A Busca. escrita por Annie Somerhalder, Jú Northman


Capítulo 30
O nascimento dos pequenos deuses - Por Apolo


Notas iniciais do capítulo

ESSE FOI RÁPIDO GENTE!!! Espero que gostem! Beijos e comentem!



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– Um belo e ensolarado dia no chalé, que fica no meio da florestaaaaa!

– APOLO, CALA A BOCA QUE A ATENA TÁ VOMITÂNDO E SUA TRILHA SONORA PRA ISSO NÃO TÁ AJUDANDO! – Poseidon gritou do quarto vizinho.

– Como um chato de galocha no quarto ao ladoooooo! – eu cantei mais alto.

– Deus do sol se não quer morrer é melhor calar a bocaaaaa! – Afrodite cantarolou na porta.

– Eu sou um deus, e deuses não morreeeeeem! – eu disse fazendo Ártemis gargalhar. Estava correndo risco de ser o primeiro deus a morrer por ela, que estava meio depressiva depois da profecia.

– Não queira ser o primeiroooooo. – Ares cantou roucamente vindo buscar Afrodite, que agora decorava o quarto do nosso bebê, que ficava na porta a nossa frente.

– Apolo, meu amor, pare com issooooo. – Ártemis cantou quando recuperou o fôlego.

Estávamos deitados na nossa cama, porque ela estava com uma barriga pesada de mais para andar. Pelos meus cálculos de deus mais lindo do Olimpo e de deus da medicina, o nascimento das duas – Ártemis e Atena – estavam próximos.

– Ok, ok! Vocês me venceram! Parei... – eu olhei travesso para Ártemis – de cantaaaaaar.

Todos caíram na gargalhada, menos Poseidon, que deu um berro. Foi muito medonho, tipo ele fez meu nome ficar assustador.

– Parei! – revirei os olhos e cai de costas na cama, fazendo Ártemis gemer – Desculpa! Desculpa! Desculpa! Desculpa! Desculpa! Eu não lembrei que você carrega o pequeno Arlindo na barriga.

Ela me lançou um olhar que fez minha carruagem-sol ficar com inveja.

– Não é Arlindo! – ela disse se arrumando na cama e fazendo umas caretas sinistras – E ME AJUDA AQUI! – eu a olhei sem compreender – Quero ir no banheiro. – ela disse com uma voz aterrorizantemente calma para alguém que gritou a poucos segundos.

– Tô indo. – me levantei e fui ajudá-la. A peguei no colo e a levei para o banheiro - O papel acabou. – eu sorri – Vou pegar mais, lá em baixo.

Desci as escadas, mas voltei correndo ao ouvir Poseidon chamar meu nome.

– Eu não tava cantando! – exclamei ao subir as escadas de dois em dois degraus.

– Não é isso! A bolsa dela... – cheguei ao quarto e Popo estava amparando uma Atena (com uma barriga do tamanho do planeta) que se contorcia no chão – Estourou.

Eu abaixei.

– Pega as luvas que estão na gaveta do banheiro. – Ele me olhou confuso – Agora, por favor. – falei com ironia.

Um grito cortante me fez arregalar os olhos.

– Ártemis. – murmurei. Baguncei os cabelos desesperado e me levantei correndo para o quarto.

– Ela caiu. Eu... – Afrodite tinha pavor estampado no rosto.

– Tudo bem. – eu a coloquei na cama – Eu estou aqui. – murmurei para ela – Pegue as luvas e as coisas que estão no meu banheiro. Poseidon deve pegar as dele. ARES! – berrei. Ele chegou pronto para ajudar – Fique com a Sofie. – ele assentiu e partiu.

– APOLO! – Poseidon gritou.

Corri para o outro quarto.

– Ok, Atena, olhe para mim. – ela olhou. Sua testa escorria suor – Respire. – ela tentou, mas foi em vão – Olha pra mim. – uma coisa me veio à cabeça – Cheira a florzinha. – ela inspirou – sopra à velinha. – ela expirou – Ótimo. Poseidon – ele me observava abismado – Fica fazendo isso com ela. A cada três vezes disso a mande fazer força. Como se estivesse com dor de barriga. – ele abriu um fraco sorriso e eu corri para o outro quarto.

– Amor, - ela nem sequer pode me olhar – Amor, olha pra mim. – ela obedeceu – Cheira a florzinha. – ela me olhou como se não acreditasse que eu estava falando aquilo naquele momento – É sério, funciona. Cheira a florzinha. – ela inspirou – Agora sopra à velinha. – ela expirou e sorriu – Ótimo. De novo. – ela fez obedientemente – De novo. – feito – Agora faz força. Força como se fosse dor de barriga. – ela segurou firme minha mão e fez o máximo de força. Chegou a soltar ganidos arrepiantes. – Isso, só mais uma vez. – eu subi a camisola que ela usava – Sabe, eu sempre pensei que eu só devia fazer isso de modo sensual. – ela me olhou e sorriu apesar de sentir extrema dor. – Ok. – eu apertei um pouco sua barriga – O bebê daqui a pouco esta chegando.

– APOLO!!! – Poseidon gritou, dava pra ver o desespero em sua voz.

– Tenho que ir, mas eu já volto. – ela assentiu – Afrodite! – Ela apareceu na porta do banheiro com a mala – fica com ela. O bebê daqui a pouco chega. Se sair, corte o cordão umbilical a pelo menos cinco centímetros de distancia do umbigo do bebê, depois amarre com o barbante pequenininho que fica do lado da tesoura. Alguma dúvida? – ela apenas assentiu pálida – Ótimo.

Sai correndo para o quarto ao lado.

A cabeça de uma das gêmeas já apontava.

– Ótimo trabalho. – olhei para Atena – Faz mais força. Muita força, o máximo que puder e se for o bastante o neném sai. – ela fez e a cabeça saiu – Respira, respira. – ela respirou – Agora mais força, mais força. – eu incentivava.

Depois de um tempo nisso o bebê saiu. Poseidon me entregou a maleta e eu cortei o cordão, amarrei o barbante e Poseidon foi a limpar de acordo com as minhas instruções.

– APOLO!!! – grunhi frustrado.

– Afrodite vem pra cá! – ela veio correndo – Faz o que eu te expliquei. – me virei para Atena – a cada força você respira duas vezes. Dê o melhor de si e esse sai fácil. – ela assentiu.

Corri para o outro quarto.

– Ok. – observei – o bebê já está vindo! – sorri para ela – Agora, a sua contração vai rarear, mas assim que vir, pode mandar brasa. – Afaguei sua testa – Vai dar tudo certo. Eu tenho certeza. – Enxuguei uma lágrima que escapou de seu olho esquerdo.

– Apolo, é o nosso filho. – ela sorriu – Nosso pequeno.

– Nosso August. – sorri ao lembrar o nome.

– Isso... – depois ela voltou ao trabalho de parto – Força, força.

E depois tudo que escutei foi o choro. O choro do nosso pequeno. E cara, ele tinha pulmões do caramba. Uma lágrima escorreu pela minha bochecha. E Ártemis se debulhou em lágrimas depois de relaxar.

Eu cortei o cordão e amarrei. E mesmo ele estando sujo, eu o coloquei em seu colo, mesmo que por alguns instantes.

– August. – ela me olhou – Obrigada. Eu te amo. Muito, muito, muito. – ela olhou para August maravilhada – Parece com você.

– Sim. Mas ele tem a sua boca. – eu sorri – Dá aqui. – eu estiquei os braços e ela me passou ele com cuidado exagerado, e isso me fez sorrir – Vou limpá-lo para você.

– Siiiiiiim. – ela cantarolou, me fazendo rir.

Eu o limpei com cuidado exagerado, eu tinha medo de machucá-lo com minhas mãos que pareciam gigantes se comparadas as suas do tamanho de uma tampa de garrafa. Anotei suas coisas nas papeladas necessárias e depois passei talco. Era assim que fazia, né? “Ai deuses” eu não sei fazer isso. Então peguei a enciclopédia de bebês que Atena havia comprado. Lá dizia: Lave as mãos. – lavei. – Pegue algodão e água morna. – fiz isso. – Passe uma única vez cada algodão molhado e depois
descarte-o. – fiz isso também – Passe a pomada desejada. – Tem pomada aqui? Parti em busca da pomada perdida. E assim que a achei passei – Coloque a fralda limpa e prenda-a firmemente, sem apertar de mais o bebê – fiz isso devagarinho e sempre vendo se não estava muito apertada. Tinha medo de que se apertasse de mais, o pequeno e frágil olhozinho dele saltasse pra fora. – E agora apenas coloque a roupinha desejada.

Limpei o suor da testa com as costas da mão.

– Apolo, tá demorando demais. – Ártemis fez uma pausa – August está vivo?

– Claro. – respondi sorrindo – Também não quero matá-lo.

O embrulhei direitinho na manta. Fiquei sabendo que eles precisam ficar quentinhos. Entreguei August a ela que o amamentou. Depois eu disse que fui ao quarto ao lado ver as outras princesinhas. Ela sorriu e me deixou ir.

Cheguei lá, e Atena amamentava as DUAS! Uma em cada peito. E Poseidon babava – não me pergunte se era pelas crianças ou se ele era pervertido ao ponto de babar pelo peito da Atena – e sorria.

– E ai cambada? – disse bagunçando o cabelo – Deu tudo certo?

– Claro. Elas nasceram saudáveis! – Atena disse sem desgrudar o olho das duas que estavam vestidas com lindas roupinhas cor-de-rosa.

– Que bom. Fico feliz. – respondi com um sorriso babão nos lábios.

– August nasceu bem também? – Poseidon perguntou.

– Sim, é um meninão lindo. – eu sorri – Como eu.

Todos sorriram.

– Bem, eu vou indo. Acho que tenho que babar no meu filho por toda a eternidade. – me virei e sai do quarto, com o mesmo sorriso bobo.

Eu agora era pai.


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Notas finais do capítulo

COMENTEM, RECOMENDEM E ACOMPANHEM!!
Agradecemos a quem ainda nos acompanha e não desistiu por conta da demora. Vamos continuar postando por vocês. Mas, claro, apenas se tivermos comentários. #chantagista