The Big Four - As Legiões Colidem escrita por River Herondale


Capítulo 23
|Hiccup| Asleep with the stars


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal!
Perguntinha: Vocês leram o conto que eu coloquei no tumblr? NÃO! Leia agora: http://fanficb4-guerradaslegioes.tumblr.com/post/60228498891/conto-especial-o-comeco-da-amizade-entre-elliot-e
Ok, ok, antes de lerem o cap, só quero que saibam que desta vez não dei o melhor de mim, mas como fim de semana não terei tempo de escrever, tinha que ser agora.
Espero que gostem, vamos lá!



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O dia estava indo embora. Soluço estava montado naquele belo cavalo, correndo contra o vento e com o coração apertado. Onde seu pai poderia estar?

Pelo horário seu pai já deveria ter sido tirado do tronco. Lembrar-se da imagem de seu pai tomando várias chibatadas nas costas por causa dele doía.

A prisão.

Só podia ser esse lugar. A prisão. Soluço virou o cavalo bruscamente para entrar no caminho do presídio.

Quando chegou à frente da propriedade, Soluço escondeu o cavalo entre as árvores altas e certificou-se se seu punhal continuava no cinto. Ele estava lá.

Soluço olhou ao seu redor, temendo que guardas tivessem seguindo-o. Não havia ninguém.

Ele pensou na melhor estratégia que ele poderia usar para tirar seu pai. Nada vinha.

Soluço por fim, teve uma ideia que parecia absolutamente maluca. Por fim fez.

Ele caminhou silenciosamente, saindo de seu esconderijo. As folhas faziam barulho em seus pés.

Ele controlou sua respiração para que não fosse pego pelo barulho. Quando chegou ao lado do local, agachou-se, pegando a adaga e segurando fortemente. Isso o dava segurança.

Droga, pensou Soluço. As janelinhas de cada sela eram altas demais para que Soluço conseguisse alcançar e estreitas demais para ele passar. Soluço bateu a cabeça duas vezes na parede de pedras, irritado.

A porta da prisão abrira, revelando dois guardas reais que saíam da prisão, conversando com os homens que trabalhavam ali. Algum recado fora dado.

Uma sensação ruim passou pelo corpo de Soluço. Ele por fim, esperou que os guardas fossem embora para fazer algo.

Quando os guardas saíram de vista, Soluço levantou-se e caminhou até a porta para entrar na pequena prisão. Era pequena, pois poucas pessoas eram criminosas, de fato.

Quando ele abriu a porta, avistou um dos homens que estava apoiado na mesa, com os pés no ar, cochilando. O outro não estava por perto.

Algo dizia a Soluço que ele deveria aniquilar o homem. Uma força estranha interpretava-o como inimigo e o persuadia a enfiar seu punhal no peito dele. Mas Soluço não o fez. Ele não era assassino.

Soluço entrou na porta que o levava para as celas, lentamente. Ele não acreditava na tamanha sorte que estava tendo até agora. Ele esperava continuar assim.

Quando entrou, os presos olhavam para ele, atentos. Até mesmo os maiores bandidos pareciam ter medo dele, provavelmente por conta de seu Soul-Patronus, um dragão, que brilhava ao seu lado.

Mas outros olhavam esperançosos, como se esse fosse o sinal de libertação. Esses sim assustava Soluço.

Uma voz conhecida fora ouvida nas últimas celas. Um gemido longo e doloroso que fez Soluço sentir-se terrível.

Ele correu na direção da cela e encontrou seu pai, deitado em um colchonete fino, de bruços e sem camisa. Suas costas estavam horríveis.

Um barulho veio da porta que Soluço entrara. O outro homem estava entrando com uma espada em seu cinto, olhando para as celas lentamente, com um olhar que dizia: Não sou eu que estou preso, seus miseráveis. Apodreçam de inveja.

Mas seu olhar mudou completamente quando seus olhos encontraram Soluço.

Os olhos de Stoico se levantaram, encontrando-os com o filho. Soluço queria dizer algo, mas precisou se preparar para o ataque.

– Garoto do Dragão. – sussurrou o guarda.

Soluço não respondeu, apenas ficou sustentando o olhar.

O guarda gritou algo para o colega acordar e tirou a espada do cinto, apontando-o para Soluço.

– Fique onde está! – Gritou o guarda, levemente apavorado.

Soluço apontou sua adaga para o guarda.

– Venha e me enfrente! Faça isso se tem coragem! – gritou Soluço de volta, tentando parecer confiante.

O braço do guarda tremia enquanto sustentava o peso da espada. Por fim, ele saiu correndo em direção ao ataque, gritando.

Quando se aproximou o suficiente para o golpe, Soluço o bloqueou com sua adaga, apontando-a no rosto do guarda. Ambos estavam com armas no rosto.

– Eu não quero te matar. Realmente não é minha intenção. Mas juro, pelo poder do ar, que se você falar algo para alguém sobre isso, você será um homem morto. - disse Soluço, com os músculos do rosto e do braço acentuados por estar fazendo tanta força diante do medo.

Soluço, com a adaga ainda apontada no rosto do guarda, afastou a lâmina da espada do adversário com a mão. O guarda derrubou a espada.

Lentamente, Soluço aproximou-se do guarda e tirou de seu cinto as chaves das celas. Ele acompanhava com os olhos os movimentos de Soluço.

– Saia e mantenha-se calado.

E foi isso que o guarda fez, correndo da sala, apavorado.

Soluço não conseguia acreditar no que acabara de fazer, mas estava feliz de que ele não havia precisado derramar nenhum sangue.

Com as mãos trêmulas, Soluço procurou a chave que servisse na cela de seu pai. Quando finalmente abriu, seu coração disparou.

Seu pai, mesmo extremamente esgotado, pôde sorrir. Ele encarou seu filho com orgulho e apoiou-se em Soluço para se levantar.

Juntos, eles saíram da cela. Os presos os encaravam, revoltados por Soluço não libertá-los também. Quando saíram da sala das celas e chegaram no hall, onde os dois guardas estavam sentados, eles pareciam angustiados. Soluço transmitiu a eles um olhar. Um olhar para eles não se esquecerem da promessa. Eles não se movimentaram.

Finalmente quando estavam fora, Soluço colocou seu pai deitado de bruços nas costas do cavalo. Soluço foi caminhando, guiando-os para longe da prisão. Já estava noite.

Ele não sabia onde e como, mas encontraria um novo lar.

***

Em outra ocasião, Soluço provavelmente reclamaria de estar de noite, mas hoje não. Isso apenas favorecia o seu mais novo modo de vida: o de fugitivo.

Era difícil para Soluço aceitar, mas sim, essa era sua nova vida. Ele nunca mais poderia pisar na vila, não estudaria mais e não veria mais ninguém a não ser seu pai.

Seu pai e seus três amigos.

Era nesse momento que Soluço realmente sentia que esses eram seus amigos e que ele precisava deles.

Ele continuava guiando o cavalo na borda da floresta, olhando atentamente para não ver se ninguém se aproximava. Por sorte, não.

Seu Soul-Patronus distanciou-se dele, andando cada vez mais pra frente até chegar no limite. Soluço ficou encarando-o, assustado.

Ele deveria seguir seu Soul-Patronus de novo? Era isso que ele dizia? Soluço decidiu que sim.

Banguela levou-o para dentro da floresta. Soluço estava começando a ficar com medo, pois tudo era muito escuro e frio entre as altas árvores da floresta.

Banguela não o levara para muito longe, mas havia levado Soluço para um lugar em que poderia morar.

Era uma cabana de madeira. Uma cabana pequena e mofada, muito, mas muito velha. Soluço não sabia como agradecer.

Ele acordou o pai, que Soluço não sabia como, mas havia conseguido dormir nas costas do cavalo. Ele acordou assustado, com os olhos avermelhados. Quando seus olhos encontraram Soluço, ele relaxou.

Soluço arrumou a única cama da cabana e pôs seu pai, deitado de bruços para ele dormir.

Por mais que Soluço estivesse feliz em estar com seu pai novamente, ele sentia-se culpado.

Olhar as costas de Stoico apenas fazia-o se sentir mal.

Soluço decidiu sair da cabana, sem mesmo olhar bem para onde estava. Ele só queria descansar.

Não dava para ver o céu entre as copas das árvores. Elas eram densas demais.

Mas mesmo assim, Soluço sabia que, por cima de tantas folhas, havia estrelas.

E ele adormeceu ali mesmo, no chão, apoiado na parede, tentando imaginar quantas estrelas deveriam ter no céu hoje.



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Notas finais do capítulo

Estou com muuuuuita preguiça de revisar, sério. Então me perdoem e espero que tenham gostado ;)