Give Up? Never. escrita por rowena


Capítulo 4
Perguntas Difíceis.


Notas iniciais do capítulo

Heeey, voltei. Eu espero que gostem do capítulo viu? Tem um ponto de vista da Trish, que aos poucos vai se desenvolvendo os detalhes, ok?
Aproveitem!!!



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P.o.v Trish

-Onde se meteu aquela garota? – A voz do ruivo adentrou os meus ouvidos, assim que ele sentou-se á minha frente.

-Não tem nenhuma ideia? – Respondi seca. Não pelo fato de a Ally ter me deixado sozinha com esse idiota, quer dizer, também. Mas sim por ela não ter me dado ouvidos. Sempre fazendo o que quer, seguindo o caminho da razão errada.

-Tenho. – Ele falou baixo e começou a mascar um chiclete em silêncio. Estranhei. O Dez nunca fica em silêncio, normalmente ele sempre fica falando coisas idiotas e retardadas. Está sempre de bom humor, rindo á toa, sempre com um sorriso estampado no rosto. Mas hoje eu pude perceber que ele nem sequer sorriu ou fez suas palhaçadas. Ele nem mesmo me olhou nos olhos... O que eu estou pensando? Ainda estamos no começo da manhã, e desde quando eu comecei a reparar tanto no Dez? E me importar tanto com o que ele faz ou deixa de fazer?

-Por que me odeia tanto? – Dez perguntou de repente, interrompendo os meus pensamentos.

-Como? – Me confundi com sua pergunta.

-Você entendeu. Por que implica tanto comigo? Faz questão de demonstrar que eu sou o cara mais idiota da face da Terra! É sempre grossa comigo. – Fiquei espantada com o que ele disse. O Dez despejou tudo aquilo de uma só vez e pela primeira vez em tantos anos, eu não sabia o que lhe responder.

P.o.v Austin

Não pude deixar de ficar surpreso quando vi que eu tinha seguido a morena até o cemitério. Eu cheguei a Miami faz alguns dias, e bem, um cemitério não era a minha primeira escolha para se conhecer.

Deixei esse pensamento de lado e continuei seguindo a garota, que por estar com fones de ouvido, não percebeu a minha presença atrás dela e nem o barulho dos meus passos.

Parei no mesmo instante em que ela jogou seu skate e se ajoelhou na grama, em frente a uma lápide, que por conta da distância, eu não consegui ver o que diziam as letras cravadas nela. Como eu sou ótimo em passar despercebido, acabei por tropeçar em uma pedra e cair em cima de uma grande pilha de folhas, fazendo um barulho ensurdecedor, mas que chamou a atenção da morena. Por sorte, eu consegui me esconder atrás de uma moita que havia ali por perto, mas não consegui evitar a minha respiração descompensada. Espiei por entre as folhas daquela moita. Vi a morena, que encarava agora as flores murchas encostadas na lápide. A sua expressão era triste, e eu via as lágrimas escorrerem livremente por seu rosto. As mesmas lágrimas que ela lutou para não escaparem, enquanto ainda estávamos na aula. Eu senti uma pontada no coração, e uma vontade enorme de ir lá e consola-la. Fazê-la sorrir e esquecer de todos os motivos que a fizeram chorar. Mas, se eu queria mesmo isso, eu teria que me comprometer e dar o primeiro passo. Cansei de negar em poucas horas, o que já estava provado para mim mesmo, assim que olhei diretamente dentro daqueles olhos castanhos. Eu só tenho que ter coragem, e ganhar a confiança dela. Já deu para perceber que ela é muito mais do que aparenta ser e esconde muito mais o que sente e o que pensa, do que as pessoas conseguem ver. E eu. Eu to mais do que disposto a desvendar essa garota. Ajuda-la no que for. E não irei desistir até conseguir.

P.o.v Ally

-O que está fazendo aqui? – Perguntei ao garoto a minha frente, tentando me livrar de todos os vestígios que demonstravam que eu havia chorado.

-Nós não tínhamos marcado uma conversa? – Ele falou se aproximando de mim com cuidado.

-Garoto, eu nem te conheço! – Falei e fechei o meu diário. – Você me seguiu não foi? Quem te deu a permissão de fazer isso? Por que veio aqui? O que quer?

-São muitas perguntas. – Disse simplesmente e fez uma coisa que eu não gostei muito. Eu me incomodei com a proximidade daquele loiro. Eu mal o conhecia, queria ficar o mais longe o possível dele, ele me causou coisas que eu nunca mais tinha sentido e nunca mais queria sentir. E o que o destino faz? O aproxima mais de mim.

Me afastei do garoto que ousou sentar-se ao meu lado. Escondi o meu diário em minha bolsa, e o encarei. Ele olhava para o nada. Na verdade para a vista que tinha dali de cima, segui o seu olhar. O dia não estava muito frio nem muito quente. O céu estava nublado, porém, o Sol com sua pouca luz, ainda transmitia alguns raios, que tocavam na face do loiro, o deixando com uma aparência... Agradável.

-É! Realmente aqui é muito bonito. – Ele disse. –Nunca pensei que chegaria a dizer isso, logo em um cemitério! – Virou-se para mim e eu não pude deixar de rir com o seu comentário. Ficamos uns minutos em silêncio, mas o fato de ele estar aqui, e principalmente ter me seguido, me intrigava. Ninguém sabia que eu me escondia aqui, além da Trish e do Dez, claro.

-O que... O que faz aqui? – Perguntei. Ele continuou calado. Parecia escolher as palavras certas.

-Eu vim saber como você está. – Aquilo me surpreendeu.

-Como assim?

-Não adianta negar. Eu vi como você ficou após ler aquele conto, que por falar, foi bem bonito. Você tentou sorrir, quando na verdade, queria chorar, ali mesmo.

-Obrigada... Mas, como você percebeu? Quem é você? – Aquele garoto estava me afetando de uma forma incrível, e eu não posso deixar de dizer que eu realmente estou gostando disso. Desse efeito...

Ele sorriu para mim e estendeu sua mão direita.

-Prazer, Austin Moon! – Eu revezava o olhar entre seu rosto e sua mão. Indecisa. Eu não sabia se devia. Não sabia se devia dar mais uma chance. Derrubar assim, todas as minhas barreiras? Mas eu olhei em seus olhos. Castanhos chocolates. Não sabia se era impressão minha, mas eu podia ver sinceridade neles. Por mais inacreditável que seja, eu vi em seus olhos, o pedido que ele nem precisou dizer. “Confia em mim?”

Eu deveria?


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Notas finais do capítulo

E aí? Ficou bom? Legal? Chato? Me digam suas opiniões. Tchau pessoinhas. Mereço Reviews: *--*