As Cores escrita por Isabell Grace


Capítulo 8
A Notícia Falsa


Notas iniciais do capítulo

Hey amores! Como estão? Digo pra vocês que estou bem melhor agora. Graças aos deuses, o pacote de dor de garganta, gripe, febre, tudo junto, passou. Me digam, o que estão achando da fic? Gostando, odiando, deixem nos comentários. Ai vai mais um capítulo pra vocês. Boa leitura
Beijos, Isabell



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O nosso almoço foi basicamente Cheetos, Coca-Cola e uma barra de chocolate. Não é exatamente um cardápio muito saldável, mas era tudo o que tínhamos. Tenho que me lembrar de roubar alguma coisa mais nutritiva da próxima vez, talvez umas frutas, sei lá.

Percebo que Thalia não está bem pelo fato de estar calada o tempo todo, desde que chegamos da casa e, além disso, estava comendo sem nenhum entusiasmo, como se estivesse sendo obrigada.

- Você ainda está chateada por causa da manchete de jornal? – perguntei, quebrando o silêncio. Ela balança a cabeça em confirmação.

- É ruim saber que as pessoas acham que você está morta, sabe?

- Me perdoa. A culpa é minha. – eu digo – Eu insisti pra que fossemos lá. Eu não devia ter te levado, só te trouxe coisas ruins.

- Não Luke, a culpa não é sua. Você fez bem em me levar lá. Eu gostei. Mesmo. Juro. Obrigada de verdade, ninguém nunca foi tão legal comigo, em tão pouco tempo, como você está sendo. – ela me deu um sorriso – Eu realmente fiquei chateada com a notícia no jornal, mas nós vamos descobrir o que está acontecendo. Por favor, não se sinta culpado.

Balancei a cabeça e me pus de pé. Coloquei a mochila nas costas e disse:

- Eu vou resolver isso então. Eu vou até a redação do jornal pegar mais informações sobre a manchete. Você fique ai, está bem?

Então me viro e saio andando.

- Luke. – Thalia me chama. Volto-me novamente para ela. – Obrigada, de coração, por tudo o que está fazendo por mim. Você é o melhor amigo que eu pude encontrar na vida.

- Você também. – eu sorri – Nunca ninguém quis ser minha amiga e agora eu tenho você que é a melhor que eu podia ter. – ela me deu outro sorriso então eu me virei e segui meu caminho.

Por sorte eu sabia direitinho onde ficava a redação do The New York Times, uma vez eu fiz uma excursão pra lá com minha turma no orfanato. Nós íamos a várias excursões e eu sempre lembrava o caminho de todos os lugares que fomos. Eu queria conhecer tudo em New York pra quando eu fugisse daquele lugar asqueroso. Eu planejava essa fuga há muito tempo.

Devo ter gastado uns dez minutos de caminhada tranquila até lá. Era um prédio enorme com tantos andares que nem conseguia contar. Lembro-me que na excursão não devemos ter visitado nem os quatro primeiros andares.

Chego à recepção, onde havia uma mulher de óculos, roupa formal e um coque no cabelo, falava ao telefone e anotava algumas coisas em um papel. Apesar de ser domingo ela trabalhava. Imagino que em uma redação de jornal deva ter trabalho todo dia, inclusive nos domingos e feriados, para darem as notícias diárias de uma cidade tão movimentada como é New York. A mulher gasta, mais ou menos, um minuto até que desliga o telefone e dá atenção a mim.

- Sim senhor, posso ajudar? – a mulher pergunta.

- Eu queria falar com algum redator, alguém que escreve as notícias. É que quero perguntar algumas coisas sobre uma notícia dada em uma das edições passadas. – eu digo.

- Ah sim, claro. – ela diz – Você pode falar com nosso editor chefe. O nome dele é Francis William. Eu vou ver se ele pode lhe atender.

Ela tira o telefone do gancho e disca uns três números. Fala com o editor e então me autoriza a subir.

A sala do editor chefe ficava no vigésimo primeiro andar (eram quarenta, segundo os botões do elevador). Bato na porta e um serviçal abre para eu poder entrar. O senhor Francis William era um homem de meio porte, elegante, cabelos grisalhos e tinha uma barba bem feita. Ele me ofereceu uma cadeira e dispensou o serviçal.

- Então rapaz, acredito que algo importante tenha trago você aqui, não é? – Francis falou. Ele parecia calmo, paciente e até bem legal, mas eu estava me sentindo como um inútil, folgado que, apenas estava ali, atrapalhando o seu tão importante trabalho no jornal mais famoso do mundo.

- Bem senhor, me desculpe incomodá-lo, mas é realmente importante. – eu estava aparentemente nervoso de falar com ele.

- Tudo bem, vá em frente.

Eu tirei da mochila o jornal com a notícia sobre o acidente da mãe de Thalia e coloquei encima da mesa do editor. Ele colocou os óculos de grau no rosto e leu a manchete.

- É sobre essa garota e sua mãe. – falei – Essa notícia é realmente real? Tudo o que está dizendo aqui aconteceu mesmo?

- Sim, é claro. Em hipótese alguma publicaríamos uma notícia falsa. Por que está perguntando isso rapaz?

- Então, significa que as duas morreram? – O homem me encarava como se tentasse entender o que eu queria dizer– Me desculpe senhor é que eu achei que a garota, Thalia estava bem. Eu... Estava procurando por ela – menti.

- Eu sinto muito, mas a informação que nos deram era de que a garota estava morta também. Alguns de nossos redatores foram até o local do acidente e disseram que não encontraram o corpo da menina, apenas o da mãe, mas a polícia e a perícia de New York deram certeza de que ela estava no carro na hora do acidente e com certeza não sobreviveu.

- E como teriam tanta certeza? – perguntei

- Ela deveria estar na escola no momento do acidente e não estava. Também não estava em casa. E depois nunca mais foi vista em lugar nenhum. A garota está morta.


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