Child Of The Damn escrita por sckespinosa


Capítulo 3
Memórias


Notas iniciais do capítulo

Está na hora de reabrir velhas feridas, eles precisam saber.



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- Rosalie! Que surpresa agradável minha querida! - Sheila abraçou a jovem sorridente, chocando Bonnie e Elena de imediato.

- Olá Sheila, faz tanto tempo! - Rose sorriu. Pela primeira vez estava sorrindo de verdade. - Posso entrar? - segurou nas mãos da senhora ainda sorrindo.

- Claro! Por favor! - e abriu espaço para Rose, Bonnie e Elena entrarem. - Fique à vontade, vou fazer um chá! - ela avisou, retirando-se para a cozinha. Bonnie resolveu segui-la e Elena, temendo ficar sozinha com a vampira, fez o mesmo.

- Vovó, ficou louca? - esbravejou a jovem bruxa assim que fecharam a porta. - Essa garota é perversa!

- Ora Bonnie, - a avó disse despreocupada. - não julgue essa garota antes do tempo!

- Como não? Elena me contou do que ela é capaz, você não podia tê-la convidado!

- Rosalie é só uma adolescente assustada. - Sheila disse colocando a água para ferver e procurando por sachês de chá.

- Como a senhora pode ter tanta certeza? - a jovem confrontou, nada feliz.

- Eu a conheço há décadas querida. - a velha sorriu. - Encontrei Rosalie quando ela tinha pouco mais de meio século.

- E a senhora sabe o que foi que aconteceu com ela? - Elena perguntou interessada. Talvez a avó de Bonnie pudesse dar outro ponto de vista sobre a história de Rosalie.

- Claro, também conversei com Emily. - a bruxa deu de ombros fazendo com que o queixo da neta despencasse.

- E-Emily? Vovó não estamos para brincadeiras!

- E quem disse que eu estou brincando? - a senhora franziu o cenho. - Vocês querem ou não ouvir a história?

- Queremos, é claro. - Elena apressou-se em dizer antes que a amiga protestasse.

Do lado de fora da cozinha, Rosalie analisava a porção de livros que Sheila tinha, com certeza a coleção havia aumentado desde a sua última visita, mas ela não se cansava de olhá-la. Tantas vezes a velha bruxa a ajudara! Entretanto, não pôde deixar de ouvir a conversa que vinha da cozinha. Apoiou-se no parapeito de uma das janelas que havia na sala de estar e focou-se em ouvir o que Sheila tinha a dizer.

- Ela provavelmente já deve ter dito que, quando Katherine chegou, a sua relação com os irmãos Salvatore mudou. - enquanto equilibrava a chaleira em sua mão, Sheila se concentrava na história que sempre carregava vívida consigo. - Isso a deixou muito perturbada, porque Stefan e Damon não eram mais os mesmos e ninguém lhe dizia nada. Rosalie estava muito confusa...
 

Flashback on
 

Rosalie estava andando pela casa, já se aproximava do pôr-do-sol e logo ela deveria se arrumar para deitar-se. Passando perto do quarto de Stefan, ela viu a porta entreaberta e três vozes distintas saíam de lá de dentro. Ela esgueirou-se atrás do batente para poder ver o que acontecia lá dentro.

- Não se preocupem, quando estiver terminado, poderemos viver felizes finalmente. - Katherine dizia para Damon e Stefan que estavam lado a lado, ambos de frente para a moça. Eles sorriam, pareciam hipnotizados. Rosalie franziu o rosto, aquela moça era louca, definitivamente. - Então apenas respirem fundo, e relaxem! - disse simplesmente enquanto apontava uma espingarda na direção deles.

A pequena Rosalie arregalou os olhos, que espécie de brincadeira era aquela? Dois disparos seguidos a ensurdeceram, mas o seu grito os superou chamando a atenção de Katherine. A moça franziu o cenho e apontou para a porta, dando um tiro certeiro na maçaneta, fazendo-a fechar.

- PAPAI! PAPAI! - Rose saiu correndo pelo corredor em direção ao escritório do pai. Aquela desgraçada havia matado seus irmãos e ela não poderia ficar em silêncio.

- Volte aqui menina! - ela ouvia passos atrás de si, mas não conseguia parar. O choro estava incontrolável, seu coração parecia querer sair pela boca, ela não tinha ideia de onde tirava forças para correr, ela só sabia que precisava continuar. - Te peguei! - braços a envolveram, trazendo-a para o quarto mais próximo. Um dos de hóspedes. Rosalie esperneava no colo da pessoa desconhecida, nada superava a dor que sentia. - Criança, fique calma! - ela finalmente pôde reconhecer a voz. Emily. Emily a entenderia!

- Por que Emily? O que eles fizeram de errado? Tudo o que eles fizeram foi amá-la e agora ela os matou! - lamentava Rosalie, o rosto inundado pelas lágrimas. A criada abraçava a jovem Salvatore, tentando acalmá-la. Por sorte o Sr. Salvatore não estava em casa, senão sua ama ficaria extremamente irritada.

- Acalme-se Srta. Salvatore, eles vão ficar bem. - ela balançava a menina para frente e para trás. Se ao menos pudesse explicar tudo à Rosalie. O que Katherine estava pensando? - Eles vão ficar bem. - sussurrou a bruxa.
 

End of the Flashback
 

- Pobre Rosalie, se ao menos pudesse saber da verdade. - lamentou-se Sheila. Na sala, Rosalie estava com os punhos fechados, todas aquelas memórias trazidas de volta à tona...

- Foi por isso que ela ficou com ódio? - Bonnie havia se sentado em uma das cadeiras da cozinha, Elena continuava em pé. Agora as duas entendiam o porquê do rancor extremo da mais nova.

- Ódio? Ela ficou muito pior do que isso! - a bruxa deu um sorriso vazio. - Rosalie viu os dois irmãos serem executados pela pessoa que eles amavam. Isso a deixou totalmente fora de si.

- Não foi para menos. - Elena se pronunciou. - Eu mesma teria feito Katherine em pedacinhos. - suas sobrancelhas estavam franzidas, ela não conseguia entender porque se sentia tão triste quanto Rosalie. Pensava que só o fato de imaginar seu namorado sendo morto a assustava.

- Mas então vovó, o que aconteceu depois? - Bonnie insistiu. A história estava ficando interessante. Rosalie sorriu amargurada, era cruel ter suas feridas abertas novamente.

- Bem, depois de Emily acalmá-la e convencê-la de que salvaria os seus irmãos, a pequena Rosalie finalmente foi dormir, mas no dia seguinte acordou enferma.
 

Flashback on
 

Rosalie já estava adormecida há horas, seu pai não havia chegado a tempo de vê-la chorando à morte dos irmãos. Emily agradecia mentalmente, ela só precisava, agora, fazer os arranjos para que Damon e Stefan pudessem andar na luz do sol, assim como Katherine.

No dia seguinte a pequena Salvatore acordou mal conseguindo se manter sentada na própria cama. O pai, preocupado, pediu que chamassem seu amigo médico e depois de examiná-la ele não sabia o que acontecia. Rose estava pálida, fraca e febril. 

O médico não deu muitas esperanças a Giuseppe Salvatore o que o desesperou. Onde diabos estavam seus filhos em um momento desses?

- Emily, fique com minha filha, por favor, e mande me chamar quando Stefan ou Damon aparecerem.

- Sim senhor. - a criada abaixou os olhos e pôs-se a fazer companhia a Rosalie.
 

End of the Flashback
 

- Mas como ela ficou doente da noite para o dia? - Bonnie franziu o cenho, incrédula.

- Ninguém sabe. - Sheila mantinha o olhar focado no nada, como se estivesse visualizando a cena.

- Então ela ia morrer. - Elena murmurou consigo mesma. - O que aconteceu? - ajeitou-se, curiosa, sendo acompanhada por Bonnie.

Na sala, Rosalie havia se sentado no chão com as costas encostadas em uma estante de livros. Ela mal se lembrava daquela parte.
 

Flashback on
 

Damon e Stefan haviam passado o dia todo fora, caçando e treinando com Katherine. Apenas ao anoitecer retornaram e repararam na agitação dos criados dentro da casa. Todos eles falavam da caçula, o que fez com que os mais velhos subissem correndo para o segundo andar, parando hesitantes à porta do quarto de Rosalie. Ao entrarem, havia apenas Emily sentada na borda da cama e Rosalie deitada, os olhos semicerrados.

A única luz que iluminava o quarto era a de algumas velas acesas ao redor da cama, dando um aspecto sombrio para a cena. Katherine não entrou, preferiu seguir para seus aposentos, irritada por ter sua criada cuidando dela.

- Emily, o que houve? - Stefan andou rapidamente até ficar do outro lado da cama da irmã, ela sequer se mexeu em sua presença.

- A pequena Rosalie está enferma, o médico acha que ela não passa desta noite. - a criada disse com o olhar baixo, molhando alguns panos para colocar na testa de Rosalie. Stefan e Damon se entreolharam.

- Mas como? Ontem mesmo ela estava bem. - o mais velho protestou, Stefan puxou uma cadeira para se sentar ao lado da irmã e segurou sua mão, estava quente.

- Ela viu a Srta. Pierce matá-los, eu não deveria ter sido tão descuidada. - lamentou-se Emily.

- O quê? Não, ela entendeu tudo errado. Rosalie? Rosalie, meu amor, consegue me ouvir? - Stefan chacoalhou de leve o braço febril e mole de Rosalie. Ela abriu levemente a boca e depois sorriu, de olhos fechados.

- Eu já estou indo Stefan, já estou indo para perto de você e de Damon no céu. Me esperem. - murmurou. Stefan olhou confuso para o irmão.

- Ela acha que morremos. - sussurrou o moreno. - Eu vou chamar Katherine.
 

End of the Flashback
 

- Mas como a senhora sabe disso? Rosalie estava muito doente para ter lhe contado. - Elena disse, parecendo juntar as peças apenas naquele momento.

- Já disse, eu fiz meus contatos com Emily. Ela me contou algumas partes da história que Rosalie não sabia. - Sheila apoiou-se no mármore que cercava a pia.

Rosalie sentia como se uma bola estivesse entalada em sua garganta, os olhos ardiam e as mãos estavam trêmulas. Ela quase não se lembrava de como era essa sensação. Era a sensação de um humano, de um ser fraco.
 

Flashback on
 

- Katherine, por favor, você precisa salvar nossa irmã. - Damon trouxe a Srta. Pierce pela mão para o quarto da mais nova.

- E o que vocês querem que eu faça? - ela suspirou, desgostosa.

- Transforme-a. - Stefan suplicou. Katherine parou por um momento, passeou seus olhos perversos de Damon para Stefan, depois para Emily e finalmente para Rosalie. Se ela não o fizesse, provavelmente seu plano com os Salvatore estaria acabado. Eles seriam capazes de dar tudo pela irmã.

- Está bem, eu faço. - disse de má vontade. Damon e Stefan sorriram aliviados.

- Obrigado, Katherine. - Stefan disse sorrindo. A moça deu de ombros e aproximou-se da cama da enferma com certo desdém estampado na face.

- Pegue aquele canivete para mim Emily. - a vampira apontou para a cômoda onde jazia brilhante um canivete prata, antes usado para cortar as gases que iam em Rosalie.

Sem se importar, fez um corte no pulso, fazendo com que o líquido viscoso e vermelho carmim escorresse rapidamente. Com o indicador e o polegar, Katherine abriu os lábios da mais nova e colocou o pulso em sua boca.

- Beba pirralha. - sussurrou quase inaudívelmente. Enquanto sentia o sangue ser sugado de seu corpo, ela não podia negar que se sentia presunçosa por terem recorrido a ela.

Mais tarde estava feita a transformação, a criada Emily colocou no dedo médio da mais nova Salvatore um anel de ouro branco com uma pedra lápis-lazuli trabalhada e brilhante. Isso a protegeria do sol e não levantaria suspeitas.
 

End of the Flashback
 

- Ela não tinha jeito mesmo! - Elena bufou. - Então ela descobriu que eles eram vampiros? - Gesticulou com a mão.

- Oh não, isso foi só na noite seguinte. - Sheila abanou o ar dando uma risada fraca. - Stefan e Damon passaram o dia fora, foram caçar novamente. Emily ficou cuidando de Rosalie, para acostumá-la à nova vida.

- Como ela descobriu? - Bonnie havia apoiado seu queixo em sua mão e seu braço sobre a mesa.

- Bisbilhotando, é claro. - Sheila disse e Rosalie riu baixinho da sala, o pior já havia passado.
 

Flashback on
 

Estava de noite, e Rosalie não conseguia dormir, tudo havia acontecido muito rápido. Não havia visto seus irmãos o dia todo e, felizmente, nem a vagabunda de Katherine. Ouviu vários passos no corredor e a voz de seu pai se sobressaiu por entre as demais, ainda estava se acostumando à super audição.

- Por aqui senhores. - parecia que mais uma de suas reuniões aconteceria naquela noite. Rose, inquieta, levantou-se cautelosamente da cama e abriu a porta do seu quarto. Esperou que todos aqueles homens entrassem no escritório de seu pai e então seguiu, pé ante pé, para o cômodo, onde sabia que conseguiria ver e entender melhor sobre o que falavam. - Mais cinco ataques, meus caros. Todos os corpos sem nenhuma gota de sangue.

- Ora Giuseppe, pode ter sido um animal. - o Sr. Lockwood pronunciou-se. Mas seu pai balançou a cabeça negativamente.

- Não, eu já sei o que foi! - todos fizeram silêncio para poder ouvi-lo com clareza. - Vampiros. - sussurrou e os homens exclamaram, apavorados.

- Isso é um absurdo! - o Sr. Gilbert disse e os demais concordaram.

- Eu sei, Johnathan, mas tenho evidências incontestáveis! - Giuseppe seguiu para uma de suas estantes e tirou de lá um grande livro. - Aqui está dizendo todas as características dos corpos que temos encontrado.

- E como identificamos uma criatura dessas? - Lockwood disse, cético.

- É muito fácil, basta misturarmos verbena a qualquer bebida. - seu pai dirigiu-se à escrivaninha e pegou um pequeno ramo nas mãos, passando aos demais. - Se eles apresentarem moleza ou tontura, então os pegamos!

- Ainda me parece muito circunstancial... - Gilbert alisou a barba.

- Ah sim, eles não envelhecem e se curam rapidamente de qualquer machucado.

- Está me dizendo que teremos de sair atirando nas pessoas agora? - Rose arregalou os olhos. Atirar. Foi o que Katherine havia feito... e depois. Depois seus irmãos apareceram intactos, sem nenhum ferimento. E depois ela, em um dia estava perto de morrer e no outro, totalmente disposta. Tampou sua boca horrorizada. Ela também era um deles, assim como seus irmãos! Por isso Emily havia dito que ficariam bem! Ela sabia!

Andou rapidamente de volta ao seu quarto sentindo seu sangue borbulhar, era como se toda a raiva do mundo estivesse em seu corpo minúsculo. Embora eles não pudessem se ferir, a vagabunda ainda havia atirado neles. E isso ela não podia perdoar. Mas, também sabia que não tinha chance se quisesse confrontá-la, Katherine havia salvado sua vida e devia-lhe isso. 

Dormiu pensando em como abordaria a jovem imortal para que conseguisse o que queria: vingança. Não seria fácil e ela sabia que morreria de medo, mas ao menos tinha que tentar. Ela faria justiça com as próprias mãos.
 

End of the Flashback
 

- Às vezes penso que internet seria muito útil naqueles tempos. - Elena ponderou e Bonnie riu da amiga.

- Não seja boba, Elena, eles podiam não ter o que temos hoje, mas tenho certeza de que burros eles não eram.

- E não mesmo. - concordou Sheila. - Mais tarde naquela semana, Johnathan Gilbert havia conseguido desenvolver o protótipo de um localizador de vampiros.

- Assim, tão rápido? - Elena ficou boquiaberta.

- Ele passou muitas noites em claro estudando as pesquisas do Sr. Salvatore, mas é claro que ele não sabia se funcionaria.
 

Flashback on
 

- Katherine? - Rosalie batia à porta da hóspede. A vampira estava sentada de frente para sua penteadeira, escovando os cabelos aparecendo distraída.

- Pequena Rosalie. - ela sorriu, mantendo aquele seu olhar de desdém. Vagabunda. Era o que a menina tinha vontade de lhe dizer naquele momento. Assassina. Essa palavra também gritava em sua mente. Monstro. Se Rosalie não estivesse focada em seu objetivo, talvez as palavras que flutuavam, gritantes, em sua mente escapassem por seus lábios. Tirana. - A que devo a honra de sua presença? - Falsa. Disso, ela tinha certeza. Ela não tinha nenhum respeito sobre a mais nova, por isso havia feito aquilo com seus irmãos. Ninguém havia perguntado a ela se ela permitiria. Katherine era uma egoísta.

- Eu só queria agradecê-la por ter salvado a minha vida. - a menina sentiu sua expressão se acalmar imediatamente ao que começou a falar.

- Claro. Não foi nada. - Katherine virou-se no banco e sorriu cética. Parte de seu plano já estava concluído: fazer a vadia pensar que realmente era grata.
 

End of the Flashback
 

- Ela realmente não estava falando sério, estava? - Elena disse sufocada. Ela se perguntava o tamanho da frieza e indiferença de Katherine ao sequer ficar feliz pela pequena Salvatore. Soava realmente perverso.

- Ela era Katherine, Elena, a vadia sem coração. - Bonnie disse e Sheila riu.

- Você tem razão, querida, uma bastarda sem coração.

- Mas e então Sheila? O que aconteceu depois? - o chá já havia esfriado, mas ninguém se importava. A história estava realmente interessante, deixando Elena e Bonnie ansiosas pela próxima parte.
Na sala, entretanto, Rosalie perdia seu olhar para o nada. Há muito tempo não sentia uma dor igual àquela, a dor do passado.
 

Flashback on
 

Entretanto, as coisas ainda não estavam inteiramente resolvidas para Rosalie. Ela tinha sua eternidade, era verdade, mas ainda não havia resolvido a parte da eternidade de seus irmãos. Depois de uma longa noite de caçadas e tentando livrar seu rastro, Rose seguiu para o quarto de Katherine.

- Rosalie? - a vampira pareceu se assustar, acordando rapidamente.

- Desculpe, não quis assustá-la. - Rose cruzou seus braços por detrás das costas. - Eu queria lhe agradecer. - ela deu alguns passos em direção à cama da moça.

- De novo? - Katherine revirou os olhos, entediada.

- Passar a eternidade com os meus irmãos foi a melhor coisa que poderia me acontecer. - a garota sorriu e a outra franziu a testa dando um riso de deboche.

- Vamos esclarecer uma coisa por aqui, sim? - Rosalie concordou, dando mais um passo e Katherine apoiou-se na borda da cama. - Os seus irmãos pertencem a mim. Eles não vão querer uma pirralha mimada como você. - disse trincando os dentes, mas a expressão de Rosalie não se alterou.

- Ah, é aí que você se engana, minha querida. - seus caninos se expandiram rapidamente e seus olhos enegresceram. Mais rápido do que qualquer um pudesse prever, Rosalie soltou as mãos de suas costas onde carregava uma estaca consigo e acertou-a em cheio sobre o peito de Katherine.

A vampira gemeu levemente, surpreendida e caiu sentada na cama. Não era o suficiente. Rosalie retirou o pedaço de madeira e o enfiou diversas outras vezes. Não se importava que suas mãos estivessem sujas de sangue, não importava mais nada. Ela só conseguia cravar de novo, e de novo, e de novo, e de novo. Por fim ela sentiu como se um peso tivesse sido tirado de sua consciência e sorriu sarcástica.

- Adeus Katherine. - disse para o cadáver seco e destruído de Katherine Pierce. Levantou-se da cama e pegou o jarro que havia ao lado da penteadeira do quarto. Derramou água sobre suas mãos, lavando-as para tirar todo o sangue que jazia nelas. Entretanto, reparou que seu anel não tirava a cor vermelho-sangue que havia empregnado lá. Deu de ombros e seguiu para o seu quarto, mais satisfeita do que nunca.


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