Child Of The Damn escrita por sckespinosa


Capítulo 6
Persuasão


Notas iniciais do capítulo

Quando forças malignas tomam conta de Mystic Falls, algo está para tomar o poder. E não é sobre Rosalie que estamos falando.



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- O que não é nada bom, Bonnie? - Stefan perguntou urgente. Ele sentia como se um manto frio e denso os cobrisse naquele momento, a sala estava em um silêncio mórbido, que só servia para deixá-lo ainda mais preocupado.

- Eu não sei, não consigo ver. O que quer que tenha pegado Rosalie, está me afastando também. - Damon levantou, as mãos juntando-se na nuca, desesperado.

- Estamos no escuro. Não sabemos por onde começar! - Damon disse, a voz amargurada.

Stefan o olhou, depois olhou para Elena e, finalmente, para Bonnie. Ele nunca havia presenciado nada parecido, mesmo com Rosalie longe deles por todos aqueles anos, Damon e ele ainda conseguiam rastreá-la, quando queriam. Mas isso não ocorria com frequência, porque eles tinham medo dela. Agora Stefan percebia que havia sido um erro. Eles deveriam tê-la rastreado, assim poderiam saber onde ela estava e, naquele momento, poderiam refazer seus passos, ver as pessoas que conhecera.

- Bonnie, eu sei que você a odeia agora, mas será que você consideraria ajudar a mim e ao meu irmão? Por favor, é só o que te pedimos. - Stefan disse calmamente, a voz branda, porém urgente.

Embora estivesse com os olhos fixos na bruxa, Stefan conseguia sentir o olhar de compaixão de Elena sobre si. Pelo menos ela entendia. Cada minuto que Bonnie permanecia em silêncio era uma tortura para Damon e Stefan. Suas mentes trabalhavam rapidamente, dando vida a imagens nada agradáveis sobre a caçula. Damon não deixava de compartilhar seus pensamentos com o irmão, o que o deixava ainda pior ao ver os dele. Por fim, a menina suspirou, parecendo derrotada. Uma luz esperançosa acendeu-se no rosto de Stefan que ficou ereto no sofá.

- Ok, eu ajudo. - Bonnie disse com a voz cansada. - Mas não pode ser aqui, podemos ir para a floresta?

- Claro, qualquer coisa! - Stefan levantou-se de prontidão. - Precisa de algum pertence dela?

- Isso não será necessário, vou tentar por outros meios. Mas acho que o livro de Emily será útil. - sorriu a menina ajeitando os cabelos negros com as mãos.

- Está certo, vamos, não há tempo a perder. - Damon os agitou, seguindo para a porta em milésimos de segundo.

A floresta que havia próxima à casa dos Salvatore era imensa, mas não para os olhos dos irmãos vampiros e muito menos para as habilidades da jovem bruxa. Entretanto, quisera Stefan que Bonnie estivesse certa; a busca não deu resultados. Era como se a caçula nunca tivesse existido, ou estivesse morta, o que os deixava ainda mais intranquilos e tristes. Mas as buscas não deveriam parar, continuariam noite adentro se fosse necessário e pelos dias seguiriam. No entanto, vendo que não conseguiriam nada, eles resolveram voltar para casa. Sozinhos e de mãos vazias.

Stefan foi o primeiro a se deitar. O sono não o ajudava a repôr suas energias, apenas uma noite de caçadas o deixaria novinho em folha. Entretanto, ele não curtia muito se alimentar de seres humanos e, caçar animais estava fora de questão. Ainda mais quando ele mal conseguia se focar na própria respiração. Todos os seus pensamentos iam para ela. A pequena e fatal Rosalie; quem poderia tê-la intimidado a ponto de fazê-la sumir? É claro que haviam muitos outros vampiros espalhados pelo mundo, alguns tão velhos que seriam portadores de poderes inimagináveis. E isso assustava o mais novo, não por apenas ser a sua pequena irmã em questão, mas porque ele sabia que Rosalie era petulante e, muitas vezes não sabia aonde estava se metendo. Isso era o que ela chamava de aproveitar a vida, e isso era o que ele discordava veemente.

Até mesmo Damon, o rebelde e radical dos três, ficava com medo de se meter com vampiros mais fortes. Eles eram traiçoeiros e aproveitadores, pegavam vampiros mais fracos para fazer o trabalho sujo e, então, suprir seus caprichos. Eles eram cruéis e não havia quem dissesse o contrário. A noite parecia interminável para Stefan e Damon, cada um em seus quartos encarando o teto sem conseguir dormir. Muito fracos para saírem por conta própria e, ainda pior, muito orgulhosos para pedir a ajuda do outro. Eles viviam um dilema, um dilema que teria de esperar, afinal, tão logo viriam a adormecer.
 

Frio e escuro era o lugar em que seu corpo estava. Não havia pouco mais do que pequenas sombras da luz artificial, já praticamente apagada de tão fraca. O corpo pálido e esguio jazia pendurado pelos braços, os quais estavam abertos e amarrados acima da cabeça. Os pés mal tocavam o chão, separados por cordas que circundavam seus tornozelos.

Stefan se aproximou ao ouvir o choro baixo, com sua velocidade sobre humana, estava de frente para a irmã. Seus longos cabelos caíam em leves ondas sobre o rosto, seu corpo estava vulnerável, sem roupas. Ele tocou-lhe o queixo, fazendo-a olhar para si. O cansaço e a fome eram evidentes, os olhos escuros e os caninos alongados. Rosalie nada disse, apenas olhou para o irmão que paralisara.

Uma onda o circundava naquele momento, algo que só ele podia sentir pelo o que pôde perceber. Era como se o o toque em seu queixo rígido já não fosse o suficiente. Ele precisava tocá-la mais, sentir a pele de sua irmã na sua, a necessidade de fricção entre elas o estava atormentando. Seus lábios grudaram-se com força, ela não recuou. Os dedos grandes e longos do mais velho desceram por seu corpo, alisando cada parte minuciosamente enquanto choques elétricos pareciam inundá-lo. Desceu para seu pescoço e ouviu um murmúrio de satisfação vindo da mais nova. Era tudo o que ele precisava: senti-la. Enquanto ainda passeava os lábios na linha do ombro de Rosalie, as mãos circulando sem limites, ele a ouviu sussurrar:

- Stefan...
 

Stefan sentou-se na cama ofegante. Piscou os olhos várias vezes enquanto tentava se acalmar. O que havia sido aquilo, afinal de contas? Passou a mão pelo cabelo, sem saber no que pensar, depois a escorregou pela nuca, abaixando o olhar para o seu colo. E então viu. O volume por debaixo do lençol o deixou desconfortável. Ele olhou para os lados, constrangido, embora tivesse certeza de que nada encontraria, e voltou a se deitar, mais desperto do que nunca.
 

Frio e escuro era o lugar em que seu corpo estava. Não havia pouco mais do que pequenas sombras da luz artificial, já praticamente apagada de tão fraca. O corpo pálido e esguio jazia pendurado pelos braços, os quais estavam abertos e amarrados acima da cabeça. Os pés mal tocavam o chão, separados por cordas que circundavam seus tornozelos.

Damon se aproximou ao ouvir o choro baixo, com sua velocidade sobre humana, estava de frente para as costas da irmã. Seus longos cabelos caíam em leves ondas sobre o rosto, seu corpo estava vulnerável, sem roupas. Ele tocou-lhe o ombro, fazendo-a erguer a cabeça, assustada. O cansaço e a fome eram evidentes, os olhos escuros e os caninos alongados pelo o que ele pôde ver de seu perfil. Rosalie nada disse, apenas tentou olhar para o irmão que paralisara.

Uma onda o circundava naquele momento, algo que só ele podia sentir pelo o que pôde perceber. Era como se o o toque em seu ombro rígido já não fosse o suficiente. Ele precisava tocá-la mais, sentir a pele de sua irmã na sua, a necessidade de fricção entre elas o estava atormentando. Os lábios grudaram-se com força sobre seu ombro esquerdo, ela não se esquivou. Os dedos grandes e longos do mais velho desceram por seu corpo, alisando cada parte minuciosamente enquanto choques elétricos pareciam inundá-lo. Subiu para seu pescoço e ouviu um murmúrio de satisfação vindo da mais nova. Era tudo o que ele precisava: senti-la. Enquanto ainda passeava os lábios, voltando à linha do ombro de Rosalie, as mãos circulando sem limites, ele a ouviu sussurrar:

- Damon...
 

Damon abriu os olhos de supetão percebendo que estava de volta ao seu quarto. A respiração estava descompassada e os dedos, trêmulos. Por que diabos ele pensaria em uma coisa dessas? Ainda mais com sua irmã! Engoliu seco tendo breves flashes do sonho e tirou um dos braços, que estava acima da cabeça, colocando-o sobre o quadril. Acidentalmente, deixou que escorregasse e franziu o cenho. Ergueu levemente a cabeça, e notou o volume sob o lençol, voltando a jogá-la sobre o travesseiro. Socou o colchão livre ao seu lado, irritado.

- Também não consegue dormir? - Stefan disse sentado na mesa da sala de jantar com uma xícara de café fumegante em mãos.

- Nem de longe. - Damon murmurou, sentando-se de frente para o irmão, servindo-se. Os dois permaneceram em silêncio, por ora encarando um ao outro de forma desconfiada. A verdade era que estavam envergonhados demais para contar sobre o que haviam sonhado e, consequentemente, com medo da reação que o outro teria.
 

~*~
 

Já estavam bem mais calmos quando os primeiros raios de sol começaram a atravessar as inúmeras janelas que os cercavam, mas isso não os fez mais esperançosos. Damon se levantou e seguiu para a cozinha, quem sabe se ele contasse para Stefan, eles não teriam uma pista de onde ela estaria? Balançou a cabeça repreendendo-se e voltou para a sala, percebendo que Stefan não estava mais lá. Deu de ombros e achou melhor subir para seu quarto, onde fechou as cortinas deixando o breu tomar conta. Deitou-se na cama, adormecendo logo em seguida.

Do outro lado do corredor, Stefan também dormia.
 

O frio atravessava suas peles, agora mais intenso. Havia uma leve camada de fumaça próximo aos seus pés. Expostos, só havia uma coisa que os esquentaria, e estava bem à sua frente. Rosalie era como um imã, eles podiam sentir a onda de Poder que se parecia mais como garras os arrastando para perto dela. Ao passo que Stefan se aproximava da frente de Rosalie, na mesma posição que antes, Damon trabalhava em suas costas, beijando-a nos ombros enquanto puxava seu cabelo delicadamente para trás.

Eles disputavam entre si para ver quem conseguia a maior área da irmã caçula, tudo isso porque cada um tinha um dos lados de Rosalie para aproveitar. Não havia o que os parasse, Damon e Stefan estavam ensandecidos, necessitados. Ora ou outra a mão de Damon trombava com a de Stefan e sua ferocidade para se entreter aumentava. Rose sussurrava, ofegante, a cabeça levemente tombada para trás os deixando loucos. Os irmãos a envolviam cada vez mais, deixando cada vez menos dela visível, como se houvesse um caçador invisível que os olhasse de fora, pronto para entrar através de qualquer brecha que eles dessem.

Estavam possessivos, é verdade, mas nada superaria o que eles sentiam. O jorro de prazer era quase iminente, a diversão estava garantida. Distribuindo beijos por todo o corpo de Rosalie, Stefan e Damon garantiam seu entretenimento. Eles revezavam os lados do ombro, porque não importava o quanto eles pudessem tocá-la, o pescoço era o seu alvo mais cobiçado. Pareciam não se cansar, tocavam-na, beijavam-na, encobriam a caçula com o seu prazer.
 

Stefan abriu os olhos, os nervos a flor da pele. A porta de seu quarto mal suportou o baque de ser aberta com a força além do necessário e em milésimos de segundo, lá estava ele no quarto do irmão. As mãos ao redor de seu pescoço. Ele havia acabado de se sentar na cama e não estava muito diferente, respondendo ao ataque de Stefan. As presas afiadas e os olhos negros indicavam fúria e a respiração alta apenas os deixava ainda mais furiosos.

- Você! - disseram em uníssono. - Mas o quê...? - eles mesmo se interromperam, ainda falando juntos. Olharam para baixo sutilmente e então se assustaram; soltaram-se e sentaram-se frente a frente, o susto e a desconfiança sendo preenchidos pela descoberta. - Então você também teve!

- Eu juro que não queria! - esquivou-se Damon, erguendo as mãos em tom de rendição.

- Mas olhe para nós Damon, estamos... - ele deu uma pausa para engolir seco. - excitados. - a palavra saiu de sua boca como se fosse algo leproso.

- Ah Stefan, não venha bancar a freira para cima de mim. - Damon revirou os olhos, passando as mãos pelos cabelos desgrenhados. - Ela é a nossa irmã, certo? - continuou ele recebendo um olhar torto do irmão mais novo, o qual ele ignorou.

- Certo. - respondeu Stefan em uma lufada de ar.

- Então, isso não significa que ela não deve ser bonita e gostosa.

- Damon!

- O quê? Stefan, admita, desde que Rosalie era mais jovem, ela sempre foi linda. - ele sorriu.

- Sim, mas isso...

- ... isso não quer dizer que deixamos de ser homens...vampiros...bom, que seja. - Damon deu de ombros ainda sorrindo. - É normal, ainda mais com um sonho desses!

- Normal? O que tem de normal nesse sonho Damon? Desde quando sonhamos as mesmas coisas e ao mesmo tempo? Desde quando estamos quase estuprando a nossa irmã em nossos sonhos? Hein Damon?

- Não me julgue mal, Stefan, mas eu curti ter esse sonho. E o outro também, acrescentando o fato de que você não estava lá para me atrapalhar!

- Viu? É isso que estou tentando dizer. Alguém está nos manipulando! - Stefan disse, como se concluísse uma teoria brilhante.

- Ninguém me manipula, irmão. - Damon sorriu presunçoso e levou um tapa, um tanto quanto forte, de Stefan.

- Deixe esse seu cinismo de lado por um momento, está bem? É sobre Rosalie que estamos falando aqui. E eu te digo que alguém muito poderoso está por trás disso, e esse mesmo alguém vem nos controlando.

- Ok, e o que você sugere? - Damon sorriu debochado, cruzando os braços e encarando Stefan, desafiador.

- Vamos começar pelo nosso sonho.


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