Príncipe Encantado escrita por Laura Lynch


Capítulo 23
Acordo nada Bom... -Penúltimo


Notas iniciais do capítulo

Genteeeeeee me sorry a demora (acho foi bem mais que 1 mês, não é? :x), ultimamente ando sem um pingo de criatividade e pior, sem tempo... Mas aqui está, desculpa mesmo... Espero que gostem e aproveitem o Penúltimo capitulo de PE... Ah e obrigada por Todos os comentários, vocês são uns amores! Bebejo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/400648/chapter/23

Pov Austin

Acordei, parecia ser de manhã, pois o lugar onde estava era todo branco e iluminado. Minha cabeça latejava e pesava, deixando meio difícil de conseguir manter meus olhos abertos por muito tempo. Tentei me mexer e nada... Outra vez e novamente nada... Estava preso a uma cadeira, que com meu movimento cerrou um pouco meus punhos e deixou meu corpo mais dolorido ainda. Aonde será que estou? Me perguntei mentalmente...

De repente uma voz conhecida grita alguma coisa incompreensível aos meus ouvidos, logo após um barulho de algo caindo no chão, próximo do quarto onde estou, ocupa o silencio do lugar... Sem pensar duas vezes apoio toda a minha força em minhas pernas e tento derrubar a cadeira, para ter alguma forma de conseguir me soltar e ver o que está acontecendo, mas o máximo que consegui foi fazer a cadeira raspar no chão, causando o maior barulho. Pense positivo Austin, talvez ninguém tenha ouvido e você terá mais uma chance... Mas pensar assim não me ajudou e logo um homem com cara amarrada apareceu do nada no quarto branco, próximo a mim e colocou outro pano na minha boca. Quando ele tirou, ainda estava com um pouco de consciência e tentei morde-lo, mas estava muito lento, e no final o cara acabou me dando um soco no nariz. Então a escuridão me envolveu mais uma vez... Não sei se pelo nariz quebrado ou pelo produto colocado para eu respirar, mas caí no sono profundo...

Pov Ally

–Hey, hey, hey Hey, hey

Simmer down, simmer down

They say we're too young now to amount to anything else

But look around...- Meu telefone tocava, mas não tinha forças para me levantar. Queria que tudo não passasse de um pesadelo, mas infelizmente tinha consciência de que Austin estava em algum quarto trancado não sabendo o que fazer. Acorda para a vida Ally, chega de se lamentar, você tem um objetivo: Encontrar o Pai de Austin, pois ele é a chave de tudo! E pensar que tudo isso acabou acontecendo por uma burrada que nossos pais fizeram...

Resolvi finalmente levantar e pelo último toque, atendi o celular...

Pov Ligação On (Ally: normal – Desconhecido: negrito)

–Alô?- Disse sem muito entusiasmo.

–Hello!- Uma voz grossa, com um toque de ironia passou pelo outro lado da linha.

–Quem é?

–Quem eu sou?- Ele soltou um risinho.

–Foi o que eu te perguntei, tá surdo ou o que?- Me sentei na cama.

–Olha lá, a Senhorita Allycia nervosinha hoje, que interessante!- Mais um riso deu para perceber que ele tinha soltado e aquilo estava me deixando nervosa, curiosa também, mas mais nervosa...

–Eu não estou nervosa, só apenas quero saber quem é você...- Soltei um longo suspiro.

–Um trabalho que sempre amei era te deixar curiosa e irritadiça, saudades disso-

–Vai parar de blá blá blá e me dizer quem é você?

–Curta e grossa, desde quando é assim?

–Ai quer saber? Se você não tem nada de bom para fazer, eu tenho! Adeus!-

Ligação off

Desliguei o celular e me levantei para começar a me arrumar e ligar para Trish e Dez, que desde que os deixei na casa de Mimi, não ouvia noticias dos dois... Mas como fosse piada, minha música do celular voltou a tocar, indicando que alguém me ligava... Olhei o numero e dizia “Desconhecido”, devia ser o mesmo cara!

Ligação on

–Olha aqui queridinho, se você tirou o dia para brincar com a minha cara, hoje não é o melhor dia, então A-D-E-U-S, para de me ligar que eu agradeceria muito!- Quando fui desligar de novo, sem dar tempo para ele responder, um barulho ensurdecedor tocou no meu quarto, fazendo eu pular com tudo.

–Pronto? Bom agora espero que me escute ou o som será mais agudo e conforme o tempo, aumentará de volume...- O desconhecido falou, me assustando na hora...

–Que...quem é você e o que quer comigo?-

–Agora sim... Que pena, pensei que iria bater papo com você por mais tempo, mas esqueci que você cresceu... Iria ser bem melhor se continuasse sendo aquela criancinha que tinha orgulho do papai, tão inocente...-

–Por favor não me faça desligar o telefone, me responde logo!- Tentei parecer forte, mas por dentro estava tremendo...

–Pensei que seria mais mente aberta a respeito da proposta que te faria salvar, hum deixa eu ver... “Meu Austin” , “O amor da minha vida”, e muitos outros elogios para esse loiro que está aqui ao meu lado-

–COMO?- Corri até minha escrivaninha, cadê meu diário??!

–Sim querida, eu peguei seu diário, ah que pena, não é? Tenho que admitir que você teria um futuro brilhante na carreira musical, que pena que não durará até conseguir começar uma faculdade de música ou começar a trabalhar... Só durará talvez se aceitar minha proposta, mas repito TALVEZ!-

–Do que você está falando? Quem é você?!-

–De novo com esse “quem é você”? Apenas sou a pessoa com poder nas mãos, que se você obedecer, tudo poderá voltar ao normal... A decisão está nas suas mãos-

–Então na verdade, eu que tenho o poder nas mãos...-

–Só o poder da livre escolha, o resto tudo dependerá de mim e da minha boa piedade, que por sua sorte, estou cheio dela hoje...-

–Quais as minhas escolhas?-

–Ou se alia a mim e seja totalmente submissa as minhas ordens e decisões ou não faça nada e deixe seu Austin morrer, que eu duvido que você queira...-

–Se eu for uma de suas capangas, o que acontecerá com o Austin?-

–Ele será livre e nunca mais se meterá com a nossa família...

–Nunca mais?

–Nunca mais, darei um medicamento que meus outros aliados criaram e ele não se lembrará de nada, desde que chegou aqui... Não se lembrará de você, nem do sentimento que diz nutrir por ti... Ele não sofrerá, não é isso que queres?

–É o que mais quero, ele já sofreu demais... Okay, estamos de acordo...-

–Boa menina... Se arrume, tudo começará hoje, sem despedida, sem choro, você terá que estar pronta daqui a 30 minutos e se deixar algum bilhete para seus amiguinhos eu saberei e tudo será desfeito e Austin morrerá... Está me entendo?

–Sim...-

Ligação off

A linha tinha sido desligada, mas ainda tinha o celular levado a meu ouvido... Não sabia como reagir, pensar ou muito menos falar... Agora eu seria uma fora da lei, marginal, trabalhando para meu pai... Sim, era óbvio que fora ele, não poderia ser mais ninguém... Trish e Dez espero que cuidem muito bem de Austin e que ao menos tentam entender o que aconteceu... Eu só queria o ver bem e feliz, tenho certeza que irá conseguir uma carreira incrível e uma boa companheira...

Fui até o banheiro e enxuguei a lágrima que escorria no meu rosto, entrando no Box de roupa e tudo, deixando a água fria conseguir me gerar força e energia para prosseguir... Agora não precisava mais encontrar o pai de Austin, que talvez, apenas talvez me ajudaria... Quando me senti mais preparada, me enxuguei e me cobri com a toalha, indo até o guarda roupa e pegando uma calça rosa, uma blusa de manga cumprida, mas meio curtinha que mostrava um pouco da barriga; preta e branca e por fim meu All Star rosa... Acabei pegando uma pulseira, um colar e um anel e por ultimo fiz uma pequena mala, mesmo que sabia que não iria a usar quando fosse uma bandida... Lá coloquei apenas 2 trocas de roupa, meu celular e um perfume... Pensei e pensei, como deixar um recado para Trish e o Dez? Não posso usar caneta, papel e... espera aí!

20 Minutos depois...

Saí na rua e encarei a ultima vez que veria minha casa... Um carro preto, igual ao que pegou Austin parou na minha frente. Suas portas se abriram e eu entrei. Tudo estava escuro, mas se eu me mexesse, dava para sentir outras pessoas a minha volta...

–Oi?- Sem nenhuma resposta... Fui abrir minha mochila, que estava no meu colo, mas algum ser a pegou...

–Ei! Isso é meu!- Outra ou a mesma pessoa colocou alguma coisa nos meus olhos, como se eu conseguisse ver alguma coisa naquela escuridão do carro, mas deixei para lá, teria que me comportar bem, para que nada desfizesse o acordo...

Pov Trish

A Ally saiu correndo, mas eu não a culpo, teria feito à mesma coisa se tivesse no lugar dela que em menos de 24 horas descobriu tanta coisa, tadinha...

–Vocês me entendem, não é?- Perguntou Mimi olhando para o chão.

–Entender eu entendo, mas concordar isso tá longe de mim!- Falei a olhando seriamente...

–Mas meninos eu... nós fizemos para...-

–Se for para dizer que foi para o melhor do Austin, que ficou sem o pai, eu saio daqui agora!-

–Melhor deixarmos isso para lá...-

–Onde será que a Ally foi?- Dez perguntou me olhando

–Para casa- Respondi o abraçando, não conseguia ver as pessoas que amo sofrendo, é demais para mim, pelo menos tenho Dez...

–Calma amor, vai ficar tudo bem...- Ele sussurrou no meu ouvido, acariciando minha cabeça.

–Eu espero...-

–Ei linda, vamos dormir aonde?-

–Vocês podem ficar aqui, claro se quiserem...-

–Tudo bem por mim...- Falei, sem olha-la.

Mimi ajeitou o quarto de hospedes e como só tinha uma cama de solteiro, Dez acabou dormindo no sofá.

No dia seguinte aproveitamos para dormir mais, para deixar Ally ter seu tempo sozinha e como nem Dez nem eu estávamos com vontade de ir para casa de Austin, acabamos dormindo a manhã inteira. Acordai apenas quando o sol entrou pela janela e brilhou no meu rosto e logo depois acordei Dez.

Como Mimi tinha saído, Dez acabou fazendo alguma coisa para comermos e mesmo que quase tenha incendiado a cozinha, os ovos com bacon ficaram ótimos! Depois de comer, fomos caminhando até em casa, que por incrível que pareça não era tão longe assim.

–Ally?- Perguntei assim que entramos, mas não obtive nenhuma resposta.

–Ally?- Dez disse um pouco mais alto, mas também ninguém respondeu. Fomos até seu quarto e lá estava uma bagunça! Era calça jogada para um lado, sapato para o outro e assim ia. Olhei tudo abismada, tinha alguma coisa errada aqui...

–Tem alguma coisa errada- Falei apontando para todos os lugares.

–Dã, claro que tem! A Ally devia ser um pouco mais organizada-

–Mas ela é!-

–Não é o que parece...-

–Por isso que estou dizendo, tem alguma coisa errada aqui... Vem me ajuda a arrumar as coisas-

–Tá, por onde começo?-

–Pelos sapatos e... A Tabela, claro!-

–O que?-

–Isso é uma pista Dez! Vem, me ajuda, vamos ver o que tá acontecendo e cadê a Ally...- Comecei a guardar as roupas como a Ally sempre organizava seu guarda roupa e o primeiro era os sapatos... Guardamos e guardamos, mas nada... Será que eu estava errada?

–Trish acho que não é uma pista e...AI!- Dez tropeçou em um sapato que não tínhamos visto, pois estava entre duas roupas. O peguei e vi uma coisa diferente dentro dele. A peguei e era uma foto de Austin sorrindo...

–Ótimo, primeira pista... Isso tudo tem haver com o Austin!-

–Boa... Qual a próxima coisa da tal Tabela?-

–Hum deixa eu lembrar... Calças!- E assim fomos, cada coisa guardada certo dava a alguma pista... No final pegamos tudo e sentamos no sofá para tentar decifrar o que Ally queria dizer.

–Okay, já sabemos que tem haver com o Austin, mas o que será que significa esse chaveiro de máquina fotográfica? E esse cara de boné sorrindo?-

–Já sei, a Ally pegou a câmera e foi tirar mais fotos desse cara e do Austin!-

–Não pode ser Dez... Pera esse homem é... Não! É o pai da Ally!-

–Tá, mas e essa máquina aí? E porque a Ally apenas não escreveria uma carta falando tudo? Seria muito mais fácil!-

–Oh não, DEZ SAÍ!- Eu saí correndo, acompanhada dele para fora da casa, antes de uma fumaça começar a empestear a casa toda, logo depois a incendiando.

–Como você sabia?-

–Isso- Apontei para o chaveiro. –é uma câmera, acho que a Ally quis representar que estavam a vigiando e agora nós, por essa razão que ela não escreveu uma carta-

–Mas e essa frase: “Se não pode vencer o inimigo, alie-se a ele”?-

–Vamos pensar, Austin, vigilância, pai da Ally... Hum...-

–Trish e se a Ally se aliou ao pai, que a estava vigiando, para salvar o Austin?- Dez falou me olhando.

–É isso aí Dez!- Eu dei um rápido selinho nele. -E agora o que fazemos? A Ally deve estar correndo perigo!-

–A gente não faz nada! Ou melhor, você fica bem quietinha na casa da minha irmã, que se mudou para cá faz algumas semanas, enquanto eu procuro o pai de Austin...-

–Você acha mesmo que vou ficar na minha, enquanto meus melhores amigos estão correndo perigo?-

–Trish vai ser melhor-

–Para quem? Não sabia que você tinha esse seu lado machista!- Falei brava.

–Não é machismo, apenas quero te proteger-

–Não pode me proteger de tudo-

–Por favor Trish, não sei o que seria de mim se te perdesse- Ele olhou para baixo e já podia sentir sua voz embargada pelo choro.

–Ei, não vai acontecer nada comigo, okay?- Levantei seu queixo levemente, olhando seus lindos olhos repletos de água.

–Por favor, fique Trish-

–Se eu ficar, não vou prometer não fugir enquanto você procura o pai dele...-

–Mimada!-

–Ei!- Dei um tapa no ombro dele, que logo me retribuiu, como uma criança... E depois que era a mimada...–Mas isso não muda nada...-

–Teimosa!-

–Idiota!-

–Chata!-

–Dez olha, se acontecer alguma coisa com você, eu nunca iria me perdoar por não ir, então de qualquer forma eu irei, querei você ou não!- Disse confiante.

–Tá bom, mas toma cuidado, tá?- Demos mais um rápido selinho e corremos novamente para a casa de Mimi, pois ela saberá onde anda o marido “morto” dela...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu sei que ficou grande demais, mas como o outro, não deu para encurtar



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Príncipe Encantado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.