No capítulo anterior

– Apenas... apenas uma coisa boba. – Lucy falou com um sorriso amarelo.

Nagihiko ia perguntar de novo se Natsu não tivesse chegado e derramado uma pilha de lenha na fogueira que ardeu como nunca.

– VAMOS COMER! ITADAKIMASUUUUU! – Disse o Salamander a encher a boca com um espeto de peixe em chamas.

Capítulo atual:

Pov’s Nagihiko

– Aye sir- O neko azul vívido pulou de onde estava, agitando as asas como se dissesse “venham peixes, pulem na minha boca!”.

Ao notar em um canto eu vi Kuro recostado em uma pedra acinzentada (o que o fazia desaparecer graças aos pelos da mesma tonalidade), se observasse bem poderia ser vista a aura negra em volta do neko cinza. Sim, gatos podem ficar depressivos, e essa não era a primeira vez do Kuro.

Que dó (N/A: LíihLoves: Não resisti).

– O que foi Kuro? - Pergutou a loirinha(N/A Anny: Nossa me lembrei da Flare N/A LíihLoves: Né). Aparentemente foi a única, além de mim, a notar a situação do neko. Já que:

Natsu e Happy comendo igual a animais (gota) e Lisanna olhando Natsu com certo afeto (hehehe nossa Otooto-san arrasando corações).

Volto minha atenção para o neko e a maga. Kuro olha para cima, com um olhar surpreso, por ela ter se preocupado com ele.

– Estou meio que triste. – Desabafou o exceed desviando o olhar para a própria cauda fazendo um círculo completo no ar e bater na folhagem aos seus pés. Tais ações deixaram certa loira ainda mais preocupada com o gato. – Eu queria ter ido com os pescadores na aventura para pegar peixes de duas vezes o meu tamanho.

– Oh, Kuro... – Lucy pegou a bola de pelos e aninhou por entre suas cochas torneadas... espera... o que? - Quando a gente terminar a nossa meta, que é achar Igneel...- A loira pensou “SE agente conseguir"(N/A AnnyCris: Bom foi isso o que a loira pensou, mas Nagihiko num sabe desse pensamento, okay?). – [...] Eu vou com você numa aventura, e a gente vai pegar peixes daqueles grandes. - Fala Lucy, tentando animar Kuro, com as palmas das mãos indicando o tamanho dos peixes que, na imaginação dela, eram bem grandes.

Os olhos escuros de Kuro pareciam pedras de ônix recém polidas devido ao brilho que misturava admiração, afeto e talvez mais alguma dessas baboseira. – Sério loira-san?

– Claro! – Confirmou Lucy com o punho levantado, demonstrando o quanto estava “empolgada”. Kuro pulou nos braços da loira. - Calma pequeno. - Afagou a pequena cabeça do exceed cinza.

– Arigato! - agradeceu o gato. Ela só sorriu meigamente em resposta.

Ela se levantou com Kuro enlaçado aos seus braços. Caminhou lentamente até mim e falou com certa irritação no olhar:

– Vamos ter que pegar um barco. - Pelo que a vi, ainda esta com um pouco de raiva de mim. - E você! – Apontou o dedo indicador para mim. - Vá arranjar para nós.

– Eu NÃO virei seu empregado para fazer as coisas que manda. – revidei dando ênfase no “não”.

Ela depositou Kuro no colo da albina e sussurrou em voz baixa "cuide de Kuro para mim e de preferência cubra os olhos e os ouvidos dele" e Lisanna respondeu "C-certo" então Lucy se voltou para aonde eu estava.

– Nagihiko Dragneel... – Ela fitou-me com o olhar mais assustador que tinha em seu arsenal. – [...] Pelo que saiba é você e o Natsu que querem achar seu pai... - Ela fez uma pausa e respirou fundo. – [...] E EU SÓ VIM POR CAUSA QUE EU QUERIA SABER QUEM É O FAMOSO IGNEEL QUE NATSU TANTO FALAVA E SE VOCÊ NÃO CONSEGUE NEM LEVANTAR SUA BUNDA PARA IR LÁ E PEGAR UM BARCO, ENTÃO EU JURO POR DEUS QUE TE CHUTO DAQUI ATÉ O CAIS! – Tampei meus ouvidos para ter certeza que meus tímpanos não estourariam com Lucy gritando para TODA a floresta ouvir. Bom eu não estou com medo da Lucy, porém eu só quis me prevenir atrás de uma pedra pois a aura da loira esta de dar arrepios.

– Oras, se quer tanto encontra meu pai, por que não vai você mesma procurar o barco?- Intriguei-me. Ela ia responder, mas um animal rosando, que no caso é meu irmão mais novo, veio e não deixou a loira responder.

– Luceeeee quer parar a gritaria, minha cabeça ta vibrando que nem um sino!

– Desculpe Natsu. - Falou saindo do local. E eu repetia:

– Vai enteder as mulheres, vai enten.... - pelo que eu disse, o meu otooto-san ficou mais confuso ainda.

–---------------------------------Uma hora depois-----------------------------------

Eu me encontrava encostando a uma árvore qualquer, voando em meus próprios pensamentos que insistiam em se fixar na maga loira. Intriguei-me mais ainda ao pensar onde diabos ela tinha se metido. – Suspiro - Lucy não tinha voltando há uma hora. – Tsc, garota problemática. - Ai você pergunta: e o Kuro? Bom ele esta ao meu lado dormindo.

Fecho os olhos numa tentativa de dormir.

– Ei acorde. – Chamou uma voz doce – Nagihiko? - Abri meus olhos e me deparo com a loira.

– Onde esteve todo esse tempo? – Perguntei, e a preocupação em minha voz não foi deixada passar pela maga celestial.

– Ahh quer dizer que o “quem-não-acredita-em-deuses” do Nagihiko ficou preocupado. - Provocou Lucy com um sorrisinho malicioso (N/A LíihLoves: Malícia não é só “aquilo” se é que me entendem).

– Nada disso loira. – Fito-a - O Kuro ficou preocupado com você sabia? Eu apenas perguntei por ele... - Olho para exceed dorminhoco a meu lado. – [...] Já que ele esta dormindo.

– Bom... pegue o Natsu e o Kuro e venha comigo. - Disse ela, mas logo depois gritou para Lisanna - Lisanna venha com agente e traga o Happy. - A mesma obedeceu sem rodeios ao pedido da maga loira.

Uns minutos de uma caminhada lá e estávamos nós em frente a um barco de GUERRA?! (Link nas notas finais).

Aquilo estava ancorado no caís, porém em uma área um tanto diferente da dos navios comuns que eram, normalmente, os pesqueiros.

– C-como... vo-você conseguiu um navio a-assim? – Perguntei quase babando.

– Tenho meus contatos. – Falou Lucy se gabando. - Fecha a boca se não entra mosca. – Ela riu sendo acompanhado pelo resto do grupo, até mesmo eu não resisti e soltei alguns risinhos. – Vão entrar ou não? – Ela se voltou para mim ao deixar Natsu e Kuro no navio.

– CLARO! – Arrastei Lisanna e Kuro para o barco. Ao chegar no locar vejo Lucy com o rosto fitando o adormecido de meu irmão.

– Natsu, acorda! – Ela chegou mais perto... perto de mais ao meu ver.

– Deixa comigo. – Empurro ela para trás e ela cai sentada no piso do navio. – Natsu... comida.

Em uma velocidade que nem eu conseguia chegar ele se levantou do chão totalmente “empolgado”. – Yoosh. – Porém ao varrer o local com a visão seus músculos relaxaram e seus braços penderam ao lado do corpo. – E a comida?

– Só falei isso para você acordar otooto-san. – Disse com uma gota.

– Mal-maldito. – O rosado apertou o punho, tudo o que fiz foi deixar uma gota escorrer pela lateral de meu rosto.

– Bom, Nagihiko e Natsu façam a preparação para nós sairmos e Nagihiko vai ficar responsável em guiar o navio. - Disse a loira num tom mandão, ao meu lado Natsu sussurrou algo como “Erza encarnou na Luce”. - Enquanto eu e Lisanna vamos limpar o barco e cozinhar o café da manhã, alguns aqui devem estar cansados já que ficaram acordados durante noite toda, outros foram arrastados. – Ela olhou sugestivamente para Natsu. - Vamos lá Lisanna, temos dois dragões para alimentar...

– Hai! – Eu e meu irmão concordamos em uníssono. Estávamos empolgados.

Foi quando me dei conta de uma coisa. – Lucy, espera! – A loira se virou para mim com as sobrancelhas levemente arqueada. – Para onde nós vamos mesmo?

– Vamos seguir a estrela mãe, talvez achemos o local em que a mãe e o filho se esconderam do monstro.

– Mas estamos procurando um dragão de FOGO, tenho certeza que meu pai não se esconderia no meio do mar, sabe... ele não gosta muito da água. – Falei com uma gota.

– Se o seu pai quisesse se esconder não acha que seria o melhor local? Afinal quem pensaria em procurar o incrível dragão das chamas no meio do mar?

Esbanjei um dos famosos sorrisos que pertenciam aos Dragneel.

“E não é que essa loirinha é incrivelmente esperta?”

– EU CUIDO DOS CANHÕES! – Kuro berrou indo ao encontro dos enormes tubos blindados que se encontravam na proa do navio. Seus olhos negros brilhavam em expectativa ao passar, delicadamente, as pequenas patas na superfície metálica. Senti uma gota caindo na lateral de minha cabeça.

=/=

Normal’s POV

Com o passar do tempo, tanto Natsu quanto Nagihiko terminaram seus afazeres e o navio já se encontrava seguindo as correntes marítimas, embora pareça ser feito apenas de tecnologia era impossível não notar o grande poder mágico que se vinha no veículo marítimo.

Nagihiko ligou o controle automático antes de deixar a cabine para jantar. Após a janta o anoitecer já havia chegado e todos já de pijama e devidamente prontos para irem dormir se encontravam no único quarto que tinha duas beliches. Na primeira era Natsu em cima e em baixo Nagihiko e na outra Lisanna em baixo e Lucy na de cima, esta se remexia inquietamente no lugar em que se encontrava domindo, deixando claro que estava tendo um pesadelo.

[ Sonho ON ]

Uma pequena garotinha de no máximo sete anos brincava com uma linda boneca vestida com delicadas roupinhas feitas de papel e flores. A garotinha não deixara de sorrir por um momento em quanto pulava, ria e corria pelo extenso jardim florido em que se encontrava. Uma brisa de verão passava, agitando a grama e as pétalas das flores coloridas que deixavam o lugar mais belo.

A alguns passos de distância uma mulher, semelhante a menina que brincava, olhava sua filha com olhos ternos e sorriso amável. A brisa batia em suas madeixas loiras, provocando-lhe uma imagem tão bela quanto a mais delicada das flores.

A garotinha ao notar sua mãe corre até a mesma a chamar-lhe por “mamãe”, porém, a cada passo dado, a mulher parecia se distanciar mais.

Um som alto de algo caindo no chão é ouvido, que no caso é a pequena menininha de nome Lucy que olhava para sua mãe totalmente amedrontada. A paisagem do jardim quebrou em um milhão de pedaços que se reconstituíram dando visão a um novo local. Um dia nublado e em que todos vestiam negro e a sua frente um caixão totalmente lacrado. Ao seu lado um homem de olhar triste e severo a murmurar palavras inaudíveis.

[ Sonho OFF ]

Lucy levanta suando e bufando, com os olhos mostrando o medo da perda que tivera e do trauma que sofreu ainda nova. Sentou na cama e se recostou na guarda da mesma. Ao lado de fora ouvia estrondos de trovões, possivelmente uma tempestade. Uma lágrima solitária escapou de seu olho direito e ao mesmo tempo Lucy deixou um soluço escapar-lhe de seus lábios sem permissão, quando notou já estava chorando.

=/=

Nagihiko acordara no meio da noite, ouvindo leves soluços como se alguém estivesse a chorar. Ainda sonolento ele se sentou na cama, encostando os pés no chão frio do quarto. Ao olhar para o lugar de onde vinha o choro ele se assustou ao saber que quem soluçava era a loira.

Com certa dificuldade, por causa do balançar do navio, ele subiu até o beliche da amiga e olhou-a preocupado. Antes de ele chegar por completo em sua cama ela fez o melhor que pode para limpar as lágrimas.

– O que aconteceu Lucy? – Perguntou afetuoso, porém, vendo que a loira não responderia tão cedo ele a empurrou gentilmente para o lado e se acomodou rente a garota, permitindo que ela recosta-se sua cabeça no peito do rapaz que logo a envolveu com o braço, puxando-a para mais perto. – Seja lá o que te preocupa Lucy, saiba que tudo vai ficar bem. Estou aqui para você. – Ele corou um pouco, mas não desmanchou o semblante sério. – Assim como nossos amigos.

O barco balançou devido a uma onda que bateu em seu casco, o que fez com que a Lucy escorregasse para o colo de Nagihiko, ela também corou, mas não disse nada, afinal, se sentia protegida.

Devido ao constante balançar, o resto do grupo acabou acordando e ao se darem conta do estado da amiga loira eles se viraram para o casal de jovens (infelizmente não assumidos).

– O que houve com a Luce? – Perguntou o rosado, olhou para seu irmão. – O QUE VOCÊ FEZ COM A LUCE NAGIHIKO-TARADO?

– Na-Natsu, acalme-se! – Pediu Lisanna levemente corada.

– E-eu não fiz nada com ela! – O ruivo levantou as mãos em rendição.

– Está na hora. – Disse Lucy.

– Na hora de que? – Perguntou Natsu soltando o colarinho do pijama de Nagihiko.

– Me sigam. – Pediu a loira. – Quando chegarmos eu explico melhor. – Ela passou o braço pelos olhos, limpando as últimas lágrimas e depois soltando um meigo sorriso, o mesmo sorriso que iluminou o rosto de sua mãe durante seu sonho.

Leiam as notas finais o/