O Acordo - Rose Weasley & Scorpius Malfoy escrita por Lilly Moon Malfoy


Capítulo 5
A punição, quadribol, e beijos trocados.


Notas iniciais do capítulo

Maaais um capitulo fresquinho para vocês!!! Demorou um pouco e acho que estou tendo um probleminha com o texto, mas está aí!!! Espero que gostem :)



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–Nunca em meus 25 anos de direção desta instituição. –dizia McGonagall horrorizada. –Presenciei algo tão selvagem como isto, Sr. Malfoy. O que se passou em sua cabeça, a ponto do senhor, cometer tal absurdo como fez á poucos minutos?

Malfoy deu de ombros, visivelmente descontraído.

–Minha intenção nada mais era do que descontrair os outros alunos, diretora McGonagall. –ele dizia enquanto, com enorme descaso com relação á cena, retirava lentamente, pedaços de espaguete de seus cabelos. –Estavam todos muitos tensos, e desmotivados. Só queria me divertir um pouco.

Minerva tinha os olhos esbugalhados pela reação do garoto, que não parecia se importar sequer um pouco, com as consequências que aquilo lhe traria.

–O senhor tem noção da gravidade do que cometeu Sr. Malfoy? –ela dizia se inclinando ligeiramente para frente, para que pudesse encarar Scorpius séria e duramente. –E que se eu quisesse, poderia expulsá-lo por tamanho desrespeito contra as normas desta instituição?

Malfoy evitara sorrir. Estava indo em direção ao caminho certo. Revestiu sua face com sua melhor expressão de seriedade e disse:

–Mas é claro que sim, diretora McGonagall. –ele disse fingindo-se estar envergonhado e arrependido com o que fizera. –E respeito qualquer decisão que a senhora decidir tomar.

McGonagall o observou por alguns segundos, antes de informar sua decisão á ele.

–Poderia Sr. Malfoy. –ela disse entrelaçando suas mãos. –Mas isso não significa que vou.

Malfoy substituiu sua expressão de angústia falsificada, por uma perplexa.

–Como assim a senhora não vai me expulsar?! –ele disse, e se arrependendo logo em seguida por sua reação totalmente confusa e adversa da outra que tentara demonstrar. –Quero dizer... Por que não?

McGonagall franzira a testa antes de dizer, desconfiada da reação do garoto.

–Vou lhe dar mais uma chance. –ela disse apontando o dedo indicador á ele, em um gesto expresso de ser um sério aviso. –Se o senhor, Sr. Malfoy, se envolver em mais alguma confusão. E então... Terá de se dirigir á outra instituição.

Ele assente, se levantando da cadeira á frente da mesa da diretora, quando é interrompido pela mesma.

–Aonde pensa que vai, Sr. Malfoy? –ela diz inclinando a cabeça, a armação de seu pequeno óculos, escorregando por seu nariz pequeno e arrebitado. –Ainda não conclui nossa conversa. O senhor realmente não pensou que sairia completamente ileso dessa história, pensou Sr. Malfoy?

Ele se sentou lentamente de volta na cadeira estofada, temeroso do que vinha á seguir. Pelo o que conhecia da diretora, sua punição não seria nem um pouco prazerosa de se executar.

–Como punição ao seu ato, Sr. Malfoy. –ela disse. Malfoy suspirou. O tom de voz de McGonagall indicava que o que lhe esperava, não era nada bom. –O senhor estará fora das finais do campeonato de quadribol este ano.

Tudo menos isso.

–Não, por favor, diretora McGonagall, eu não posso ficar fora do campeonato logo nas finais, sou o capitão do time, não se lembra? –ele dizia, implorando literalmente de joelhos, á diretora que se reerguera da cadeira, e ia em direção á porta a fim de dispensar o aluno suplicante.

–O senhor pareceu não se importar com seu cargo quando cometeu essa barbaridade hoje. E também irá polir todos os troféus da sala de troféus está noite. Talvez precise de mais algumas noites para concluir a tarefa. –ela dizia tentando se desvencilhar de Malfoy, que segurava a barra das suas vestes, súplice. –Minha decisão já está tomada, Sr. Malfoy, agora faça o favor de se recompor! Filch irá lhe entregar os materiais que precisará para polir os troféus. Passe na sala dele e ele lhe ajudará com esse quesito. O resto, Sr. Malfoy, está por sua conta.

Ela arranca a barra de suas vestes das mãos de Scorpius, que se dirigi para fora da sala, visivelmente mortificado.

–Tenha uma boa noite, Sr. Malfoy. –disse a diretora fechando a porta rapidamente, a fim de tomar uma xícara de camomila, para acalmar os nervos.

Malfoy voltou á sala da sonserina, e não manifestou nenhuma palavra á ninguém.

–Mas que cara horrível é essa, Scorpius? –disse Albus se aproximando juntamente á Dominic. –Parece que cruzou com um dementador a caminho daqui. Diga-me oque houve? O que McGonagall lhe disse? Conseguiu ser expulso?

Malfoy olha para o amigo, que não parecia nenhum pouco interessado em saber a resposta.

–Vá atormentar outra pessoa Albus, e me deixe em paz. – Scorpius diz aborrecido, sendo assim, Albus trocou um olhar confidencial com Dominic, e se afastou, deixando o carrancudo Scorpius, sozinho em umas das poltronas de camurça esverdeada e mogno da sala comunal.

Até que uma garota ruiva e visivelmente ansiosa se aproxima dele.

–E então, o que houve? –ela diz empolgada. –Conseguiu?

Ele a encara franzindo a testa, aflito.

–Mais do que isso, cenoura. –ele disse asperamente. –Não vou poder participar das finais do campeonato de quadribol, acredita?

Rose o encara. Nunca havia visto o garoto tão aborrecido, quanto naquele momento. Ele encarava as chamas na lareira, como se as culpasse por tudo aquilo.

–Mas, isso não é tão ruim assim, Malfoy...

–Não é tão ruim?! –ele se ergue da poltrona, exaltado, fazendo Rose se sobressaltar com sua reação. –Você não sabe de nada, Weasley! Eu, Scorpius Malfoy, sou o capitão do time de quadribol da sonserina, e se eu não participar do jogo, provavelmente irão eleger outro capitão para treiná-los, Weasley! E você vem me dizer que isso não é ruim?!

Ela baixou os olhos para o chão, sem responder. Malfoy a observou e suspirou ao perceber que havia sido duro demais com ela.

–Me desculpe. –ele disse se ajoelhando ao lado dela, sendo que a garota estava agachada no chão, ao lado da poltrona verde onde ele estivera sentado. Colocou uma mão nos ombros dela e o afagou, forçando-a a olhar para ele. –Eu só estou um pouco... Aborrecido. Na verdade mais do que isso, estou... Quadribol é a minha vida, Rose.

A garota ergueu a cabeça, e o olhou em seus olhos. O garoto a havia chamado pelo seu nome de batismo, de uma maneira tão intima, que nem parecia ser a primeira vez.

–Desde que eu era pequeno, meu sonho era ser um jogador profissional de quadribol. –ele dizia sorrindo, enquanto encarava as chamas dançantes e alaranjadas da grande lareira esculpida em mármore. –Mas... Meu pai, nunca sequer me deu apoio. Disse que não era uma profissão séria, digna de um Malfoy. –ele disse com escárnio na voz. –Puddlemere United está com vagas abertas para apanhador este ano. A faixa etária é de 17 á 21 anos. Eu não posso perder essa oportunidade, sabe...

Ela entendera.

–E é por isso que quer ser expulso de Hogwarts? –ela disse, e ele assentiu concordando. Rose franziu testa. –Mas, não seria mais fácil simplesmente pedir á sua família para parar de estudar?

Ele olha para cima e fecha os olhos negando.

–Meu pai nunca me deixaria fazer isso. –ele disse rindo-se sem nenhuma centelha de alegria. –E é por isso eu tenho de ser expulso. É a única maneira. Assim não terei como voltar. E as outras escolas decididamente não aceitariam nem minha inscrição depois de dar uma olhada não meu excelente currículo.

Os dois dão uma risada azeda.

–E se já não bastasse, McGonagall ainda quer que eu limpe todos os troféus da Sala de Troféus. –ele dizia suspirando.

A garota estava começando a sentir pena dele. Então se levantou estendeu a mão á Scorpius, que a encarou sem entender.

–Vamos, temos um longo trabalho pela frente. –ela disse ajudando o garoto a se levantar.

–Não faz parte de o acordo você me ajudar com as punições. –ele disse sorrindo. –Você não precisa fazer isso, Cenourinha. Realmente não precisa ir.

Ela sorriu doce e travessa para ele, um sorriso que só Rose tinha. E que por algum motivo, fez algo acender dentro de Scorpius.

–Mas eu não tenho nada a fazer. –ela disse com falso descaso. –Já fiz a redação sobre bufadores de chifres enrugados que o professor Lovegood nos pediu, já fiz os deveres de poções. Então isso significa que estou livre e entediada. Vamos?

Ela disse e Scorpius assentiu.

–Você é uma cenoura muito teimosa sabia? –ele dizia sendo puxado por ela. –Não sabia que cenouras podiam ser teimosas, você decididamente é uma exceção.

–Cala a boca. Malfoy. –ela dizia revirando os olhos do comentário irônico do garoto.

Os dois foram em direção á sala de Filch, que ficava também nas masmorras, e bateram na velha porta entalhada de madeira.

O velho homem de cabeça calva na parte de cima, e carrancudo, abriu a porta e encarou os dois garotos. Fechou a porta bruscamente na cara dos dois, que se sobressaltaram. Ele voltou a abri-la minutos depois, com dois baldes com utensílios domésticos dentro deles.

–Boa sorte, aos dois. –ele disse asperamente. –Tomara que limpar os troféus seja tão difícil como foi se livrar de toda aquela comida no Salão Principal. Passar bem.

E voltou a fechar a porta agressivamente no rosto dos dois.

–Ainda dá tempo de desistir, cenourinha. –ele disse arqueando as duas sobrancelhas.

–Vamos logo então antes que eu desista mesmo. –ela respondeu.

Os dois adentraram a sala de troféus e na mesma hora, tiveram a imensa vontade de deixar o lugar.

O ambiente estava lotado de troféus. – como era de se imaginar. – Havia várias prateleiras repletas de todos os tipos e tamanhos de troféus que a escola já recebera.

–Não a mais tempo de desistir, cenoura. –ele disse segurando o braço de Rose, que já havia se virado para o lado oposto, decidida a voltar para a sala aconchegante onde se encontrava á poucos minutos.

Continuaram a olhar para o lugar, visivelmente perdidos sem saber por onde começar.

–Você começa pelas estantes da direita e eu vou pelas da esquerda, ok? –ele disse. Rose assentiu e começou por um pequeno troféu por serviços prestados a escola de um aluno.

–Nada saiu como você planejou, não é, Malfoy? –ela disse ao garoto.

–Nem um pouco. –respondeu ele sinceramente. –Mas, nada nunca sai como nós planejamos, não é?

Ela concorda.

–é verdade. –ela diz enquanto polia um dos troféus grandes, coisa que a desanimou intensamente, ao julgar pela quantidade que ainda lhe faltava polir. – Afinal, eu não planejei estar aqui limpando esses troféus com você, nem estar em um acordo de te ajudar a ser expulso de Hogwarts, nem estar em um falso relacionamento com você, e muito menos...

Ela não completou. Ele franziu a testa.

–Muito menos o que, Weasley? –indagou ele. Ela sorriu e movimentou a cabeça.

–Não é nada. –ela disse tentando se concentrar ao máximo em limpar o troféu de bronze que se encontrava em suas mãos, e evitar o olhar averiguador de Malfoy, que nesse momento, esquadrinhava seu rosto, fazendo-a corar.

–Se não fosse nada não teria corado. É realmente uma droga ser uma cenoura, não é, Cenourinha? –ele dizia se aproximando dela. É realmente era uma droga corar tão facilmente, coisa que já a entregara tantas vezes.

–Estou dizendo que não é nada, Malfoy, não seja chato. –ela dizia recuando á aproximação do garoto. Tarde demais.

Ele a enlaçou pela cintura bruscamente, alternando seu olhar penetrante dos olhos azuis de Rose, para os lábios vermelhos e carnudos dela.

–Você realmente precisa parar de me agarrar dessa maneira, Malfoy. Isso já está virando um hábito. –dizia ela evitando o olhar do garoto. Realmente estava virando um hábito. Um hábito que por mais que Scorpius negasse, estava começando a gostar.

–E você realmente não gosta que eu te agarre dessa maneira, Weasley? –ele dizia pressionando mais seu corpo. A sensação de pernas ligeiramente bambas havia voltado a habitar seu corpo a deixando irritada por não conseguir reagir. –você só precisa me dizer para soltá-la, que eu a solto. Simples assim.

Rose apenas o encarou sem dizer nada. Scorpius entendera o recado.

–Eu sabia. –disse ele antes de dar o beijo que ele tanto ansiou por algum motivo. E Rose, se entregou, sem saber se era involuntariamente, ou por vontade própria. Simplesmente se deixou levar pelo beijo ardente e enérgico que fluía entre os dois. Seus lábios se encaixavam perfeitamente ao de Scorpius, assim como cada toque transcorrido um pelo outro, parecia transmitir sensações únicas. Assim como o formigamento que surgia na palma das mãos dos dois, todas as vezes que suas mãos se entrelaçavam. Ou os olhares que pareciam emitir vibrações elétricas no corpo dos dois.

Coisa que tanto Scorpius, que já havia experimentado vários beijos, de diversas garotas, nunca havia sentido, quanto Rose que por incrível que pareça, estava tendo seu primeiro beijo com Scorpius Malfoy. Parecia tão certo, e ao mesmo tempo tão errado aos olhos dela. Mas por algum motivo, ela não se deixou interromper aquele beijo que a deixava anestesiada, assim como todos os toques e caricias de Scorpius.

Scorpius nunca havia experimentado lábios tão macios quanto os de Rose Weasley. Seu beijo era suave e correspondente, e causava sensações em seu corpo que nenhuma garota nunca conseguiu faze-lo sentir. Seu perfume o deixada embriagado, assim como a maciez da pele alva da garota o deixava em êxtase. Nunca havia se passado por sua cabeça, que em algum momento de sua vida estaria envolvido daquela maneira com Rose Weasley.

Rose o empurrou para longe para que os dois pudessem respirar.

–Isso é certo? –ela disse arfante e corada, mais uma coisa que era considerada amável em Rose.

–Para mim é. Muito certo. –dizia ele tentando se aproximar sedento dos lábios vermelho da garota, que o segurou pelo colarinho da blusa branca impedindo-o de continuar para antes dizer.

–Você não presta. –ela dizia sorrindo doce e travessamente para ele. O sorriso Rose.

–Mas você gosta. –ele disse antes de voltar a colar os lábios no de Rose como se sua vida dependesse disso.


Teriam muito trabalho a fazer amanhã á noite, afinal, só haviam polido três ou quatro troféus. Mas pareciam não se importar, e sequer lembrar-se da tarefa enquanto trocavam carinhos reprimidos durante todos os anos. A única coisa que importava aquele momento era estar um nos braços do outro.

Mas além do vitorioso destino, outra figura se espreitava a ouvir a conversa dos dois, atrás de uma armadura de ferro. Alguém que agora tinha conhecimento do acordo secreto entre os dois.



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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? A espera da opinião de vocês!!! Beeeeijos e até o próximo capitulo :)