O Choro Das Ninfas escrita por Pessoana33


Capítulo 21
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

voltei dos confins dos mundanos (fui viver um pouco). Mas apertou a saudade deste mundo de sonhos e fantasia (viver demais também cansa). aqui estou eu de novo.
peço muitas desculpas pela demora (queridas leitoras gosto muito de vocês mesmo estando longe) .
sem mais demora boa leitura
:$$



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Warner

Mais um dia. Mais uma estratégia. Mais uma cidade queimada. Mais e mais sofrimento. Parece que é um ciclo vicioso que nunca terá fim. Amanhã acordo mais uma cidade será devastada, e mais sofrimento para aqueles que restarão. Mais raiva para me consumir. Mais um dia que eu não queria ter acordado. Estamos em guerra, em minoria, e eu só consigo pensar nela. Esqueço-me do resto, e não há nada além dela em minha cabeça. Nada mais importa. Sinto raiva pelos meus pensamentos. Doente de mim mesmo. No que ela me tornou?

Encontro-a em todos os lugares. Vejo o seu rosto no rosto das outras mulheres. E eu desejo-as pensando que elas podem vestir a pele dela. Devoro-as com a ansia, enquanto mais pessoas morrem, e enquanto Juliette dorme.

Revolto-me contra mim mesmo, e bebo como se o álcool pudesse apagar todos os meus fardos. Dromo com uma garrafa de whisky ao meu lado. E acordo ao som de batidas na porta. Levanto-me sem vontade de levantar, por questão de segundos paro e observo a mulher nua deitada sobre a minha cama que nunca antes tinha visto. Ela tem rosto asiático e cabelos negros como os da Juliette, talvez foram os seus cabelos que chamaram a minha tenção, e o que me levou a satisfazer as minhas necessidades grutescas, mas ela não é suficiente, ela não tem o gosto da Juliette.

Abro a porta e deparo-me com o Delalieu. Há quanto tempo não o via? Tanto tempo que cheguei ao ponto de esquecer-me dele. Seu rosto está mais velho e cansado e o seu corpo magrelo e fraco. Não sei o motivo dele ainda persistir ao meu lado para lutar guerras que são minhas e não as dele. Ele devia de desistir disso e voltar para paz e o sossego do seu lar.

– Você está fora do meu regimento.- Falo sem paciência e fecho a porta na cara dele,

Ele bate com mais força na porta.

– Senhor Warner, encontraram-na.

Abro a porta com rapidez.

– Quem? – Minha voz sai desesperada.

– Ninfa de 27 de Outubro.

Uma gargalhada insana sai da minha boca. Porque isto só pode ser um maldito sonho. Não pode estar acontecer de verdade porque é impossível captura-la. Ninguém neste mundo teria força para movê-la, ninguém além de eu mesmo. Ela esperta demais para ser caçada pelo um monte de cobardes. Não faz sentido. Ela não deixaria isso acontecer, eu sei disso, ela sabe disso. Porque ela está á minha espera.

–Onde ela está? – Fecho as minhas mãos em punho.

– Ela está no sector R. O senhor seu pai caçou-a. – Suas palavras não fazem qualquer sentido.

– É impossível… - sussurro para mim mesmo. – Desde quando o meu pai está no sector R?

– Desde que houve uma tentativa de invasão no sector R. Eu voltei para informar ao senhor que não houve quaisquer estragos e o senhor Anderson irá governar provisoriamente o sector R. – Ele fala devagar como se ele não quisesse dar tal informação.

– Porque o meu pai está liderar o sector R? – Eu estou nervoso, com raiva e sem paciência, e eu quero voltar mais rápido possível para o meu sector.

– Porque a ninfa de 27 de Outubro matou o senhor Ermeson e toda a sua família, ainda bem que a senhorita Marie encontrava-se aqui. – Ele faz uma pausa, respira profundamente.- Sinto muito.

Eu não me importo com a morte do meu sogro. Não sinto nada em relação a isso. É algo tão insignificante que não tem qualquer peso em minha vida. Mas a ninfa ela é tudo que eu pensei durante todos estes anos. Toda minha vida foi resumida a ela.

– Eu tenho de voltar.- Visto rapidamente a farda amarrotada que encontro espalha sobre a cama.

– Não vale a pena…- ele fala devagar e pensa no que vai dizer a seguir.- Porque ela está morta.

Eu congelo. Minha mente fica completamente vazia. Não pode ser verdade. Não. Ela não podia morrer nas mãos do outro homem. Ela prometeu que iria esperar por mim. Ela prometeu.

O Delalieu sai e deixa-me sozinho com o meu desespero.

Fico parado enquanto processo a ideia que ela não existe mais e que todos aqueles desolados anos são jogados no lixo. Todo o meu sofrimento e as noites mal dormidas são resumidos a nada. Não pode ser verdade.

Berro, e parto tudo a minha frente. A mulher de longos cabelos olha para mim assustada e foge da minha bagunça.

Eu escorrego para dentro da minha insanidade. E viro ele. A coisa feia.

Meus passos são urgente e apressados como se eu tivesse pressa em chegar em algum lugar. E só á um lugar para onde eu desejo estar. Corro. Os soldados que passam por mim olham para mim como se eu fosse um animal enfurecido e todos eles fogem do meu caminho, ninguém quer ser o meu obstáculo. Mas eu estou com vontade de quebrar alguns deles, porque muito deles não fazem falta. São inúteis. Não passam de brinquedos estragados.

Chego ao quarto dela. Entro, e encontro-a a dormir silenciosamente. Não há expressão em seu rosto enquanto dorme. O seu lindo rosto que é idêntico ao dela. Tenho vontade de destruí-lo para compensar o vazio que eu sinto neste momento.

Juliette pode fingir ser ela, já que ela é uma cópia exata dela.

– Juliette, eu preciso disto. – Um sorriso estranho sai da minha boca.
Seguro arma em minhas mãos e a vontade em minha alma.

Sento-me ao seu lado, beijo os seus lábios. Miro em sua testa. E ela abre os seus lindos olhos verdes. Não diz nada. Não há nada para dizer.

Tem de ser agora, neste exato momento, e tudo terá sentido. As mortes da minha mãe e do meu irmão não serão em vão. Eles serão vingados. Não importa o que eu sinto por ela, minha família é mais importante. E o mundo não sentirá falta de um monstro como ela.
Carrego no gatilho. E a bala foge.


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Notas finais do capítulo

Está ficando feio. pobrezinha da Juliette.
no próximo capítulo desvendo um dos mistérios x'DD



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