Príncipe Encantado escrita por Laura Lynch


Capítulo 22
"Foi Para o Melhor de Todos"...


Notas iniciais do capítulo

Comentem por favor e desculpem a demora *-*



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Pov Ally

Fechei a porta sem alguma reação e escorreguei pela porta desolada... Minhas lágrimas não caíam, estava muito chocada para chorar... Passei minha mão pelo cabelo e suspirei... Queria tanto ter um pai igual a qualquer um ou que apenas o meu continuasse preso na cadeia e nunca mais saísse de lá... Meu pai? Sim, já desconfiava que fosse ele, mas depois desse bilhete tenho certeza absoluta... É o Senhor Dawson que desde o momento em que voltou para minha vida, foi acabando com ela aos poucos, para depois acabarmos aqui...

–Ally? Quem era?-

–Olha isso... O que eu faço agora Trish?- Ela pegou o papel da minha mão e leu rapidamente, logo levando uma expressão aterrorizada ao seu rosto.

–Ally quem pensa que está fazendo isso com você não deve saber de nada, tenta relaxar e não ficar com medo, eu e o Dez estamos aqui para te proteger contra tudo, pode contar com a gente-

–Medo Trish? Eu tô pouco me lixando para a merda desse bilhete me ameaçando! O que tá me dando medo é que talvez eu nunca mais veja o Austin... Eu... eu não posso mais viver sem ele... Agora não mais- Senti as lágrimas quererem cair sobre meu rosto, mas não as deixei, não preciso chorar agora e sim descobrir aonde o Austin está!

–Ally, minha amiga e irmã, o que acha de procurarmos alguma coisa do paradeiro do Austin amanhã? Assim você toma um banho, descansa um pouco e relaxa, porque não vai conseguir nada estando desse jeito-

–Descansar? Ah claro, vou dormir enquanto ele tá lá sofrendo, não sabendo ao menos aonde está! Você acha mesmo que eu vou conseguir dormir imaginando o sofrimento dele? As lágrimas caindo de seus lindos olhos, por medo, frio, fome e sei lá o que mais?-

–Desculpa... Eu só queria ajudar- Levantei e fui a abraçar de lado

–Desculpa eu, mas não consigo pensar em mais nada do que achar ele... Quer mesmo me ajudar? Então me ajuda a encontra-lo -

–Ai Ally eu não sei, ainda acho melhor você ir descansar e resolvermos tudo amanhã-

–Trish eu não quero ser estúpida com você, mas se imagine no meu lugar... Imagina se fosse o Dez o sequestrado? Você conseguiria dormir? Eu duvido!-

–Amor a Ally tá certa, pelo menos se você que estivesse no lugar do Austin eu só pensaria em te salvar- Dez apareceu e pegou às mãos de Trish delicadamente

–Okay... Vamos pensar em alguma coisa, mas primeiro não seria melhor ligar para a mãe de Austin e avisa-la sobre o sequestro?-

–É isso Trish!-

–Isso o que?-

–A mãe de Austin! Ela vai esclarecer tudo isso! Vamos para o apartamento da amiga dela-

–Como assim? Não tô entendendo nada!-

–Não é por nada não, mas eu sei que o Dez é lento para entender às coisas, mas nem eu mesmo entendi-

–Eu explico tudo no carro, mas antes, alguém sabe o endereço da casa da tal amiga da Mimi?-

–Alguns dias atrás o Austin comentou comigo que ela tinha mudado para uma casa aqui na cidade-

–Você sabe o endereço???- Perguntei chacoalhando ele "levemente" desesperada.

–Se você pa...paraaaar de meee chacoalhar eeeu digooo- Ele falou trêmulo

–Ah claro... E então?- Dez foi até a mesa que ficava próxima da cozinha e da onde estamos e rabiscou algum coisa em um papel, logo depois me entregando o mesmo.

–Rua Lunes, 168? Isso tá certo?-

–Sim, mas você vai agora? O Aus tinha me contado que o baile é um pouco da pesada-

–Se precisar eu bato na cara de qualquer um que tentar me impedir de chegar na casa da Mimi!- Disse pegando meu casaco e já abrindo a porta, quando senti uma mão me parando.

–Se você for, eu e o Dez também iremos!-

–Então vamos!- Saímos e encarei a rua, não tinha pensado sobre isso, mas com que carro eu iria?!

–Vem Ally, vamos com o meu- Dez falou e assim o segui até um Honda City vermelho...

A viagem até a nova casa de Mimi foi tranquila e bem silenciosa, só se ouvia a minha voz e ás fortes gotas de chuva que caíam sobre o carro, que agora entrava no tal beco que Dez tinha dito que teríamos que passar, antes de chegar na casa da mãe de Austin. Desde a nossa saída da casa dele até aqui, fui contando tudo, desde o momento em que meu pai nos encontrou na loja, até o que discutimos sobre a família de Austin, para Trish e Dez, que apenas ouviam, sem dizer ou dar pitaco em nada... A única vez que Dez ia dizer alguma coisa, Trish que estava atrás do banco do motorista, o repreendeu e eu continuei contando todos os detalhes...

Dez estacionou sorrateiramente na frente da casa e eu suspirei... Espero que Mimi possa me ajudar a encontra-lo, mas mesmo que não me ajude, uma conversa sobre o “passado” do meu pai, vai me ajudar a esclarecer todas ás duvidas que tenho sobre a ligação da minha família com a de Austin e o porque meu pai odeia tanto o pai dele, se eles já foram amigos, mas isso pode ter sido mais uma de suas mentiras... e talvez até me dê mais chances de encontrar o Austin... Abri a porta do carro e saí, logo tendo dois seres ao meu lado, tocando a campainha junto comigo... Demorou alguns minutos até ela nos atender na porta, com uma cara de sono e de pijamas... Era de se imaginar, claro, já eram 1:30 da manhã!

–Crianças? O que vocês querem essa hora aqui e aonde está meu filho?-

–Podemos entrar Mimi?- Perguntei cautelosamente, aquele assunto não podia ser falado do nada, ela poderia enfartar e esse seria uma coisa terrível, já não bastava o Austin sequestrado!

–Mas claro...err desculpem, é que vocês me acordaram-

–Não tem nada não Senhora Moon- Disse Trish com um sorrisinho de lado... Assim que entramos, Mimi nos direcionou para o sofá e ficou nos encarando, como se pedindo as respostas que não tínhamos á dado logo no começo... Respirei profundamente mais uma vez e olhei para Trish e Dez, como se pedindo apoio, logo sendo recebida por uma mão segurando a minha, era Trish... Olhei diretamente para ela agradecendo e depois nos olhos de Mimi seriamente e desabafei tudo, acabando por dizer do sequestro de Austin. Ela apenas expressava pavor em seus olhos e rosto, não era para menos...

–Então nós viemos aqui para você tentar me ajudar a entender toda essa história, pois eu tenho milhões de perguntas...-

–Olha Ally eu não gostaria de ser a pessoa a te contar isso, mas com todos essas coisas rolando preciso falar a verdade... Eu juro que pensei que teu pai não seria careta e te contaria... Bom, Tudo começou quando nós éramos adolescentes, tínhamos a idade de vocês, eu e seu pai nós... err namorávamos e o pai do Austin era o melhor amigo, braço direito de Lester... Nós três fomos na época Os Populares, todos se vestiam e agiam como a gente e, bem, não éramos pessoas que alguém deveria tomar de exemplo, pois só fazíamos coisas erradas e pior, ilegais... Em uma noite, eu e seu pai começamos a discutir, porque ele tinha ido longe demais para mostrar para uma gangue que era o Boyzão... foi uma discussão seríssima e eu saí da casa dele aos prantos, já que eu gostava muito dele e não queria mais fazer as coisas que não prestavam, só queria ser feliz ao lado de alguém... Na volta para casa eu e Mike acabamos nos cruzando e ele me consolou até que eu parasse de chorar... Ele ficou comigo na hora em que mais precisei e a gente acabou dormindo juntos... Eu gostava mesmo do seu pai, mas me apaixonei pelo Mike só de conhecê-lo melhor e descobri que o amor era recíproco... Então começamos a namorar e a tentar ao máximo evitar Lester, mas quando ele descobriu, foi até a casa de Mike e quase o matou, se não fosse por mim, que me joguei na frente da bala que acertaria o coração dele... Por pouco apenas acertou meu braço e Lester fugiu, mas antes disse que o que pudesse fazer para estragar nossa família ele faria... Alguns meses depois, eu descobri que estava grávida e ao mesmo tempo, que Lester tinha arrumado uma mulher e que ela também estava grávida, de você... Eu fiquei super feliz, pois assim seu pai nunca mais voltaria a nos perturbar com ameaças, que dia e noite chegavam no nosso antigo apartamento... Quando ele se mudou para Los Angeles, nunca mais tivemos notícia sobre ele, até Miker descobrir pelo jornal, que Lester voltara ao mundo do crime, assim que sua mulher tinha falecido... Passou mais um tempo e tivemos que vim para cá, como você sabe por negócios de família... No aeroporto, Mike recebeu uma mensagem dizendo um simples: “Vocês estão de volta no meu território, eu terei minha vingança, por você tirar meu eterno amor de mim...” Com isso rapidamente nós dois pensamos em forjar a morte de Mike, para assim tudo melhorar e que nenhuma vez mais um Dawson entraria na nossa vida, mas nunca pensaríamos que você conheceria nosso filho e que os dois se apaixonariam! Que destino, não é verdade?-

–Mas vocês fizeram o filho, o Austin sofrer por nada? É isso mesmo que eu entendi?-

–Olha Ally, fizemos para o bem de todo mundo, você tem que entender que...-

–Entender o que? Que magoaram, acabaram com o coração dele por causa de uma mensagem? Vocês sabem como o Austin chorou com a “morte” do pai? E se eu não tivesse conhecido ele, simplesmente não contariam nada para ninguém e o Mike continuaria “morto” para sempre?- Nesse momento eu já tinha saído do sofá incrédula, como eles puderam fazer isso?

–Seria... Mas foi o melhor que pensamos na hora querida, tenta entender o nosso lado, por favor...- Não respondi nada, apenas peguei a chave do carro de Dez, que estava em cima da mesinha de centro e fechei a porta com toda força... Saí de disparada com o carro, precisava assimilar tudo... Corri, corri e corri sem destino, até no final parar na frente da minha casa e entrar lá... Caí na cama e logo em seguida dormir pesadamente, tinha tantas coisas na minha mente, mas a principal, que se destacava era “Como vou achar o Austin, como?”


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