Rodrigallus foi o segundo a ganhar, foi até o túnel de metal, gostava do barulho de ferro sendo feito.

Consistia num lugar grande com um homem de muletas trabalhando, estava suado do trabalho, era... Hm... Bem, não era bonito. Na verdade era horrível, Rodrigallus pensava em levantar o arco e acertar na cabeça do homem feio, mas sabia que seria um grande erro, isso faria parte de seu teste.

Ele se aproximou, por mais que não quisesse e disse:

-          Ei. Por um acaso o senhor seria meu desafio? – mas que pergunta ridícula, pensou Rodrigallus.

-          Oh! Já chegou... Poxa estava no meio do trabalho, nossa!  Faz tanto tempo uns três séculos? Está mais magro? Precisa engordar – o homem não parava, estava muito alegre, apesar de ser feio ele esbanjava um sorriso de orelha a orelha e continuou – mas que arco mais desgastado, cheio de marcas, lembro-me muito bem de ter feito ele para você, era de noite...

-          Espera ai! Da onde o senhor me conhece? Ou melhor, quem é o senhor? E foi o senhor que fez meu arco?

-          Ora! Veja só, nem se lembra de quem te levou pessoalmente para Lady Artêmis. Ela te acolheu com desprezo mais depois cedeu, ai ela disse que precisava de um padrinho. Quem seria a pessoa mais indicada se não eu?

-          Espere de novo. Você me levou a minha mãe? Você é meu padrinho? Aãh... – por um instante a cabeça de Rodrigallus parou. Quando voltou, ai ele percebeu com quem ele estava falando. Hefesto, deus das forjas e do fogo. – o senhor não seria Hefesto? Seria? – Hefesto deu uma enorme gargalhada e sorriu:

-          Sim meu afilhado, sou Hefesto, isso não é legal? Dois deuses te protegendo durante trezentos anos? Uau! E esse aqui é meu Q.G. gostou?

-          Mas... Mas... – Rodrigallus estava tão confuso que sentou em uma peça de metal e pôs a mão sobre a cabeça.

-          Bem. Eu não estou aqui para relembrar o passado com você, estou aqui para seu desafio. – Rodrigallus começou a olhar seriamente para o padrinho – então, vamos começar pelo Drago ali atrás, venha temos muito a fazer. Vamos logo – Rodrigallus sentia falta de seus amigos para apoia-lo de novo, isso era difícil de aceitar depois de uns três séculos de existência.

Eles foram até um local onde estava uma gaiola gigante, creio que seja do tamanho do Tânus, ou maior. E tinha uma criatura tão enorme quanto à gaiola e soltava fogo para tudo quanto é lado, tinha asas, mas estavam presas por correntes.

-          Você consegue enxergar bem ele de onde está? Ou quer que eu suba mais um pouco? – O deus podia ser feio, mas era muito amoroso e gostava de Rodrigallus. Subiram em uma plataforma onde enxergariam a criatura melhor.

Era um dragão, um dragão grande e forte, soltava fogo para onde quer que olhe, mas não surtia efeito na gaiola que parecia modificada para temperaturas enormes, o dragão parecia ter um pouco de medo, pois quando Rodrigallus e Hefesto subiram ele tentou se afastar.

-          Não precisa ter medo Drago, ele é meu afilhado, não ira te fazer mal. – Drago não parecia mais corajoso com esse comentário. Hefesto praguejou em uma língua que Rodrigallus não entendia, seria uma língua que só deuses entenderiam? – eis seu desafio. Domar o meu Drago. Se conseguir ele será seu! Que maravilha não?

-          É... Claro... Uma maravilha – Rodrigallus estava de boca aberta, pois nunca vera um animal tão lindo em toda sua vida.

-          Então oque esta esperando, vai lá o dome e ele será todo seu... Ah! Vê se fecha essa boca. – soltou mais uma gargalhada simpática que fez Rodrigallus despertar de seu sonho – Bom se precisar de mim, estarei lá em baixo consertando seu arco, adeus!

-          Certo... Ei Hefesto. Eu queria saber se você poderia abrir a gaiola pra eu tentar doma-lo em terreno livre?

-          Está brincando? Claro! – E assim que Hefesto abriu a gaiola eles começaram a treinar.