Juliette

Mais uma vez uma bala perdida.
Mais uma vez a morte ficou perto.
Se minha morte acalma todos os demônios que ele carrega em seu coração, tomara que eu morra logo para que haja um sorriso em seu rosto e não essa mascara distorcida e feia que o reveste. Porém seus olhos o denunciam, e não combinam nada com sua fisionomia. São olhos cheios de tristeza. É como se toda tristeza do mundo coubesse em seus olhos. Sua dor é real. Seu sofrimento é palpável que consigo senti-lo como se fosse meu.
Doí vê-lo assim.
Se eu pudesse paziguar sua dor. Se eu pudesse levar comigo um pouco desses seus fardos, eu faria sem pensar duas vezes, se isso o fizesse feliz.
Olho para ele e vejo o menino num corpo de um homem. Perdido. Sem um rumo. Sozinho neste mundo sofrível. Ele é como eu. Nossas solidões combinam bem.