha "inteligência".
Só hoje eu escrevi três capítulos, sem contar com esse. E se vocês me fizerem muito feliz com seus reviews, amanhã mesmo eu posto o próximo. ok?
Aproveitem o capítulo pessoinhas!!!



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P.o.v Trish

Fiquei calada por alguns minutos. Eu realmente não sabia o que responder. Os olhos do Dez permaneciam fixados aos meus. Eles imploravam por uma resposta. Uma resposta que o covencesse o bastante. Mas ela simplesmente não existia.

-Por que me odeia? – As palavras foram sussurradas, mas mesmo no meio de tanta bagunça e barulho, eu consegui ouvi-las.

-Eu nunca disse que te odiava. – Falei tentando ser convincente. Não sabia se iria dar certo. Eu não sabia o que estava acontecendo.

-Disse sim. Tanto diz isso, quanto faz questão de demonstrar. O que eu te fiz hein: Nasci? É isso? Não gosta do meu jeito de ser? Então por que anda comigo? Acha que o tom que você usa para falar comigo não dói, Trish? Que as palavras não machucam? Eu posso ser palhaço, brincar com tudo, em horas erradas ou não, ser até um lesado, só que além de tudo isso, eu tenho sentimentos.

-Se sabe que as palavras machucam, por que está me atingindo com elas? – A minha voz saiu chorosa. Eu não podia negar que uma parte de mim estava repleta de culpa e dó, mas a outra parte estava preenchida por puro orgulho.

-É Trish. Mas já pensou em quantas vezes elas me machucaram?  - Eu não respondi. Fiquei calada. Ele deu um leve suspiro e continuou. – Mas, sabe. Eu sou burro. Como vocês mesmo já disse isso. Sabe por que? – Fez uma pausa. Ele sabia que eu não iria nem abrir a minha boca, por que estava fazendo aquelas perguntas? – Por eu gostar tanto de uma pessoa que só me despreza e me magoa. E mais uma coisa, não precisa responder nenhuma dessas perguntas. Sei muito bem que você não gosta de responder perguntas difíceis. – O ruivo soltou um sorriso irônico e satisfeito. Levantou-se de onde estava sentado e saiu andando, deixando-me sozinha e atordoada ali. A minha cabeça estava uma enorme confusão. As suas palavras foram como um choque para mim, e eu já não sabia quem falava mais alto, meu coração, ou a minha razão. Mas, uma coisa me chamou atenção: Ele disse gostar?

P.o.v Ally

Acabei ouvindo o meu coração ao invés da razão. Eu não podia negar em hipótese alguma, pelo menos não para mim, que aquele garoto me passava uma confiança inacreditável, que eu não sentia em anos. Ele me passava um sentimento de segurança, mas eu não podia me deixar levar por meros sentimentos e emoções que podem até ser fantasiosos. Não posso simplesmente me dar ao luxo de sentir essas coisas de novo. Prometi para mim mesma nunca me apaixonar novamente. Nunca cair nas mesmas conversas que te atraem, para depois a pessoa sair como vitoriosa, te jogando fora, como um simples brinquedo que não presta mais.

O único problema é que eu não consigo deixar minhas defesas expostas o tempo todo ao lado desse garoto. Eu só não sei o que acontece. Não sei o que aconteceu. Não sei se o que eu fiz foi realmente o certo.

Uma coisa é você ter amigos que estiveram com você, te ajudando, te apoiando. Que desde então lhe passam confiança e carinho, que sempre estiveram com você. E por eles você sentir a mesma coisa, um afeto enorme, um carinho de amigos, sentimentos totalmente diferentes do que eu senti ao olhar nos olhos daquele loiro, e sentir o calor da sua mão, junto a minha.

-Prazer Austin Moon, Ally Dawson. – Sorri fraco, ao contrário do Austin, que sorriu abertamente, mostrando todos os seus dentes, e me deixando meio sem graça.

-Então Ally, vai me dizer o porquê de ter saindo da escola tão cedo? Matar aula é feio sabia? – Abaixou nossas mãos, ainda juntas, e que eu não me adiantei muito em separa-las.

-Engraçadinho você, né? – Ele soltou uma risada e no segundo seguinte, pôs uma expressão séria. Eu não sabia se devia mesmo contar, mas ainda sim tinha uma impressão de que ele não iria desistir. –Acho que eu não quero falar disso. É muito pessoal.

-Achei que eu fosse seu amigo! – Fez uma cara de indignação.

-Sério? Então me desculpa por te iludir com isso!

-Magoou sabia? Mas não adianta esconder, eu sei o que aconteceu! Eu te conheço Ally Dawson. – Ele disse e eu o olhei espantada.

-Garoto, você sabe o meu nome e o meu sobrenome e já acha que me conhece?

-Sim. Eu acho. – Ele respondeu simplesmente. Arrogantemente. Como assim ele me conhece? Eu nunca falei da minha vida para ninguém. Ninguém sabe ao exato o que aconteceu comigo, sobre o que eu passei, Nem mesmo a Trish e o Dez sabem de tudo.

Eu me irritei com o seu tom e com suas palavras.

Aqui é o meu lugar. É onde eu posso ficar sozinha. Pensar. E a última coisa que eu sei, é que eu confiei demais em alguém novamente, e o arrependimento está sempre na minha cola.

Levantei-me da grama e peguei minha bolsa, junto com o meu skate. Arrisquei olhar em seus olhos mais uma vez, vendo a decepção. Suspirei e me arrumei, pronta para ir para longe dali. Ficar sozinha!

-O seu pai morreu não foi?

P.o.v Austin

-O seu pai morreu não foi? – Perguntei percebendo que as minhas escolhas quanto as minhas palavras não foram boas. Eu não tinha a certeza de como me aproximar dela. Não tinha uma ideia fixa. Mas não havia mentido quando comentei que já a conhecia. Ela deixou transparecer, pelo menos para mim, quem ela é. Apesar de esconder muitas coisas, e muito bem. Só que eu não vou desistir agora. Nunca. Eu quero saber quem é ela. E porque esse seu jeito me afeta tanto. Quero saber o porquê de querer tanto me envolver com ela. É uma vontade tamanha de ficar perto de uma garota que eu quero conhecer mais e mais. Eu quero que ela tenha confiança em mim. Quero que ela goste de mim, da mesma forma que eu estou rapidamente gostando dela.

Vi ela parar imediatamente. Ela ficou imóvel, e eu decidi continuar. Levantei-me também e encostei-me àquela árvore. Enterrei minhas mãos em meus bolsos e continuei.

-Por isso veio aqui. Aquele conto mexeu com você. Te fez sentir saudades dele, da presença dele. Você tentou ser forte ao ler a história, mas no final não conseguiu. Aquela sua amiga tentou te consolar, mas não é a mesma coisa. Meras palavras nunca te deixariam melhor. Você acha que a melhor forma de cobrir toda essa saudade e dor, é ficando sozinha, se isolar do mundo e escrever. Escrever mais textos que te deixam ainda mais deprimida. Mas você não compreende isso né? – Me surpreendi com o que eu mesmo falei. Não sabia que seria capaz de botar assim tudo para fora, e nem percebi que reparei tanto naquela garota, a ponto de descrevê-la assim.

-Quem é você? – Ouvi-a sussurrar, ainda de costas para mim.

-Eu sou a pessoa que quer te conhecer melhor. Que quer ser seu amigo.

-Por que? Você mesmo acabou de dizer quem eu sou. Eu tenho muitos problemas para alguém do nada querer ser meu amigo.

-Acha que é só você que tem problemas? – Ela ficou calada. Retirei minhas mãos de meus bolsos e me aproximei dela. –Eu só não sei o que é. Sinto que algo me puxa a você. Sinto que temos muito em comum.

-Sente?

- Sim. Sinto que assim como você pode me ajudar, eu posso te ajudar.

-Ajudar em que? – Eu me aproximei mais dela. –Eu não preciso de ajuda.

-Assim como eu preciso, você também. Sei que você ama os amigos que você tem. Que ama a companhia deles. Mas sei que eles não conseguem te entender tão bem como você queria que entendessem.

-E quem disse que eu queria que me entendessem?

-Quer parar de ser tão do contra? – Falei e eu pude jurar que ouvi um risinho. Sabia que ela estava considerando aquela ideia.

-Talvez.

-Vai me deixar ser seu amigo? E te ajudar? Te entender...

-Posso confiar em você? – As palavras saíram indecisas de sua boca. O receio se fazia presente nela.

Não respondi. Peguei em sua mão e a virei lentamente para mim, fazendo-nos ficar frente á frente. Seus olhos estavam brilhando. E eu realmente não sabia o que responder. Apenas a puxei para um abraço.

Ela ficou surpresa, e não respondeu de imediato. Seu skate foi largado no chão novamente. Até que eu senti seus braços sendo envoltos em mim aos poucos, e seu rosto ser enterrado lentamente na curvatura de meu pescoço. A sua respiração batia contra minha pele, e aquela sensação enviava arrepios por todo o meu corpo. Eu sorri, inalando o cheiro bom de seus cabelos, aproveitando cada milésimo que eu passava abraçado com ela.

-Sempre.


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Notas finais do capítulo

Curtiram? Ficou bom? Eaí? Aceito suas opiniões e suas críticas. Vocês são sempre bem vindos!! Próximo capítulo explica um pouco sobre o que a Ally passou! Espero que tenham curtido o capítulo!! Beijões. Mereço reviews? *--*