The Big Four - As Legiões Colidem escrita por River Herondale


Capítulo 24
|Jack| It's all about perspectives


Notas iniciais do capítulo

Ligo o netbook pronta para minha função favorita: a de escritora.
Ele liga. Ponho a senha e ele diz educadamente: Bem vindo.
Clico no ícone do wold na barra de tarefas ao lado do ícone de photoshop ♥ já disse que amo photoshop?
Clico no arquivo "The Big Four". Demora pra carregar. O arquivo é pesado. Fonte: calibri ,11. Quantidade de páginas: 89. Número de palavras: 29.223.
Ontem eu escrevi dez páginas. O motivo? Fiquei esperando meu pai sair do pronto e socorro, no carro até 4:30 da madrugada.
Não é o melhor lugar para se escrever, mas me deu inspiração, eu acho.
Calma! Ele está muito bem, hehe. Só um pequeno ataque cardíaco.
Quantos capítulos eu escrevi? 2. Acho que vocês gostarão.
Ah, esse cap é o maior até agora! Prometo não deixar os próximos tão grandes (eu odeio capítulos grandes)
Mas hoje só postarei 1 porque amo deixar os leitores curiosos.
Aproveitem :)



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A exaustão fez com que Jack dormisse. A tensão de apunhalar o chão, tentando destruir a areia negra que tirara seu tio dele o fizera ficar mal. Era como se ele conhecesse os maus daquilo havia muito tempo.

Isso o preocupou mais do que ele esperava.

Mas um pesadelo o acordou no horário certo. O sol não havia nascido ainda, provavelmente não levaria muito tempo pra nascer. Jack levantou-se da cama e foi se arrumar para encontrar os outros três.

Seus pés estavam escuros de sujeira. Ele amava andar descalço. Seu cabelo estava imbramado e suas unhas da mão pretas de tanta sujeira. Ele não conseguia imaginar como conseguira dormir desse jeito.

O banho relaxou todos seus músculos. Jack gostava de tomar banho com água gelada, pois isso o fazia ficar mais alerta.

A primeira imagem que veio em sua cabeça ao pensar em seus amigos foi a de Rapunzel.

Um fio gelado passou por toda sua espinha quando ele pensou nela. Ele não sabia por que, mas ele sentia-se estranhamente conectado a ela.

O clima do dia estava quente, mesmo que fosse de madrugada. Jack decidiu não usar a jaqueta, algo que ele era acostumado a vestir.

Jamie voava animado ao seu lado. Jack coçou sua cabeça, o que fez Jamie fechar os olhos de gratificação.

E Devagar eles saíram da casa e foram para a floresta.

***

A lua acompanhava os passos de Jack. Isso o fazia se sentir confortável. Ele não se sentia sozinho quando ele estava andava com a lua e Jamie. Eles eram os companheiros que sempre estavam em seu lado.

Chegar às pedras fora tão fácil quanto ele imaginava. Parecia que ele não estava andando, mas sim sendo levado até lá.

A única pessoa que já chegara era Merida. Ela parecia tão mal quanto Jack, mas surpreendentemente confiante.

– Oi. – disse Jack, aproximando-se dela.

Ela respondeu com a cabeça, fazendo um sim.

Jack perguntou-se qual era o problema. Ao se lembrar do pai de Merida invadindo sua Legião ele interpretou qual poderia ser o que a incomodava.

Depois de uns três minutos em que Jack e Merida ficaram se encarando sem assunto, Rapunzel chegou, parecendo um tanto preocupada; mas seu olhar mudou completamente ao ver seus amigos.

Jack sorriu para ela, e ela sorriu de volta, radiante. Era incrível como sua presença afastava todos os problemas dentro dele.

– Olá. – ele disse, tentando ser casual.

– Oi. – respondeu ela com um sorriso no rosto que desmanchou ao ver Merida.

Ela estava prestes a falar algo para Merida, mas Merida a encarou, fazendo não com a cabeça, repreendendo-a de perguntas. O que quer que fosse deveria ser muito grave, pensou Jack.

Jack sentou-se em um toco de uma árvore, enquanto esperava Soluço. Rapunzel fez o mesmo. Só Merida que se manteve em pé, visivelmente tensa.

Quase dez minutos depois, Soluço chegou. Seu Soul-Patronus caminhava ao lado, abatido. Os olhos verdes de Soluço que normalmente eram vivos e curiosos estavam nebulosos. Jack percebeu que não fora só com ele que havia acontecido coisas.

Ele se levantou e aproximou-se de Soluço, dando apoio a ele com o braço, segurando seu ombro.

– Está tudo bem? – perguntou Jack, preocupado.

Merida virou-se quando notou que Jack falava com Soluço. Seus olhos que antes estavam frios e distantes tornaram-se preocupados.

– Soluço!

Ela correu na direção dos garotos e segurou o outro ombro de Soluço. Rapunzel se levantou e aproximou-se deles.

– Meu pai – sussurrou Soluço, esgotado. – Ele está ferido.

Rapunzel que era a mais calma entre eles soltou um pequeno gemido.

– O que aconteceu? – perguntou Jack para Soluço, enquanto encarava Rapunzel com os olhos esbugalhados.

– O rei de minha Legião estava a procura de mim. Ele disse que eu era a ameaça que o tiraria do reinado e pediu aos cavaleiros reais que me procurassem para prender. Eu não estava em casa e meu pai mentiu sobre meu paradeiro e...

Soluço engasgou ao tentar proferir as palavras. Jack balançou levemente seu ombro, insistindo na pergunta.

– E...?

– Eles levaram meu pai para a praça e deram chibatadas em sua costa. – disse Soluço extremamente sem força.

Rapunzel deu um pequeno gritinho. Suas mãos foram até a boca para se controlar. Seus dedos tremiam.

– Precisamos fazer alguma coisa – disse Rapunzel, olhando para Jack e depois para Merida. – precisamos salva-lo, onde quer que ele esteja!

– Eu já fiz isso. – Soluço falou. Todos o encararam nesse momento. – Estamos escondidos na floresta. Estou com medo que ele pegue uma infecção em seu machucado.

Jack queria explicações. Ele queria entender como Soluço salvara seu pai. Mas ele decidiu não perguntar. Não agora.

– Leve-nos agora onde está seu pai, Soluço. Talvez possamos ajudar. – disse Merida, olhando nos olhos de Jack e Rapunzel, esperando que eles concordassem.

***

Merida pôs Soluço em cima de seu cavalo, ao ver que ele estava completamente esgotado. Ela também estava mal, e por mais que no seu cavalo fosse possível os dois sentarem-se tranquilamente, ela optou por ficar no chão. Jack não entendeu o motivo.

Rapunzel andava encolhida ao lado de Jack. Ela olhava todo momento para o chão, sem querer encarar ninguém. Jack aproximou-se dela e segurou sua mão.

– Sente-se mais confiante?

Ela olhou para ele e por um momento seus olhos verdes ficaram mais vivos. Ela fez que sim com a cabeça, respondendo-o com um aperto de mão.

Para Jack, segurar na mão de uma garota era algo natural. Ele já fizera isso com várias de sua Legião. Mas segurar a mãe de Rapunzel fazia com que sua mão suasse um pouco.

Com as orientações de Soluço, os quatro chegaram em uma cabana velha. Jack ajudou Soluço a descer do cavalo e Soluço abriu a porta da cabana. Seu pai estava lá, desacordado com as costas sangrentas a mostra.

A primeira reação de Rapunzel foi de espanto. Ela nunca havia visto outros homens que não fosse Jack e Soluço. Ver um homem de meia idade, alto e robusto com tanta barba ruiva a assustara um pouco. Ela nunca imaginara como seria um homem com a idade de sua mãe antes.

Merida correu até a borda da cama de Stoico, analisando o machucado. Sua expressão estava preocupada.

– Precisamos lidar com esse ferimento agora, Soluço. Não sei como, mas teremos que fazer algo rápido.

O pus que acumulava nos cortes estava grosso e amarelado. O sangue escorrera entre as costas, sujando toda a cama velha em que ele estava deitado. Merida tinha medo de tocar e machuca-lo.

O que surpreendeu a todos naquele momento foi que Rapunzel aproximou-se da cama e se agachou ao lado de Merida. Por fim, ela disse:

– Soluço, empreste-me sua adaga.

Soluço pegou a adaga de seu cinto e entregou a ela, trêmulo.

Rapunzel rasgou um pedaço do lençol que cobria a cama de Stoico. O pano era tão velho que ela poderia rasgar o lençol com as mãos.

– Jack, preciso que você encontre uma fonte de água e umedeça esse pano. Preciso limpar esses ferimentos. – disse Rapunzel, confiante.

– Mas como você...?

– Ela é da Legião da Terra. Eles têm esse senso de cura. Pelo menos foi o que eu estudei. – disse Merida, lembrando-se desse detalhe. – É isso... Rapunzel, precisa de alguma ajuda?

Rapunzel olhou para ela, maravilhada.

– Isso é uma característica da Terra?

– Sim, Rapunzel. – disse Merida, recordando-se de que ela vivera presa a vida inteira. – Vocês tem uma conexão profunda com a natureza, fazendo com que seus sentidos de ervas e cura sejam mais apurados.

Merida parou bruscamente de falar. Pensamentos vieram à tona. Se todas as Legiões vivessem em conjunto, a Terra provavelmente salvaria muitas vidas...

Ela parou de pensar nisso. A ideia era absolutamente improvável.

– Certo. – disse Jack, trazendo Merida de volta. – Se eu já estudei isso, provavelmente não me lembro. – Jack apontou para sua própria cabeça, sorrindo torto, revelando uma covinha. – Sofro de amnesia. – ele sussurrou. – Então vou buscar água. Boa sorte.

Jack enquanto ia saindo do quarto, bateu levemente no ombro de Soluço, que estava assustado.

– Vai ficar tudo bem.

***

Achar água não fora tão difícil quanto ele imaginou. Havia um riacho aproximadamente a dez metros da cabana. Ele encharcou o pano e mais um balde de madeira todo podre que estava na frente da porta da cabana. Mesmo que não segurasse a água bem, era o que ele precisava.

Quando ele chegou, Merida tirou de seus braços o balde e o pano bruscamente e levou até Rapunzel. Jack ficou olhando elas trabalharem.

– De nada. – ele disse, em tom provocativo.

– Sai dessa, Jack. – disse Merida, concentrada em seu trabalho.

Rapunzel delicadamente limpava os machucados. Stoico gemia baixinho enquanto ela passava o pano sobre o pus.

Jack ficou olhando-as de longe, perto de Soluço, que estava nervoso, batendo os dedos descontrolado.

– Ei, calma! Vai ficar tudo bem. – disse Jack, sorrindo para Soluço.

Soluço desviou o olhar de Jack.

– Você não tem um pai para se preocupar. – disse Soluço.

Mas ele se arrependeu no mesmo momento que falou isso. Não era algo educado de dizer.

– Quero dizer, você provavelmente teve um pai, só não se lembra. M-me desculpe...

– Não. Você está certo – disse Jack, indiferente. – Eu não posso sentir falta do que eu não tenho. Eu não sei o que é ter esse tipo de amor então para mim é algo estranho. Você deveria me desculpar por ser tão estúpido em falar “vai ficar tudo bem”. Esse tipo de frase não tem efeito em nós quando sabemos que não, não está tudo bem.

Soluço não sabia o que responder. Antes que ele precisasse dar uma resposta, ele ouviu a voz de Rapunzel.

– Senhor Stoico? – perguntou Rapunzel, docemente.

Ele respondeu com um gemido.

– Ele está se recuperando, Soluço. Talvez eu possa achar alguma erva de efeito relaxante, que o faça ficar sem dor. Não sei, mas algo me diz que posso achar...

Estranhamente seu Soul-Patronus subiu em cima da cama e flutuou por cima dos ferimentos de Stoico. Lentamente, ele se apoiou nas costas dele e flores douradas surgiram nos machucados. Simultaneamente, todos os ferimentos foram sendo dissolvidos juntos com as flores. Os olhos de Jack brilharam.

– O que aconteceu? – perguntou Rapunzel, confusa.

Jack mudou o peso do pé e responder a Rapunzel:

– Está mais que óbvio, Rapunzel. O motivo de que você fora escolhida para ser parte desta profecia só poderia ser porque você é especial.

Seu poder de cura é mais potente do que de qualquer outro de sua Legião.

***

Jack, Rapunzel e Merida saíram do quarto de Stoico para que Soluço pudesse conversar em paz com o pai. Enquanto isso, os três ficaram sentados na pequena mesa da cozinha, conversando coisas aleatórias.

– Minha mãe é uma ótima curandeira. – disse Rapunzel, ainda confusa demais com o que acabara de fazer. – Ela trabalha para a família real. A rainha deve ser muito doente, eu acho. Ela sempre é convocada para seus serviços.

– Ela já te ensinou as técnicas antes? – perguntou Merida, que batia os dedos na madeira da mesa.

– Nunca. Ela não gosta de prolongar esse tipo de assunto.

A porta do quarto abriu e Soluço saiu de lá. Ele se sentou com os outros três na mesa e suspirou.

– Ele está melhor agora. Eu não tenho como te agradecer, Rapunzel. – disse Soluço, cansado pela tensão, mas imensamente agradecido.

– Estou feliz de poder ajudar. – respondeu Rapunzel, pondo a sua mão no braço dele. Ela distanciou imediatamente, como se acabasse de perceber a loucura que acabara de fazer. Talvez homens ainda a assustasse.

– Bem, acho que você poderia nos contar como isso começou. – disse Jack com seu típico tom de tédio.

Ele contou, começando quando estava voltando da floresta, para a Legião e quando todos o encararam e ele viu seu pai preso no tronco. Depois quando fora levado ao castelo e a profecia do rei.

– Espere! Uma profecia apenas para você? – perguntou Merida.

– Sim. – respondeu Soluço tremulo, como se a ideia de falar diretamente com Merida o deixasse nervoso.

– Isso faz sentido. Aquela profecia estava estranha demais para estar completa.

Soluço então continuou. Ele disse do ataque surpresa do rei e o poder de sua adaga, que fez com que o rei fosse atacado pelo ar que saíra de sua adaga. Isso fez com que todos comentassem dos poderes secretos que as armas provavelmente teriam. Por fim ele disse como pegou o cavalo e partiu em fuga para raptar seu pai e sair vivo da prisão.

– Isso foi absolutamente brilhante, Soluço! – exclamou Merida. – Você não precisou lutar com os guardas, isso é incrível. Apenas de pensar que isso tudo resultará em derramamento de sangue eu fico apreensiva. Há outras saídas para ganharmos.

Jack não concordava. Nenhuma grande revolução fora completa sem mortes. Ele decidiu não comentar nada.

– Eu ainda não acredito no que eu fiz, verdadeiramente. Eu estava tão focado em salvar meu pai que não pensei direito no que estava acontecendo. Tudo agora parece loucura.

– Tudo isso é uma loucura. – sussurrou Jack, cortando-o do que quer que ele fosse falar. – Acho que vocês gostariam de saber o que eu vi, principalmente você, princesa do fogo. – disse Jack, dirigindo-se a Merida.

Merida o fuzilou com os olhos, mas deixou com que ele continuasse.

– Seu pai de fato entrou no território da água. Era um ataque surpresa, provavelmente. Depois de um grande discurso espalhando infâmias por toda a minha legião e rei, foi isso que deu.

Jack contou detalhadamente toda a discussão entre os reis e o que provavelmente estava por trás de tudo aquilo.

– Seu pai prometeu uma guerra. Provavelmente daqui umas semanas estaremos entre uma. Temos que agir rápido, para o que quer que seja nossa missão.

Merida parecia horrorizada em ouvir tudo aquilo de seu pai.

– Meu pai não é assim. Ele não é tão cruel. Somos autodestrutíveis? Foi isso que ele disse?

– Bem, Merida, acho que você já deveria saber que não existe ninguém absolutamente bom. Todos nós temos luz e trevas dentro de nós* e a todo o momento um desses aparece. Seu pai pode ser o que você acredita que seja: um exemplo de homem justo, mas ninguém chega a esse nível de poder sendo absolutamente bom.

Merida poderia bater nele neste exato momento, mas as palavras de Jack tiveram um poder nela tão forte que ela foi incapaz de se mexer. Ele estava em parte correto.

– Mas ele não é um vilão.

– Não disse que é. Esse negócio de vilão também não existe, princesa. Não existe o correto! – ele se levantou, enfatizando o que dizia. – Mas existe o que você acha correto. Você pode achar correto queimar as casas dos cruéis de sua legião como castigo, mas eu acho errado. É tudo por perspectivas.

– É tudo por perspectivas. – ela repetiu.

Jack sentou-se de novo e olhou para ela, relaxando.

– O que você acha que seu pai estava fazendo?

– Protegendo a segurança de minha legião. – disse Merida em resposta.

– Exatamente. Essa é a perspectiva dele. Ele precisa salvar sua legião como o meu rei precisa salvar a minha. Na perspectiva de seu pai, salvar a Legião dele é mais importante, óbvio. Para o rei Akvo, salvar a Água é o importante. Mas nenhuma está do certa ou errada.

– Do mesmo jeito que meu pai acredita que é certo que eu me case com Sir Griflet e eu errado. – sussurrou Merida, voltando a ficar abatida.

Todos os olhos atingiram Merida, absolutamente perplexos.

– Como assim? – perguntou Soluço, horrorizado.

Merida os contou, começando a explicar superficialmente sobre seu amigo Elliot, e depois do torneio, contando como Griflet fora violento e sua mãe revelando-a a proposta.

– Provavelmente amanhã ele virá no almoço para oficializar o pedido. Eu não posso recusar.

O olhar de Merida era claramente sofrido.

De todos, o que mais parecia abatido com a notícia era Soluço. Ele já estava com a aparência terrível, mas agora ele estava completamente derrotado.

– Nós só percebemos nossa força quando precisamos ser forte. – sussurrou Soluço, lembrando dessas palavras. – Você mesma me disse isso.

Merida confirmou com a cabeça, momentaneamente alegre por ele se lembrar.

– Está amanhecendo. - disse Rapunzel, olhando para a janela. – Jack, Merida, vocês precisam voltar para casa antes que percebam a falta de vocês?

– Ah, esqueci-me de contar. Meu tio foi absolvido pela Epidemia do Breu. – disse Jack, indiferente.

– COMO ASSIM? – perguntou Merida, horrorizada.

Jack explicou tudo, como se não se importasse. Era esse o segredo de não ser atingido pela dor. Mostrar que era inatingível.

Quando terminou, todos ficaram silenciosos por longos segundos.

– Acho melhor eu voltar a Legião. Desculpe-me pessoal. Quando eu tiver mais informações, eu avisarei.

Ela se levantou, desconfortável enquanto olhava para todos, como se não soubesse se despedir.

Enquanto ela se distanciava montada em seu belo cavalo, os três ficaram a observando-a desaparecer deles entre as árvores.

Quando ela sumiu de vista, Soluço entrou de volta na casa, para fazer companhia ao pai. Jack pegou na mão de Rapunzel, que continuava ao seu lado e a encarou. Ela era tão pequena perto dele.

– O que você acha de andarmos por aí? – ele perguntou o mais suave possível, olhando nos fundos dos olhos dela, sentindo-se absolutamente confortável em fazer isso.

– Acho uma ótima ideia.

Ela tinha esse efeito nele. Ela fazia com que ele não quisesse agir loucamente. Ter a mão pequena dela nas mãos dele era algo tão natural. A mão de Rapunzel se encaixava perfeitamente na de Jack, como se fosse feito sobre medida. Os problemas não existiam.

O céu estava tingido de laranja, por conta do amanhecer. Ela não o encarava. Ela ficava olhando fascinada para seu arredor. Tudo era tão maravilhoso para ela e isso apenas o deixava mais encantado.

– Você realmente gosta da natureza. – ele disse, olhando para ela, fascinado pela sua fascinação.

– Eu sempre vi o nascer do sol do mesmo ângulo da minha janela. Ver aqui, entre essas árvores é completamente diferente e belo que nem parece o mesmo sol que desponta em meu quarto.

Ele pegou sua outra mão, fazendo com que ela ficasse de frente com ele. Ele fez um contato visual longo, acariciando suas delicadas mãos.

– Há dois modos de enxergar o mundo. O primeiro é apenas ver. Ver o que está ao seu redor de modo vago, sem notar ou importar. O segundo é observar. Observar os elementos ao seu redor e o quanto tudo é magnífico e perfeito.

Quando você faz isso, você pensa. Reflete. Sente.

Sentir. É essa a função da natureza. Ela faz você sentir.

Rapunzel o encarou com os olhos brilhantes ao ouvir as palavras de Jack.

Ela queria sentir.


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Notas finais do capítulo

* inspirado na frase do maior bruxo do mundo: Dumbledore. Convenhamos: Dumbledore tem estilo.
Como eu sei que todos amam romances, está aí os primeiros momentos de amor recíproco entre Jackunzel ♥
Espero que tenham gostado e digam pra mim: dos quatro, qual "narrativa" vocês mais gostam? Merida e seus problemas no castelo? Ou Jack tendo que lidar com sua amnésia? Quem sabe Soluço e seus momentos de tensão ou talvez Rapunzel descobrindo o mundo?
Quero muito saber, hein!
Até mais ;)