When You Call To Me escrita por Carrie Lerman


Capítulo 8
Olhares no Jantar


Notas iniciais do capítulo

Titulo péssimo! mas o capitulo tá legal! Meio agua com açúcar gente! Mas tá fofo! Espero que gostem! Nascendo um Luspian aí bem sutilmente...



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Quando estava pronto, já vestido de acordo com os costumes do povo narniano, Caspian se retirou do cômodo onde havia se trocado sem a ajuda de ninguém e encontrou uma ama bastante jovem o esperando do lado de fora. Esta o acompanhou até a sala principal de jantar onde a rainha Lucia o esperava, já vestida com um novo modelo ainda mais bonito do que o da tarde. Seu vestido longo era azul marinho e era coberto por uma espécie de sobre vestes de cor cinza amarrado a frente do busto e com mangas de forro azul da mesma cor que o vestido. Seus cabelos continuavam presos atrás da nuca deixando seus fios levemente avermelhados soltos sobre as costas e seu lindo rosto totalmente descoberto. Caspian por sua vez vestia uma calça marrom presa por uma bota que seguia até abaixo do joelho, camisa lilás bem escura e sobre a mesma um tipo de colete largo com botões na horizontal sobre o peito de cor bordô. Seus cabelos estavam menos penteados do que antes e davam a impressão de serem mais longos cobrindo as orelhas. Assim que chegou a sala de jantar a ama que o acompanhava pediu licença e se uniu a outra moça de mesma idade e ambas se afastaram com risinhos tímidos enquanto admiravam o belo homem. Caspian deu um sorriso de canto de lábio sentindo-se lisonjeado pelos sorrisos das moças destinados a ele, e então logo avistou a rainha Lucia que até então estava de costas em frente a grande janela do cômodo. Quando seus olhos se cruzaram, o silencio se fez presente entre ambos. Caspian se aproximou devagar fitando a face da bela moça que o observava contra os raios de sol vindos da janela enquanto se via encantado pelo sorriso singelo da mesma:

– Está bem melhor! –disse ela dando uns passos a frente mantendo os olhos no provável rei.

– Você acha? –disse ele um pouco sem graça olhando as próprias roupas.

– Sente-se confortável? –disse ela em tom preocupado.

– Ah sim, são bem confortáveis na verdade! –respondeu com um sorriso bobo.

– Fico contente que tenha gostado!

Caspian sentiu certa dificuldade em desviar os olhos do rosto tão bonito da moça a sua frente, esquecendo-se completamente que ela era uma rainha e que estava supostamente a cima de seu atual posto por assim dizer.

– Por favor, sente-se. –disse ela quebrando o transe entre eles.

– Ah, obrigado! –respondeu se aproximando de uma das cadeiras.

– Por favor, sente-se mais perto! –ela riu vendo que ele escolhera uma a três cadeiras de distancia da poltrona da cabeceira.

– Desculpe! –ele riu totalmente sem jeito.

– Lembre-se que nessa terra você é rei Caspian. –ela disse. – Não precisa se comportar como algo menos que isso.

– Eu acho que vou levar um tempo pra me acostumar com a ideia! –ele sorriu amigável.

– Vai ver que isso levará menos tempo do que pensa! –ela sorriu e se sentou no seu lugar.

Caspian escolheu a primeira cadeira perto da poltrona da rainha e apontou para a mesma erguendo as sobrancelhas como se perguntasse se podia se sentar ali, e recebeu um sorriso amável de Lucia que confirmou. Então satisfeito ele sentou-se ao lado de Lucia e esperou até que as amas se aproximassem com a comida e começassem a servir os dois.

– Obrigado! –disse ele assim que elas o serviram.

– Com licença majestades! –disseram.

Mais uma vez os risinhos abafados e tímidos se fizeram presente, e Lucia ergueu majestosamente o queixo olhando as amas que logo se retiraram por respeito. Depois ela voltou seus olhos para o rei e disse:

– Elas gostaram de você!

– O que? –ele riu.

– Devem estar curiosas sobre o novo hospede! –Lucia sorriu enquanto dobrava seu guardanapo.

– É, imagino que sim! –ele baixou o rosto olhando seu prato. – O que exatamente é isso? –disse curioso.

– Coração de javali... –respondeu. – Com mais uma porção de frutos do mar.

– Hum. Parece bom. –ele respondeu desconfiado.

– Prove!

Ele encarou Lucia que o fitava confiante então pegou um talher e com todo cuidado tentou cortar a carne a sua frente e depois a levou a boca abrindo a mesma o bastante para caber o prato inteiro e mordeu o pedaço de carne suculento. Primeiro ele sentiu um gosto amargo que vinha dos temperos, mas conforme mastigava sentia um gosto agradável que se adaptava ao seu paladar.

– Hum! –ele disse de boca cheia. – Saboroso! –um pouco do caldo da carne vazou pelo canto de sua boca e isso o deixou sem graça, mais do que estava.

Lucia por sua vez abriu um sorriso meigo achando divertido e então cortou um pedaço de seu próprio coração de javali e levou aos lábios graciosamente sem cometer nenhuma gafe. Depois usou o guardanapo para secar as gotículas de caldo que sequer chegaram a sair pela sua boca já que seu pedaço de carne era potencialmente menor do que o que Caspian havia cortado. Assim ele aprendeu a cortar o alimento de maneira mais chique para não fazer feio diante da rainha, embora Lucia não ligasse para estas formalidades, já que havia feito vários piqueniques com o amigo Tumnus nos quais ambos saíram sujos de suco de frutas e nem sequer ligaram para tal. Porém diante do rei, Lucia também desejou fazer bonito como tinha de ser em todas as ocasiões que se via diante de um rei ou rainha. Pouco tempo depois uma bela sobremesa foi servida pelas mesmas amas anteriores que deixaram os doces sobre a mesa e se retiraram com as louças sujas.

– O pequeno montinho a sua esquerda é chamado de flocos de neve! –ela se referia a docinhos quadrados cobertos de açúcar. – Já o segundo chamamos de cerejas douradas! –esta eram cerejas cobertas por mel aquecido. – Eu particularmente prefiro o segundo. Mas este não é nem de longe meu doce favorito! –ela sorriu inclinando o rosto para frente.

– Tudo aqui parece muito bonito, incluindo a comida! –ele riu e encarou a rainha, depois que ela se recostou na poltrona ele ficou sem graça por acreditar que tinha dito algo que não devia.

– Sabe montar Caspian? –ela perguntou ao levar uma colher pequena de cereja a boca.

– Montar? Quer dizer cavalo? –ele franziu a testa comendo seu doce de neve.

– Sim! Quatro patas, crinas. Existem cavalos na sua terra não?

– Ah, sim! Com certeza de muitas espécies e tem até uns meio humanos... –ele riu.

– Centauros você quer dizer? –ela disse confusa.

– Não, foi só uma piada idiota! –ele sacudiu a cabeça. – Por que existem centauros em Nárnia?

– Claro que sim! –ela sorriu. – São excelentes guerreiros, e ótimos amigos! São em sua maioria muito fieis principalmente a seu povo e sua família. Muito honrados!

– Nossa! –ele arregalou os olhos olhando o nada a sua frente.

– Quer conhecê-los?

– Posso?

– Claro! Faremos um passeio a cavalo assim que terminarmos as refeições! –ela sorriu satisfeita.

– Por mim tudo bem! –ele sorriu gostando da ideia.

– Assim poderá conhecer um pouco mais de Nárnia!

Caspian sorriu aprovando a ideia, assim como se dando por satisfeito em passar mais um tempo com a rainha. Embora não fosse adequado flertar com tal moça, muito menos em tais condições o moreno não pode deixar de admirar as características da bela moça além de é claro a sua própria beleza em si. – Ah sim, Caspian havia reparado em cada detalhe as belas feições da moça mesmo que sua cabeça dissesse que não deveria já que ela era uma rainha. O que ele não sabia era que a própria também estava encantada com seu belo par de olhos castanhos, e seu sorriso as vezes tímido e as vezes terrivelmente sedutor. Muitas vezes durante o jantar ambos haviam trocado olhares que deixaram a rainha visivelmente corada, mas a sensação confortável em seu intimo lhe fez sentir bem diante dos olhares as vezes indiscretos do rei...


Vestido de Lucia:

Roupa do Caspian (com ele dentro):


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Notas finais do capítulo

Espero eu tenham gostado desse inicio de Luspian que já esta no ar!