A Verdade escrita por mybdns


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Ah, hoje vocês estão com sorte, porque eu tô muuuito inspirada pra escrever. Espero que gostem beijos ;*



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Acordei na manhã seguinte com uma baita dor de cabeça. Estava um pouco confusa do que eu tinha feito noite passada, então veio tudo na minha cabeça. Eu estava só de calcinha e a única coisa que eu encontrei para me cobrir foi uma camisa de Don. Fui ao banheiro e lavei meu rosto. Desci e o cheiro de omelete e bacon invadiu minhas narinas.

- Bom dia. – ele disse.

- Bom dia. – eu disse um pouco envergonhada.

- Acho que você está com fome.

- Acertou.

- Bonita sua camisa.

- Desculpa, foi a única coisa que eu encontrei na frente.

- Seu sutiã está no corredor. –ele riu.

- Não tem graça. – eu disse me sentando.

- Desculpa.

- Você tem um remédio pra dor de cabeça ai? – disse bebericando um pouco de café.

- Eu vou pegar. – ele foi ao banheiro e trouxe uma caixinha de remédios. – toma. – disse me dando uma aspirina. – vou pegar água.

- Não precisa, eu pego. – fui até a torneira e peguei um pouco de água para tomar o remédio. Fique de costas para Don por alguns segundos. Deixei o copo na pia e senti-o puxando meu braço. Ele me encostou na beirada da pia e ficou olhando fixamente para os meus olhos.

- Você ainda vai agir como se não tivesse acontecido nada ontem à noite?

- Eu estou morrendo de vergonha, eu não devia ter bebido.

- Eu também bebi. Anne, nós somos adultos, solteiros. Não há nada de mais.

- Eu estava me sentindo tão fragilizada, tão vulnerável...

- Eu não quero que você se sinta mais assim. Eu quero que essa dor vá embora.

- Flack, eu... – ele me calou com um beijo. Já estávamos quase nus novamente quando eu recuperei o meu juízo.

- O que foi? Agora que estava começando a ficar divertido.

- Nós temos que trabalhar. Eu preciso passar em casa para trocar de roupa e tomar banho. – disse recolhendo minhas roupas do chão.

 - Tudo bem.

Eu coloquei minhas roupas e peguei um táxi até onde tinha deixado meu carro. Depois, voltei para casa, tomei um bom banho e troquei de roupa. Antes, liguei para o Dr. Michael, meu advogado para dar entrada nos papeis do divórcio.

- Oi Anne, como está?

- Bem, Doutor. Então, eu queria entrar com o pedido de divorcio.

- Você e o Allan vão se separar? Vocês eram um casal tão feliz.

- Nós éramos mesmo. Tem como o senhor me encontrar? Na hora do almoço, talvez?

- Claro. Comida árabe, pode ser?

- Pode sim. Até mais.

- Até mais Anne.

Desliguei o celular e fui para o trabalho.

- Oi Danny. Alguma novidade?

- Muitas. Seus superiores estão lá na sala do Mac.

- Okay.

Fui até a sala do Mac e todos estavam reunidos lá.

- Eu descobri onde é a suposta agência de modelos do Sr. Franklin que na verdade se chama Justiniano Rossetti. – disse Sheldon.

- Suposta agência?

- Sim, Anne. Na verdade, lá funciona um leilão.

- Leilão de que, Sheldon?

- De mulheres.

- Tráfico Internacional de Pessoas.

- Exato. E as meninas podem ser leiloadas hoje à noite.

- Como vamos fazer pra entrar lá?

- Ai que você e o Flack entram. – disse Adam.

- E eu o Flack?

- Sim. Eu criei um personagem que está interessado em negociar uma garota.

- E essa garota sou eu? Porque não a Lindsay?

- Vamos lá, vai ser divertido. – disse Flack.

- E como.

- Lembrem-se: hoje nós só vamos analisar o local, ver como esses caras agem.  – disse Mac.

- Nós não vamos prendê-los?

- Não Anne, tudo no momento certo.

- Eles vão matá-las.

- Eles vão leiloá-las. – disse Danny.

O esquema já estava todo preparado. Preparei-me. Coloquei um vestido preto longo com  uma fenda na perna esquerda e um sapato Louboutin preto e coloquei um brinco bonito que era da minha mãe. Prendi a arma na outra perna e desci para a sala do meu pai. Flack e ele conversavam quando cheguei.

- Uau! – disse Mac.

- Dá pra parar? Eu to morrendo de vergonha.

- Não devia, você está linda. – disse Flack.

Eu corei.

- Vamos?  - eu disse por fim.

- Vamos.

Nós pegamos o elevador e uma Ferrari vermelha estava do lado de fora nos esperando.

- Flack, eu vou estar à paisana do lado de fora. Qualquer coisa, me avisa. – disse Tyler.

- Eu também vou estar lá. – disse Caroline.

Nós entramos no carro e ele dirigiu em alta velocidade.

- Você é louco? Esse carro é muito rápido.

- Não é divertido?

- Não! Diminui a velocidade, Flack, por favor.

- Tudo bem. Desculpa.

Meu celular tocou. Era Allan.

- Oi Anne. Eu só queria te avisar que eu não vou poder assinar os papeis amanhã. Eu vou viajar com a Monica.

- COMO ASSIM VOCÊ NÃO PODE ASSINAR OS PAPEIS AMANHÃ? NÃO DÁ PARA ADIAR ESTA VIAGEM?

-- Estamos planejando-a há meses.

- COMO ASSIM HÁ MESES? HÁ QUANTO TEMPO VOCÊ ESTÁ ME TRAINDO, ALLAN?

- Uns três anos, mais ou menos. – ele falou com naturalidade.

- TRÊS ANOS? VOCÊ É INCRIVEL MESMO. NÃO DÁ PARA ADIAR O VOO UMAS HORAS? É SÓ ASSINAR, QUE MERDA!

- Não grite, eu não sou surdo. Eu vou ver o que eu posso fazer.  – ele desligou.

- Ainda por cima desliga na minha cara. Filho da mãe.

- Calma, Anne. Não vai demorar muito para o divórcio sair.

- Três anos, Flack! Três anos sendo enganada. Eu acho que eu mereci isso. Como eu fui estúpida.

- Você não é estúpida. Ele que é. Não sabe a sorte que ele tinha de ter uma mulher como você do lado dele. – ele disse pegando em minha mão.

- Obrigada, Flack. – disse e uma lágrima rolou pelo meu rosto.

- Não chore, por favor. Sorria. Você tem um sorriso lindo.

- - Olha acho que é aqui. – disse desconversando.

- Acho que sim. Agora vamos atuar.

- Vamos. – nós descemos do carro e deixamos com o manobrista. Flack me pegou pelo braço e me levou até o salão principal, onde estavam vários homens e mulheres, que com certeza  faziam parte do esquema do tráfico.

- E você, quem é? – perguntou um velho barrigudo.

- Sou Benjamin Hess.

- Ah, sim! Nos falamos por telefone. Esta é a garota?

- Sim, é ela.

- Muito bonita. Corpo definido, olhos azuis. É virgem?

- Você acha que eu deixaria essa belezinha virgem?

- Não. Eu também faria o mesmo. Quantos anos têm?

- Dezenove.

- Uma ninfeta!  Venha comigo, gracinha.

- Eu acho melhor não. Ela só irá com você quando o negócio estiver fechado.

- Tudo bem. Bebam algo. Desfrutem da festa. O leilão já vai começar. – homem nos deixou e finalmente eu pude respirar.

- Você que um champagne?

- Não, da última vez que eu bebi, deu merda.

- Toma, uma taça não vai te fazer mal.

- Tudo bem. – eu peguei a taça e bebi. Andei pela festa em busca de alguma informação. Vi umas meninas bem assustadas, atrás de um vidro.

- Algum problema, Senhorita? – perguntou o velho barrigudo.

- Não, nenhum. – eu disse assustada.

- Se eu não tivesse um negócio pra fazer antes, eu te comeria aqui mesmo.

- O que o senhor disse? – perguntou Flack, surgindo atrás do velho.

- O que você ouviu.

- Ela é uma bela mulher sim. Mais não te dá o direito de tratá-la desta maneira. Ela não é uma prostituta qualquer.

- Mais ela vai ser. Os negócios são assim.  Hoje as nossas garotas principais não estarão, mas semana que vem, no próximo leilão sim.

- Ah, é?

- Sim. Duas irmãs, virgens. Umas belezas.

- Acho que teremos que vir na próxima semana então. Espero que valham a pena.

- Você não vai se arrepender.

- Vamos. – disse Flack me puxando pelo braço.

Nós saímos do salão e entramos no carro.

- Haviam tantas meninas lá, Flack.

- Todas sequestradas de outros países.

 - Provavelmente.

- Compre outra roupa, teremos mais um leilão para ir.

- Eu não quero voltar lá. Aquele velho me dá nojo.

- Eu sei, mas já está acabando.

- Tomara.

Voltamos para o laboratório e Mac estava ansioso para saber noticias.

- E ai?

- As meninas não estavam lá. Apenas umas doze ou treze, todas estrangeiras.

- Vocês prestaram bem atenção em quem frequenta este tipo de lugar?

- Claro, Mac. Não deixamos passar nada. – eu disse.

- Ótimo. Podem ir para casa, descansem um pouco. Anne, eu quero falar com você.

Flack foi embora e eu entrei na sala do meu pai.

- Você no está bem. O que aconteceu?

- Allan e eu vamos nos divorciar.

- Eu bem que suspeitei. Por quê?

- Acho que o amor acabou. Na verdade, acho que nunca houve amor.

- Eu sinto muito.

- Não sinta. Acho que todos estavam certos. Não devíamos ter nos casado tão jovens.

- Não mesmo. Eu quero que você seja feliz. Se precisar de alguma coisa, qualquer coisa, eu estou aqui. Você ainda é a minha garotinha.

- Obrigada, pai. – disse dando-lhe um abraço.

- Boa noite.

- Boa noite. – disse entrando no elevador e indo para casa. Cheguei e não quis dormir na minha cama, por isso dormi no quarto de hóspedes. Iria vender aquela asa, que era muito grande para uma pessoa só. Coloquei minha cabeça no travesseiro e apaguei.

  


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