Cuida De Mim? escrita por Bruna Moraes, JP Saraiva


Capítulo 5
Capítulo 5 - Declarações e... Ciúmes?


Notas iniciais do capítulo

Oiiie, pimpolhos! Em primeiro lugar, gostaria de agradecer à Mr Gelatina pelo seu comentário lindo e maravilhoso. Só tenho a agradecer. Não imaginas como deixaste essa humilde escritora muito feliz. Obrigada, de coração! Esse capítulo vai para você.
Em segundo lugar, gostaria de dizer que estou um pouco triste com os senhores. Sei que tenho alguns leitores e eles não se manifestam. Tive apenas um review, assim fica difícil prosseguir com a fic. É quase como andar no escuro, é complicado dar um rumo para sem sem saber a opinião de vocês.
Enfim, sem mais delongas, aqui está o capítulo. ^^
Boa leitura!



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"Observando cada movimento
Em meu jogo tolo de amantes
Neste oceano sem fim
Onde finalmente os amantes não sabem o que é culpa"

Berlin - Take My Breath Away

Pov Thalia

Percebi que Annabeth estava querendo ficar sozinha com Percy, então Nico e eu nos dirigimos para fora e nos sentamos no meio-fio.

Ficamos um tempo em silêncio, até que Nico o quebra:

— Olha, eu sei que você gosta de rock e eu também. Vai ter um show de uma banda cover. Queria saber, sabe... se... vocêquerircomigo – ele falou tão rápido que eu nem entendi.

— O quê?

— Você quer ir comigo? Sabe... eu... você... rock – não acredito, ele corou. Ficou tão fofo corado, dava vontade de apertar aquelas bochechas fofas e... “o que é isso Thalia? Você não é assim, fofa e melosa’’ ele me deixa assim, fazer o quê. “para com isso, deve estar com a maior cara de boba na frente dele”.

Depois dessa minha pequena discussão mental, reparei na cara de Nico, ele fazia uma cara engraçada, provavelmente a minha também não estava boa.

— Fiz algo errado? Desculpa, eu não devia ter feito o convite. Você não está afim de ir.

— O que é isso? Claro que eu quero sair com você. Quando vamos?

— Agora mesmo, vamos – ele se levantou e estendeu a mão para mim. Meio relutante, aceitei a ajuda. Um erro, claramente. Ao sentir o contato com sua pele, um leve formigamento tomou conta da minha mão. Meu rosto esquentou. Meu corpo parecia estar entrando em pane, eram sensações que eu nunca havia sentido. Assim que levantei, larguei a sua mão rapidamente.

Após esse episódio, seguimos sem dizer mais nada. Chegamos a um lugar que parecia abandonado, mas quando entramos, reparei que de abandonado ele não tinha nada. As paredes eram pretas e tinham pôsteres de várias bandas decorando-as, no fundo havia um palco com o cover dos Beatles. Em frente ao mesmo, havia uma pista de dança, onde várias pessoas dançavam e outras agarravam-se. Do lado esquerdo, havia um pequeno bar e do lado direito tinha uma espécie de exposição de discos, camisas e outras coisas das bandas.

Ficamos lá dançando por um bom tempo. Passou um garçom com algumas bebidas exóticas e desconhecidas por mim. Resolvi experimentar uma. Peguei e dei um gole, o líquido desceu rasgando a minha garganta, mas o seu gosto era tão bom e viciante que passei a apreciar, tomando mais uns copos. Sentia-me em um estado inebriante, meu corpo parecia mais leve, tudo parecia melhor, a vida ganhara graça.

Nesse tempo, perdi Nico de vista. Nem me importei com esse fato, estava dançando com um desconhecido. Estava tudo fluindo maravilhosamente bem, até quando o referido ser tentou me agarrar e me beijar. Um pânico instalou-se em mim, tentei desvencilhar-me dos seus braços, mas eles eram fortes.

Vi os lábios dele próximos dos meus, sentia o forte cheiro de bebida que exalava. Já imaginava a cena. E então ele saiu de perto de mim. Abri os olhos e vi um Nico, vermelho de raiva, meter um soco no rosto do desconhecido, o derrubando. O mesmo levantou com os punhos cerrados.

— Olha aqui, moleque, quem você pensa que é para me bater? – o cara disse apontando o dedo para Nico, ele era o dobro do seu tamanho.

Rápido chegaram mais pessoas e se juntaram ao cara. Num movimento rápido, peguei na mão de Nico e saímos correndo de lá.

Corremos umas duas quadras e olhamos para trás, os caras estavam nos seguindo. Nos escondemos atrás de um carro e ficamos esperando por um tempo. Ficamos tão preocupados olhando somente para um lado da rua que nem vimos quando eles nos acharam pelo lado oposto.

— Sério isso? O velho truque do carro? Acha que somos idiotas? – disse o cara rindo com escárnio - Estão prontos para pagarem pelo o que fizeram? – disse o que estava com o nariz sangrando.

Em um momento de adrenalina, consegui reuni todas as minhas forças e chutei a parte sensível do cara, fazendo com que caísse de joelhos. Nico deferiu um soco e conseguimos escapar dos outros homens, correndo a todo vapor. Com a adrenalina, corremos muito, sem sequer olhar para onde íamos. Paramos após um tempo, quando o efeito da adrenalina passou e o cansaço nos atingiu. Estávamos em uma parte onde só tinha mato e nenhum sinal de civilização.

— Nico, nos perdemos. E agora? – o desespero agora tomava conta de mim.

— Calma, Thalia, eu sei onde estamos. Vem, vamos relaxar um pouco. Conheço um lugar que você vai gostar – assim ele passou os braços pelos meus ombros e me guiou mata a dentro.

Chegamos a uma espécie de cachoeira (bem pequena, por sinal), onde a água caía, criando um pequeno lago de água cristalina que refletia a luz da lua. Apesar da pouca luz, percebi que havia flores exóticas de todos os tipos e nas mais diversas cores, a grama era bem verdinha e vagalumes voavam por toda a parte. Eu estava maravilhada com tudo, parecia surreal.

Nos sentamos às margens do pequeno lago ficamos calados por um bom tempo. Estava tão distraída olhando as estrelas que quase nem percebi o olhar de Nico sobre mim.

— O que foi, nico. Perdeu alguma coisa?

— Thalia, eu queria te dizer uma coisa, mas não sei por onde começar.

— Comece do começo, é simples – falei rindo da cara dele.

— Não é tão simples assim. Eu queria dizer que – ele disse aproximando-se de mim – que desde a primeira vez que eu te vi, eu tive certeza de que você seria especial na minha vida. No verão passado, quando nos conhecemos no Mc Donald's e pediu aquele Mc Lanche Feliz, você escolheu o seu brinde, mas quem ganhou foi eu, quando você me passou o seu número. Todos os momentos que passamos juntos, eu ainda me lembro de todos eles, de cada sorriso que você deu e de cada piada contada. Seu sorriso ilumina o meu universo escuro. Sua risada, por mais estranha e bizarra que possa ser é a que eu quero ouvir todos os dias. Eu poderia continuar falando infinitas coisas sobre você, e falar o quanto estou apaixonado por você, mas então não sobraria voz para lhe fazer essa pergunta.

Ele fez uma breve pausa. Eu sabia o que viria a seguir e não estava pronta para isso. Sentia o meu coração bater mais rápido. Minhas mãos suavam. Não sabia se por causa do vento que batia incessantemente, ou por causa das palavras que acabara de ouvir, mas eu estava arrepiada. Ainda não entrava na minha cabeça a ideia de que Nico Di Ângelo estava se declarando para mim. Nada parecia real. Então ele prosseguiu.

— Thalia Grace, a garota mais incrível que eu tive a honra de conhecer, daria a honra de ser a namorada deste humilde garoto?

Podem me xingar e atirar pedras, entretanto eu não sabia o que fazer. Era isso mesmo? Ele queria namorar comigo? A ficha não caía, então eu tive a atitude mais idiota possível. Comecei a rir que nem uma retardada. Eu estava nervosa. Até demais.

— Poxa, Thalia. Eu estou aqui me declarando para você e assim que você reage? Não esperava que você aceitasse, mas que pelo menos fora fosse breve e direto. Não que ficasse rindo as minhas custas— ele disse levantando-se - Já deveria imaginar que você não gostaria de alguém como eu - ele falou tão baixo que quase não ouvi.

— Nunca mais diga isso, está bom? - levantei e o puxei pelo braço - Olhe para mim. Você quer a verdade?

Ele apenas assentiu com a cabeça. Olhei em seus olhos e reuni toda a coragem que me restava.

— A verdade é que eu sou louca por você, desde aquele dia no Mc Donald's.

Vi um sorriso brotar em seus lábios. E que sorriso.

— Por que nunca falou nada?

— Porque eu tenho medo, Nico. Nunca disse isso antes porque talvez virasse apenas um romance de verão e quando cada um tivesse de retornar para as suas vidas, eu sairia machucada e você talvez seguisse a vida e nem se lembraria mais de mim.

— Thalia, eu nunca me esqueceria de você. Não pense isso de mim. Nem pense nisso, na verdade. Depois nós damos um jeito. E então, o que me diz? - disse pegando no meu rosto.

— Deixa eu pensar... aceito sim – disse e fui me aproximando dele, ele fechou os olhos pensando que eu ia beijá-lo, mas qual graça teria? Apenas o empurrei no lago.

— Você é muito malvada, sabia? – e assim pulei também no lago e ficamos lá por um bom tempo.

Pov Percy

— Ah! Olá Percy, viu o meu irmão por aqui?

Annabeth me encarou com uma cara de “Quem é essa garota?”. Putz, e agora? É a Rachel, mas se eu disser que a conheço ela e tudo mais o que a Annabeth vai pensar? Que eu menti para ela (não deixa de ser verdade), mas poxa. Não queria colocar mais problemas para ela, ainda mais que esse tal Max não me parece boa coisa.

— Desculpa, mas quem é você?

— Percy, sou eu, a Rachel. Não lembra de mim?

Eu ia responder, mas a Annabeth falou na minha frente.

— Olha aqui, sua ruiva de quinta, deixe ele em paz! Ele já disse que não te conhece. Então dá para deixá-lo em paz? Ou está difícil?

— Não precisa falar comigo assim. Só quero saber onde está o meu irmão. Você não o viu, Annie?

— Mas eu nem sei quem é.

Rachel estava prestes a falar, então a cortei rapidamente.

— Nós não conhecemos você e muito menos o seu irmão – respondi ríspido.

A ruiva encarou-me rapidamente e sua expressão estava triste. Por alguns instantes pensei que fosse chorar. Ela se aproximou mais de mim.

— Como você não lembra de mim? O final da tarde que passamos juntos, tudo o que aconteceu, ... Como pode não lembrar?

Foi uma jogada genial, não teria como desmentir isso. Pude ver Annabeth com o cenho franzido. Sabia que ela não cairia mais na minha história, resolvi falar logo a verdade.

— Não, Rachel, eu não me esqueci. Seu irmão disse que ia para a oficina verificar o carro, mas não sei qual.

— Percy, se você a conhece, por que disse que não? Por que não me contou que passou o resto da tarde com ela? - a mágoa em seu rosto era nítida, sentia-me tão mal - E quem é o seu irmão, garota?

— Você realmente não sabe quem eu sou? Max é meu irmão.

— Ainda por cima mentiu pra mim dizendo que não o conhecia. Quer saber, Percy? Pra mim já deu, estou indo embora.

E assim ela se foi, indo em direção à estrada que levava para as casas de praia.

— Olha, Rachel, conversamos outra hora. Tchau – e assim saí correndo atrás de Annabeth.

***

Pov Annabeth

Saí correndo de lá no mesmo instante, meus olhos ficaram marejados, mas porquê? Porque ele passou o resto da tarde com outra garota depois do nosso maravilhoso dia? Eu não era nada dele, só uma garota que ele ajudou. Não deveria estar assim.

Finalmente cheguei em sua casa e fui direto tomar um banho (eu sabia onde ficava a chave reserva). Vesti um pijama que tinha comprado, tranquei a porta do quarto de hóspedes e me deitei. A última coisa que eu queria era falar com ele. Eu estava com raiva dele. Por que mentir? Falar não seria tão mais fácil? Tudo pode se resolver com uma boa conversa.

Encarei o teto acima de mim. Comecei a pensar em várias coisas aleatórias, até que comecei a repassar o dia. Ele havia sido incrível. O reencontro com Thalia foi a melhor coisa que me aconteceu, sentia muita falta da minha amiga. A tarde foi muito agradável, me descobri no Just Dance e no Guitar Hero. Já estava feliz com essas lembranças. E então veio a pior parte. Pensei em Percy.

Recordei-me de nossa tarde e de como ele tem sido atencioso e carinhoso comigo. Que pessoa em sã consciência leva alguém desmaiada para casa? Algum louco, só pode. Contudo, eu era grata por isso. Se eu tivesse simplesmente acordado na praia, não saberia o que fazer. Minha situação poderia estar muito pior do que agora. Enfim, deti-me a pensar em Percy.

Os cabelos negros e rebeldes, o sorriso que vivia em seu rosto e os olhos verdes... Que olhos encantadores! Parece loucura, tendo em vista que nos conhecemos ontem, mas não sei explicar. Algo dentro de mim se remexe perto de Percy. Toda vez que o olho, há uma sensação na boca do estômago, calafrios percorrem o meu corpo. E só de imaginar que ele esteve com aquela ruiva, a raiva se apodera de mim. 

Minutos mais tarde ouvi barulho de porta, ótimo ele tinha chegado!

— Annie, precisamos conversar! – ele gritou do outro lado da porta

— Não temos nada para conversar – gritei de volta.

— Por favor, abre essa porta. Quero saber o que aconteceu com você. Por que ficou daquele jeito?

— Você não quer saber, vai embora!

— Quero sim, eu me importo com você. Eu não vou embora até você abrir essa porta – pude perceber pela sombra debaixo da porta que ele havia se sentado.

— Pois então vai criar raiz aí.

— Porque criar raiz? – sério que ele me perguntou isso? O que ele tinha na cabeça, algas?

— Porque você vai esperar plantado.

***

Tentei dormir, mas o sono não vinha. Olhei para o relógio e vi que já passava da meia noite. Minha barriga roncou, afinal, não comia nada desde o McDonald’s. Resolvi comer alguma coisa. esperava que Percy tivesse desistido e ido embora. Tentei fazer o mínimo possível de barulho ao abrir a porta para não acordar ele, mas o mesmo ainda se encontrava ali.

— Sabia que uma hora ou outra você ia ter que sair daí.

— Percy, vai embora. Já disse que não quero conversar com você! –

eu disse já me alterando.

— Por favor, Annabeth. Me conta porque você está assim, sou seu amigo, não sou? Pois então me conta, para eu poder te ajudar.

— Você não faz mesmo ideia? Quer que eu enumere tudo o que aprontou hoje? - encostei-me na porta com os braços cruzados.

— Olha, desculpa mentir para você. Talvez não tenha sido por razões tão plausíveis para você, mas na minha cabeça faz sentido. Se quiser, eu tento explicar. Só peço que me perdoe - ele pegou no meu ombro e me olhou nos olhos.

— Não tem a ver só com isso, é complicado.

— Então me diz. A gente pode resolver isso.

Eu não sabia o que fazer. Ele me olhava tão intensamente que a minha vontade era de falar tudo o que me atormentava. Ele tinha se mostrado um ótimo amigo. Mas o problema era ele. Como falar dele para ele mesmo? Eu deveria mesmo falar? Será que não me chamaria de louca? E se ele não quisesse mais me ajudar depois que eu dissesse?

Essas e várias outras mil perguntas me atingiram de uma vez. Com pesar, tomei a minha decisão.


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Notas finais do capítulo

- Se tem algum Thalico/Nicalia aí, espero que tenha gostado u.u Sei que ambos tem um temperamento meio difícil e que são mais reservados, mas achei que mereciam um momento cuti cuti kkk Vocês gostariam de saber como eles se conheceram? Se sim, deixei aí nos comentários que eu faço um esforçozinho para dar mais um destaque nesse casal.
— Annie com ciúmes, Percy lerdando... Só mais um dia normal kkk E então? Ela fala ou não fala? Muito cedo para começar um romance? Ou não tem hora para uma história começar?
Acho que isso é tudo, pessoal. Espero que tenham gostado. Fantasminhas, apareçam por favor.
Obrigada por lerem, bom feriado e até mais. XD



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