Eu corro. Corro como se não houvesse amanhã - por que, na verdade, realmente poderia não haver uma amanhã - para o lugar onde eu e meus aliados haviamos combinado. A arvore grande. Eu a vi, sem dificuldades. Eu apenas temia que outro grupo de aliados tivesse combiando de se encontrar ali tambem. Então me lembrei: só nós haviamos visto a maquete antecipadamente.

Estava correndo quando tropecei em algo. Um corpo. Cai no chão e olhei de relance para o cadaver. Era Nora.

– Não - Murmurei, uma lagrima escorreu pelo meu rosto. - NÃO!

Corri mais rapido que antes. Cai em prantos quando cheguei na arvore. Herique e Lorcan estavam lá como o previsto. Mas Nora não estava lá. Ela está morta.

– O que foi?! - Henrique disse correndo até mim. Lorcan vinha logo atras. - O que foi?! O que aconteceu?!!

– Nora - Falei entre o soluços - Tropecei .... Cadaver...

– O que? - A voz de Lorcan falhou.

– Ela está morta!! - Gritei, o odio exalando da minha voz. Odio dos idealizadores. Odio por estar onde não deveria estar. Odio por ter que ver aquilo.

Puxei meus proprios cabelos. Henrique derramava lagrimas silenciosas. Lorcan ficou sem reação. De repente ele caiu de joelhos e começou a berrar. Henrique ajoelhou-se ao seu lado. Lorcan berrava alguma coisa. "Desculpa".

– A culpa não é sua. - Henrique disse. - Ela está em um lugar melhor.

– DESCULPAAA - Lorcan berrava

– A CULPA NÃO É SUA. - Falei em voz alta - A CULPA É DO SNOW.

– AAAAAAAAH - Lorcan deu um berro final e me olhou com a respiraçao ofegante.

– Rose... - Henrique me alertou, mas eu não dei ouvidos.

– OUVIU SNOW?!?! - Gritei - VOCE NÃO PASSA DE UM ASSASSINO. EU ODEIO VOCE!!!!!!!!!

– SOCOOORROOO!!! - Era a voz de Emilia.

– Ah não - Lorcan sussurrou com odio - De novo não.

Ele sacou uma faca, não sei onde havia consseguido aquilo. Se levantou e olhou a arena com cautela. Henrique fez o memso.

– Achei ela. Tem dois caras a atacando. ELA VAI MORRER. - Henrique gritou procurando algo para usar de arma.

– Ah não. Ela não vai. Não vai mesmo. - Lorcan disparou. Fui atrás dele - EMILIA AGUENTA!!!

– SOCOOORROOO - Ela continuava gritando.

Lorcan a alcançou. Eu parei a alguns metros de distancia quando me lembrei que eu não tinha arma. Vi que Emilia tinha uma arma. Deve ser por isso que ainda estava viva, mas não aguentaria muito tempo.

De repente ouvi um grito horroroso. Mas era um grito masculino. Me virei. Lorcan havia matado o cara. Os dois caras. Apenas com uma faquinha. Imaginei quanto odio ele deveria estar sentindo naquele momento. Nora.

– Voce está bem? - Perguntei. Mas Emilia não me olhava. Olhava Lorcan.

– Como voce... como... - Ela parecia raciocinar. Ela o abraçou. - Obrigada.

Lorcan largou a faca e retribuiu o abraço.

– Eu sinto muito pela Nora... - Emilia tentou segurar as lagrimas, sem sucesso. - Eu tentei ajudar, mas não deu... Sinto muito.

Lorcan começou a chorar.

– Obrigado.

Me senti culpada. Eu não tentei ajuda-la. Nem verifiquei se ela estava morta de verdade.

De repente o olhar de Emilia e Henrique se encontraram. Henrique parecia... chateado. Acho que talvez ele deveria estar pensando que ele tinha que a ter salvado. Não Lorcan.

Então Emilia olhou pra mim.

– Estou bem. - Disse ela respondendo minha pergunta de seculos atras. Sorri.

– O que está acontecendo? - Jason chegou carregando cinco mochilas e oito armas. Haymitch veio logo em seguida carregando quatro mochilas e nove armas.

– Nad... - Henrique tentou falar mas eu o interrompi.

– Emilia foi atacada. Lorcan matou dois caras com apenas uma faquinha. Nora está... ela... morreu.

Jason e Haymitch ficaram perplexos. Haymitch levantou os tres dedos. Eu o segui. E depois Emilia, Henrique, Jason e Lorcan fizeram o mesmo.