Fogogelo escrita por anicullenpaula


Capítulo 18
Capítulo 18




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Eu fui deixada faltar o resto da semana. Resolvi sair naquela manhã de tédio. Saí caminhando pela floresta, o máximo pra não me perder. Resolvi tomar um caminho diferente, por trás da casa branca. Fui andando preguiçosamente, chutando pedrinhas, e assoviando baixinho. Eu olhava pro solo, não vendo nada de interessante no bosque. Quando já andava á uns 15 minutos, passei a sentir um cheiro diferente do da casa branca; era um cheiro bom e familiar, um cheiro de... James... Conclui meu pensamento com um sussurro imperceptível do nome do meu namorado. Eu não corri, só segui a direção da fragrância floresta adentro. Estava cada vez mais forte e quase podia sentir meus olhos ficando escuros. A sede era tamanha, comecei a correr como o outro dia do sonho. Depois de um curto espaço de tempo, pude avistar uma casinha branca, com janelas e porta azuis, com um jardim com florânios e flores desconhecidas por mim.


Tinha uma chaminé de donde saia uma fumaça preta. Se não fosse minha morte próxima, diria que estava num conto de fadas. Eu parei uns metros antes da casinha. Resolvi caçar um alce que passava próximo dali, pra ajudar a conter minha sede. Depois de trucidar o pesado animal, chequei se minha roupa estava suja, não estava. Andei um pouco mais, respirei fundo e... bati na porta.


Quem atendeu foi um senhor que aparentava ter uns 70 e poucos anos, Que sorriu ao me ver.Seu sorriso me comoveu,foi como se ele fosse uma coisinha pequena e frágil que podia se auto destruir em dez segundos.Minha sede  foi embora totalmente,e sentia as lágrimas chegando.


-Olá. O que deseja moça?


Arrumei minha voz o máximo que eu podia.


-Olá. Sou a namorada do James. Ele está?


-Ô!Aquele danadinho do não me contou que tinha uma namorada. Não ia esquecer de me contar, é quase impossível esquecer uma moça linda como você.


-Obrigada.


-Está frio aí fora, Entre.


Eu aceitei o convite do senhor e entrei. A casa era como por fora: branca, com móveis de madeira, toalhinhas de renda coloridas. Uma gracinha.


-Bom, o que a trouxe pra cá?


-Vim fazer uma visita. Mas como ele não está...


Fiz menção de me levantar.


-Mas eu estou-ele disse docemente. Aliás, há muito tempo não recebo uma visita encantadora como você.


-Obrigada.


-Sei, eu que agradeço você parece ser uma boa moça, e vai ajudar a sair dos problemas dele.


-Problemas?


-Sim, James está passando por uma fase difícil, a mãe dele era muito bonita-ele pegou uma foto antiga com os pais de James, e meu filho se apaixonou por ela rapidamente: se casaram em três meses. Mas, deviam se conhecer melhor: ela tinha vícios, bebia e fumava como uma louca e fama de prostituta. Acabou morrendo assim, em um ano depois de casada. Mas deixou uma coisa preciosa, James. Desde pequeno, James tinha problemas em se relacionar. As pessoas ficavam longe dele, ele acabava ficando mais e mais fechado em sua própia depressão. Meu filho, pai dele era seu herói, seu porto seguro pra suportar tudo. Ele já chorava e caiu minha primeira lágrima. Infelizmente, meu filho morreu ano passado e James ficou comigo. Mas sou muito doente, ele mostrou uma mesa com muitos remédios, e não vou durar muito, com esses remédios tão caros... E James está cada vez mais triste e amargurado com a vida. Você certamente será a salvação dele e...


-Pare vovô. Ela já sabe demais.


-James... Eu...


Enxuguei as lágrimas velozmente.


-Precisamos conversar Melody, agora e lá fora.


Ele disse friamente.


Pegou-me no braço com força e praticamente me arrastou até lá fora.


-O que você faz aqui?


-Senti seu cheiro e...


-e veio?Podia ter matado meu avô!Pensa que pode fazer tudo o que quer?ha?


-James, eu nunca...


-você está tão aprofundada na sua própia tristeza que não vê a dos outros!EU TENHO UMA NOTÍCIA PRA VOCÊ: TODOS TÊM PROBLEMAS!


Eu derrubei um milhão de lágrimas e ele notou. Tirou a mão do meu braço que estava Arroxeado, e caiu ao chão.


-me perdoa Mel, me perdoa, eu não sei... Por que... Mate-me, por favor, eu não quero mais viver...


Eu me baixei pra abraçá-lo, segurei seu rosto em minhas mãos e disse:


-Nós vamos viver, nem que eu tenha que matar todos os Volturi, na mão, nós vamos viver juntos pra todo o sempre, certo?


-Certo.


Ele baixou a gola.


-Que tal o sempre agora?


-Não.


-Você não me ama?


-Com todas as forças da minha existência.


-E ENTAO?


-Não estamos preparados. Você espera, por mim?


-até o ultimo dia de minha vida.


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