I Was Here escrita por bolchevicky


Capítulo 14
Exceção


Notas iniciais do capítulo

Só tenho uma coisa a dizer: Por que não começar 2014 com um capítulo novo? :)



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And up until now I had sworn to myself that I'm content with loneliness, because none of it was ever worth the risk. Well, you are the only exception.

– Paramore, You Are The Only Exception

POV Edward:

Semanas haviam se passado desde do ocorrido com a Bella. Desde de então, a observei de longe. Às vezes ela percebia, às vezes não. Percebi que ela estava sofrendo, até pensei que estava sofrendo por minha causa. Mas ai, eu me lembrava, qual era a minha culpa? Ela disse não. E eu tenho Tânia, como a mesma me disse. Se ela tem que ficar chateada com algo, pode ser com qualquer coisa, menos comigo. Porque foi eu, que fiquei chateado. Foi eu que fiquei com abstinência dela. Bella é minha droga, uma heroína feita especialmente para mim.

– Edwar? - ouvi a voz da minha prima/irmã distante, atrás da porta do meu quarto.

– Pode entrar, Alice.

Alice entrou no quarto e logo percebi o quanto ela estava perturbada. E preocupada. E parecia que vinha me pedir ajuda.

– Edward Cullen, o que você fez?

– Ãhn? - perguntei confuso e desnorteado.

–O que você fez com a Bella? - mesmo assim a pergunta não foi muito direta. O que fiz com a Bella? Eu me lembro de tê-la beijado somente duas vezes, só isso que me lembro. Acho que a pergunta correta é, o que ela fez comigo.

– Ela está acabada, Edward - voltou a dizer, vendo que eu não reagia ao que ela me dizia. - Só você pode ajudá-la... E eu odeio ter que admitir isso - os grandes olhos de Alice, estavam mostrando o desespero de tentar ajudar a amiga. Será que Bella está tão mal, a este ponto? Será que é mesmo por minha causa?

– Alice... - engoli em seco. Passei a mão pelos cabelos, bagunçando-os ainda mais. Eu sempre fazia isso quando estava nervoso... - Ela me disse que é a garota errada para mim. Você acha que durante todos esses dias eu não percebi algo diferente no comportamento dela? Mas pensei que não era por minha causa. - confessei. Bella mudou de sala, ó havia às vezes pelos corredores e sempre percebi a falta de vida em seu lindo rosto - Ally, eu me importo, Ela que não percebe. Eu não posso ajudá-la se ela não me quiser por perto...

– Ela quer, Edward. Mas ela é convencida demais para admitir isso... Então, eu te peço, insista, até que ela se renda.

– Como vou fazer isso? - perguntei e vi um sorriso no rosto da Alice, de alívio.

– Se eu fosse você, corria atrás dela o mais rápido possível.

(...)

POV Bella:

Não estava nem um pouco interessada para o que Alice ia aprontar. Depois que Alice saiu daqui enfurecida, fui para a varanda, ler. Como sempre levei meu cobertor, mas dessa vez lia um livro diferente. Comecei a ler O Diário de Anne Frank, porque eu acho que esse o retrata bem o nazismo e suas consequências.

Gostaria de gritar "Me deixem em paz, deixem que eu tenha pelo menos uma noite sem chorar até dormir com os olhos ardendo e a cabeça latejando. Deixem que eu vá embora, embora de tudo, embora deste mundo!" Mas não posso fazer isso. Não posso deixar que vejam minhas dúvidas, nem as feridas que me causaram.

Esse foi o trecho que mais me afetou. Talvez por causa que faz me lembrar um pouco de mim...

Ouvi barulho de motor de carro na frente de casa e fiquei em alerta. Tirei os olhos das linhas do meu livro e vi um Volvo prata reluzente parado na rua. Seu dono saiu do carro e eu quis me matar ao sentir meu coração ficar feliz ao vê-lo. Ele começou a caminhar até mim e escondi meu rosto entre meu livro de novo, tentando ler alguma coisa e esquecer que ele estava vindo na minha direção. Tentei fingir que não me importo com a existência dele.

Senti o calor do seu corpo quando percebi que ele sentou-se ao meu lado.

– Oi.

Eu estava cansada demais para ser grossa com ele. Abaixei meu livro novamente e o fitei. Seus lábios finos se repuxaram em sorriso tímido, quase imperceptível.

– Oi.

– Acho que precisamos conversar.

Percebi que ele me olhava, mas eu tentava olhar em algum ponto além da floresta na frente de casa.

– Pode falar, Edward. - não estava muito interessada em ouvir o que ele ia dizer.

– Eu... Eu preciso de você. - ele disse e fitei seu rosto, tentando entender aonde ele queria chegar - Me desculpa. - escutei sua voz sussurrar próximo a mim. - Eu fui um...

– Se poupe de tentar falar sobre isso, sabemos que não precisamos desse tipo de conversa, você não significa nada para mim. - menti. Foi uma das piores mentiras que já disse. Confesso que estava com medo de dar o braço a torcer. Estava com medo de tentar e dar errado.

E vamos lá, eu não sou uma garota tão segura de si assim, eu tenho escolhas, e diante das minhas escolhas, um pouco erradas eu confesso, tenho que decidir se o meu orgulho falará mais alto do que qualquer coisa e em se tratando dele, eu sabia que o meu orgulho nunca me abandonaria.

– Você está mentindo - sorriu torto. Um sorriso convencido de que estava certo.

– O que faz você desconfiar que estou mentindo?

– Eu não desconfio Bella, eu tenho certeza.

Ele me pegou de surpresa. Me calei diante de seus olhos e seu sorriso alargou-se. Parece que em algum lugar no meu olhar, ele achou o que procurava.

– Você está linda. – escutei sua voz perto do meu ouvido e o meu coração deu um pulo com um elogio saindo de seus lábios. Senti meu rosto ficar quente.

Seus dedos foram para o meu rosto e acariciou o local da minha bochecha devagar e inconscientemente, fechei os olhos aproveitando o carinho.

Eu não acredito que eu estava baixando a guarda. Destruindo esse muro gigante que construí com o tempo. Eu estava confiando nele, sem querer.

– Eu... Preciso falar algumas coisas. – começou, me fazendo prender a respiração e abrir os olhos. Encontrei os olhos que tanto amava. – Na verdade...Como é que você está?

– Eu estou bem. – sorri sem graça ao responder aquela pergunta e sem entender o real motivo dela.

– Tem certeza? - perguntou preocupado - Eu... observei você nas últimas semanas e percebi que você não estava bem. Eu desconfiei que era por minha causa e só agora, tenho a certeza de que foi por minha causa. - ele confessou e tenho quase certeza de que arregalei os olhos - Você é muito orgulhosa, sabia? - sorriu sem emoção. Ele estava se sentindo... Culpado.Seu rosto estava próximo ao meu, já conseguia sentir sua respiração contra meu rosto. Seu hálito quente e delicioso ao falar. Seus olhos evitavam contato direto com os meus. Ele é tão lindo... - Por quê me disse não, Isabela? Por quê?

– Porque é errado.

– Dane-se - ele se prontificou em responder - Eu quero você, Bella. - ele sussurrou antes de separar a distância que separava os nossos lábios e me beijar, quase que com desespero.


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Notas finais do capítulo

Whoaa, o que acharam?
Não esqueçam de encher a caixinha abaixo com muito amor.
.
Feliz ano novo! QUE 2014 SEJA UM ANO MUITO MELHOR DO QUE 2013!
.

Beijos,
Vicky