A Verdade escrita por mybdns
Notas iniciais do capítulo
Oi meninas, tudo bem? Eu quero pedir desculpas se algumas vezes os capítulos ficam confusos é que eu me empolgo tanto que acabo exagerando e isso pode comprometer o entendimento do texto às vezes. Qualquer coisa, podem falar, okay? Beijos e muito obrigada mesmo pelos reviews. Beijos, May ♥
Depois desta confusão toda, o Sr. Flack foi embora e eu voltei para o trabalho. No elevador, Don e eu permanecemos em silêncio por alguns instantes. Depois ele começou a rir.
- Do que você está rindo? – eu perguntei.
- Eu não acredito que você prendeu meu pai.
- Você viu o que ele estava fazendo? Ele não me deu escolha!
- Eu sei, eu sei. Foi muito engraçado.
- Pra você foi. – ele saiu comigo do elevador. Logo que chegamos à sala de análise, vimos Alanis.
- Oi detetive Flack.
- Oi detetive Parker. Como vai?
- Muito bem. Quanto tempo, hein?
- Realmente faz muito tempo. Preciso ir. Anne, depois a gente conversa.
- Tudo bem. – ele se virou e foi embora.
- Já conseguiu algo, Evans?
- Ainda não.
- Melhor ir logo. Seu tempo está esgotando.
- Você não é minha supervisora. Não tem o direito de cobrar as coisas de mim. – disse deixando-a lá.
Encontrei-me com Tyler no corredor.
- E ai, Anne? Alguma novidade?
- Ainda não. Mais eu te prometo que eu...
- Faça seu trabalho, não precisa me dar explicações. Confio em você.
- Obrigada.
- Acho que você não se dá muito bem com a Alanis.
- Dá pra perceber?
- Ela sempre foi uma mulher difícil. Entrei com ela na polícia. Sempre foi assim e nunca vai mudar.
- Ela me deixa louca. – disse baixo.
- Eu sei. Essa é a intenção. Fica calma e não liga pra ela.
- Vou tentar.
O turno acabou e eu estava chegando em casa quando vi alguém correndo até mim.
- Oi Anne.
- Samantha? Você está bem?
- Sim, estou. Você tem um minuto?
- Claro, entre. Fique à vontade. – disse abrindo a porta.
- Obrigada.
- Aceita um café, um suco, água? – ofereci.
- Não eu estou bem. Eu quero te pedir desculpas por não ter contado nada. Eu estou com medo.
- Eu sei querida, mas você precisa me dizer quem fez isso com você. Precisamos prendê-lo para que ele não machuque você e mais ninguém.
- Tudo bem. – ela suspirou. – O conheci na boate que eu trabalho. Ele me convidou pra sair eu aceitei. Ele começou a agir estranho. Um dia, ele quis que eu participasse de um assalto, mas eu fui embora. No dia seguinte, ele me pegou quando estava chegando em casa e fez isso.
- Como é o nome dele?
- É Charlie. Charlie Scott.
- Onde ele mora?
- Eu nunca fui à sua casa. Mais ele tem um estúdio de tatuagem, na Colombus Ave.
- Você nos ajudou muito, Sam. Muito obrigada. Amanhã cedo eu te prometo que vamos prendê-lo. Vou ligar para Tyler.
- Eu preciso trabalhar. Tchau Anne.
- Tchau Sam.
- Ah, eu já estava me esquecendo: obrigada por fazer o meu irmão feliz. Ele precisava encontrar uma mulher como você.
Eu sorri e ela foi embora. Liguei para Tyler para lhe informar o que Sam havia me contado. No dia seguinte, acordei bem cedo e fui para o departamento.
- Madrugou, hein? – disse Mac.
- Oi Mac. Como você está?
- Muito bem. Fiquei sabendo que você está com problemas com sua nova companheira de trabalho.
- Como?
- Tyler me contou.
- Eu estou sim. Acho que ela não confia no meu trabalho.
- Mostre a ela que você é capaz.
- Pode deixar.
- Você tem o meu sangue correndo nas veias.
- Convencido. Falando no diabo. – disse quando vi Alanis cruzar a porta de entrada e vindo em nossa direção.
- Bom dia, Taylor. Evans.
- Bom dia Alanis. – eu disse.
- Bom dia. Querida, eu tenho que ir. Qualquer coisa, liga pra mim. – disse Mac indo para o outro lado.
- Tá. Bom trabalho.
- Pra você também. Até logo, Alanis.
- Até logo, Taylor. – nós duas entramos no elevador e ficamos em silêncio.
- Mac é um homem muito bonito, não é mesmo?
- Sim, ele é.
- Sempre tive uma queda por ele, desde os tempos da polícia.
- Que bom pra você.
- Se ele não fosse casado, eu juro que eu dava umas investidas nele.
- Pena que ele é. – disse meio aborrecida.
Chegamos ao andar e Tyler estava me esperando.
- Toma um café. – disse me entregando o copo.
- Ah, valeu.
- Pronta pra pegar o sujeito?
- Pronta. Que horas são?
- Nove e meia.
- O estúdio já deve estar aberto. Vamos?
- Vamos.
Nós fomos para a garagem e pegamos o carro. Tyler dirigiu cerca de trinta minutos e nós avistamos o estúdio de tatuagens.
- Deve ser ali. – apontei. Ele estacionou o carro e nós descemos. Entramos no pequeno estabelecimento.
- Posso ajudar? – perguntou um rapaz moreno, cheio de tatuagens de caveira pelo braço forte.
- Claro. Você é Charlie Scott? – Tyler perguntou.
- Sou sim. Dono do lugar.
- Que bom. Você está preso. – eu disse mostrando o distintivo. Ele correu até uma escada que dava para o terraço do prédio e nós fomos atrás. Vimos que ele havia sumido.
- Onde o desgraçado se meteu? – Tyler perguntou.
- Olha ele ali! – eu disse. Charlie estava atrás de uma caixa d’água.
- POLÍCIA DE NOVA YORK. COLOQUE SUAS MÃO ATRÁS DA CABEÇA. – ordenou Tyler, só que o cara não obedeceu e saiu correndo. Eu estava do outro lado e ele veio em minha direção. Coloquei o pé na sua frente e ele caiu. Rapidamente, Tyler o algemou e o levou para o interrogatório.
- Você me deve uma, Hopkins. – eu disse.
- Vai sonhando.
O levamos para o interrogatório e ele fingia que não estava entendo o porquê de estar lá.
- Você sabe por que está aqui, Charlie? – eu perguntei, cruzando os braços.
- Eu não! Vocês são loucos! Eu tenho que trabalhar.
- Você se lembra dela? – disse lhe mostrando uma foto de Sam.
- Eu fiquei com ela umas vezes.
-A agrediu depois.
- Como é que é? Claro que não! Eu sou uma pessoa honesta.
- Oh! Coitadinho. O júri não vai ter pena de você quando te condenar por agressão.
Eu não...
- Não adianta Charlie. Quando eu combinar o seu DNA com os epitélios que eu recolhi das mãos da Samantha, você vai se dar muito mal.
- Ela é uma vagabunda! Eu pedi pra ela me fazer um favor e ela não fez! Além dela ter me traído com uma babaca.
- E você se achou no direito de bater nela?
- Ela mereceu.
- Ah, ela mereceu? Sabe aquele acara que tá lá fora? – eu disse apontando para Flack, que estava vendo o interrogatório.
- O que tem ele? Ele é detetive, e daí?
- Ele não é um simples detetive, Charlie. Ele é irmão da Samantha. Bater na irmã de um policial foi um ato muito inteligente da sua parte.
- Eu não...
- Sabe de outra coisa? Eu to louca pra te deixar sozinho com ele pelo menos cinco minutos.
- Você não seria capaz de fazer isso. E nem ele.
- Olha pra cara dele. De perto. – fiz um gesto para Flack entrar. Ele entrou e sentou na cadeira de frente com o agressor.
- E ai Charlie? – Flack disse. – tudo bem?
- Acho que ele tá com medo, Flack.
- Ele tá parecendo uma criancinha.
- Cadê a sua pose de machão? Vamos, eu quero ver. – eu podia ver o pânico em seus olhos.
- Por favor, detetive. Não faça isso comigo. – ele suplicou.
- Agora ele pede “por favor”. Porque não pensou duas vezes antes de agredir uma mulher, hein? Se meta com alguém do seu tamanho. – perguntei.
- Eu sinto muito.
- Seu imbecil. – Flack disse o agarrando pelo colarinho e o jogando contra a parede.
- Eu sinto muito... – ele disse se encolhendo.
- Você sente. Vira ai. – ordenou.
Charlie se virou e Flack o algemou.
- Vai passar um bom tempo na cadeia pra aprender. Lá têm caras duas vezes maiores e piores do que você. Vai virar uma mocinha. – disse balançando a cabeça. Flack o levou para a cela depois voltou.
- Obrigado. – ele disse se virando para mim e para Tyler.
- Só fizemos o nosso trabalho. – completou Tyler.
- Pensei que nunca iriam resolver este caso. – disse Alanis, com arrogância, surgindo atrás de nós.
- Eu disse que a gente iria resolver. – disse sem me virar.
- É. – ela se virou e foi embora.
- Ela quer nos deixar loucos? – Tyler perguntou. – ela era uma mulher difícil, agora ela está insuportável.
- Foi você que a contratou. – eu disse.
- Se arrependimento matasse, Anne, eu estaria morto.
- O Flack também a conhece, não é?
- Eu a vi algumas vezes. Troquei meia dúzia de palavras com ela!
- Sei...
- Que tal a gente tomar um chopp? – convidou Flack, desviando do assunto. – precisamos relaxar!
- Eu não vou atrapalhar vocês, não é? – perguntou Tyler.
- Claro que não! – eu disse. – vamos logo!
- Já que é assim...
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