O Anjo Caído (HIATUS) escrita por Manu


Capítulo 8
Capítulo VIII - "Desejo de vingança"


Notas iniciais do capítulo

Ok, podem me matar pela demora. Só não joguem pedras em mim. c:



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“Você viu isso, Arian?”, perguntei.

“O quê?”, indagou.

“... Nada”, respondi. Se ele não viu isso... É porque quem me mostrou tais imagens não permitiu que elas fossem compartilhadas.

Olhei o redor do quarto e vi que a porta estava entreaberta e três humanos, todos vestidos de uma espécie de sobretudo branco, conversavam no outro lado da porta do quarto de paredes claras. Pareciam pensativos. Um deles, diria eu, nervoso, indignado e inquieto.

— É impossível! Como este garoto pode cuspir sangue, entrar em coma e não apresentar ao menos uma mera pneumonia, hipertensão, ou até mesmo câncer! Você já fez todos os exames solicitados?

— Sim, já! — Respondeu o homem.

— Analisou corretamente? — Perguntou uma mulher presente.

— Mas é claro que sim! Estão todos aqui, vejam! — O homem entregou os papéis as mulheres.

Elas analisaram cuidadosamente.

—... Tudo correto. — Assegurou uma delas.

— Aqui também. Deixe-me checar esses. — Disse a outra e fizeram uma troca.

—... Impossível. — Afirmaram juntas.

— Foi o que eu disse. — Explicou o doutor.

— Tem certeza que estão corretos? Não foram trocados com algum paciente?

— Sim, corretíssimos... Estou praticamente certo de que não foram trocados.

— Então, ao menos que o paciente esteja praticando uma farsa... Algum tipo de bactéria ou vírus muito específico pode estar...

— No organismo do paciente. De fato, porém... Por via das dúvidas, mandarei que refaçam os exames.

— Sim, é o mais sensato a fazer... — Comentou a doutora.

— Emergência! Paciente necessita de cirurgia urgente! Doutra Claire e Melissa, por favor! —A enfermeira chamou.

— Sim! — Responderam as mulheres.

— Bom, temos trabalho a fazer. Até mais, doutor. — Despediu-se Claire.

— Até. — Respondeu ele abrindo a porta do quarto de Arian.

Tentei tirar uma coisa pontuda que se encontrava no meu braço antes que o homem entrasse, porém não consegui a tempo.

— Arian? — Disse ele.

Mesmo com ele ali, tirei a “coisa” do meu braço e olhei para o rosto do homem sem dizer nenhuma palavra.

— Não, Arian... Não era para você tirar isso.

Continuei sem dizer nada e ainda olhando para o homem de jaleco, lentamente levantei da cama.

— Arian, você não vai querer fugir... — Falou o doutor. — Não como da outra vez...

Coloquei o par de chinelos que estavam ao lado da cama e agarrei a roupa que estava em cima de uma espécie de... Cabeceira.

— Arian, não me force a... — Começou o doutor, aproximando-se.

Sai correndo daquele quarto.

— Arian! — Gritou o doutor.

“Está louco?! Fugindo do hospital outra vez?!”, exclamou o menino bege em minha mente.

“Ninguém me obrigará a ficar aqui!”, afirmei ultrapassando duas enfermeiras, que se jogaram a parede, assustadas. Sorri.

“Eles vão trazer você de volta de qualquer jeito!”, contestou a casca.

“Ah, não vão mesmo...”, respondi.

“E mamãe? Ela nos obrigará a voltar para o hospital, agora que viu que estamos... ‘doentes’, de algum modo”, argumentou.

“Sua mamãe? Ela não fará nada se eu a convencer que o filhinho dela prefere ficar em casa a enfrentar esses ‘terríveis’ doutorezinhos de merda”, contrapus.

“Como pode estar tão confiante?!”, indagou a garotinha indignada.

“Hum... Simplesmente estou Arian. Pode, por favor, acreditar no correto deixando pelo menos uma vez todo esse seu jeito aborrecível de ser?”, falei.

“Mas hein?!”.

“Não vem com essa de fingir que não entendeu Arian. Se bem que... Eu estava pensando em fugir, sabe... Não ir para aquela sua casa chata, viver sua vida chata, tendo que conviver com sua mãe e... Aquela menina ruiva estranha”.

“O nome dela é Cassie”, corrigiu.

“Cassie, ‘estranha’... É tudo a mesma coisa”.

Arian bufou. Pelo jeito irritei a adolescente sensível.

“Algum dia você pagará por todos os seus pecados, anjo mal-educado e irracional”, ele afirmou.

Soltei um riso.

Ao sair do hospital, entrei num beco, coloquei uma calça, e logo após retirar aquele ‘vestido hospitalar’, vesti o moletom vermelho de Arian. Cobri-me com o capuz da roupa e então me dirigi logo à igreja mais próxima, guiado pela informação de pessoas que estavam pelas ruas. Arian estava nervoso, não entendia nada a qual eu estava fazendo e só pensava no tamanho da bronca que tomaria na próxima vez que visse sua mãe.

Estranhamente, me senti um pouco mal a fazer aquilo com Arian, encrenca-lo. Mas era necessário. Como dizem os humanos... Eu teria que tirar toda aquela história “a limpo”. Por algum motivo, provavelmente não qualquer um... Alguém havia mexido com parte das minhas memórias. As. Minhas. Memórias.

Não importando a razão... Quem fez isso, não sairá impune. As minhas memórias são propriedade minha. E de mais ninguém. Não importando as consequências, eu farei este alguém pagar. E pagará caro. Descobrirá que, na verdade, o pior pecado a cometer é manipular a estrutura do meu ser...


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Notas finais do capítulo

"Simplesmente estou Arian. Pode, por favor, acreditar no correto deixando pelo menos uma vez todo esse seu jeito aborrecível de ser?", momento #prontofalei de Uriel! kk LoL. Tá, parei com as minhas besteiras... e-e Mas então, curtiram o capítulo?
Bom...Finalmente férias, né? Assim a gente pode continuar nossa vida de verdade -qq rs.
Estou sempre pronta para responder reviews, caso alguém esteja interessado... e-e
Aliaws, Obrigada Senhorita B e namicchin por continuarem lendo isso aqui ♥