Apenas Um Sonho escrita por Vitor Marques


Capítulo 4
Ele sabe meu nome


Notas iniciais do capítulo

Voltei gente, falei que ia voltar terça mas aconteceram "coisinhas" e estou postando hoje. Beijão



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Foi questão de segundos, o meu medo era se ela conseguiria ou não decifrar meus desenhos e palavras soltas naqueles papéis amassados. Tá certo que aqueles papéis estavam inutilizados e jogados na estante há anos, minha mãe poderia não ligar e não dar nenhuma importância, mas nunca se sabe.

Já estava suando frio e minha mãe ainda olhava aqueles papéis com uma cara estranha, no final ela olhou com um ar sério e me perguntou:

– Luna! Por que você rasurou todo esse papel? – Por sorte ela não havia conseguido decifrar, rapidamente eu procurei uma resposta lógica para responder aquela pergunta. – Isso custa dinheiro! E como se não bastasse ainda fica jogando por aí.

Eu não tinha o que falar e então menti:

– Ah... Bem é que... Eu estava fazendo um trabalho de... Matemática que envolvia traços, álgebra e operações. O resultado foi esse, mamãe. – Ela me olhou desconfiada, mas não disse mais nada.

Acho que consegui enganá-la, ufa! Agora se ela desconfiar de alguma coisa é só eu relembrá-la. Não sei nem como ela havia acreditado em mim, sendo que naqueles desenhos representavam bem duas crianças palitos, uma menina palito, uma mulher palito e tudo embolado...

Uma semana se passou naquele colégio e as notas bimestrais foram entregues três semanas antes, então a minha classe forjou as férias de inverno, o que me agradou muito, já que assim eu teria mais tempo para ficar com Sthefanni. Seriam vários dias de descanso, um frio tremendo e a maioria deles sem a minha melhor amiga, pois a minha mãe queria viajar com toda a família.

Arrumei as minhas tralhas e peguei alguns livros para não ficar entediada naquele hotel, mas isso seria quase que impossível. Entrei no ônibus quando a minha mãe me chamou pela quarta vez e rapidamente nós chegamos até lá. O Hotel Sky é grande, luxuoso e espaçoso. Estava com a minha mãe, que estava terminando de assinar a papelada quando vi alguém que fez o meu coração parar, bater mais forte e parar novamente, pois ele havia me ignorado.


Bem... Tá certo que o Finn nem me conhecia direito, mas eu achei que ele pudesse responder o meu aceno com a sua mão, e ele não havia feito nada. Apesar de saber que a família dele era rica, eu nunca havia imaginado que ele poderia estar no mesmo hotel que eu. Decidi então que aproveitaria dessa coincidência para me aproximar dele, ou tentar isso.


No dia seguinte, eu estava passando em frente a uma grande fonte quase congelada e ele estava lá sentado e lendo. Decidi então me sentar o mais próximo o possível para ver se ele me notava, mas isso não aconteceu. Então fiz uma forcinha, fingi que o livro havia caído da minha mão indo para perto dele.

– Ops! – Exclamei e ele simplesmente ajuntou o livro e me perguntou:

– Isso é seu? – Claro que era meu, não tinha mais ninguém ali, mas fui dócil e calma, apesar de estar nervosa.

– É sim, muito obrigada. – Peguei o livro sorrindo, fiquei esperançosa e olhando para ele, foi aí que ele me reconheceu.

– Ei, você é a... Luna, eu acho, da nossa sala. – Ele havia mesmo me reconhecido. Fiquei muito feliz, muito mesmo.

– Sou sim.


P.O.V Finn


Essa garota é muito estranha. Não sei mais o que dizer para ela, mas parece que ela quer que eu diga algo, então perguntei qual era o livro que ela estava lendo, ela me respondeu e perguntou o meu e eu respondi também, um pouco nervoso. Tentei ir embora sem ser grosseiro, porque já estava na hora de eu sair. Pensei em como ela era bonita, mas parecia não cuidar muito de sua aparência. Poderia até tentar alguma coisa com ela, mas ela nem me conhece direito, embora nos últimos dias tenhamos nos falado. Mas sinceramente, seu jeito de ser não é pra mim. Ela não se valoriza, e gosto somente de garotas valorizadas. Aquelas que se dão valor, que cuidam de si mesmas.


O meu maior problema é viver essa vida mentirosa. É viver essa vida em que você tem sempre que se esconder dos outros. É viver uma vida que você não gosta, uma vida que você detesta.


De resto, sou um adolescente normal. Tenho 14 anos, cabelos castanhos, olhos verdes. Costumam dizer que minha língua é grande. Talvez essa seja o motivo de todas as garotas correrem atrás de mim. E bem, meus hobbies são jogar futebol, comer e ver tevê. Meu estilo de vida, por mais que eu não goste, é até bom, pois tenho tudo o que quero, na hora que quero e como eu quero. Talvez isso contribua para que eu seja assim hoje.


Sobre amigos... Todos falsos. Todos apenas lembram que eu sou popular e que a escola inteira me admira. Assim, eles também querem ser sociais comigo. Mas, não ligo para isso. Minha mente é daquelas fechadas, muito difíceis de mexer, ou tentar-me fazer mudar de ideia em qualquer decisão.


P.O.V Luna

Estranho, muito estranho. Por alguns segundos eu pensei ter ouvido os pensamentos embaralhados do Finn. Devo estar ficando louca. Ele disse que tinha que sair e eu fiquei sorrindo até que ele se fosse. Acho que agora já estávamos mais íntimos. Bem, pelo menos no quesito amizade.

Depois de encontrá-lo, meu dia no parque foi ótimo. Eu estava precisando de algo assim, para me relaxar. No resto da semana eu apenas trocava olhares com o Finn e sorria. Bem, pelo menos a amizade dele eu estava conseguindo. Então, um dia enquanto eu lia naquela mesma fonte, ele veio conversar comigo.

– Eu te vejo muito pouco, Luna. Poderia lhe perguntar onde você se esconde o tempo todo? – Eu sabia que na verdade ele nem me notava, era normal, mas agora eu estava conseguindo chamar a atenção dele.

– Não sei, eu nunca me escondi, acho que é só impressão sua. – Na verdade, eu também não queria aparecer muito para ele, queria ser lembrada na hora certa.

– Bem, você é amiga da Sthefanni, né? – Meu coração vacilou, será que ele iria vir me perguntar sobre ela? Respondi um pouco preocupada:

– Sou sim, por quê? – Fiquei curiosa e torci com todas as forças que ele não fosse começar a falar que queria ficar com ela.

– Eu já fui da classe dela em outra escola, costumávamos ser amigos. – Ele disse sorrindo, parecia estar se lembrando de algum passado. Fiquei com raiva da Sthefanni por ela não ter me dito que havia conhecido o Finn, mas eu também não havia perguntado, então decidi que não ficaria com raiva e respondi sorrindo.

– Que legal, ela é a minha melhor amiga, mas não sabia disso. Qualquer dia eu falo isso pra ela –tentei chamar a sua atenção e dei um sorrisinho falso.

–Ah, sim, que bom saber. Você sabe que todos me acham popular, então eu acho que ela vai se lembrar de mim sim – Sussurrou-me com um sorriso cafajeste no rosto.

O papo acabou ali. Cheguei à conclusão de que Sthefanni poderia ter me falado disso antes, o que me deu um pouco de raiva. Mais uma vez não dei importância e esperei ele sair. Aquela estava sendo uma das minhas melhores férias, principalmente porque ele lembrou meu nome.


P.O.V Finn


Enganei-me um pouco sobre a Luna. Ela é uma garota bem legal, notei isso quando conversei com ela. Fora isso, nunca poderia pensar que ela fosse assim. No entanto, eu não estou interessado nela, e sim em outra pessoa. Mas somente para ficar, e não para algo mais sério.


Enquanto estava fazendo toda essa nota, sentei-me na escada e lembrei-me de uma música que poderia representar toda a minha situação nesse momento. Olhei os arredores e vi que estava sozinho. Em um impulso mal pensado, comecei a cantar Teenage Dream, minha música preferida.



*’*


Let's go all the way tonight,

No regrets, just love

We can dance until we die,

You and I, we'll be young forever


(Até o fim essa noite, sem arrependimentos, só amor

Nós podemos dançar até morrer, seremos jovens para sempre)


You make me feel like I'm living a teenage dream

The way you turn me on

I can't sleep let's run away and

Don't ever look back, don't ever, look back


(Você me deixa tão excitado que não consigo dormir

Vamos fugir e nunca olhar para trás

Nunca olhe para trás)


My heart stops when you look at me,

Just one touch now baby I believe

This is real so take a chance and

Don't ever look back, don't ever look back


(Meu coração para quando você olha para mim

Apenas um toque, baby, agora eu acredito que é real

Então arrisque-se e não olhe para trás

Nunca olhe para trás)



*’*

Escutei alguns passos, e parei, muito envergonhado.

P.O.V Luna


Estava subindo as escadas, calada, quando escutei alguém cantando Teenage Dream, umas das minhas músicas prediletas. Continuei a subir, e pensei quem poderia estar cantando, foi quando vi Finn sentado, todo avermelhado. Ele fitou-me seus olhos e sussurrou:


–Oi, tudo bem? Você de novo? – virou a cabeça pra parede e continuou – Que bom te ver de novo.

–Oi, não sabia que você curte Katy Perry. É bem legal, e essa música é uma das minhas preferidas. – respondi sorridente, me sentando ao seu lado.

–Eu... bem... ér.... aham.

–O quê? – não pensei muito em falar isso, só depois fui perceber que ele estava com vergonha.

–É, aham. – respondeu-me virando o rosto novamente.

Para não envergonhá-lo muito mais, subi as escadas novamente, pronunciando apenas um “tchau” que não foi respondido.



*’*


Os dias começaram a se passar em minutos, o que nunca havia acontecido na minha vida. As boas notícias eram que minhas amizades haviam se intensificado muito, e bem, agora Finn me conhece.

Mas, também houve um porém. Nesses dias, eu estava muito eufórica, o que me fez mandar uma cartinha de amor, numa atitude impensada para Finn. Escrevi o seguinte:

“Querido Finn, já te admiro há um tempo, e agora tenho a certeza que te amo. Não sei como você está agora, lendo isto, mas espero que esteja alegre ao saber disso. Meu nome? Não vou revelar. O motivo? Amor. Se você descobrir não deixe de chegar a mim, e me agarrar e me beijar com toda a sua força. Estou esperando por você. Um beijo, admiradora apaixonada”.

Fiquei muito apreensiva após ter mandado esta carta. Esperando uma resposta clara, ou seja, um beijo. Mas a resposta não veio. Apenas gastei mais um dos papéis da estante e meu cérebro pequeno para fazer uma declaração.

*’*

Agora como eu tinha uma melhor amiga, fui contar-lhe a situação da cartinha, que não tive sucesso. Tomei um banho e coloquei um par de moletons, algo casual. Abri o portão da minha casa e saí correndo para contar-lhe logo a triste notícia.

Quando cheguei lá, vi Sthefanni deitada na cama, com o rosto inchado, o nariz avermelhado e o cabelo todo bagunçado. Meu coração deu uma pausa e voltou novamente á ativa.

–Sthefanni, o que aconteceu? Você está horrível – perguntei-lhe quando sentei no sofá ao seu lado.

–Estou passando mal. Não posso falar mais agora, mas você ficará sabendo logo. – respondeu-me e pude ver seus olhos se enchendo de um brilho, que certamente seria uma lágrima.

–Calma, não vou te perguntar nada que não quer me contar. Vou ficar aqui com você hoje, para lhe fazer companhia.

Pensei um pouco e decidi não contar-lhe sobre a cartinha. Hoje não é um bom dia para isso, até porque ela não tem nada a ver com o assunto.

A tarde foi passando e ela estava sempre com aquele rosto de deprimida, e em vários momentos vi lágrimas caindo, mas disfarcei, para não deixá-la mas triste que está.

A noite chegou sem eu perceber, então tive que esperar o último ônibus passar, porque a zona rural não tem iluminação e não é segura. Sthefanni ainda continuava triste, desolada. Peguei minhas coisas e dei um abraço bem forte nela, que deu o primeiro sorriso desde que cheguei. De longe já escutei o barulho do ônibus, então saí e me despedi:

–Já vou indo, está na hora.

–Porque não fica? – perguntou-me sento interrompida por um tossido.

–Não, já está na hora, o último ônibus passa agora. Já vou indo. – respondi dando outro abraço.

Saí e sua mãe fechou a porta para mim. Alguns segundos depois já vi o ônibus parar na minha frente.

*’*

Voltei e vi a casa toda bagunçada. Minha mãe havia deixado meus irmãozinhos sozinhos em casa. O pior é que a parte mais afetada era meu quarto. Meus cadernos, documentos e redações estavam destruídos. Isso fez com que eu ficasse o resto da semana tentando recuperar alguma coisa. Consegui recuperar apenas alguns documentos que diziam sobre a água, e uma redação que dizia dos alimentos perigosos ao organismo. Então eu desmaiei. Fui ao médico, que me diagnosticou Anemia. Mais uma parte das minhas férias que se vai destruída.

A recomendação foi comer verduras e legumes, mas minha mãe não fez questão de seguir a dieta. Disse somente para eu comer mais e tomar leite todos os dias. Estas não são atitudes de uma boa mãe.

Naqueles dias, recebi também, uma carta da família da Sthefanni, dizendo para eu ir a casa dela o mais rápido possível, o que eu não podia fazer, devido a minha doença. O jeito era falar com minha mãe. E foi isso que fiz.

– Mãe, recebi uma carta da família de Sthefanni, dizendo para eu ir a casa dela o mais rápido possível. Pelo jeito, é algo sério. – falei lançando um olhar profundo sobre ela.


Minha mãe arregalou os olhos, e respondeu-me:

– Você sabe o motivo? Você fez alguma coisa? É melhor que não, porque você já sabe o que acontece se tiver feito alguma coisa.- ela retribuiu meu olhar num nível ainda mais alto.

– Não sei não, mãe. Acho que é algo sério, e muito sério. E não, não fiz nada. Eu posso garantir. – retomei o controle da situação dizendo isso.


Ela estava muito surpresa por sinal, então me deu uma resposta.

– Quando você melhorar dessa anemia você pode ir. A culpa é toda sua de se desnutrir. É bom comer muitas coisas saudáveis.

– Mas mãe, é algo sério - dessa vez realmente é. – Por favor, deixe me ir e garanto que depois eu sairei da anemia rapidinho.

– Sem mas... Depois que acabar com a anemia você vai. Por isso se alimente bem. Come muito arroz, feijão e leite.

Na verdade, não sei como me alimentar bem com coisas vencidas, ou quase vencidas. Então comecei a comer coisas que não gosto, os únicos alimentos que não estavam vencidos naquela casa; e apenas frutas frescas.

Depois de me alimentar bem, fui fazer um exame de rotina, e tive que esperar mais um tempo pelo resultado. A demora não é minha amiga.

Minha vida nunca foi tão sedentária naquele período de tempo. Estava louca pelo resultado do exame. Minha mãe chegou em casa com alguns papéis em mãos. Enchi-me de esperança para descobrir que eram apenas alguns documentos sem importância para mim.

Todo dia minha mãe chegava com aqueles papéis. Já estava cansada de esperar. Mas, afinal, o que seriam aqueles papéis?

Uma madrugada, sem ela perceber, fui até seu quarto e peguei um dos papéis. Desci as escadas, e fui até a cozinha, onde a luz fica acesa a noite toda. Droga! O papel que eu peguei era um daqueles em que não se dizia quase nada. Mesmo assim li. Estava escrito o seguinte. “Então, podemos concluir que ele ainda está aqui, então, fique preparada, para nossa segurança. Aguarde novas informações”. Provavelmente eram emails de uma única pessoa.

Escutei passos na escada e desesperei-me. Coloquei o papel dentro na gaveta de talheres. Fiz cara de sono e abri a geladeira. Olhei para a sala e pude ver minha mãe, olhando para mim:

–O que está fazendo, Luna? – perguntou-me sonolenta.

–Estou assaltando a geladeira. Pode voltar a dormir que já estou indo.

Ela não discordou nem concordou, apenas subiu novamente as escadas e escutei a porta de seu quarto de fechando.

Logo após também subi, e entrei no meu quarto, com o papel. Não consegui ver mais nada.

Coloquei meu celular para despertar dali à uma hora para colocar novamente o papel na sua gaveta, mas não consegui dormir durante esse tempo.

Entrei novamente no seu quarto e abri a gaveta. Pude ouvir seu bocejo:

–Luna, o que você está fazendo?

Coloquei o papel na gaveta novamente, e peguei uma de suas cartelas de remédios para insônia.

–Nada mãe, só to pegando um remédio porque não estou conseguindo dormir.

Não tive mais respostas, ouvi apenas alguns roncos, ela certamente não desconfiou de nada. Voltei para meu quarto e finalmente consegui dormir.

*’*

Fui acordada no dia seguinte com minha mãe gritando lá em baixo:

–Cheguei!

Saí do meu quarto, e pude ver novamente os papéis em suas mãos.

–E seu exame também chegou! Pode pegar. – disse mostrando-me um envelope.

Desci desesperadamente as escadas, em busca de uma resposta. Peguei o exame e tentei ler alguma coisa, mas não consegui. Entreguei para minha mãe, fazendo sinal para ela ler e me dar o resultado.

–Você não está mais com anemia. Aqui o médico fala também que nunca viu alguém se recuperar tão rápido.

Pulei várias vezes em círculos e quis saber sobre Sthefanni:

–E então mãe, agora eu já posso ir ver a minha amiga? – perguntei-lhe sorrindo e fitando-lhe meus olhos.

–Sim, você pode ir ver a Sthefanni amanhã. Mas lembre-se, se tiver anemia de novo vai ter que fazer o mesmo: vai ter que comer as coisas saudáveis como fez na última semana.

–Claro, mãe, pode deixar. Vou fazer tudo direitinho.

Estranhei um pouco a preocupação de minha mãe em relação a isso. Mas também pensei que nunca tinha alguma coisa que pudesse comer sossegado na minha casa. No entanto, não falei nada, para não me causar melhores problemas.

Fiquei o resto do dia apreensiva com a situação, e decidi entrar na internet. Foi quando achei Finn numa rede social, e por mais incrível que pareça, ele me pediu em amizade. Meu dia não poderia estar mais perfeito que este. Aceitei e já pude ver-lhe no meu bate-papo.

Não tinha muitos amigos, por isso, nunca fiz questão de entrar, muito menos de pedir amizade para outras pessoas. Mas então vi que esta rede podia me ajudar bastante.

Fiquei entretida e passei o resto do dia na frente do computador. Quando fui notar, o relógio já estava caminhando para as vinte e três horas. Desliguei e fui me deitar.

Foi aí que lembrei que o assunto de Sthefanni era sério, e fiquei preocupada. Não posso saber o que aconteceu, mas podia ser algo como uma mudança de cidades, ou amor proibido pelo Finn, e isso me preocupou muito. Embalada de todos esses pensamentos, consegui dormir, e sonhei com os anjos.

Acordei e lembrei-me do sonho, e não consegui descrevê-lo, nem decifrá-lo e fiquei mais apreensiva ainda. Tomei um banho e coloquei o mesmo moletom que usei na outra visita, porque a casa dela é muito fria. Bati a porta de casa e fui correndo até a casa dela, sentia saudades e estava preocupada.

Chegando lá fui recebida com olhares preocupantes, e nada de Sthefanni. Subi até seu quarto e a vi deitada, de uma forma totalmente diferente que é. Todos me olhavam desesperados em busca de uma resposta, que eu certamente não poderia dar. Ele fitavam meus olhos mais desesperados procurando o porquê.


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Notas finais do capítulo

Prontinho gente. Mereço reviews? Sim, sim pfvr