Nossos heróis voltaram ao barco junto ao Jano prontos para partir. Miguel ficara pensando a tarde inteira sobre o que Tânus dissera... Mestra?

Navegaram durante três dias inteiros a procura da nova ilha.

Eles Chegaram a uma ilha estranha, seu formato visto de longe parecia um cachorro de perfil, e, aonde deveria ficar a ponta de seu focinho, ficava um pequeno vilarejo.

Saíram do barco meio com medo de encontrar quaisquer gigantes.

-          Não posso passar daqui... Encontrarei com vocês do outro lado – dissera Jano.

E então saíram. Passaram por um formigueiro gigante, mas os insetos gigantes não pareciam querer o mal deles, levavam pedaços de metal para dentro do formigueiro. E depois Passaram por um pequeno vilarejo desabitado no inicio da grande montanha.

Subiram. Subiram mais um pouco. Pensou Miguel se está montanha não havia fim, e começou a resmungar:

-  Mas oque há de errado com essa montanha?

-  Eu não sei – disse Arseus – Rodrigallus, alguma ideia do que seja isso?

-  Não tenho certeza – disse Rodrigallus – mas acho que pode ser uma ilusão.

-  E por que não disse isso antes? – replicou Miguel.

-  Como eu disse, não tenho certeza...

-  Miguel – disse Arseus – por que você não usa seus dons mágicos para conseguir quebrar essa ilusão? – Miguel começou a usar seus poderes.

-  Até que em fim tentaram algo inteligente! – disse uma voz no meio da névoa.

-  Quem disse isso? – disse Rodrigallus com sua mão já na aljava.

-  Ops! Bem, agora vocês já sabem, não adianta mais usar o efeito da névoa.

Ele bateu palmas à névoa se dissipou e mostrou um portão na frente de nossos heróis – tinha uns cinco metros e o muro ao seu redor parecia infinito – ao lado do portão havia um rapaz com uma toga grega e uma coroa de louros na cabeça, ele aparentava ter uns cinquenta anos e estava com uma chave no pescoço, ele estava entusiasmado como se não recebesse uma visita há séculos e disse:

-  Oba! De onde vocês são bravos heróis? – antes que qualquer um deles pudesse falar o homem deu uma risada parecida com um rato e continuou – estou brincando bobinhos. Meu nome é Romeu, sou o guarda do portão, e Exus disse que viriam. Mas não pensem que será assim tão fácil, terão três desafios adiante, que irão te deixar em pros de muitos conflitos mentais – Romeu deu outra risadinha e abriu um grande e contagiante sorriso – vocês aceitam?

Arseus sentiu um frio na espinha como a vez que ele conversara com seu pai, ou seja, não poderia recusar.

-  Eu aceito – disseram os três em uníssono, oque pareceu estranho para Romeu, que depois do espanto assentiu e abriu o portão.

-  Boa sorte! Irão precisar. – riu alto. – nos veremos em breve.

Entraram. Viram três túneis à frente, o primeiro era cheio de plantas, e tinha uma voz de mulher ao longo do percurso, o segundo era todo metálico e tinha um barulho de forjas e pessoas trabalhando nele. O terceiro era negro, totalmente escuro, estava fazendo um barulho de sofrimento e agonia, creio que ninguém queria entrar nele. Bem... Fizeram o melhor em uma hora dessas.

Eles Tiraram na arte milenar “pedra papel e tesoura” para ver quem vai a qual túnel.

O primeiro a ganhar foi Miguel. Nada idiota escolheu o que tinha plantas ao redor, pois ele não se dava bem com forjas e odiava sofrimento, e, claro, adorava mulheres. Ao longo do caminho viu um lugar cheio de arvores com uma cachoeira e uma mulher tomando banho nela. Parecia um pequeno paraíso era como todos os seus problemas tivessem chegado ao fim. Se isso fazia parte do desafio, Miguel gostou.

Se aproximando mais, com cautela, pois a mulher estava muita a vontade e parecia que não o notara. Ele olhou detalhadamente, ela era linda, tinha cabelos negros que caiam até a cintura, os olhos, bem, não sabia dizer certamente, pois parecia que mudara de cor, a pele era branca como a neve e reluzia na luz do sol.

Ela o olhou e sorriu, Miguel ficou totalmente corado. Ela saiu do riacho e pegou uma toalha, Miguel estava pouco a vontade com a situação, mas, enfim, ele disse alguma coisa, queria dizer: “Uau! Você é linda.” Mas saiu mais como: afã... Da?

A mulher sorriu de novo e disse:

-  Está maior Miguel.

-  A senhora me conhece?

-  Ora por favor! Não me chame de senhora!

-  Desculpe-me. Mas da onde você me conhece?

-  Eu te acompanho deis de seu nascimento, Hécate e eu somos muito amigas. – e soltou um enorme sorriso, achando que a ficha de Miguel havia caído.

-  Você conhece minha mãe? Mas como? Espere... – Miguel percebeu que ela era uma deusa.

-  Eu sou Afrodite, deusa da beleza e do amor. E sou sua Madrinha. Queria ter te visto mais vezes Miguel, só te vi duas vezes e já descobri que seu futuro era mudar o mundo. Bem, eu estou aqui para dar seu desafio, está pronto?

-  Hm... Sim. Eu acho. – e de repente viu uma sombra se remexendo no meio das arvores.

-  Está é a Medusa. Você a conhece não? – Miguel estava de olhos arregalados como se estivesse num pesadelo.

-  Não! Ela não... Tudo menos ela! Eu não me recuperei deis de a última vez que eu vi ela...

-  Bem... Você era muito jovem Miguel. Ela agora esta reformada. – Afrodite deu um sorriso – esta mais forte acabou de voltar do Mundo Inferior. Ela agora é seu desafio, eu a trouxe de seu descanso só para te desafiar. – Miguel não estava gostando da ideia, tremia como vara-verde – Não olhe diretamente para ela senão será petrificado. Traga-me a cabeça dela e eu te darei um novo poder que te ajudará em sua jornada

Ele engoliu o medo dele e levantou a cabeça.

-          C-certo... Vou mata-la. – por dentro ele queria gritar de pavor, acabara de encontrar com a mulher mais linda de sua vida, descobrira que ela era sua madrinha, e agora teria de matar um monstro que atormentava na infância. Uma Górgona. Seria a segunda pessoa na história da terra a derrotar uma. E ele estava pensando se seus amigos estavam se divertindo tanto que nem ele.