A Princesa E O Plebeu escrita por Camy


Capítulo 4
3. Dezoito anos


Notas iniciais do capítulo

HEEY O//
volte :33

~~enjoy



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Ash ainda nem conseguia acreditar que tornara Misty uma mulher. Acariciou os cabelos ruivos enquanto se lembrava das últimas quarenta e oito horas.


 

Ele prometera a si mesmo que jamais a veria novamente, porém estava indo ao encontro dela, como sempre. Não adiantava; o plebeu sempre voltava para sua princesa. Misty o esperava, já com o vestido tosco que ela mesma costurara.

- Conseguiu tirar o vestido sozinha dessa vez? – ele zombou.

- Sou ninja, Ash – foi o que ela respondeu.

E ele sorriu. Caminharam calmamente até a cachoeira. Mas ela estava nervosa demais para que pudesse realmente curtir. Cansado de esperar ela falar por si mesma, ele a encurralou contra a borda do lago.

- O que está acontecendo?

- Nada.

- Aham, e eu sou um babuíno.

Ela sorriu.

- Até que enfim admitiu!

Ele não riu. Ela suspirou e olhou para baixo. Ele estava tão perto! Sentou-se, colocando os pés dentro d’água.

- Meu casamento é em uma semana.

Ele sabia disso. Era nisso em que pensava todos os dias antes de dormir e nisso em que pensava sempre ao acordar. Sentou-se ao lado dela.

- Eu sei – disse apenas.

- Lembra da sua promessa?

A expressão confusa na face dele foi o suficiente para que ela soubesse que não. Ele não lembrava. O rosto delicado ficou completamente rubro – se de vergonha ou raiva, ninguém jamais saberia – e ele arregalou os olhos. Acabara de lembrar.

- Eu lembro! – a acalmou. O tom vermelho não sumiu, mas diminuiu.

Ela não soube o que dizer. Estava claro o que a estava incomodando, mas nenhum dos dois sabia como agir naquela situação.

- Ainda está valendo? – ela murmurou, sem saber de onde a coragem viera.

Não conseguia encará-lo, por isso a água lhe parecia tão incrivelmente bela que seus olhos não desgrudavam dela. Ash começou a suar frio, sem realmente saber como responder. Sim, Kami, ele ainda queria ser o primeiro dela. Queria isso ainda com mais vontade do que antes. Queria ser o primeiro e único. Afastou o pensamento. Queria ser o primeiro para ter certeza de que seria especial. Apenas queria ser o melhor amigo do mundo. Isso. Claro, apenas o melhor amigo que ela poderia ter.

- Claro que sim, Myst. Nenhum outro pode ser o seu primeiro.

Ele a abraçou e ela escondeu o rosto no peito dele. Sabia o que viria a seguir, mas não conseguia deixar de estar assustada. Como queria que tudo apenas acabasse logo!

Lentamente, ela começou a puxar seu vestido para cima.

- O que está fazendo? – ele quase gritou.

- Você disse que…

- Eu sei, eu sei – ele recolocou o vestido dela no lugar. Precisava manter-se são –, mas não acha realmente que eu vou fazer isso aqui, né? Acha mesmo que eu vou deixar a sua primeira vez ser assim? De jeito nenhum – ele negou, beijando o topo da cabeça alaranjada – eu prometo que vai ser especial, Misty.

Ela sentiu seus olhos marejarem e o abraçou o mais forte que conseguiu. Ash sorriu e acariciou os cabelos sedosos. Depois de alguns minutos, a jogou na água.

- Chega de melancolia, princesinha. Eu vou afogar você!

Ela riu e ele pulou na água, mas não conseguiu subir à superfície. Ela já estava sobre ele, tendo sua merecida vingança enquanto o afogava.


 

Ela suava. Esperava Ash há alguns minutos apenas, mas pareciam horas. Combinaram de se encontrar quando a lua surgisse e o céu ficasse negro. Ele prometera-lhe, no dia anterior, que faria ser especial. Ela não usava um de seus caríssimos vestidos de armação. Estava apenas com um vestido delicado, quase angelical. Era verde claro. Combinava com os olhos perfeitos. A respiração dela estava irregular e a ruiva quase gritou quando sentiu alguém abraçá-la por trás.

- Calma, Misty. Sou só eu – ela sorriu ao ouvir a voz de Ash.

Misty ficou naquele abraço confortável por vários minutos antes de sentir seus olhos sendo cobertos pelas mãos grandes do melhor amigo.

- O que é isso?

- Uma surpresa – ele sussurrou no ouvido dela, fazendo um prazeroso arrepio percorrer todo o corpo delgado.

Ela apenas se deixou guiar.

- O que estamos fazendo indo pra cachoeira? – perguntou curiosa.

O caminho era conhecido demais para não o reconhecer. O percorrera tantas vezes com Ash que aquele já se tornara seu lugar preferido.

- Não estraga minha surpresa – ele resmungou, arrancando um sorriso dela.

Haviam chegado, ela sabia. Conseguia ouvir com clareza o som da cachoeira caindo. Ela sorriu e se arrepiou ainda mais quando ele a beijou no pescoço. Os lábios de Ash eram quentes.

- Espero que goste – sussurrou no ouvido dela, retirando as mãos.

Ela quis chorar. À sua frente, estava um colchão com lençóis de seda – sabe-se lá de onde ele tirara dinheiro para comprá-los – vermelha e pétalas de rosas brancas espalhadas por toda a sua extensão. Ao redor, velas acesas iluminavam singelamente o belo presente que Ash preparara para ela. Misty se virou para ele e envolveu seus braços ao redor do pescoço do moreno. Ash a girou e sentiu as lágrimas da amiga lhe molharem o ombro.

- Ash! Você é o melhor amigo do mundo!

- Não hoje – ele sorriu malicioso – hoje eu sou o melhor amante do mundo.

Ela riu, não sabia mais o que poderia fazer e ele a pegou no colo, levando-a até a cama improvisada.

- Eu sei que prometi que não ia ser aqui, mas não posso te levar lá pra casa e realmente não seria legal invadir o palácio, sabe?

Ela riu e acariciou o rosto dele. O nervosismo sumira. Nunca se sentira tão segura.

- Está mais do que perfeito, Ash.

Logo antes de apagar todas as velas e eles se perderem no total breu, ele sussurrou no ouvido dela:

- Eu prometo que vai ser maravilhoso.


 

Agora ele estava ali, acariciando os cabelos ruivos da bela mulher adormecida. Ela usava a sua blusa. Sempre sonhara com isso – vê-la com sua blusa. Realmente achava que fazia um vestido bem melhor do que o que ela costumava usar.

Misty acordou com um sorriso. Ficara alguns minutos apenas sentindo o carinho gostoso que Ash fazia nela. Ela olhou para o moreno, se apoiando no peito dele.

- Dormiu bem? – Ash perguntou.

- Melhor impossível – ela respondeu.

Ash sorriu e roubou um selinho dos lábios dela. Viciara-se naqueles lábios.

- Preciso voltar ao palácio. Os preparativos pro casamento, essas coisas – os dois torceram as expressões ao ouvirem isso –, nos vemos à noite?

Ela sorriu maliciosa e ele tomou os lábios que tanto explorara com os seus. Eles se beijaram demoradamente e ela o afastou.

- Ash…

- Nah – ele negou, puxando-a para se deitar com ele novamente – fica mais um pouco, vai.

Ele beijou o pescoço dela e Misty sorriu, envolvendo-o com seus braços e pernas.

- Eu não posso.

- Então por que me abraçou? – zombou brincalhão.

- Porque eu posso tudo – respondeu, beijando-o novamente.

Ela foi embora alguns minutos depois e ele ficou de arrumar tudo. Ash riu, pensando que a noite mais maravilhosa de sua vida jamais se repetiria. Como ele estava errado! Aquilo se repetiu uma, duas, três vezes… e, então, disseram que parariam quando ela casasse. Não pararam. Quando ele casasse. Essa afirmação se provou tão verdadeira quanto a primeira. E, então aconteceu, quase sem querer. Ele tinha dezoito anos quando se tornou o amante da princesa Waterflower.

Continua…


 


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Notas finais do capítulo

Então, eu li umas quinhentas vezes e não achei nenhum erro, mas se vocês acharem, me avisem ;33

E então, o que acharam do meu (quase) ecchi?
Tá, não foi um ecchi. Mas, ainda assim, o que acharam? *-*

Só mais um capítulo e epílogo (vem segunda ou terça)
Obrigada pelos comentários lindos *--*

Gente, eu vou reescrever a caverna e todas as antigas. Mas não vou mudar nada (sério). Só corrigir os erros ortográficos mesmo. Pensei em reescrever de verdade, mas não. A minha escrita horrorosa que faz eu amar aquelas fics (sim, é irônico).

Eu to postando elas no anime spirit agora, então, né. É legal ;3


revieeews o//

Bjs e teh + ^3^/



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