And then... - Wolverine' escrita por Annabeth Stark


Capítulo 8
– Professor Logan.


Notas iniciais do capítulo

O nome do capítulo ficou bem uma merda mesmo, mas ok. Gostaria de agradecer a quem está lendo essa fic; Não necessariamente desde o começo, começo de tudo, mas a todos em geral e.eEnfim, desculpem os erros e boa leitura...



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Acordei de manhã, eram 6:20 quando saí do meu quarto, por mais estranho que isso soasse, eu estava disposto. Desci as escadas rapidamente, quase que aos pulos. Alguns alunos – que mais pareciam zumbis – me cumprimentavam. Eu somente os fitava e assentia, como sempre.

Fui até a cozinha ver o que tinha na geladeira.

– Pra quem odeia ser chamado de “professor”, você está bem animadinho hoje, heim Logan. – Escutei Ororo falar atrás de mim, e notei que eu estava com um sorriso idiota nos lábios.

– Está fazendo curso de espiã, Ororo? – Perguntei tomando um pouco do leite direto do gargalo. Eu nem senti seu cheiro, e isso me assustou um pouco. Eu realmente estava em outro mundo.

– Francamente Logan. – Ela revirou os olhos.
Notei que não estava de uniforme, seus cabelos longos caiam sobre um vestido preto que acompanhava seu corpo bem definido.

– Vai sair. – Arquei uma sobrancelha.

– Vou… E eu… Vim te pedir um favor.

Revirei os olhos.

– Sabe muito bem que eu não me dou com física, matemática e essas coisas assombrosas.

– Não vou demorar muito, prometo. – Falou fazendo uma cara pidona.

– Ótimo, dê aula vaga pra eles. – Coloquei o leite de volta na geladeira.

– Ah Logan! Não é tão difícil assim, é só você entrar, passar a matéria, sentar e esperar. – Suas sobrancelhas se juntaram.

– Não tem a mínima possibilidade de eu dar aula pra esses adolescentes. – Intervi.

– Vamos, Logan. – Ela me fitou de sobrancelhas juntas, olhos derretendo. – Por mim. – Completou.

Ah – Suspirei – Só eu odeio quando as mulheres fazem isso?

– Tá bem, tá bem! – Levantei o indicador rapidamente. – Só mais dessa vez, a última.

Ela sorriu me abraçando.

– A última – repetiu vitoriosa e apressou-se pela porta. – Os horários e os textos estão com Natalie, qualquer coisa peça ajuda dela.

– Tá bem – Fiz minha melhor cara de santo. Deve ter convencido… Ou não. Que seja!

Subi as escadas. Agora mais alunos estavam acordados, preparando-se para a primeira aula, outros se arrumando para a escola de humanos.

Fiquei parado na frente da porta da Natalie após bater, estranhei o silêncio, mas pude escutar ela controlando sua respiração para parecer que não havia ninguém ali.

– Mabel, é o Logan. Sei que está aí. – Falei rapidamente. – Ororo mandou eu vir pegar o horário das aulas dela.

Escutei ela suspirar e andar até a porta, ela abriu uma brecha e passou alguns ( muitos ) papeis.

– Não vai me convidar pra entrar, guria? – Perguntei sarcástica e maliciosamente enquanto pegava os papeis.

– Não, tô sem roupa. – Ela falou rapidamente e fechou a porta.

– Não ligo. – Provoquei-a com um meio sorriso

– HAHA – Falou pesarosa do outro lado da porta.

Dei de costas descendo as escadas e lendo os horários.
Entrei na sala que era para eu estar.
Alguns alunos, que já estavam lá, estranharam a mudança. Lançaram-me um olhar assustado.

Esperei alguns minutos e fiz a chamada. Parecia tudo okay. As crianças me fitavam como se em algum momento eu fosse sair gritando com todo mundo.
Comecei a ler o que eu teria que passar no enorme quadro branco. Sinceramente, não entendi nada. E já pressenti que quando eu começasse a escrever algum aluno perguntaria como é que fazia aquela maldita conta. Matemática, te odeio.
Comecei a pensar em soluções pro meu problema. Pensei em manda-los fazer produções de texto… Não.
Já sei…

Levantei da mesa do professor, todos ainda me fitavam.

– Bem – Comecei a falar na frente da turma – Ororo não pode vir, então eu a substitui por hoje. – Trocaram um olhar entre si, mas voltaram a olhar-me – Era pra eu passar um texto, mas eu não estou afim de escrever, então tive outra ideia. Alguns de vocês não podem ir pro simulador porque não controlam seus poderes e porque não sabem lutar… Tá, já sabem. Peguem suas carteiras e as coloquem nos cantos. Deixem o meio livre. – Falei rapidamente colocando a mesa do professor mais para trás.
Fizeram o que eu mandei e voltaram a me fitar, quietos.
Eu poderia me acostumar com isso.

– Façam duplas. – Falei encostando-me à lousa.

E a aula começou, no começo fiquei receoso de os alunos não gostarem do proposto, mas estavam se divertindo. Não era tão difícil ensina-los novos golpes. Tenho que admitir que os pirralhos me divertiram muito.
Depois de algum tempo mais alunos entraram na sala, uns quinze. Ora… Já bateu o sinal?
Não me preocupei muito, apenas fui junto aos alunos e os expliquei o que era para ser feito, não precisei ensinar tudo de novo, alguns alunos que já estavam comigo na sala os ensinavam, quando terminavam de explicar olhavam para mim e falavam vitoriosos “Não é, professor?”. Era estranho ver como ficavam felizes quando eu respondia “Exato”.

Senti um cheiro diferente e me virei para a porta, segundos antes de Natalie aparecer e se encostar-se a ela, observando minha aula.

– Quer entrar?- Perguntei fitando-a quando percebi que os alunos estavam entretidos. – Eu não estou sem roupa.

Ela deu um meio sorriso, lembrando-se da nossa conversa de algumas horas atrás. Acabou entrando - na sala e parando ao meu lado, observando as crianças.

– Sabia que essa é minha aula com metade deles? – Perguntou sussurrando.

– Não, eu não sabia. – Respondi baixo também. Ela sorriu e me fitou.

– Gostei disso. – Trocamos um olhar, foi impossível não se lembrar do nosso beijo de ontem. Ela pareceu ver isso em minha expressão. – Da sua matéria. – Corou.

– É aproveitável. – Retruquei, fitando os alunos. Um ensinando o outro, quando conseguiam me lançavam um olhar surpreso, e eu não recusava um olhar orgulhoso.

– Mas sabia que a gente não pode fazer isso no meio de semana? – Ela deu um sorriso doce e infantil.

– E eu lá pareço alguém que segue as regras? – Ela me lançou um meio sorriso e revirou os olhos.

Ficamos nessa até a hora das crianças irem se arrumar para a escola.

– Ah! – Gemi jogando-me a cadeira. – Acabou, nem foi tão ruim assim.

– Menos, grandão – Riu-se Natalie – Ainda temos a outra turma. A que estava na escola de manhã.

Fiz uma careta, aquilo não iria acabar não?
Natalie preenchia alguns papeis que eu não lembrara de assinalar quando fiz chamada enquanto eu arrumava a sala. Eu acabei minha tarefa bem antes que ela, sentei-me na mesa enfrente a do professor e a observei.

Ela escrevia com uma bela caligrafia, ao notar que era observada mordeu o lábio inferior e riu um pouco.

– Dá pra parar? – Perguntou ela com um sorriso provocante, fitando-me impaciente.

– Não fiz nada. – Contra-ataquei.
Ela revirou os olhos e voltou a preencher a papelada, uma hora ou outra mordia o lábio inferior para não rir. Será que ela sabia que aquilo me deixava louco?

– O que nós vamos fazer agora? – Perguntei fitando seus lábios levemente rosados.

– Eu vou jogar Resident Evil até o segundo horário. – Anunciou ela.

– Sério? Eu estava pensando em algo mais divertido.
Natalie riu jogando o cabelo de lado e me fitando, corando novamente.

– Logan… Você… - Mordia novamente o lábio inferior. – Me deixa sem graça.

– Essa é a intenção. – Confessei.

Quando notei que ela havia acabado, andei até a porta para bloquear seu caminho.
Ela me fitou com um sorriso debochado e o olhar penetrante. Só percebi agora o quanto ela ficava bonita naquele uniforme preto dos X-men.

– Logan. – Ela cantarolou meio apressada, tentando passar por entre meu braço e a parede, meu eu a puxei. Novamente ela ficou de frente para mim. – Logan. – Falou ela de novo, mas desta vez sem o risinho sínico.

Abracei-a, e ela cambaleou para trás, batendo na parede. Novamente encurralada, me aproximei para beija-la novamente, sentir a mesma sensação de ontem, mas os alunos entraram em casa fazendo uma algazarra. Natalie aproveitou a brecha para fugir por baixo do meu braço. Pude escutar sua rizada abafada.
Olhei enquanto ela subia às escadas apressadamente. Arquei uma sobrancelha. Não conhecia-a a nem uma semana e já havia me conquistado. Conquistado de jeito estranho e infantil, que só ela tinha.

Dali fui conversar com os outros alunos e passamos o dia normal até a hora de dormir. Fui para cama cedo, estava exausto.

Naquela noite sonhei, sonhei que estava bem e feliz. Não me lembro muito do sonho, mas eu era criança. A imagem era aos flashes, estranho até pra mim.
Abri os olhos vagarosamente e notei que não foi pelo sonho que eu acordei, foi pelo barulho que Natalie fazia em seu quarto. Parecia estar… se debatendo?

Levantei da minha cama e andei até o quarto da morena. Sim, ela virava e se debatia na cama. Parecia estar tendo um pesadelo.
Sacudi-a gentilmente.

– Natalie, Natalie? – Sussurrei – Acorde.

Ela agarrou a minha mão assustada, mas depois se recompôs esfregando com as costas da mão os olhos.

– Com o que estava sonhando? – Perguntei.

– Com… Com a minha morte. – Confessou sentando-se na cama e tomando um copo de água para se recompor.
Estava suada e gelada, tremia.

– Você não vai morrer, não vou deixar.
Ela me fitou com um meio sorriso, seus lábios estavam brancos e sentou-se na cama em “perninha de índio”.

– Pode deixar, eu que não deveria ter dormido com o fone no ouvido. – Sorriu como quem se desculpa.

– Tem certeza? – Perguntei parecendo meio paternal de mais.

– Absoluta. – Riu-se Natalie, abaixando o volume da voz.

– Se for assim, vou voltar a dormir. – Anunciei ficando de pé.

– Boa noite. – Ela disse em um meio sorriso.

Inclinei-me fazendo menção de beijar sua testa, mas no fim erguendo seu queixo um pouco para cima. Foi bem calmo quando nossas línguas se encontraram, entretanto curto. Não se podia ignorar a ideia que mais gente morava na casa, e qualquer barulho há essa hora seria uma explosão nuclear.

– Boa noite. – Falei ao me afastar.
Ela me fitou meio sem entender o que aconteceu, mas eu preferi saí do quarto e voltar pro meu sono.


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Notas finais do capítulo

E o que acharam, então? *UUUUUUUU*Bj'ks da tia Annie ( q tá com soninho. Quase 2 da manhã e.e )