Apenas Um Sonho escrita por Vitor Marques


Capítulo 3
Bebês não podem ter bebês...


Notas iniciais do capítulo

oi gnt (q gente?), demorei mas to aqui. Provavelmente o próximo sai terça.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/400602/chapter/3

Eu e minha mãe ficamos olhando seriamente para ele, eu nunca havia visto Rowley falar tão sério. Senti que coisa boa é que não viria, pela sua voz, eu podia observar certo tom de preocupação. Ele suspirou e então começou a narrar:

Bom, há uns dois meses, quando eu saí de casa e só voltei no outro dia, eu conheci uma garota. Ela era legal, eu estava carente. Acabamos passando a noite juntos e... Bem, acho que vocês podem imaginar o que aconteceu. Eu não queria ter imaginado aquilo, mas eu imaginei e já tinha quase uma opinião formada sobre o que havia acontecido. Então hoje ela me ligou me dizendo que está grávida... E que eu sou o pai. Olhei para a minha mãe e notei a raiva nos olhos dela. Mas como eu, ela queria escutar tudo o que ele tinha a dizer. Ela disse que o pai deve saber na melhor hora, então é isso que eu tenho a dizer. Sra. Jéssica, você vai ser avó e você Luna, vai ser titia.

Como assim? Como meu irmão havia sido tão irresponsável ao ponto de engravidar uma garota? Como ele havia conseguido fazer isso? Não que eu duvidasse da masculinidade do meu irmão, muito menos da sua falta de responsabilidade, mas há uma frase bem explícita que diz que “bebês não podem ter bebês” e agora... Agora surgiu o silêncio.

Minha mãe, bem, a minha mãe estava tão chocada que não falou nada por cinco minutos. Cinco minutos que pareceram eternos. Eu estava mais uma vez angustiada. Agora a curiosidade já havia sido matada, enterrada e meu irmão parecia mais angustiado ainda. Durante aqueles cinco silenciosos minutos eu senti pena dele.

Foi aí que a minha mãe se levantou e começou a andar de um lado para o outro. Sabe quando você pressente a tempestade? Bem, eu estava pressentindo-a. Então, em um momento em que ninguém esperava ela deu um grito:

Como assim? Ela colocou as suas mãos na cabeça. A respiração dela ficou mais forçada. Achei que ela fosse ter um infarto ali. Suspirou, respirou, inspirou e falou com toda a calma do mundo. Eu não me lembro disso. Você tem certeza que o filho é seu? De que essa malandra não tá querendo te passar a perna? Meu irmão fez que não com a cabeça e a minha mãe berrou mais alto ainda. E como é que você pode fazer isso? Você tem o que na cabeça, merda? Senti as lágrimas se aflorando nos olhos da minha mãe, nos olhos do meu irmão e consequentemente, nos meus olhos. Como você pode ser tão irresponsável a ponto de engravida uma garota?

Eu já não prestava atenção em mais nada. Eu estava pensando o que seria de mim agora. Como é que eu poderia passar a viver com um irmão desempregado e sua “mulher” grávida? Como é que seria de Rowley cuidando de seu filho, já que nem sabia cuidar de si mesmo? E se fosse pior... E se Rowley se mudasse e me deixasse sozinha com a minha mãe. Aquilo era demais para mim.

Em meio àquelas discussões, minha mãe já estava a ponto de começar a tacar objetos na cabeça de Rowley e ele já estava a ponto de fazer suas malas e ir se embora. Sem saber o que fazer, ou de qual lado eu deveria escolher, simplesmente sorri e fui para o meu quarto. Só então chorei. Chorei muito, por que aquilo acontecia somente comigo? Por que a minha mãe não poderia ser mais “cabeça aberta” comigo? Por que Rowley havia engravidado uma garota, se nem ele mesmo conseguia se manter?

Amanheceu novamente, era sábado e sábado para mim era um dia especial. Era um dia que eu não teria que ir à escola, era um dia que eu teria só para mim e era um dia que eu podia aproveitar da forma que eu quisesse.

Acordei cedo e fui tomar café, logo depois eu voltei para o meu quarto, me deitei na cama e peguei um livro para ler. Foi aí que tive a ideia de ir até a casa da Sthefanni. Como era sábado, ela provavelmente não estaria fazendo nada e poderíamos ficar conversando.

Desci as escadas e fui procurar a minha mãe. Ela estava nos fundos brincando com gêmeos e eu perguntei a ela:

Mãe, posso ir à casa da Sthefanni? Ela me olhou indiferente e respondeu.

Pode filha, é claro que pode. Eu estranhei. Ela nem sequer sabia quem era a Sthefanni, a não ser que o Rowley tivesse contado a ela.

Subi as escadas correndo e me arrumei do jeito que mais gostava, uma jeans velha e surrada e uma blusa normal. Peguei uma sapatilha, passei um pouco de batom nos lábios, ainda não estava acostumada com aquele negócio de maquiagem e resolvi não exagerar para não parecer uma palhaça.

Liguei para ela para ter a certeza de que poderia ir e ela me respondeu que sim.

Saí de casa e caminhei até a casa dela com certa pressa. Quando cheguei lá, ela me recebeu muito bem e me apresentou logo a sua mãe. Uma mulher de uns trinta e poucos anos, muito gentil e um lindo sorriso, um verdadeiro retrato de Sthefanni, sua filha.

Por que você não foi à aula ontem? Perguntou-me Sthefanni.

Hã... Digamos que eu não estava me sentindo muito bem, também tem algumas coisas que eu queria falar com você... É que você é a minha única amiga e eu... Eu precisava conversar com alguém. Eu precisava desabafar e sorridente Sthefanni me abraçou dizendo:

Amiga, pode me falar. – Aquilo era o que eu precisava ouvir. Senti inveja dela por ter uma mãe tão boa, por ser tão boa consigo mesma e senti as lágrimas virem aos meus olhos, mas fui forte.

Naquele sábado à tarde a gente conversou sobre várias coisas, coisas que eu não tinha com quem compartilhar antes, aproveitei também para conhecê-la melhor. Não que eu queira impor uma Sthefanni na cabeça de cada leitor, mas quero que a conheçam do jeito que eu a vejo. Sthefanni tem uma linda cabeleira ruiva encaracolada, que encanta todos por onde passa. Os olhos claros muito lindos e a pele alva, muito alva. Seus dentes eram perfeitos e seu sorriso era mais perfeito ainda. Estava contente por ter uma amiga assim, que além de linda por dentro era linda por fora.

Sthefanni tinha quatorze anos, assim como eu. Seus pais eram da classe média alta e haviam decidido se mudar para a zona rural para fazer o cultivo de uma grande roça de café. Grande mesmo, pois ao olhar pela janela do quarto dela eu podia ver vários cafeeiros. Ela me falou também das suas histórias, das suas viagens e rimos bastante sobre aquela ruivinha desajeitada que ela é.

Quando chegou o anoitecer, eu decidi que estava na hora de ir para casa. Valera a pena o almoço com a Sthefanni e seus pais, a educação com que eu fora recebida naquela casa e, sinceramente, eu não pensava na possibilidade de levar Sthefanni lá em casa. Tinha medo que minha mãe a destratasse.

Voltei para minha casa. Decidi escrever novamente. Peguei desta vez, papel, canetas e lápis coloridos. Escrevi frases, e fiz desenhos codificados, que só eu iria entender.Desci para a cozinha e me deparei uma enorme bagunça. Depois de lavar toda aquela louça, preparei uma omelete e bacons e me servi. Depois desse “jantar”, tomei um banho e fui para o computador, depois de muita exaustão me deitei e então fechei os olhos...

P.O.V Sthefanni

Luna passou o dia comigo, e pude ver que ela é realmente uma garota muito especial. Pena que minha suspeita... - senti as lágrimas caindo sobre meu rosto liso e sem imperfeições, mas com o interior horrível e espinhoso – pena que minha suspeita pode acabar com tudo. – suspirei e as lágrimas caíram mais rápidas e em maior quantidade – ela é uma garota tão bonita e a meu ver, tão cheia de vida. E para minha infelicidade essas dores não param. Tomara que tudo isto esteja errado.

Peguei um livro na minha escrivaninha de madeira, onde guardo todos os meus objetos escolares. Livretos e filmes. Minha vida é tão organizada que chega a me dar nojo. Confesso que algumas vezes eu já pensei em apenas largar tudo isso e me jogar da janela. Já outras vezes penso apenas em desarrumar tudo e sair gritando que nem uma louca. A minha vida é assim, e tenho inveja de todas as outras que não são.

A noite foi passando e meus olhos foram se fechando aos poucos. Nesse momento guardei meu livro novamente e fechei os olhos totalmente.

P.O.V Luna

Depois de pura escuridão escutei vários gritos:

Não faz isso! Mamãe vai brigar! Não, não! era minha mãe brincando com os gêmeos.

Olhei no relógio e vi o ponteiro beirando uma hora da tarde. Levantei-me ainda sonolenta e coloquei uma roupa casual para um belo domingo. Desci e fui ver um filme antes do almoço (que sempre atrasa no domingo).

*’*

Depois de almoçar, escovei os dentes e resolvi me deitar um pouco. Fechei os olhos e quando os abri novamente eu olhei para a minha frente e vi no meu grande bloco de compromissos (que sempre estava vazio): “Domingo, 14h30m, trabalho com Gerald”.

Olhei no meu relógio, já eram 15h45m, ou seja, mesmo que eu quisesse, por mais que eu corresse, eu chegaria atrasada na casa do Gerald. Peguei o mapa e percebi que a minha casa ficava a aproximadamente vinte e cinco minutos da minha, ou seja, era mais fácil eu ir a pé do que esperar um ônibus que só passaria dali à uma hora.

Cheguei na frente da casa dele, uma casa com três andares, dois carros na garagem e um portão automático, e bati palmas. Foi aí que um homem muito elegante desceu as escadas da porta de entrada e abriu o portão para mim.

Da próxima vez, você pode apertar a campainha disse ele me indicando um botão. Assim eu poderei abrir o portal automaticamente e não manualmente. No mais, tenha uma boa tarde.

Olhei para cima da escadaria e Gerald estava me esperando. Não veio nem um "bom dia", nem um "boa tarde". Nem um beijo na minha face, como adolescentes normais faziam. Ele me olhou de cima a baixo e disse:

Você está atrasada. Entre. E eu entrei. Não queria discutir com ele e por isso eu o segui até um mini escritório. Acho que era a sala de estudos dele.

Eu fiquei ali, sentada enquanto ele fazia todo o trabalho por mim. Não sei se ele tem o dom de ser escravo, ou estava me ignorando pelo mega atraso. Tentei ajudar, mas ele recusou:

Você quer alguma ajuda? Não estou fazendo nada.

Não, você vai atrapalhar nosso trabalho. Ficando ai já está ótimo. E não se preocupe nem ache que não vou colocar seu nome no trabalho, pois eu vou.

Bom, mesmo assim, se quiser ajuda é só falar.

Ele não me respondeu e eu continuei ali por mais alguns demorados minutos, até ele continuar a dialogar comigo:

Acabei! Se quiser ver o resultado, é só sentar aqui.

Ele se levantou da cadeira e eu sentei.

Mas então, como você faz para ser tão inteligente e esforçado assim? Queria puxar um papo, mas eu não sabia o que podia resultar daquela conversa.

Eu não faço nada. - Disse ele orgulhoso. - Eu apenas sou. É algo instantâneo. Ou é, ou não é. E se não for pode tentar ser e com muito esforço você não chegará aos que nasceram assim.

Não dei muita importância àquela frase, pois eu sabia que ele era um garoto muito esnobe. Provavelmente era um filho único de papais ricos que queriam que ele crescesse e virasse um médico ou um juiz. Quem sabe um engenheiro? Enfim, agora me dizia que eu tinha que fazer uma amizade com ele. Então me esforcei:

E o que você mais gosta de fazer? Era uma pergunta comum, mas sempre trazia muitas respostas e a gente poderia conversar mais...

Jogar videogames e estudar. E só? Era só isso que ele mais gostava de fazer?Ele realmente não é um menino normal para sua idade.

Interessante - disfarcei - e o que você gosta de ver na tevê? Estava ficando um pouco agoniada, só eu interagia naquela conversa, só eu perguntava e só ele respondia.

Séries, filmes e desenhos. Respondeu-me.

Aos poucos a conversa continuou, com vários períodos em que o silêncio tomava conta. Perguntei sobre filmes, animes, redes sociais, comidas e cantores, e tentei ser o mais social possível. Da grande e clara janela, pode ver o ônibus virando a esquina. Desci, o abracei e nos despedimos:

Qualquer dia você pode vir aqui de novo. – Disse ele sorrindo enquanto eu entrava no ônibus.

Fiquei muito feliz com o que ele me disse e antes de o motorista dar a partida eu ainda disse:

Ok. Estou indo.

Entrei no ônibus e fiquei observando a paisagem enquanto ele me levava para casa. Como o ônibus entrava em outras ruas, levei quinze minutos para chegar em casa e finalmente desabar no sofá.

Meu irmão deveria estar no seu quarto e minha mãe estava passando pela sala, aquele era o momento perfeito para eu falar sobre minhas origens com ela. Quando os meus lábios se abriram e as palavras já estavam prontas para sair, ela começou a falar do Rowley.

Fiquei uns quinze minutos exposta àquela tortura psicológica e quando vi que ela não prestava a atenção em mim, parei de dar atenção à montanha de palavras que ela falava sobre Rowley e a sua irresponsabilidade. Eu estava me sentindo deslocada dentro da minha própria casa, não sabia aonde ir ou o que fazer.

Disse para ela que precisava tomar um banho e fui. Depois de relaxar no banho eu peguei um livro e comecei a ler no meu quarto. Com a minha barriga roncando, fui comer uma maçã e escovei os dentes para dormir, se eu conseguisse dormir, é claro.

A segunda-feira chegou e eu me levantei bem-humorada. Não sabia muito bem o porquê, mas eu estava com um ótimo humor. No sábado à tarde eu havia combinado de pegar o ônibus com a Sthefanni todos os dias e quando e eu estava saindo de casa ela estava chegando. Ficamos na frente da minha casa falando sobre as aulas chatas que teríamos e só percebemos o ônibus chegar quando ele parou na nossa frente.

Assim que chegamos na escola, ficamos fazendo as nossas lições até o sinal tocar indicando que era a hora de ir para sala. Naquele dia eu com certeza estava tendo uma epifania, só podia ser isso. Estava disposta a mudar a minha vida, para melhor, e por isso eu decidi ir falar com o Finn.

Olá, eu sou a Luna, será que você poderia me emprestar o apontador? eu estava preparada com um lápis na mão dessa vez.

Claro. ele respondeu-me com seu lindo sorriso que me encanta todas as aulas cansativas e chatas.

Ele me entregou o apontador e eu, como numa cena de um bom romance adolescente, me arrepiei toda. Foi um dos poucos e melhores momentos que passei ao lado do Finn, que era um garoto perfeito. Era gentil, lindo, educado, inteligente e popular. Sonhei acordada pensando nele. Será que um dia poderemos ser amigos e quem sabe até algo mais?

Eu apontei o lápis e voltei para a cadeira do Finn. Joguei meus cabelos e deixei minha boca com uma pequena abertura. Inclinei-me em sua cadeira e agradeci:

Muito obrigado. nesse momento ele já estava olhando para mim.

Por nada. vi seus olhos percorrerem por todo meu corpo.

Voltei para minha cadeira e cutuquei Sthefanni, dando um sinal do meu ato. Ela logo percebeu dando um sorrisinho irônico.A aula era da Srta. Yuna:

E então, trouxeram suas pesquisas familiares? Droga, eu me esqueci completamente. Agora, estou numa enrascada pior ainda, e eu temia detenção, o que aconteceu. O que eu ia falar para minha mãe agora?

O sinal mostrou-me que era à hora do intervalo e decidi desabafar novamente com Sthefanni, afinal, ela já sabia um pouco da história. Ela tentou me aconselhar, mas as tentativas foram falhas:

Bom, tente conversar com ela, quem sabe ela não te aceite e te dê valor? Não custa nada tentar. Agora que te conheço e sou sua amiga, não gosto de te ver desse jeito.

Ela estava com toda a razão, mas o difícil seria por em prática o seu conselho. Pensei alguns instantes em contar tudo o que eu sinto pra minha mãe, mas sua reação não seria a das melhores, nem das mais animadoras.

Agora que já estávamos bem próximas, os nossos assuntos eram cotidianos. Foi aí que vi alguém se aproximando. Para a minha surpresa, era Gerald que estava na nossa frente.

Olá garotas, poderia ficar aqui com vocês? Perguntou ele deixando nós duas curiosas.

Claro, Gerald. Respondi um pouco surpresa.

Quem é você? Perguntou Sthefanni, provavelmente ela não se lembrava dele da sala de aula, já que falava somente comigo. Agradeci por ela não ter se lembrado de que ele era um dos motivos que havia me chateado na quinta-feira, quando a professora Yuna havia passado o trabalho.

Eu me chamo Gerald. Prazer. Disse ele estendendo a mão. Sthefanni apertou-a e eu vi que o assunto havia surgido em um ótimo momento. Achei que os dois haviam se identificado e notando certa química, decidi deixá-los sozinhos.

Vou ao banheiro, um minuto. Disse para deixá-los a sós.

Não acompanhei o restante da conversa, mas Sthefanni me contou tudo depois:

E então, como foi com o Gerald? perguntei logo depois que ela se aproximou de mim.

Ele é um garoto bem legal, fizemos amizade de cara. Ele me falou das coisas que gosta de fazer, coisas normais de uma conversa.

Apenas aquilo não me compensou, mas decidi deixar ela me falar quando e como quiser, afinal é algo particular. Voltamos para sala, e a aula prosseguiu normalmente, onde tivemos que escutar mais quase duas horas de chatices.

O sinal soou anunciando o fim da aula e eu estava na detenção. Fiz todos os deveres da detenção e peguei o ônibus das 14h. Não pensei em nada para falar quando chegar em casa e não vinha nada a minha mente.

Cheguei apreensiva. Decidi falar que fiz um trabalho de última hora com o Gerald, mas claro pedi pra que ele afirmasse.

Ao chegar, minha mãe estava limpando a casa. Quando olhei na janela ela estava abrindo um de meus numerosos papéis amassados espalhados pela varanda, toda suja. Pensei em falar para não abri-los, mas não consegui. Meu corpo parou, congelou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Muito obrigado pelos comentários *-* e claro, quero mais. Beijo (estou aceitando sugestões)