A vida nunca será normal escrita por Babii Chan


Capítulo 3
E as previsões começam...


Notas iniciais do capítulo

Eu sofri para encontrar um nome para o capítulo: "Vovó morreu", "Mamãe me achou" ou "Começaram as previsões". Coloquei o último mesmo, rs. Espero que gostem o3o



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Continuei pensando como é que eu ainda estava lá. Talvez Lex tivesse ficado comigo o tempo todo lá, esperando eu acordar, para poder me abraçar novamente. Deveria ter sido isso, porque depois que eu acordei, ele me abraçou. Como se estivesse feliz em me ver, como se quisesse ser a primeira pessoa a me ver depois de eu acordar.

Mesmo assim, eu continuei com dor de cabeça. Mesmo eu estando aconchegante em seus braços, bem perto de sua boca... ainda estava com uma imensa dor de cabeça. Eu nem bati tão forte assim... independente do que fosse, isso estava me matando, literalmente me matando.

A dor começou a sumir lá pelas 23 horas. Lá pela meia-noite eu estava sem vestígios de dor. O que era bom, muito bom. Mas tinha uma parte ruim: mamãe. Ela iria na casa da vovó hoje a noite, mas quando ela voltar (talvez 1 hora da manhã) e não me encontrar? Seria uma confusão enorme! Mamãe ficaria muito preocupada e possivelmente ligaria para a polícia, para os bombeiros e para todas as pessoas da cidade, menos para Alex. Eu não sabia exatamente como eu poderia "prever" que ela não ligaria para Alex, mas deveria ser porque eles nunca deveriam ter se visto na vida.

Por incrível que pareça, eu estava com o meu celular. Eu nem tinha me lembrado de ter o pego e o colocado no bolso. Eu estava com minha bicicleta, e estava completamente quebrada: o guidão torto e o pneu da frente rasgado e o de trás relativamente longe da bicicleta.

Mamãe me ligou. Estava eufórica, chorando e soluçando. Provavelmente porque não teria me encontrado a essas horas da noite. Mas algo me dizia que não era bem por isso que mamãe chorava.

– NÃO! VOVÓ! – disse eu para mamãe também chorando. Eu já estava na casa de Alex. Eu estava no sofá sentada e ele estava na cozinha preparando algumas coisas para nós comermos. Lex veio correndo para ver o que havia acontecido. – Mamãe, quando será o velório da vovó? – chorei mais um pouco. Alex entendeu minha "mensagem": vovó havia morrido.

– Será amanhã, 3 horas da tarde. Você vai querer ir? – perguntou ela quase sem voz. Eu não sabia mesmo o que dizer, queria muito ir, mas seria triste de mais para mim, para meu coração, para minha síndrome.

– Eu gostaria, mamãe. Mas sabe que momentos tristes ficam gravados permanentemente em meu coração. Mesmo que seja a morte, mamãe, mesmo assim. – eu disse. Eu já havia parado de chorar e estava com a voz rouca. – Então, não.

– Tudo bem, filha. – disse ela, com um tom compreensivo – E eu gostaria de saber por que não está em casa ainda. Me fale, por favor – ela perguntou. Eu sabia que ela ia perguntar, uma hora ou outra.

– Eu estava andando de bicicleta e me perdi. Estou bem. Estou na casa de Alex Marouni, um amigo que me encontrou e me abrigou durante a noite. Eu posso passar a noite aqui? – perguntei, mesmo sem pedir ao Lex. – Por favor.

– Hm... – ela pensou um pouco – Claro que pode! Mas amanhã eu estava planejando irmos almoçar no Place's, o que acha? – ela perguntou, cheia de entusiasmo. Ela parecia muito feliz mesmo que a vovó tenha falecido.

– Eu adoraria, mamãe! – eu também fiz uma voz de entusiasmo, mesmo estando sem muito. Eu adoro o Place's e adoro sair com a mamãe, mas a vovó faleceu... Eu me perdi, quem sabe quando (e se) eu voltaria para casa – Mas eu não sei onde estou, estou perdida ainda. Mas eu prometo que eu irei.

– Tudo bem... 11 e 30, tudo bem?

– Sim! Estarei lá.

Ela desligou. Perguntei ao Alex se ele deixaria eu dormir lá, ele rapidamente consentiu. Então eu dormiria lá. Eu me senti muito mal por não voltar para casa e ficar com a mamãe num momento desses, mas eu precisava esfriar minha cabeça. Ela deveria ter entendido.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? u_u Vocês podem comentar e dar a opinião de vocês... Como gostariam que a história continuasse? :3



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