Child Of The Damn escrita por sckespinosa


Capítulo 5
Vingança


Notas iniciais do capítulo

Uma vez traída, a vingança arde em suas veias.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/400402/chapter/5

– Ok, faça como quiser. - Stefan ergueu as mãos, rendendo-se. Sentou-se ao lado de Elena que o olhou horrorizada.

– É isso mesmo que está pensando, Elena, seu namorado é muito fraco para lidar comigo.

– Não, Rosalie , - o mais novo a interrompeu, duramente. - eu só prefiro que apenas uma pessoa morra a outras tantas ao tentar te impedir.

– Você fez a sua lição de casa, não me admira.

– Espere, quem vai morrer? - Bonnie olhou de Rosalie para Stefan e em seguida para Damon.

– A única traidora em questão. - Rose inclinou sua cabeça levemente para o lado.

– Você? - cutucou a bruxa.

– Não. - a vampira riu. - Sua avó.

– O quê? Não, não vou permitir isso...

– Você não só vai permitir como vai me ajudar, aceite os fatos.

– Sente e espere, eu estou fora. - Bonnie levantou-se, mas antes que pudesse dar qualquer passo, Rosalie já estava a sua frente.

– Deixe-me explicar mais uma vez, - Rose empurrou a bruxa para voltar a se sentar. - você coopera e só sua avó morre. Você não coopera, eu te mato e veremos se sua avó será párea para três vampiros.

Damon e Stefan permaneceram calados. Elena abaixou a cabeça. Rosalie sorriu triunfante e voltou a se sentar.

– O que você quer que eu faça?

– Opa, vamos com calma querida. Que garantias você me dá de que não vai trapacear?

– Isso você terá de descobrir por si mesma. - Bonnie sorriu enviesada.

– Resposta errada. - Rapidamente Elena pressionou as mãos ao redor de seu pescoço, parecendo sufocar. Bonnie olhou para o lado assustada, assim como Stefan que tentou socorrê-la. - Tique-taque, tique-taque, tique-taque. - cantarolou a menina sorrindo maldosa. - Acho que ela só tem mais alguns segundos. - franziu a testa falsamente.

– Ok, se é isso o que você quer, eu prometo que não trapacearei. - Bonnie disse rapidamente.

– Boa menina. - Elena voltou a respirar normalmente, embora ainda ofegante. - Ei Elena, não é legal você ser a minha garantia? - brincou a menina em um tom ácido.

– Claro, incrível. - disse a menina entediada.

– Viu só Stefan, eu disse que seríamos grandes amigas. - Rose sorriu.

– Vadia. - Damon sussurrou para si mesmo.

– Obrigada, irmãozinho. - Rosalie colocou as mãos no peito, parecendo realmente emocionada com o "elogio". - Agora vamos ao que interessa. - a vampira se levantou, sendo seguida pelos outros para a outra sala da casa.

A pequena Salvatore esclareceu seu plano aos outros, instruiu Bonnie para que colocasse um feitiço que inibisse qualquer outro que pudesse ser lançado por sua avó ou por ela mesma. Para isso, emprestou-lhe o velho livro de Emily, a antiga criada de Katherine. Com certeza ela havia sido uma das melhores bruxas de sua época, portanto, tudo do que precisavam estava ali, era como uma grande enciclopédia para bruxas.

– E lembre-se, - Rose alertou antes de entregar à jovem bruxa o colar sobre o qual ela deveria lançar o feitiço. - tente me passar a perna e cabeças vão rolar, - ela olhou para os outros que serviam de testemunhas. - literalmente. - sorriu divertida enquanto Elena engolia seco. - Se você tem amor à sua vida e à de seus amigos, eu sugiro que seja honesta comigo.

– Como se o sentimento fosse ser recíproco. - Bonnie arqueou uma sobrancelha, séria.

– Vou pensar no seu caso. - Rosalie finalmente lhe entregou a jóia e cruzou os braços, esperando. - Oh, e mais uma coisa.

Bonnie revirou os olhos e ficou encarando a vampira com a expressão entediada. Rose deu alguns passos, ficando a centímetros do rosto da bruxa.

– Se pensa que vai me enganar falando algumas palavras difíceis, cuidado. Eu memorizei todos os feitiços desse livro.

– Ótimo, então por que você mesma não o faz? - irritou-se de uma vez, a garota. Rosalie gargalhou.

– Porque eu não sou uma bruxa, tolinha.

– Que bom. - Elena murmurou.

– Agora sem mais delongas, faça. - Virou-se de costas, começando a andar de um lado para o outro, inquieta. Stefan suspirou abraçando a namorada e Damon cruzou os braços, nervoso. Bonnie apoiou o livro em uma espécie de pedestal que havia na sala e começou a ler o feitiço.

Rosalie riu sem humor, parada diante da porta e, enquanto erguia o braço, com a mão fechada em punho para bater à porta, a mesma se abriu sutilmente.

– Eu ainda adoro o seu poder de adivinhação. - disse ela com um sorriso falso adentrando a casa. - Devo agradecer pelo meu presente de reencontro? - cruzou os braços parando diante de Sheila que se sentava calmamente em um dos sofás da sala.

– Eu não tenho medo de você, Rosalie .

– E nem eu de você, Sheila. Depois de tudo o que conversamos por esses anos. Eu confiei em você, para tudo.

– O que você tem em mente é a mais pura maldade, criança, não tem noção do quanto está para ferir as pessoas ao seu redor.

– Acho que eu não ligo. - Rose deu de ombros, dando alguns passos em direção ao sofá.

– Mas não posso permitir que faça isso sem consequências. - Sheila mantinha a expressão séria, agora sentada na borda do sofá, prestes a se levantar.

– É mesmo? Talvez meus irmãos me tenham mal acostumado. - ela olhou para as próprias unhas, depois para o grande anel. Sorriu petulante.

– Seus irmãos já sofreram muito mais do que mereciam. - a bruxa sênior levantou-se, inquieta por tê-la em sua casa sem poder expulsá-la.

– Que. Pena. - Rose deslizou seus dedos sobre uma das muitas esculturas que Sheila tinha na sala, ela sabia que aquela era uma de suas preferidas. - Então Sheila, o que vai fazer sobre isso? Porque está bem claro que a sua primeira tentativa só me deixou muito furiosa.
A bruxa permaneceu em silêncio, pela expressão, a vampira sabia que ela tentava um feitiço. Então, ela não pôde conter uma gargalhada, tirando-a de sua concentração.

– Grande bruxa a sua neta está para se tornar. - Rose disse num tom descontraído. - É uma pena que seja egoísta a ponto de desistir da vida da avó. - riu mais uma vez.

– Qualquer que tenha sido a chantagem que você fez a ela, tenho certeza de que Bonnie fez a escolha certa. - Sheila manteve-se séria, mas era quase impossível com Rosalie a observando de tal maneira que parecia olhar dentro de sua mente.

– Vocês, bruxas e humanos, sempre falando sobre a escolha certa. - ela rebateu, revirando os olhos. - Isso é porque vocês têm uma vidinha limitada, onde uma escolha errada desencadeia uma série de consequências. Por outro lado, nós, vampiros, podemos errar quanto quisermos e ainda sim haverá tempo para fazer as coisas certas. - sorriu, por fim, com a conclusão à qual chegara.

– Não quero discutir com você sobre nossas vidas. Faça logo o que veio fazer e todos poderemos seguir nossas vidas.

– Uau, que emocionante! Quando chega a parte em que você tenta jogar um feitiço em mim, lutando pela sua vida? - Rose bateu palmas, sorrindo com falsa animação.

– Agora. - Sheila disse de súbito e começou a murmurar palavras ininteligíveis. A jovem Salvatore apenas arqueou uma sobrancelha, sorrindo de canto ao não sentir nada.

– Como você disse, - ela sussurrou, já atrás da bruxa. - vamos terminar com isso logo. - com um estalo, ela deslocou o pescoço de Sheila não escondendo a expressão de tédio. - Uma grande bruxa. - suspirou consigo mesma e deixou a casa logo em seguida.

– Onde está a minha avó? O que você fez com ela? - Bonnie praticamente pulou em cima de Rosalie logo que ela cruzou a porta da casa dos Salvatore.

– Eu fiz o que havia prometido: matei-a. - deu de ombros, mas teve sua passagem bloqueada por uma Bonnie furiosa.

– Vadia. - ela estapeou a face de Rosalie que demorou alguns segundos para voltar a encará-la. Felizmente ela não havia sentido nada, o que a fez sorrir.

– De nada. - respondeu com o tom de voz inabalável, deixando-a para trás, sendo amparada por Elena. - Olá meus amores. - Rose adentrou a sala dando de cara com Stefan e Damon, sentados lado a lado no sofá. Ela se jogou entre eles, espremendo-se para se sentar no meio. - Um beijo para você, - ela inclinou-se beijando a bochecha direita de Damon. - e um beijo para você. - ela inclinou-se para o outro lado, beijando a bochecha esquerda de Stefan.

Em seguida, segurou cada uma de suas mãos, olhando para elas com atenção. Há tempos eles não se sentavam daquele jeito, o que era uma rotina quando ela era mais nova. Costumava se sentar em um dos vários sofás da casa, sempre entre seus irmãos, sentia-se como em um refúgio, um local inabalável. Tanto havia mudado, pensou enquanto entrelaçava seus dedos. Stefan e Damon também pareciam absortos em pensamentos. Sem que se dessem conta, estavam tendo o mesmo jorro de lembranças.

Flashback on

– Vocês vão ficar aí o dia todo conversando e se esquecer de mim? - a pequena Rosalie chamava a atenção dos irmãos, que estavam sentados no sofá conversando sobre negócios, para si.

– Oh pequena, já se cansou de brincar? - Stefan sorriu inclinando-se na direção da menina.

– Ninguém quis brincar comigo, Stefan. - Rose fez biquinho, pedindo colo em seguida.

– Ei Damon, está a fim de brincar? - Stefan olhou para o irmão depois de colocar a caçula sentada entre os dois.

– Eu não, estou a fim é de guerra. - o garoto disse num tom irritado.

– Damon! - repreendeu Rosalie , cruzando os braços, chateada.

– O que foi? Guerra de beijos é proibida? - ele arregalou os olhos, arrancando risos da irmã. - Mano, você me ajuda?

– Claro, quem é o alvo? - enquanto Rosalie olhava para Stefan, Damon apontou sutilmente para a pequena com um sorriso sapeca. - Oh, é claro.

– Quem é o alvo? - ela riu, curiosa, mas olhando de um lado para o outro seu sorriso murchou.

– Um, dois e três. - ao terminar de contar, Stefan e Damon foram em direção às bochechas de Rosalie , enchendo-a de beijos, fazendo a garota gargalhar.

– Parem, parem! - pedia ela quase chorando de tanto rir, mas eles não a obedeciam, apenas continuavam, disputando entre si para ver quem dava mais beijos.

End of the Flashback

A primeira a despertar da carga de memórias foi Rosalie , soltando das mãos dos irmãos tão rápido que parecia ter levado um choque e, assim, trazendo-os de volta também. Ela levantou-se cabisbaixa, porém confusa.

– Rosalie , espera. - Stefan levantou-se, indo atrás da irmã que andava, agora, em direção à porta principal da casa.

– Rosalie ! - Damon o ajudava a chamar sua atenção, mas ela sequer se virava. Continuava a andar em largas passadas até que chegou à varanda, seguindo cada vez mais rápido para a rua que levava para fora dos arredores da mansão.

– Rose , por favor, vamos conversar. - o mais novo estava inquieto, principalmente agora em que notara o sentimentalismo, há muito perdido, da irmã.

– Deixe-a, Stefan, ela não vai voltar. - Damon colocou as mãos no quadril, como fazia quando se sentia derrotado.

– Mas Damon, você sentiu também não foi? Ela ainda se lembra, ela ainda sente. - ele parou diante do irmão mais velho, a expressão urgente. A situação era complicada, eles não sabiam o que esperar de Rosalie e, depois do sinal que ela havia dado, era quase que uma corrida contra o tempo para despertá-lo antes que se perdesse novamente.

Stefan e Damon continuaram olhando Rosalie se distanciar cada vez mais, ainda a pé. Quando ela estava para atravessar os portões de ferro da grande entrada, seu corpo sumiu.

– O que foi isso? - Damon disse estupefato, correndo até o portão em milésimos de segundo. Mas nada encontrou, na verdade, não havia sequer sinal deRosalie pelas redondezas.

– Acha que ela foi correr? - Stefan logo estava atrás do irmão, tão atônito quanto ele.

– Não, conseguiríamos rastreá-la. - o moreno de olhos azuis se concentrou para tentar encontrar Rosalie , entretanto não obteve sucesso. Parecia que a irmã sequer existia.

– Então onde ela está? - Stefan perguntou urgente.

– Eu não sei, mas sei de alguém que talvez possa saber. - ele olhou para dentro da casa e depois para o irmão que apenas concordou.

~*~

– Definitivamente não. - Bonnie disse horrorizada. - Ela matou a minha avó e agora estão me pedindo ajuda para achá-la?

– Não aja como se sua avó fosse inocente nisso tudo. - Damon revirou os olhos, em seguida olhando para Stefan. Elena também o olhava, mas mantinha certa distância, sentada ao lado de Bonnie e de frente para os irmãos Salvatore.

– Ela só estava fazendo o que achava certo! - contestou a jovem bruxa.

– Enfiar estacas em uma criança não é a coisa certa! - Stefan rebateu, irritado.

– Rosalie não é uma criança Stefan, é uma vampira malévola e com sede de vingança... - Elena começou, mas Damon a interrompeu.

– ...e que agora desapareceu do mapa, como um humano. Pode me explicar isso?

– Está bem, mas só vou ajudar a encontrá-la, o resto fica por sua conta. - Bonnie revirou os olhos.

– Muito obrigado Bonnie. - Stefan juntou as mãos, mostrando que estava realmente gratificado.

A garota, então, fechou os olhos, tombando a cabeça para trás. Seu corpo deu um tranco e ela voltou a abrir os olhos, dessa vez, escancarados.

– Isso não é nada bom.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!