Recomeçar - Uma Fanfic Blackwater escrita por Katy Dreamer


Capítulo 28
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Notas iniciais do capítulo

Cá estou, depois de um século.
"Katy, a fic parou? Você não vai mais escrever?!"
Claro que vou, gente, relaxa.
"Por que a fic ficou desatualizada?"
Motivo nº1: DOIS COMENTÁRIOS??!! (Acho que deu pra perceber o meu surto)
Motivo nº2: Falta de tempo para postar.
Motivo n°3: Costumava acessar o Nyah pelo Google Chrome, mas parece que mudou alguma coisa no site e eu não sabia como fazer para acessá-lo, só então percebi que podia acessá-lo pelo Explorer.
Motivo n°4: Novamente: DOIS COMENTÁRIOS??!! Galera, o que é isso??? Estou aqui roendo as unhas achando que estou fracassando com a fic. Estou? Não sei, só duas pessoas comentam! Por favor, vcs sabem que é importante pra mim, mas não cooperam! Fiquei uns 11 dias sem postar, se foi ruim, imagina não postar nunca mais! Afff...
"Katy, desculpa aí pelo lance dos comentários, dessa vez vou comentar, mas me diz uma coisa, o Jake não vai mais aparecer?"
Bem, como viram, durante a ausência da Lee, só mostrei a vida do Jake, agora vou fazer o mesmo com a Lee, até a parte que eles se reveem.
"Ok, ok, era só isso que eu queria saber."
Então, boa leitura!



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Em nenhum momento, por mais insignificante que parecesse, deixei de pensar em La Push. Não era só Jacob que ocupava meus pensamentos, mas sim, minha mãe, Seth, minha casa, até os outros lobos, enfim, minha antiga vida.

Não foi fácil deixá-los, mas foi o certo a se fazer. Já tinha sofrido tanto com Sam. Sofri o triplo com Jacob. Meu coração não resistiria mais. Vê-lo com Bella, ver o amor que sentia por ela, ver que eu era a intrusa ali, tudo isso acabou com a pouca força que havia restado de mim.

Se sofri tanto só de vê-lo com outra, imagino o que sofreria se ele tivesse um Imprinting. O destino me expulsou de La Push, pois lá já não era mais meu lugar. Só que a imagem dele não saía dos meus pensamentos. Meu Jacob...

— Qual o seu problema, Black? — perguntei com cara de poucos amigos.

— Deixa de ser chata, Leah! — ele me soltou e se afastou um pouco, mas um sorriso maroto brincava em seus lábios.

— Você que me beijou! — esbravejei com o comentário dele.

— Não me lembro de você se afastando, só me lembro de você agarrando meus cabelos com uma mão e com a outra acariciando meu pescoço. Qual sua desculpa agora? — senti minhas bochechas queimarem de tanta vergonha. — Aliás, seus lábios estão inchados. — passei os dedos no lábio superior de leve. Abaixei o rosto para não encará-lo.

— Aqui tá mais. — ele ergueu meu rosto segurando pelo queixo e passou os dedos no lábio inferior. Como ele é quente!

Em movimentos lentos, ele foi se aproximando. Soltou meu rosto e passou uma das mãos na minha cintura e a outra no meu pescoço. Fechei os olhos esperando o tão delicioso beijo. Mas ele não veio em meus lábios, e sim, na testa, descendo para a bochecha, seguindo para o queixo. Meus lábios coçavam esperando os dele, mas apenas continuou a tortura, passando a beijar toda extensão do meu pescoço. E ainda por cima é carinhoso! Ele refez o caminho chegando finalmente onde tanto desejava. Nossos lábios se massageavam até nossas línguas se tocarem.

— Jake... Ah! — gemi contra seus lábios. Isso o animou (e muito). Ele me prensou contra a árvore que estava mais próxima e aumentou o ritmo do beijo. Devia ser crime beijar assim.

Seu peito nu tocava meus seios que apenas estavam cobertos por uma fina blusa bege de ronda. Seu corpo cheiroso emanava seu calor e me deixava com as pernas bambas. Acho que cairia se ele não estivesse me segurando.

— Lee... — sussurrou ele contra meu pescoço.

— Te amo. — falei simplesmente. Ele se afastou rapidamente e me encarou com cara de surpresa. Foi a primeira vez que disse isso a ele.

— Leah... Eu...

— Não precisa dizer o mesmo. — acariciei seu cabelo próximo à nuca. Ele abaixou a cabeça, mas só um pouco, para que assim eu pudesse continuar o carinho.

— Desculpa. Eu só queria que... Fosse mais fácil.

— Não disse que te amo esperando nada em troca. Quando estiver pronto, vai falar o que seu coração está sentindo e só você não percebeu.

Lembrava-nos como um par inseparável, mas me enganei, assim como me enganei com o Sam.

— Leah, o café tá na mesa! — June gritou tirando-me dos meus devaneios.

— Já vou! — respondi. — levantei da cama e vesti uma roupa simples. Um short jeans, rasteirinha e blusa branca com manga, só para disfarçar que não sinto frio.

Desci e passei pela sala, para assim, chegar à cozinha. E quem estava lá? Mason. Tinha que ser.

— Bom dia, Leah. — ele estava com um sorriso gentil estampado na face.

— Bom dia, Mason. — tentei passar direto, para evitar mais conversa. Não queria muitas aproximações com ele. Motivos? Ele me lembrava muito do Jacob.

— Espera aí. — ele se pôs em minha frente. — Pra que tanta pressa?

— Não estou com pressa. Eu só... — não encontrei uma boa desculpa.

— Relaxa, Leah, eu estava só brincando.

— Tá. Vou tomar meu café da manhã. — ele permaneceu imóvel. Sua expressão tinha um pouco de dúvida. Não consegui decifrar direito. — Licença. — pedi. Finalmente ele saiu do caminho e eu pude passar. Nem olhei em seus olhos, abaixei a cabeça e fui em direção à cozinha.

***

— Quero um livro sobre aventura e fantasia — pediu a tímida Clara.

— Espera aqui que vou buscar um ótimo. Já leu As Crônicas de Nárnia?

— Não, mas minha prima disse que é ótimo, acho que vou querer esse mesmo. — ela ajeitou os óculos. Deu um leve sorriso.

— Vou buscar.

Clara era uma garota muito tímida que morava perto da biblioteca. Fazia o tipo inteligente e discreta. Ficava vermelha cada vez que alguém fazia um simples elogio. Conheci muita gente essa semana que passei com os Lewis. Como essa era a única biblioteca da cidade, era muito movimentada. Quase toda a população da cidade passava aqui.

Peguei a escada compacta que ficava encostada na parede e com facilidade a pus na frente da estante com o livro. Poderia pegá-lo sem escada nenhuma, mas tinha que disfarçar.

O livro estava na prateleira mais alta. Não era baixinha, mas até pra mim, estava alto. Subi a escada. Cheguei até o último degrau. A escada não era tão nova, e alguns degraus estavam presos com pregos. Concentrei-me no livro e estiquei meu braço o máximo para que pudesse alcançá-lo. Não foi o suficiente, então me estiquei mais ainda. Pus-me nas pontas dos pés e, em um deslize, pisei um pé sobre o outro. Perdi o equilíbrio e caí da escada.

Já esperava o impacto com o chão frio. Fechei os olhos e quando estava preparada para o tombo, senti braços musculosos me segurarem. Abri os olhos encontrando olhos negros me fitando com preocupação.

— Leah, você está bem? — perguntou Mason sem me pôr no chão. — Se machucou?

— Er... Não. Eu... Estou bem. — respondi sem cortar nosso contato visual. Logo a imagem de Jacob tomou conta de minha mente. Estava tão carente que poderia fechar os olhos e imaginar Jacob me segurando. Está louca, Leah?! Não é ele! É o Mason! — Pode me pôr no chão, eu já estou melhor.

Ele me colocou cuidadosamente no chão. Firmei-me sobre minhas duas pernas e novamente aquele silêncio desconfortante se formou entre nós. Odeio quando isso acontece. Clara pigarreou chamando-nos a atenção.

— Meu livro... — lembrou-me.

— Ah! Claro. Vou pegar. — antes de tocar no primeiro degrau da escada, Mason me segurou pelo braço.

— Quer cair de novo? Eu pego.

— Não precisa. Eu...

Shiiii — ele calou-me com o dedo indicador em meus lábios. — Já disse que pego. — deu um sorriso. Subiu as escadas, se apoiou em algumas prateleiras. — Qual livro?

— As Crônicas de Nárnia. — respondi. Ele pegou o livro de capa preta e desceu com cuidado, entregando-me o livro. Fui até Clara repetindo o gesto.

— Obrigada. Daqui a duas semanas devolvo. — saiu um pouco constrangida. Acho que ela pensou que éramos namorados.

Fiquei olhando-a sair esperando por algo que não sei dizer. Provavelmente era vergonha de olhar para trás e dar de cara com Mason. Tarde demais para pensar nisso.

— Já disse pra June trocar essa escada. Não é segura. — ouvi seus passos vindos em minha direção. Seu coração acelerava a cada passo.

— É, mas em parte a culpa também foi minha. — disse sem me virar.

— Pode ser. — podia sentir sua respiração em minha nuca. O que esse garoto está fazendo?

— Vou arrumar essa papelada. — fui em direção ao balcão.

— Tá. — arrisquei olhar para ele e vi um pouco de... Decepção? — Vou dar uma volta de moto, se minha mãe perguntar, diz pra ela que saí? — Ele gosta de moto?

— Claro. Posso te fazer uma pergunta?

— Acabou de fazer uma. — sorriu e sorri junto. — O que quer saber?

— Gosta de moto?

— Tá brincando? Moto é minha paixão. — disse com certa empolgação. Como o Jacob... Até gostar da mesma coisa, eles gostam.

Uma lágrima se formava em meu rosto ao pensar Nele. Passei as mãos nos olhos, fingindo tirar um cisco, mas ele reparou.

— Tá tudo bem?

— Tá. — tentei dizer firme, mas minha voz saiu meio embargada.

— Fala sério. Você não parece bem. — ele se aproximou um pouco.

— Quer saber mesmo? Não sei um dia vou realmente ficar.


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Notas finais do capítulo

Comentem!!!