A vida nunca será normal escrita por Babii Chan


Capítulo 4
Noite com Alex, hm!


Notas iniciais do capítulo

Noite com Alex! Tudo de bom u3u O final deve despertar suas mentes poluídas -n A história vai mudar de rumo e, para os curiosos, sim, terá um capítulo com o que esperam (final da história) u_u



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Me surpreendi quando recebi a ligação de mamãe: eram dezenove horas. Muito cedo. Ela normalmente voltava tarde, mas... vovó morreu e ela deve ter vindo para casa, pois o que ficar fazendo? Mergulhando nas lembranças? Não, mamãe não faria isso.

Depois que ela desligou, perguntei para Alex se nós poderíamos alugar algum filme e ele concordou com a cabeça, mexendo-a para cima e para baixo, representando um "positivo, vamos!". Peguei a única coisa que eu tinha: meu celular e fomos. 

Virando a esquina, falei para ele que conhecia uma locadora que dava desconto de até setenta por cento no preço original da locação, mas Alex recusou e falou, em um tom sério, que tinha uma locadora mais a frente que ele costumava frequentar. Ele me disse o nome e eu logo lembrei: Locadorando! Uma das minhas locadoras favoritas. Virando a esquina para a locadora, falei para Alex que eu alugaria um filme surpresa. Mas ele continuou andando, não reduziu a velocidade nem fez algum movimento diferente com o carro, somente virou a outra esquina.

– Alex! Já passamos a locadora. – falei esperando um retorno à locadora. Nada. 

– Eu sei, Lize. Não estrague a surpresa. – ele falou.

Fiquei com medo dessa suposta surpresa. E se eu me enganei? E se ele fosse algum tipo de "pedófilo adolescente"? Mas não era. Ele me levou até o shopping Bella Citt๠e caminhamos até a portaria do cinema, onde Alex comprou um ingresso para, veja só, um filme surpresa. Entramos na Sala 2 e ele entregou os ingressos. Antes da portaria para o filme tinha um Food&Drink, comprei uma pipoca grande para nós dois e uma lata de refrigerante para cada. Nos sentamos e o filme começou. Passaram todas aquelas propagandas de filmes que viriam e, finalmente, depois de muito tempo esperando, o filme começou. Titanic, só poderia ser. Filme de romance? Era sua praia? Não parecia. 

– Gostou da surpresa? – perguntou ele, empolgado.

– Para falar a verdade, não muito – falei envergonhada – Não gosto muito de romance para filmes, sabe?

– Sei – disse ele com um tom desapontador – Se quiser podemos pegar a sessão das dez, vai passar Velozes e Furiosos seis – ele riu.

– Parece ótimo, mas as dez eu realmente gostaria de estar em sua casa, tudo bem para você? 

– Claro, tudo ótimo. – falou. 

Depois de todo o filme rolar, eu sai do cinema e refleti sobre o filme. Realmente era algo muito romântico, um filme muito bonito. Incrível a capacidade do amor, até onde ele pode chegar, a tudo! Mesmo assim, romance ainda não é minha praia. E não parecia ser a Alex.

– Alex, eu gostei muito do filme, obrigada por me trazer! – abracei-o. Envergonhei-me após fazer isso.

– De nada. Eu também não gosto desse tipo de filme – ele brincou imitando Rose na ponta do navio. Eu ri. E ele perguntou se eu gostaria de um sorvete ou de um abraço (achei estranha a pergunta) mas aceitei o abraço.

– Obrigada pelo abraço reconfortante. Estou muito triste pela vovó. 

– Eu sei, Lize. Estarei aqui sempre que precisar, ouviu? Nunca, jamais, se esqueça de mim, pois nunca te esquecerei. Você mudou minha vida, Elize. 

Como eu poderia mudar a vida de alguém? Fazer a diferença? Será que ele realmente me considerava alguém especial ou disse isso para me reconfortar neste momento? Não sei, mas eu gostei de ouvir aquilo, me reconfortou de verdade. Foi ótimo conhecê-lo também, mas eu não conseguia dizer isso, engasgava em minha garganta e não saía da minha boca, eram palavras mudas ao seu ouvir, mas minha boca fazia o máximo para resistir². 

Um tempo depois, voltamos para a casa de Alex. Já sentada no sofá de frente para a televisão, Alex entrou na sala e me ofereceu tapenade de azeitonas, eu nunca havia comido, seu gosto era refinado e delicioso. Essa mistura era muito boa e ficou deliciosa em uma bolacha especial. Depois disso, Alex trouxe uma caixa de suco de uva para tomarmos. Fingimos estarmos tomando vinho em um restaurante chique enquanto desprezávamos as classes sociais abaixo da nossa³. 

– Oh, garçom, tu és ridículo. Muito abaixo de minha classe. Por favor, saia imediatamente daqui! Nossa, que bando de gente pobre. O ar está sujo com essas moléculas! – ele disse. Rimos juntos e tomamos mais "vinho". 

Passado algum tempo, Alex propôs que fossemos dormir, pois já eram dez da noite (e eu havia dito que esta hora gostaria de estar dormindo, mas era só para não gastar o dinheiro de Alex com mais um filme).

– Eu prefiro ficar mais um pouco acordada... Tudo bem para você? Meu sono sumiu, deve ser por causa do nosso vinho – rimos juntos. 

– Tudo bem, Lize. Se me permitir, vou dormir. E preparar a sua cama.

Ele foi. Fiquei na sala assistindo a televisão com a luz do luar entrando pela janela. Desliguei a televisão e fiquei pensando em Alex, o quão legal ele é, as palavras que ele tinha me dito no shopping, tudo. Desde que eu o conheci, até este momento em que eu estava sentada no sofá da casa dele, somente com a iluminação da lua que entrava pela janela aberta que também trazia uma ventilação agradável para a casa e tapada com um edredom de malha. 

Ouvi um toque suave em minha pele atrás de mim (eu estava virada para a janela, observando as estrelas e o quanto elas brilhavam. Uma delas era vovó.) e me virei. 

– Alex. 

– Lize.

Nenhuma palavra a mais. Lembro-me de que ele chegou lentamente perto de mim, com o corpo arrepiado e encostou seus lábios nos meus, fazendo-me arrepiar também. Senti um frio na barriga quando o beijo acabou, nos distanciamos e nos encaramos olho a olho. 

– Alex. Por quê? – perguntei.

– Eu te amo, Lize. 

Fiquei em silêncio. Sentei perto dele e aninhei-me em seus braços. Beijei-o novamente e falei o que sentia.

– Eu também te amo. Posso passar todos os dias da minha vida com você, você é lindo, é incrível, é perfeito. Eu poderia fazer amor com você todos os dias, pois seria algo que sempre quis fazer. Você é diferente de outras pessoas, amo-te.

Ele ficou em silêncio.

– Podemos começar hoje a nossa maratona dia-a-dia se quiser. – ele falou. Me arrepiei mais ainda.

Sentei em seu colo e beijei-o, beijei forte, um sentimento ardente e delicioso crescia em mim. Mas não seria a melhor hora. Talvez depois. Talvez amanhã.


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Notas finais do capítulo

¹ - Shopping Center da cidade de Passo Fundo, RS (Brasil).
² - Minha rima u3u
³ - Levem na brincadeira a parte da classe social. Todos somos iguais e, por favor, compreendam: é uma brincadeira de Lize e Alex.



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