A Busca. escrita por Annie Somerhalder, Jú Northman


Capítulo 29
A festa - parte II - Por Annie Stoll


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, e continuem comentando, favoritando e acompanhando!!



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Depois que Rachel já estava bem fui encontrar com Percy e Annabeth.

– Como vocês estão? – perguntei enquanto abraçava Annabeth, que estava inconsolável.

– Nada bem, - disse Percy bagunçando o cabelo – sabemos que ela está nessa profecia Bella – meu novo apelido para não me confundirem com a Jackson – Sabemos que há grande probabilidade de ser ela a morrer. – ele me olhou, os olhos marejados – Acho que ela – ele disse mais baixo que um sussurro apontando com a cabeça para Annie – não aguentaria isso. Nem eu. – ele disse olhando para os pés.

– E-e-ela é t-tão p-p-pequen-nininha! – Annie disse quase me enforcando no abraço.

– Vai ficar tudo bem. – eu disse fazendo carinho nas costas dela, tentando de maneira falha a acalmar – Talvez, demore bastante! – ela me olhou com os olhos vermelhos e inchados.

– Você acha? – ela perguntou afastando o cabelo molhado de lágrimas de um modo maluco.

– S-sim! – disse colocando no rosto o sorriso mais convincente que consegui.

Connor, Leo e Gina chegaram. Percy recebeu um abraço camarada do meu marido e de Leo. Eu e Gina consolávamos Annie num canto, chegou a dormir quando cantei, mas logo depois acordou assustada pedindo para pegar a Sofie. Ela estava desesperada, e me doía muito vê-la naquele estado, ver uma mãe clamando pela filha.

A festa ainda continuava para quem ainda tivesse vontade de continuar dançando, que foram todos do Acampamento Júpiter, por não conhecerem a história, alguns deuses insensíveis como Deméter, Dionísio – que estava bêbado demais para saber o que estava acontecendo -, Hades – que eu nem fazia ideia de que estava na festa – e Zeus – que foi na forma romana para parabenizar o filho.

Depois de um tempo, deixamos Percy e Annabeth sozinhos, para conversarem e pensarem direito, mas antes de sairmos, Atena, Poseidon, Apolo e Ártemis, vieram esbaforidos ao nosso encontro.

– Filhos, meus... Filhos...Profecia...Meu...Filho... – Apolo se descabelava e falava coisas sem sentido ligadas a “filho”, “profecia” e “meu”. Mas já dava pra sacar. O filho dele com Ártemis, fazia parte da profecia.

– Filho... dele... Meu... Atena... Profecia... Zeus... Pôneis... – Poseidon estava em pior estado, estava carregando uma Atena de olhar arregalado no colo – Gêmeas... Lindas... Profecia... Desgraça! – ótimo, eles enlouqueceram!

– Pai... Fica calmo. – eu disse abraçando Apolo que retribuiu me esmagando – Pai... Está... Apertado.

– Filha! Eu... Seu irmão... Ártemis... – ele me olhou de modo desesperado. Dava pra ver que ele já amava o filho.

– Eu sei pai. Fica calmo. Vai dar tudo certo. – Eu olhei para Ártemis e a abracei. – Como você tá?

– Acabada. – ela sussurrou no meu ouvido. – Mas não deixe Apolo saber. Ele não está lidando bem com isso tudo.

– Dá pra ver. – Connor disse ao meu lado – Nunca vi Apolo assim.

– Você nunca viu Apolo, até ontem. – eu disse.

– Eu sei. – ele disse sorrindo de modo travesso.

– Bem, vão curtir o casamento. – Ártemis me disse – Pode deixar que eu dou um jeito no seu pai.

– Obrigada. – disse Connor me puxando.

– Connor!! – ralhei. – Deixe eu me despedir do meu pai. – dei um selinho nele e fui em direção a Apolo.

Ele encarava o vazio, como se procurasse uma razão para tudo estar acontecendo.

– Papis? – eu chamei pondo a mão em suas costas – Tenho que ir.

– Ah... Tá... Você... – ele arregalou os olhos e se levantou – VOCÊ SE CASOU! - Atena que estava se despedindo de Gina deu um olhar cortante para meu pai que abaixou o tom de voz - Que bom! Parabéns! Espera... – ele arregalou os olhos de novo – ERA PRA SER A SUA FESTA DE CASAMENTO! – eu sorri e Atena lançou um olhar flamejante agora – Desculpe, eu... A profecia... Estragou tudo. – ele deixou os ombros caírem.

– Não Papis, foi tudo ótimo. – eu sorri de maneira aconchegante – Deu tudo certo e vai continuar dando.

– Espero. – ele arrumou a postura – Bem, boa lua de mel, pra você e para o... – ele franziu as sobrancelhas.

– Connor... – Connor disse atrás de mim.

– É... esse carinha ai. – ele disse como se feliz de si mesmo.

– Ei! – Connor reclamou e eu sorri.

– Tudo bem, vamos nessa. – dei um abraço em Apolo que o retribuiu.

Eu e Connor saímos do salão.

– Sabe, eu nunca pensei que isso ia realmente acontecer. – Connor disse olhando para as estrelas.

– Por quê? – perguntei o olhando e franzindo as sobrancelhas.

– É porque... – ele bagunçou o cabelo de um jeito que só ele sabia fazer – Você foi muito difícil de conquistar.

– Não fui não! – disse parando e colocando as mãos na cintura numa posição mandona – Espera... Fui sim! – disse fazendo pompa – Sou uma garota difícil.

– Bota difícil nisso. – Connor murmurou.

– Como é que é, Sr. Stoll? – perguntei ameaçadoramente.

– Nada, nadinha, nanecas. – ele disse sorrindo – Eu só estou muito feliz.

– Eu também. – disse sorrindo de forma bobona. Ele me envolveu em seus braços.

– Já disse que te amo hoje? – ele sussurrou no meu ouvido, me causando arrepios.

– Se mil quinhentas e noventa conta, acho que sim. – disse fazendo charme.

– Ra-ra. Muito engraçadinha. – ele sorriu. Fechei meus olhos. Nossos lábios se aproximaram mas...

– LEO VALDEZ!!! SE VOCÊ NÃO ME LARGAR VOCÊ TÁ MORTO, ENTENDIDO? – Gina apareceu no colo de um Leo em chamas.

– Gina...? – eu chamei me virando.

– Espera, eu vou me controlar, e não vou mais pegar fogo quando as coisas... esquentarem. Se é que me entende. – ele riu.

– LEO! ME LARGA! AI! – Gina se sacolejava no colo de Leo que estava visivelmente tentando se controlar.

As chamas apagaram e ele a colocou no chão.

– PRECISAVA ME QUEIMAR TODA! TODA! PRA ME POR NO CHÃO? - Gina perguntou com as mãos na cintura.

– Foi mal. – Leo disse e a pegou no colo de novo – Vem, vamos para o carro. – ele veio em nossa direção – Oi gente!

– Tem alguém aqui?! – Gina me viu abraçada com Connor – Ai! Que vergonha! Vocês viram tudo, não foi? – assentimos sorrindo. Ela enterrou o rosto no peito de Leo – Não contem pra ninguém. – Eu sorri e respondi:

– Pode deixar.

Eles saíram e eu e Connor ficamos novamente a sós.

– Então, - Connor me virou, nos deixando frente a frente e separados por um fio de ar – vamos para o hotel? – Ai, eu não estou pronta... – Amanhã temos uma viagem direto para Paris. – nem um pouquinho.

– Então... – eu fiz uma careta, eu sinceramente não sabia o que faria quando chegássemos ao quarto – Pode ser...

Connor me puxou para si com uma mão e com a outra apertou minha mão contra seu peito. Eu fechei meus olhos, sentindo o tão conhecido cheiro de explosivos e mm’s de amendoim. Ele beijou o topo da minha cabeça e depois trilhou um caminho de beijos pela minha clavícula, subiu para o pescoço, para a bochecha e chegou a minha boca. Minha respiração já estava acelerada pela proximidade, meu peito subia e descia rapidamente em busca de ar. Pude sentir o sorriso de Connor ao ver minha situação. Eu respirei bem fundo, abri os olhos e notei que ele estava arfando, pelo visto não era a única a me controlar.

– É melhor irmos mesmo para o hotel. – eu disse limpando o baton dos cantos dos lábios.

– É, melhor. – Connor disse com um sorriso malicioso.

Entramos no carro, que rapidamente chegou ao hotel cinco estrelas que Connor reservou para nós.

Subimos, no elevador e fomos em direção a nossa... Cobertura! Linda, com decoração clássica, e com uma piscina no segundo andar, uma linda sacada.

– Gostou? – Connor perguntou me abraçando por trás.

– Se gostei? É linda! Eu amei! – me virei – Obrigada!

– De nada. – ele sorriu orgulhoso, orgulhos demais.

– Não foi você que escolheu. – foi mais uma afirmação do que uma pergunta.

– Eu... – ele me olhou – Eu pedi ajuda pra Afrodite. – ele sussurrou.

– Sabia! – eu disse rindo – Você, eu acho, que não pensaria e algo tão grande. Pensaria em um apartamento em Los Angeles, com chocolate grátis. – ele me olhou embasbacado.

– Como sabia? – dei de ombros.

– Te conheço há tempos Sr. Stoll. – ele sorriu.

– Eu acho que devemos tomar banho, Sra. Stoll. – ele me puxou contra si.

– É. – ele já ia tirando a blusa – Você primeiro. – ele me olhou confuso e a pergunta “E você?” já se formava em seus lábios – Depois eu. – disse o empurrando com as pontas dos dedos, e sem querer toquei em seus músculos o que me fez estremecer.

– Tá. – ele deu de ombros, sem parecer decepcionado. Entrou no banheiro, mas não sem antes me mandar um beijinho.

“A lua de mel vai ser longa” pensei antes de ir abrir minha mala.


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Notas finais do capítulo

Beijos lindos! Não esqueçam de comentar e deixarem suas opiniões!