Recomeçar - Uma Fanfic Blackwater escrita por Katy Dreamer


Capítulo 27
Novo lar


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei, mas dessa vez, assumo, que foi proposital. Quatro comentários, galera? Que é isso?! Nem deveria estar postando esse capitulo, vocês foram maus comigo e eu deveria ser má com vocês, mas por algum motivo, acho que uma dádiva dos céus, eu resolvi postar mais um.

Atenção: não serei boazinha de novo. Sem comentários, sem capitulo. Aff... Dá até vontade de parar, viu? Se eu parar de escrever a fic, vocês vão ver como eu me sinto quando vocês não comentam! Acho que vou fazer isso, e não duvidem, hein?



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— Essa é a biblioteca. Tcharam! — ela começou a sorrir e bater palmas como uma criança.

Quando saímos da lanchonete, June fez questão de me levar para conhecer quase toda a cidade. Não era Hollywood, mas era bem movimentada, bonita, grande. Não era toda industrializada, na verdade havia uma simplicidade que me lembrava La Push.

Após nosso tour na cidade, June me levou para a biblioteca/sua casa. A biblioteca era no andar de baixo e a casa no de cima. Era extensa, com estantes de madeira, onde livros estavam postos de acordo com gênero e em ordem alfabética. Havia umas mesas e cadeiras também de madeira onde estavam apoiados uns papeis. As paredes e o teto eram brancos com detalhes góticos que lembravam a Idade Média. Os livros eram de todo o tipo. Grande, grosso, velho, novo, pequeno, fino, capa com ilustração, capa sem ilustração, havia até capa de madeira.

— Sem dúvida, é espaçoso. — comentei.

— Seu quarto também é grande, mas não tanto quanto isso aqui.

— Não faço questão de nada de luxo, relaxa.

Nesse momento ouço outra voz no estabelecimento.

— June, quem está aí? — uma mulher de meia idade desceu as escadas que levavam a casa. Não era feia, pelo contrário, era bem bonita. Parecia jovem, se não fossem pelas poucas rugas que estavam ao redor dos olhos. Mesmo assim, não daria para perceber que ela estava doente, de acordo com o que June me contou.

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— Mãe, essa é Leah. Leah, essa Roxanne Lewis, minha mãe.

— Oi, sua filha me falou da senhora. — falei. Ela apenas sorriu como a filha. Reparei que as duas tinham a mesma cor de cabelo e olhos. Estava em boa forma física e trajava um vestido estampado, bracelete, colar de pérola negra e rasteirinha.

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— Pode me chamar de Rox, Leah.

— Ok, er... Rox. — ela sorriu novamente. Rir e sorrir devem ser um hábito dessa família.

— Não vai me falar da sua amiga, June? — ela se virou para June.

— Estava só esperando minha chance de falar. Mãe, Leah quer um emprego, pensei que ela pudesse trabalhar na biblioteca, o pagamento seria hospedagem e alimentação, já que os hotéis daqui são caros. Ela concordou, só veio conhecer o local.

— Sério? Que ótimo, querida. Seja bem-vinda! — Rox se empolgou com a novidade ao ponto de me abraçar. Retribui o abraço um pouco confusa.

— O... Obrigada, eu acho... — as duas voltaram a rir. Estavam rindo de mim?

— Você ainda tem que conhecer o Mason. — disse Rox.

— Mason? — perguntei.

— Meu irmão. — disse June.

— Falando de mim? — um moreno alto, de olhos e boca sedutora apareceu no batente da porta. Seus olhos negros e seu corpo musculoso lembravam-me do Jacob. Estava com uma camiseta branca, calça jeans, tênis branco e relógio de pulso. Ele olhou para Rox e June logo seus olhos caíram em mim. Ele não falou nada até o momento, apenas ficou me encarando. A intensidade de seu olhar era notável. Também era impossível não reparar em seus músculos. Beleza masculina, isso ele tinha.

— Mason, essa é Leah. A partir de hoje, morará conosco e trabalhará na biblioteca. — explicou Rox.

— Leah, é? — desencostou do batente e veio caminhando lentamente em minha direção, até parar em minha frente. Seu coração se acelerou e sua respiração estava mais intensa. — Prazer. — por um momento achei que ele iria me abraçar, ou algo do tipo, tamanha sua proximidade, mas apenas ergueu a mão para me cumprimentar. Eu o fiz.

— Prazer... Mason?

— Isso.

Houve um minuto de silêncio entre nós. Fiquei um pouco constrangida, já que ele não se afastou nem um pouco. Abaixei a cabeça e passei a fitar o piso como se tivesse um grande segredo ali, apenas para não precisar encará-lo. Concentrei-me no tic-tac do relógio pendurado na parede e nos batimentos cardíacos dos presentes.

— Venha conhecer seu quarto, Leah. — June chamou-me para a realidade. Não perdi oportunidade de sair daquela situação.

— Claro. Vamos. — Desviei o olhar para ela. Devia estar com uma cara engraça, pois elas deram uns risinhos.

— Você vai amar! — ela me puxou pelo braço. Deixei, já que se dependesse da minha força, ela não conseguiria me locomover nem um milímetro.

Passamos por algumas estantes e subimos as escadas. Eram largas e tinham um piso branco. Não eram muitas. Chegamos ao andar de cima. Havia uns quatro quartos, todos com portas brancas, alinhados em um estreito corredor. Passamos pelos três primeiros e entramos no quarto.

June resolveu fazer mistério e antes de entrar, ela se pôs na minha frente, segurando a maçaneta. Achei aquilo tão infantil, mas não pude conter uma risadinha.

— No três. Um... Dois... Tcharam! — ela abriu a porta com força, exibindo meu novo quarto.

Era de tamanho médio, com cores neutras, porém com um ótimo acabamento. A cama de casal combinava em cores com a parede de fundo branco e detalhes de madeira cinza e marrom. O piso era de tábuas de madeiras lisas. Tinha uns quadros com pinturas abstratas penduradas na parede. Acho que os quadros era a parte mais colorida de tudo.

— É lindo. — disse baixo, mas ela escutou perfeitamente e abriu um largo sorriso.

— Você vai amar esse lugar! — ela ria enquanto dava pulinhos de alegria e batia palmas.

— Sei que vou. — permiti-me sorrir e contagiar-me com a alegria dela.

— Pelo visto, ela gostou. — Mason apareceu na porta do quarto. Nem percebi sua aproximação, o que é raro quando se trata de lobos. Arranjei uma corajem que não existia em mim e me virei para encará-lo. Achei que ele estaria olhando para o quarto ou para a irmã, mas me enganei. Ele não tirava os olhos de mim. Era um olhar indecifrável. Parecia que ele tentava ver minha alma pelos olhos. Aquilo já estava me deixando completamente sem graça.

— É. Gostei bastante. — voltei a olhar a decoração do quarto. Nem reparei que tinha uma mesinha do lado da cama, onde estava o abajur.

— Posso te mostrar o resto da casa, se quiser. — disse ele entrando no quarto.

— A June vai me mostrar. Não se preocupe com isso. — respondi rápido. Os dois se entreolharam. June passou a olhar os quadros e Mason deu um suspiro e abaixou a cabeça, fitando o chão.

— Er... Claro. — só depois entendi a besteira que tinha feito. Como você é burra, Leah Clearwater! Não precisa tratar o rapaz dessa maneira, ele só está tentando ser gentil.

— Desculpe, eu não... Não foi isso que eu quis...

— Tudo bem. — ele deu um sorriso sem graça, todos ficaram em silêncio. Senti-me mal por ter feito aquilo. Fui rude ser razão nenhuma.

— Quer me mostrar o resto da casa? — perguntei ao vê-lo cabisbaixo. Ele reergueu a cabeça na hora.

— Se ainda quiser.

— Eu quero. — dei um leve sorriso, mas soou mais como um pedido de desculpas. Ele retribuiu o sorriso lindamente.

***

— Então, o que achou? — June perguntou-me pela centésima vez.

— É ótima Já disse que gostei. — respondi tentando não ser rude.

— Mas eu não tô falando da casa.

— Então...

— Do Mason.

— Que?! Mason? O que tem o Mason?

— Não se faça de desentendida, Leah. Acha que não percebi o clima.

— Tá louca?! — levantei-me da cama onde estava deitada ao lado de June. — O que foi, surtou de vez? Mason é seu irmão. Eu nem conheço o cara.

— Que desespero, Leah. Senta aí! — ela deu duas tapinhas na cama, chamando-me para sentar como uma criança. Com a cara emburrada, sentei-me. — Só estava brincando, calma. Percebi como os dois ficaram sem jeito perto do outro, então fiz piada. Mas quer saber? Nem sei por que tanto drama. Não vejo nenhum anel na sua mão.

— Eu... — olhei para mão enquanto a imagem de Jacob invadia minha mente.

— Onde você acha que vamos quando morremos?— perguntei enquanto olhávamos as estrelas, deitados na relva.

— Pra um lugar lindo. — respondeu sem tirar os olhos das estrelas que iluminavam a noite na companhia da grande lua.

— Que seria...? — insisti. Ele apenas me olhou e sorriu. Aquele sorriso, que involuntariamente me faz sorrir.

— Um lugar lindo como os seus olhos. — fiquei sem palavras. Nunca ouvi isso na minha vida. Devo ter feito um expressão engraçada, pois ele riu um pouco. Houve um minuto de silêncio. — Por quê?

— Por que o que?

— Por que quando eu olho pra você, é como se tudo ao redor deixasse de existir? — tinha a resposta na ponta da língua.

— Pelo mesmo motivo que quando eu vejo seus lábios, eu sinto vontade de beijá-los. — nem sabia o que estava dizendo, mas cada palavra foi com toda a sinceridade do meu coração.

Ele se aproximou de mim aos poucos. Nossa respiração já se confundia. Sentia seu calor se misturar ao meu. Fechei os olhos instintivamente. Só senti nossos lábios se encontrando, e logo, nossas línguas dançando em um ritmo que só nós dois conhecíamos.

— Tá bem, Leah? — June se aproximou trazendo-me para a realidade.

— Vou dormir. — saí apressadamente do quarto de June indo em direção ao meu. Jacob, como vou te esquecer, se cada mínimo detalhe me lembra de você?


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Notas finais do capítulo

Agora eu quero comentários para compensar a falta que fizeram comigo! Não quero um ou dois, não. Vamos lá, galera! Ânimo! Comentem! Bjs.