Child Of The Damn escrita por sckespinosa
Notas iniciais do capítulo
A pessoa que Rose mais confia, já tem planos para o futuro.
– E assim, Rosalie Salvatore matou Katherine Pierce, uma das mais poderosas vampiras da época. - Sheila alisava sua xícara com o olhar perdido. Bonnie e Elena se entreolharam, não havia mais o que temer sobre Rosalie, agora elas sabiam como ela se sentia e, de certa forma, davam razão à ela. - Oh, deixei a nossa convidada sozinha na sala! - a bruxa bateu em sua própria testa. - Vão até lá, eu vou aquecer a água de novo.
– Vejo que Sheila já contou toda a minha história a vocês. - Rosalie disse sentada no sofá de três lugares sem desviar seus olhos de uma das janelas. Bonnie e Elena sentaram-se de frente para ela.
– Rosalie, eu sinto muito tê-la tratado mal, agora eu entendo como você se sentia. - Elena pronunciou-se atraindo a atenção da mais nova para si.
– Poupe-me de sua misericórdia, Elena, nós três sabemos que eu fiz a coisa certa. - gabou-se Rosalie e Bonnie revirou os olhos.
– Então, o que houve no dia seguinte? - Bonnie perguntou interessada, Rosalie sorriu.
– Bom, felizmente meu pai foi o primeiro a encontrá-la. Isso livrou todas as suspeitas sobre mim, entretanto... - Rose cruzou as pernas. - papai começou a nos dar verbena, para ver se éramos um deles e para nos proteger. Emily era a nossa salvação.
– Ela os ajudou? Mesmo depois do que você fez à sua ama? - Elena franziu o cenho.
– Claro, Katherine era tão insuportável que Emily deu graças quando ela se foi. - a vampira revirou os olhos como se fosse óbvio. - Mas não posso dizer que ela era cem por cento eficiente também.
– O que aconteceu? - Elena e Bonnie perguntaram praticamente ao mesmo tempo.
– Um dia, Emily esqueceu-se de trocar minha xícara pela que não tinha verbena.
– Então o que ela fez? - Bonnie sorriu, divertida.
– Nada. - Rose sorriu. As meninas fizeram cara de interrogação. - Só então ela descobriu que eu era resistente à verbena que crescia em Mystic Falls.
– Mas não era a qualquer verbena. - Sheila corrigiu chegando à sala com a bandeja cheia de xícaras de chá fumegantes.
– O que quer dizer? - Elena intercalou os olhares.
– A verbena que crescia aqui em Mystic Falls era híbrida, com as propriedades em pouca concentração.
– Então para fazer algum efeito... - Bonnie disse enquanto Rosalie recuperava a fala tomando um gole de chá.
– Deveria ser uma espécie pura, mais forte. - ao passo que Sheila terminou a fala, Rosalie caía inconsciente no chão. - Vamos, não temos muito tempo.
– O que diabos a senhora fez? - Bonnie perguntou assustada.
– Dei a ela verbena. - a senhora deu de ombros e se levantou.
– Rosalie está de volta à cidade em busca de vingança, eu não poderia permitir isso. Agora, andem, ela deve acordar daqui a alguns minutos.
– Certo, certo. - mesmo contrariada, Elena ajudou Sheila e Bonnie a colocarem Rosalie no carro e dirigiram apressadas até a mansão Salvatore.
– Sheila, mas que surp... - Stefan ia dizendo enquanto abria a porta, mas quando viu a mais nova, paralisou. - O que significa isso?
– Stefan, foi para o próprio bem dela. - Elena tentou explicar, logo, Damon se juntava a eles.
– O que aconteceu com ela? Rosalie? Você está bem? - aproximou-se da irmã tocando-lhe o rosto adormecido.
– Eu dei verbena. - Sheila pronunciou-se séria. - Ela está aqui em busca de vingança, eu não poderia deixar isso acontecer na minha cidade. - deu de ombros, por fim.
– Está louca? Tem noção de que acabou de cutucar a onça com vara curta? Ela vai estar irada quando acordar! - Damon praguejou.
– Não se tivermos as armas corretas.
– Armas? Ela é nossa irmã! - Stefan disse entredentes.
– Eu entendo que isso é muito difícil para vocês, mas é preciso. Agora... vocês ainda têm aquele porão?
– Claro, por aqui. - Stefan apontou para uma porta no final do corredor e olhou confuso para Damon que mantinha as sobrancelhas unidas.
– Deixe-a comigo. - Sheila tomou a dianteira, carregando Rosalie sozinha para o porão.
– Stefan, você não pode permitir isso! - Damon contestou inquieto.
– Minha avó sabe o que está fazendo. - Bonnie disse entre dentes.
– É o que veremos. - respondeu ele irritado.
~*~
Sheila arrumou as mãos de Rosalie amarradas acima da cabeça e ergueu seu corpo, deixando-o pendurado ao canto do porão. Ela parecia saber exatamente onde procurar, embora não tivesse muito tempo. Logo, a pequena Salvatore já estaria acordando e era melhor que estivesse preparada.
– Stefan... - murmurou a menina, acordando aos poucos. - Sheila? - franziu o cenho, sentindo-se um pouco tonta. - O que você fez comigo? - ela tentou se movimentar, mas seus pés também estavam amarrados. - Me tira daqui! - remexeu-se desconfortável.
– Não posso permitir que a cidade sofra em suas mãos, Rosalie. - a bruxa colocou-se diante da vampira, séria.
– Como ousa? Eu confiei em você.
– Eu não confio em vingadores.
– Eu nunca traí sua confiança. - Rose irritou-se, mexendo-se cada vez mais violentamente, ignorando os cortes que a corda fazia em seus pulsos e a ardência da solução de verbena que havia nelas. É claro que havia verbena nelas, pensou a menina.
– Para tudo há uma primeira vez. - Sheila caminhou até ela segurando uma peça pontiaguda de madeira na mão.
– Me solta.
– Só depois disso. - a bruxa enfiou o cilindro de madeira bem no centro do tórax de Rosalie, fazendo-a gritar desesperada enquanto o artefato seguia cada vez mais fundo por entre os ossos. Nunca havia experimentado tamanha falta de ar, a dor que parecia rasgá-la de ponta a ponta.
– STEFAN! - ela gritou chorosa. Lá em cima, o garoto fez menção de descer, mas foi barrado por Elena.
– Não é seguro você ir até lá, ela deve estar furiosa.
– Você ouviu a voz dela, Rosalie está sofrendo. - Damon interferiu.
– Está certo disso? Porque eu tenho certeza de que ela está fingindo só para chamar a atenção. - Bonnie cruzou os braços, cética.
Outro grito. Outra estaca lhe atravessava, dessa vez o abdômen. A visão escureceu rapidamente e o corpo pendeu para frente.
– STEFAN! - gritou ela de novo, reunindo forças.
– Você sabe o que esse grito significa. - Damon olhou o anel com o brasão da família, fingindo descaso, mas a verdade era que estava desesperado por dentro.
– O que esse grito significa? - Elena adiantou-se em saber antes que o namorado descesse para o porão.
– Desde criança, Rosalie sempre chama pelo Stefan quando está machucada ou passando mal. - o moreno continuava a fingir descaso.
– E você, Damon? Nunca foi requisitado? - debochou Bonnie.
– Ela chama pelo Damon quando está triste. - Stefan adiantou-se antes que o irmão se descontrolasse.
– Muito conveniente... - Elena foi interrompida por um terceiro grito, dessa vez mais forte. Era a última estaca, inserida pelas costas, paralela ao coração. Sheila soltou Rosalie, agora que se certificara de que a menina não poderia se mexer e a deixou deitada no chão, saindo em seguida.
– STEFAN! Stefan... - gritou Rose tentando se mexer no chão sem sucesso.
– Eu não sei você, mas estou descendo e é agora. - Damon levantou-se furioso pela falta de ação do irmão.
– Está louco? Se isso for uma armadilha ela pode matá-lo! - Bonnie o pegou pelo braço. Damon a olhou.
– Prefiro me certificar de que ela esteja bem do que a deixar sofrer, vou com você. - Stefan pronunciou-se seguindo os dois em alta velocidade.
– Stefan, Stefan... - murmurava a menina quando os irmãos Salvatore chegaram ao porão.
– Meu Deus, Rosalie, o que aconteceu? - Stefan disse rapidamente enquanto abria a porta e colocava-se ao lado da irmã.
– Tira isso de mim, 'tá doendo. - suplicou ela, remexendo-se no chão.
– Não se mexa, esse aqui pode se desviar e atingir o coração. - Stefan a imobilizou pelos ombros.
– O que sua avó fez com ela? - Elena parou na porta com a mão na boca, horrorizada.
– Eu confiei nela. - protestou Rosalie irritada.
– Calma, calma, vamos tirar isso. - Damon tentou conseguir a atenção da irmã para si. - Aqui, segure minha mão. - estendeu-lhe a mão, a qual ela apertou com força.
– Stefan, 'tá doendo. - ela gritou rapidamente quando o irmão fez menção de puxar uma das estacas para fora.
– Você pode apertar minha mão o quanto doer está bem? Eu não vou te largar. - Damon disse calmo próximo ao ouvido de Rosalie.
– Vou começar pela do abdômen está bem? Respire fundo.
– NÃO STEFAN, 'TÁ DOENDO. - gritou ela, raivosa e desesperada.
– Vai acabar bem rápido, eu prometo. - Damon sussurrou em seu ouvido novamente, ofegante de nervosismo.
– Pronta? Um, dois, três. - ele puxou o primeiro cilindro sob os gritos horripilantes da irmã. - Calma, calma, uma já foi.
– Pode apertar minha mão, não tenha medo.
– Eu não vou aguentar, faz isso parar. - implorou ela.
– Damon, segure-a, depois dessa daqui ela não vai poder se mexer ou a estaca atinge o coração.
– Sua avó não deveria ter feito isso a ela. - Elena olhava de Rosalie à Bonnie.
– Talvez ela não esperasse que os dois viriam para cá. Tem ideia do quanto ela ficará furiosa quando as feridas cicatrizarem?
– Não quero estar perto quando isso acontecer. - Gilbert encolheu os ombros sentindo o calafrio do medo percorrer seu corpo.
– Está pronto? - Stefan perguntou a Damon que acenou afirmativamente.
O mais novo Salvatore tentou puxar o mais rápido que pôde sem comprometer a posição da irmã, mas isso não a impediu de gritar e chorar ainda mais. A sensação de falta de ar aliviou levemente, mas ela estava muito fraca. O tempo das estacas em seu corpo já havia sido o suficiente para deixá-la assim. Damon a mantinha parada segurando-a pelos ombros quando seu desejo era se encolher toda para que a dor amenizasse.
– Só falta mais uma, meu amor, e depois acabou ok?
– Nunca ouvi Stefan tratá-la assim. - Elena segredou com Bonnie que revirou os olhos.
Stefan puxou a última estaca lentamente, com cuidado para não atingir o coração de Rosalie, o que só a fez gritar por mais tempo, apertando a mão de Damon o quanto conseguia, já parecendo quebrá-la em duas partes. Mas ele não parecia se importar, continuava com seu olhar focado entre o pedaço de madeira que deixava o peito da irmã e a própria, ainda chorando.
– Pronto, acabou. - Stefan sussurrou. Damon a abraçou por trás, envolvendo-a pelos ombros.
– Vai ficar tudo bem. - sussurrou o mais velho, também a abraçando.
– Me perdoa. - murmurou a mais nova entre os dois irmãos, enquanto ainda gemia pelas feridas cicatrizando. Damon e Stefan se entreolharam, o mesmo fizeram Elena e Bonnie, ela estava falando sério?
– Corram, saiam daqui. - disse Stefan rapidamente. Elena e Bonnie se entreolharam e começaram a seguir escada acima quando ouviram uma risada sinistra vir do porão.
– Rosalie. - Damon repreendeu, mas tão logo estava de cara no chão. Ele e Stefan haviam sido deixados para trás.
Ao chegarem à porta, Elena e Bonnie deram de cara com Rosalie encostada na mesma.
– Vocês não saem daqui até que eu diga o contrário.
– Quer apostar? - Bonnie deu um passo em direção à porta e Rosalie rapidamente se colocou atrás dela, suas mãos fechando-se ao redor do pescoço da bruxa.
– Você sabia que demora menos do que um quarto de segundo para eu quebrar o seu pescoço? - Rose sussurrou, Elena estava paralisada ao seu lado. - E sabe o que isso significa? Morte. Súbita. Então eu sugiro que vocês façam como eu mando.
– Ok, nós ficamos. - Elena disse com a voz trêmula. Rosalie sorriu.
– Muito bem. Agora, para o sofá, já. - ela apontou a sala e as duas seguiram para a mesma, tensas. Rose sentou-se de frente para elas, cruzando as pernas. - Será do meu jeito e quando eu quiser, então vão se acostumando. - sorriu de canto. - Queridos irmãos, é tão bom vê-los se juntando a nós. - a mais nova disse poucos segundos antes de Damon e Stefan pisarem na sala. Eles vieram em silêncio e pararam no sofá atrás de Bonnie e Elena.
– O que você quer Rosalie? - Stefan suspirou pesarosamente.
– E o que mais eu poderia querer, caro irmão? - riu a menina. - É hora da vingança.
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