A vida nunca será normal escrita por Babii Chan
Notas iniciais do capítulo
Não sei o que aconteceu, mas apareceram alguns "nn" na história. Desculpem-me, eu não faço ideia do que aconteceu :c
Andei meio atenta com o mundo ao meu redor após a consulta com o médico. Eu precisava saber qual o significado da "explosão" da minha cabeça. Isso soou muito errado para mim. Pois, que tipo de pessoa diria isso à uma pessoa que tenha uma síndrome? Mas teve um lado bom: descobri que odeio médicos misteriosos.
nnEu estava muito estressada com esse assunto. Resolvi ir andar de bicicleta no parque para me acalmar. Subi na minha bicicleta e fui pedalando pelas ruas, calçadas, becos e estradas (sim, estradas) até chegar a um gramado coberto de capim e flores. Mais capim que flores, óbvio. Não entendi se eu tinha ido pelo caminho errado, se trocaram as ruas de lugar (se é que é possível) ou se o parque saiu de lá (se é que é possível, novamente). Supus que fosse a primeira opção. Então continuei pedalando por uns minutos (aquele gramado era bem extenso, como nas plantações de soja ou milho) até que eu me decidi: estava perdida. Ao redor de mim só tinham flores, capim e grama. Eu não sei exatamente o que houve, mas acho que passei por cima de uma pedra e o pneu da frente da minha bicicleta murchou e eu, Liza, que presto muita atenção nas coisas, não vi, continuei pedalando cada vez mais rapidamente até que a bicicleta parou, o pneu da frente tinha se enganchado em uma outra pedra, e eu fui jogada no chão.
nnEnquanto eu estava derrubada no chão, pensei o que aconteceria quando anoitecesse, quando mamãe percebesse que eu não havia voltado. Comecei a chorar em silêncio. Chorei tanto que comecei a soluçar. Não sei que foi ironia no destino ou o que, mas um ser havia visto eu deitada no chão, chorando, soluçando e com uma bicicleta jogada no lado e correu até onde eu estava.
nn– Moça, o que houve? – perguntou
nn– Eu ia ao parque e acho que me perdi, minha bicicleta me jogou aqui e estragou e estou tonta, acho que bati a cabeça. – eu contei. Ele parecia curioso a respeito disso.
nn– Permita-me ajudá-la, hm... – ele não continuou, supus que queria saber o meu nome.
nn– Ah, desculpe-me, me chamo Lize. E seu nome, qual é? – me senti envergonhada após essa pergunta.
nn– Aléx, algumas pessoas dizem Álex, mas eu te garanto que não é – Que... – eu disse, não sabia o que afirmar à ele. Encantei-me com sua beleza.
nn– Não quero ser indiscreta, mas o que estava fazendo aqui? Me encontrou... No meio do nada... – novamente fiquei com vergonha.
nnEu estava ficando com uma dor de cabeça terrível, deveria ter sido a batida. Então comecei novamente a chorar. Eu não tenho um verbo que pudesse descrever o que ele fez, mas ele me abraçou e eu me aninhei nele, parecia que éramos conhecidos... E eu desmaiei de tanta dor. Não sei o que aconteceu ou o que Lex² havia feito, mas sei que acordei e vi que já era noite e pareciam ter passado horas desde que desmaiei, pois acordei em seus braços, exatamente como eu havia desmaiado e no mesmo lugar onde havíamos nos encontrado.
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Algumas referências das palavras usadas, o3o
¹ - Adjetivo usado para ser referido à Augustus Waters por Hazel Grace, em "A Culpa é das Estrelas", de John Green.
² - Lex, o apelido de Lexie, esposa de Jeremy Marsh, no livro "À Primeira Vista", de Nicholas Sparks.