Pov. Leo.

25 dias.

Foi esse o tempo que demorou para chegar na Grécia.

Claro que tivemos sucessivos ataques, e que quase morremos, sem falar que Jason ficou desmaiado 7 dos 25 dias, por causa de outro acidente na cabeça, e que nós brigamos várias vezes uns com os outros, brigas feias com direito a facadas e alguns “Mais que droga” do Frank, e que o navio foi bastante danificado então eu demorei uns 4 dias para concertar, mas mesmo assim, 25 dias??????

        Só em pensar que nesse tempo todo que se passou várias tropas romanas estão indo em direção ao acampamento meio-sangue, e que nesses 25 dias Percy e Annabeth ficaram presos no tártaro, eu tenho um pequeno ataque de nervosismo.

        Eram esses os tipos de pensamentos que se passavam em minha cabeça, enquanto, junto com meus amigos, caminhava para as Portas da Morte.

        “O pior é que eu estou com um pressentimento ruim, como se algo de ruim fosse acontecer hoje.” Pensei.

        Bom, seja o que for é melhor ignorar, hoje nós salvaremos nossos amigos e fecharemos as portas da morte.

        Mas, e se não conseguirmos????? E se acontecer alguma coisa?????? Sei que algo nos espera nas portas da morte. De repente a voz fria de Gaia fala em minha cabeça “ E inimigos com armas as portas da morte, afinal”

-Pessoal, vocês tem certeza que devemos ir??? Perguntou ele.

-Leo é claro, é o único modo de salvar o mundo e voltar para o acampamento antes que os romanos ataquem. Disse Piper.

-Sem falar que é o único modo de salvar nossos amigos, acrescentou Nico.

-É, Percy e Annabeth precisam sair de lá Leo. Disse o treinador.

-É que, a profecia, e inimigos com armas as portas da morte, afinal. Falei.

-É, mas somos semideuses, devemos fazer isso. Disse Jason.

-Mas é que... Comecei.

-Ah Leo, deixe de frescura, são só inimigos, nada que a gente não tenha, será fácil. Disse o Mister. Perfeição.

-Diz isso o cara que só matou um Titã, e enfrentou um gigante e já se acha especial. Zombou Nico.

        Pronto, a confusão estava armada, Jason gritava com Nico, que gritava com ele duas vezes mais alto. Mas eu concordo com Nico. Olha não é que eu não goste de Jason, mas desde que nós enfrentamos um monstro chamado  Igoles, ele esta agindo exatamente como uma criança de Roma, ele anda se vangloriando por poucos atos, e sempre menciona alguma coisa importante que ele participou sobre o acampamento Jupiter e bla, bla, bla.

        -Jason, pare de gritar com o Nico, ele não quis dizer isso, Berrou Piper.

        -É, Nico não quis dizer isso Jason, escute a filha de Vênus. Disse Hazel.

        -Por que esta me chamando de filha de Vênus????? Eu pareço ser inferior e fraca???? Pergunto Piper, ela odiava ser chamada de Filha de Vênus/Afrodite, ela se achava fraca por isso.

        -Não foi isso que eu quis... Começou Hazel.

        -Mas, pensou. Olha eu não sou uma criatura tola e fraca, que só se importa com o amor e com a beleza. Gritou Piper. Se fosse só isso tudo bem, mas ela continuou- Posso ser filha da Deusa mais fraca e superficial do Olimpo, mas pelo menos não tenho o Demonio como Pai, e não sou uma aberração que voltou a vida.

        Vish, nem eu acredito que ela gritou isso.

        -Eu não sou uma aberração. Gritou Hazel atacando Piper.

        -E meu pai não é o diabo. Gritou Nico, então todo mundo começou a se bater.

        -Piper, pare de bater na Hazel. Gritei.

        E isso foi a pior coisa que já fiz.

        -O que, Leo eu sou o namorado dela, quem a defende sou eu. Gritou Frank.

        Nossa relação ainda não estava muito boa, na verdade durante a viagem ela piorou, Frank não conseguia ficar sozinho com Hazel por nem um minuto, eu não deixava, aonde eles iam eu ia atrás, sem falar que Nico também.  Não sei o que me deu mais eu gritei:

        -Bom, mas que tipo de namorado é você, todo desengonçado e estranho, por favor Frank, todos sabemos que você não terá uma vida muito longa, afinal sua vida depende de um pedaço de madeira.

        -Pelo menos, eu não fui rejeitado por toda a minha família, e consigo me comunicar com os seres humanos normalmente, e também não fui o culpado pela morte de minha mãe, Gritou ele.  

        Pronto, não aguentei, saltei no pescoço dele, incendiando uma das mãos, enquanto ele se transformava em um enorme dragão.

        Então aparentemente, nós estávamos em nossa própria guerra.

        Pov. Percy.

        Hoje era o dia, as portas da morte estavam perto, eu conseguia sentir o seu poder, mas eu não estava feliz, estava com um pressentimento ruim, como se algo fosse acontecer, algo ruim.

        Dã, pare de ser idiota Percy, você sabe o que vai acontecer. Pensei.

        Hoje faziam exatamente 25 dias desde que eu e Annabeth caímos no tártaro, sei disso porque agora que estamos perto das portas da morte, e consequentemente, perto do mundo mortal, tínhamos internet pelo notebook, da Annie, que agora dormia.

        Hoje é o dia dela, pensei. 25 de Julho, Aniversário dela.

        Suspirei, e pensei “como é que eu poderia sobreviver sem elas ao meu lado”.

        Então  tive uma ideia, deveriam ser umas 10 horas em minha cidade agora.

        Peguei o notebook da Annie e coloquei no Menssagem-De-Íris-Online.

        “Esteja online, esteja online, esteja online” Pensei.

        Até que vi uma janelinha verde, exatamente da pessoa que eu queria que estivesse online.

        Cliquei nela. E apareceu um rosto que senti muita falta.

        -Percy meu filho, graças a deus, onde você está????? Perguntou minha mãe.

        -Mãe, aconteceram algumas coisas, e eu cai. Disse.

        -Caiu, caiu em um buraco???? Perguntou ele, com a preocupação estampada na cara.

        -Bom, mais ou menos, Annie teve que lutar com Aracne, e a matou, só que ficaram presos, vários fios de teia de aranha presos em seu tornozelo, e Aracne a puxou para o buraco, então eu a segurei, mas fui puxado também, e vi que não daria para salvá-la, então eu me joguei para ficar com ela, e agora, agora estou aqui. Disse eu, muito infeliz.

        -Aqui, Aqui onde??? Perguntou ela.

        -Aqui, no tártaro, eu digo.

        -Oh, deuses, Percy. Disse ela.

        -Mãe, eu estou bem, e a Annie também. Digo.

        -Percy, meu filho eu não acredito, eu... eu deveria ter ficado com você, deveria ter te protegido, eu.... eu. Nesse momento ela já estava e prantos.

        -Mãe, escuta, isso aconteceria de qualquer jeito, você...Você não pode enfrentar as minha batalhas, a mãe urso tem que abrir as asas uma hora. Disse Sorrindo/chorando.

        -Percy, o ditado não é a sim. Disse minha mãe com um leve sorriso no rosto. –Quando você vai voltar??? Ela perguntou fazendo meu sorriso desaparecer.

        “Não sei.” Pensei.

        Então eu ouvi Annabeth se mexer, como se estivesse acordando.

        -Mãe, eu... eu... preciso ir, desculpe, eu te Amo. Disse já fechando o note.

        -Percy, Percy, você não me respondeu, ei, Percy, filho.

        A ultima coisa que ouvi antes de Fechar o note, e olhar para os lindos olhos de tempestade de uma garota loira que me observava foi “Eu te amo filho”.

        Pov. Leo

        Agora, nós estávamos caminhando de novo pela Grécia, Nico, tinha um corte na bochecha e Jason, no lábio, Hazel, e Piper estavam descabeladas, e Frank estava fumegando e eu estava molhado, pois Frank virou uma baleia e me deu um jato de água.

        Nós só paramos de brigar, pois o treinador, começou a bater com seu bastão em uma lata de lixo, nos assustando. E depois nos deu um belo sermão de como não devemos brigar, pois ele vai se dar mal se acontecer alguma briga e ele não apartar, pois ele tem que fazer isso e outras coisas.

        Nós pedimos desculpas, mas elas não foram tão verdadeiras.

        -Pronto chegamos. Disse Nico.

        Nós estávamos no Épiro, na nossa frente uma enorme escada, que nos levava para uma caverna branca, o Argos 2, que estava atrás de nós pairava no ar, pois eu construi um piloto automático mais eficiente do que o antigo, atirou uma bomba para estourar uma passagem de pedra, que o impedia de prosseguir, e nós também.

        Ao entrarmos na caverna uma imensa escuridão.

        -Nossa, eu não pensei que aqui seria tão escuro. Disse Frank.

        -Escuro???? Perguntou Nico enquanto se aproximava de nós. –Não era escuro, a menos que...

        De repente, um monte de tochas que serviam como luz se acenderam, mostrando um enorme batalhão de monstros a nossa frente.

        Uma armadilha, a trás de nós as pedras desabaram, impedindindo a saída, e na nossa frente, no fundo da caverna, se postando atrás do batalhão de monstros estava as Portas da Morte.