Depois da Escuridão escrita por Lucas Alves Serjento


Capítulo 8
Capítulo 7 - O Início da Escuridão




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N/A: Estou repostando a história para corrigir a gramática e fazer leves alterações para tornar a história mais agradável de ler. Espero que gostem.

 

Capítulo 7 – O Início da Escuridão

 

Uzumaki Naruto

Eu me afastava da vila tão rápido quanto podia. Com aquela velocidade, antes mesmo que percebesse estava quase no deserto que marcava o início da estrada para a vila da areia. O cansaço e a exaustão da corrida me abateram repentinamente e fizeram com que cambaleasse. Depois de ficar parado por alguns segundos, senti que minha vista escurecia e que não demonstraria sinais de melhora tão cedo.

Olhei em redor, procurando um lugar para ficar escondido, decidido a me abrigar de chuvas e possíveis tempestades de areia.

Não demorou até eu encontrar o lugar que queria à minha direita. Uma das montanhas que cercavam o deserto estava cheia de cavernas e próxima a mim. Escolhi aquela mais baixa e de fácil acesso, pois já não conseguia mover o corpo corretamente. Sentia uma estranha dormência se espalhar por meus membros. No início, fora apenas uma vontade de dormir. Agora, quando dei conta, estava ao ponto de cair sobre a areia. Meus pés, minhas pernas e, gradativamente, meu corpo inteiro, parecia chumbo. Tudo o que eu queria era cair no chão. Descansar.

Lutei contra mim mesmo para subir o pé da montanha. Não até que eu alcançasse meu objetivo. Estava na entrada da caverna, verificando o pequeno espaço que tinha quando escutei uma voz.

—Naruto.

Não era uma voz desconhecida. Vinha direto da minha cabeça. E eu desejava tê-la esquecido.

—Naruto.

Não respondi. Adentrei a caverna e encostei à parede. Meu corpo respondeu imediatamente, enviando uma onda de alívio para todos os meus membros. Sentei-me e consegui relaxar por cinco segundos, até a voz voltar.

—Naruto.

Suspirei por um instante. Não fechei os olhos, pois sabia que desmaiaria se o fizesse. Sabia exatamente onde meu subconsciente me levaria. E o que eu menos queria era olhar aquela raposa estúpida e recapitular os acontecimentos dos últimos dias.

—O que você quer? – Meu tom foi ríspido.

—O mais importante é o que você quer. – Ela rebateu. – O que será da sua vida agora?

Pisquei por um momento enquanto tapava os ouvidos. Senti-me como um louco que não conseguia parar de ouvir vozes.

—Cale a boca. – Minha visão oscilou por um momento. A raposa percebeu.

—Eles te abandonaram. Não confiaram. Tentaram te matar….

Meus olhos fecharam e eu senti uma dor imensa. Não entendi o que acontecia. Senti como se meu corpo inteiro fosse esmagado para o seu centro.

Meus joelhos cederam e minhas costas escorregaram pela parede. Senti minha pele raspar no áspero da parede da caverna, mas não senti a dor dos arranhões. Uma dormência dominava meu corpo. Deitado, meus olhos praticamente alinharam ao chão. Senti que não teria forças para levantar. Minha mão não se movia. Meus dedos tremiam. Minha sensibilidade sumira.

—Mas o que-

Eu não senti nenhuma dor, exceto aquela que pulsava em meu peito. Tentei colocar a mão sobre o peito e arrancar o coração fora. Não tive sucesso. Minhas forças se esgotavam. Não consegui conter meus olhos mais. E, enquanto a escuridão chegava, senti uma ligeira esperança me alimentar. Achei que, agora que não tinha mais para onde voltar, não precisava de mais tempo preso a esse mundo. Uma esperança de que, se o monstro dentro de mim fosse responsável pelos acontecimentos recentes, a minha morte significaria a morte dele também. E a raposa não atormentaria mais ninguém.

Eu esperava morrer. Infelizmente, aprece que um Jinchuuriki não pode se dar ao luxo de ter esperança. A morte é um caminho fácil demais para alguém que aprisiona um demônio.

 

Senju Tsunade

Estávamos todos prontos para iniciar o ataque. Atrás daqueles que ainda me obedeceria, eu analisava tudo. Não havia sequer a necessidade da minha intervenção, o que era conveniente, já que não seria certo uma Hokage interferir numa luta entre genins e chuunins. Nem mesmo fora certo eu tentar interferir diretamente na fuga de um subordinado.

Kakashi me encarava à distância. Vi-o ao lado de Kurenai, atrás de Ino, Chouji e Tenten.

À minha frente estavam Gai, Neji, Sai e Shikamaru. À frente deles estavam Sakura, Kiba, Hinata e Rock Lee.

—Vão.

A ordem não fora minha. Mas a voz de Neji foi o bastante para fazê-los se mover.

Eu estava paralisada. Não podia acreditar no que meus olhos viam. Eu era forçada a tentar a captura por ser a Hokage e ter de honrar as regras da vila. Mas e os outros? Como podiam atacar seus amigos daquela maneira?

Senti o chackra de Kakashi se concentrar e senti-me preocupar. Sabia que ele me atacaria. Era o mais forte de seu grupo e não arriscaria nenhum companheiro ao me deixar livre. Gai também sabia disso e se colocou à minha frente.

—Você terá que passar por mim primeiro. – A kunai em sua mão era segura com força.

Kakashi tirou as mãos dos bolsos. Gai se movimentou e eu dei um pulo para trás. Olhei para o lado de vi Neji ser atacado por Ino. Ela fazia o que podia com os ataques corpo-a-corpo, usando taijutsu para neutralizar os ataques contra seus tenketsus que Neji fazia.

—Não vai me pegar com isso! – Ela gritou para ele. Neji pareceu surpreso. Cada ataque que dava nela não exibia reação. Como se seus tenketsus mudassem de posição para enganá-lo.

—Neji! Use ataques corporais!

Ele me olhou confuso.

—Ela está mudando os tenketsus de lugar por meio de ninjutsu médico!

Desviei de um ataque com uma kunai e parei de falar. Ainda assim, Neji já alterava seu estilo de batalha.

—Deveria prestar atenção em sua própria batalha, Tsunade-sama.

Sorri. Aquele “sama” não era mais necessário.

—Como se livrou de Gai tão rápido?

O jounin deu um passo para o lado, permitindo que eu visse que Kurenai prendera Rock Lee num genjutsu. Gai tentava libertá-lo por meios de ataques à kunoichi.

—Ah. Isso. – Voltei minha atenção para Kakashi. – Vai mesmo me atacar?

Ele deu de ombros.

—Eu não vou deixar você passar. Se não quiser lutar, basta não tentar passar.

Sorri levemente. Não era tão simples. Não poderíamos deixar Naruto fugir com sua velocidade atual. Em algumas horas, seria impossível rastreá-lo.

Ataquei-o. Com um soco simples, para ver sua reação. Ele esquivou e girou o corpo com a perna esticada, lançando-me ao chão com uma rasteira simples. Tentei me reerguer quando ele abriu o olho com o sharingan.

Apesar de ter receios quanto ao uso de genjutsu, tinha certeza de que aguentaria o sharingan.

Kakashi olhou em meus olhos. Era o jeito mais simples de não me machucar. A intenção de me trancar em um genjutsu para não batalhar era evidente.

—Não vai fazer isso. – Disse, movendo-me o mais rápido que podia enquanto desviava meu olhar do dele.

Kakashi se moveu e continuou tentando encontrar meu olhar. Achei que perderíamos muito tempo naquele joguete. Resolvi surpreendê-lo.

—Você não pode me atingir, Kakashi. – Puxei uma mecha de cabelos que cobria meu olho.

Kakashi olhou fixamente para mim. Ficou confuso quando não viu meu olhar ficar vago. Resolvi explicar.

—Desenvolvi isso para especificamente com usuários de técnicas visuais. – Eu olhava os olhos dele. Era um vermelho muito bonito que não poderia me atingir. – Estou usando meu chackra para isolar a parte do cérebro que é atingida por genjutsu. Como se estivesse dormindo. É o suficiente para evitar qualquer genjutsu.

Ele não precisava saber que aquilo prejudicava meu uso de jutsus.

Peguei impulso depois de concentrar algum chackra nos pés. Consegui alcançar a velocidade ideal e dei um soco na direção dele. Antes que eu me movesse e evitou o golpe.

—Pode anular o genjutsu, mas eu ainda prevejo seus golpes. – Ele respirava pesadamente a alguns passos. Parte do vácuo o atingira e, pelo visto, o fizera sentir que eu não estava brincando.

Eu não queria mais falar. Tinha de terminar logo aquela briga. Outro impulso. Kakashi fez um selo e antes que eu o tocasse uma grande bola de fogo me atingiu.

O calor se espalhou pelo meu corpo. Consegui formar uma pequena película de chackra em meu redor e cancelei momentaneamente a precaução contra genjutsu para usar o chackra para evitar queimaduras graves. Ainda assim, meus braços e rosto ficariam vermelhos depois daquilo. A bola de fogo me envolvera. Fechei meus olhos.

Eventualmente o calor sumiu e eu abri meus olhos. Para mim, passaram-se apenas alguns segundos. Entretanto, quando abri os olhos, a primeira coisa que vi foi o brilho da lua, já em seu lugar de destaque no céu.

 

Mitsashi Tenten

Eu não tive tempo para ver quem lutava contra quem. Antes que tomasse qualquer decisão, Sai e Neji vieram para cima de mim, sem hesitação. Eu não sabia o que fazer e, antes que soubesse como reagir, senti o punho de Neji atingir meu ombro. Ele errou meu tenketsu apenas porque eu tremi involuntariamente antes de seu toque.

—Tenten! – Rock Lee, preocupado comigo, vira o golpe. Ainda era um inimigo, apesar disso.

Recuei e vi que Sai criara um tigre de tinta para me atacar. Saquei um pergaminho de minha bolsa e abri-o apenas cinco centímetros. Uma nuvem de fumaça surgiu e uma shuriken gigante surgiu. Outra arma poderia me atrapalhar naquele ambiente bagunçado. Aquilo teria que servir.

Esperei. Quando o tigre saltou, esquivei e, enquanto ele passava, empurrei a shuriken em seu corpo, na altura das costelas. A arma perfurou-o e tinta voou para todos os lados. Ele se desfez em uma explosão de tinta e fumaça.

—Você não precisa fazer isso. – Neji se colocara à minha frente. – Basta desistir.

Notei a armadilha antes que ele terminasse de falar. Percebi Sai colocando-se às minhas costas e, em vez de responder, saltei para trás na diagonal, inclinando o corpo para fazer um arco e cair corretamente. Não me preocupei com a força colocada nas pernas. O objetivo era apenas saltar longe. Inclinei a cabeça para ver aonde ia e me assustei.

Manobrei levemente meu corpo no ar para não atingir Chouji. Ele estava no seu tamanho comum, exausto por lutar com Sakura e Shikamaru simultaneamente. Terminei meu salto, próxima a ele, e vi, à distância, Ino recuando até nós. Só então compreendi que caímos em uma armadilha. Estávamos os três, Chouji, Ino e eu encurralados por Sai, Shikamaru, Sakura, Neji, Hinata e Rock Lee, esses dois últimos que estiveram brigando com Ino.

Kurenai, a meia distância, lutava com Gai. Vinha na nossa direção também.

—Vão. – Shikamaru aproveitou nossa distração para dar a ordem. Rock Lee e Sai foram ajudar Gai.

Nós três não ousamos um ataque. Estávamos encurralados. Tentei trocar o pé de apoio e notei que meu corpo estava duro. Fechei os olhos por um instante e me odiei por ter caído tão fácil naquele truque.

—Droga…. – Chouji, às minhas costas, resmungava. Pelo que percebi, nós três caímos no truque.

—Parece que vocês compreenderam. – Neji olhava nossos rostos e caminhava em nossa direção. Imaginei quão derrotada devia parecer. – Vamos aguardar a chegada de Kurenai para encerrar isso.

Eu olhei para Rock Lee e Sai. Hinata, ao lado de Shikamaru, não olhava a batalha. Eu compreendia o quanto a situação devia doer nela. Doía em mim também. Ver meu sensei brigar com alguém que sempre fora uma companheira era horrível.

Felizmente, a batalha não durou muito e acabou em cerca de dois minutos. Depois, trouxeram Kurenai para perto de nós.

—Todos estão aqui agora. Exceto Kakashi. – Shikamaru virou sua cabeça para ver a briga da Hokage com o jounin, à direita dele. Fui obrigada a fazer o movimento espelhado e encarar a mesma região. – Acho que podemos prender eles por agora. A luta dele com Tsunade-sama talvez demore mui-

Sua respiração vacilou quando Kakashi avançou e Tsunade foi engolida por uma bola de fogo.

—Agora! – Gritou Kurenai. Não entendi imediatamente o que ela queria, mas instintivamente senti o que deveria fazer.

Com o susto de ver a situação da Hokage, as amarras de Shikamaru que prendiam meu corpo e mantinha-nos presos aos seus movimentos, afrouxaram um pouco. Fiz uma força tremenda para poder me livrar. Pude ver Chouji se mexendo de leve. Foi muito rápido. Cerca de cinco segundos depois Shikamaru notou o que aconteceu. Quando isso aconteceu, Chouji, Ino e eu quebramos a prisão em que ele nos prendia e desaparecíamos entre as árvores. Consegui ainda, em um último movimento de olhos, ver Kakashi entrar nas árvores em outro ponto.

 

Uzumaki Naruto

Nada além do vazio me cercava. Talvez estivesse escuro também. Com os olhos fechados, isso era o que eu conseguia pensar. As palavras da raposa tinham me atingido profundamente. Eu não entendia. Não queria. Não merecia estar ali. Minha vida fora dali se tornara um pesadelo mortal. Talvez eu pudesse me acostumar àquele novo lugar. Afinal, comparado àquele donde eu viera aquele ainda parecia um pouco melhor.

O que fazer? Achei coerente tentar encontrar o chão primeiro. Mesmo aquele local onde pisei parecia pouco sólido. Resolvi que parecia com o chão e comecei a caminhar. Meu corpo doía muito e cada passo parecia gerar um novo machucado. A dor se multiplicava. Meus olhos estavam abertos agora e eu não via nada, preso na escuridão.

A única acompanhante era aquela dor. Pensei nos acontecimentos dos últimos dias. Eu seria perdoado eventualmente? Alguém me libertaria daquela dor? Ou eu ficaria ali? Com a escuridão e a dor. Sozinho? Talvez fosse melhor não voltar para o mundo. Melhor ficar aqui. Com a escuridão. A dor. O sofrimento. Com medo e frio de ver aqueles olhares novamente.

Enquanto caminhava, senti meus pés tocando algo líquido. Enfim reconheci o lugar. Isso não me confortou. Andei mais, até atingir o início de uma clareira e segui até o meio dela. Coloquei a mão em frente aos olhos, pois a luz os machucava. Apesar de não ver, sabia o que estava à minha frente.

Mas foi apenas depois de acostumado com a luz que vi aquilo que esperava: A cela da raposa, erguida imponente à minha frente. A raposa se escondera nas sombras.

—Está triste? – Sua voz estava diferente. Não saberia que era ela naquela cela, pensaria que era uma pessoa normal ali.

Estava tão destruído a essa altura que não hesitei em escutar aquela voz. Parecia um amigo.

—É pelo que aconteceu? – Ela perguntou. – Eu ouvi o que eles disseram. Vi como te olharam.

Aquilo não me aliviou. Aqueles em que eu confiava não confiaram em mim. Aquelas palavras me fizeram lembrar mais vivamente o que acontecera.

—Eles não veem você. Veem a mim. – Sua voz era falsa ao ponto de parecer que ela realmente se culpava. – Mas isso pode mudar. – Apesar da escuridão cobrindo o interior da cela, se eu tivesse prestado atenção, notaria que um pequeno brilho aparecendo na cela não era reflexo d’água que cobria o chão, mas sim um ligeiro brilho nos olhos da fera. – Você pode mudar isso. Basta me expulsar. Forçar-me a sair do seu corpo.

Por algum motivo, senti minha garganta, naquele momento, apertar de dores. Eu estava sufocando. A dor atingira um ponto mais alto que qualquer outro até então. E a minha mente, confusa ainda, não pensava em nada, exceto nos amigos que me traíram. Que me abandonaram. Que fizeram com que eu depositasse toda a confiança que tinha, mas que não fizeram o mesmo comigo.

E foi então que me lembrei dela. Aquela em quem confiara mais do que todos. Minha maior fraqueza. Meu maior erro. Aquela pela qual me apaixonara.

—Liberte-me. E sairei do seu corpo sem lhe matar.

Ela sussurrava.

—Liberte-me.

Minha mente estava cheia.

—Você tem uma escolha.

Qual escolha era melhor? Tentar ou não?

—Liberte-me.

Eu escutava atentamente, apesar da dor. Sussurros incessantes.

—Você é o único Jinchuuriki que pode escolher.

A oferta era atraente.

—Apenas retire o selo intencionalmente.

A dor chegou ao ápice. Eu não conseguia pensar em nada mais do que um modo de resolver aquilo. Por isso aproximei-me das grades da prisão.

—Vamos lá….

Elas estavam próximas. As grades estavam ali. O selo estava ao alcance da mão.

—Você vai se sentir bem melhor….

Eu delirava em pé. A dor era muita.

—Você vai se sentir melhor….

Eu toquei a ponta do selo.

—Só precisa puxar.

Eu puxei o selo e, em seguida, soltei-o. A ponta que arranquei queimou no ar. O restante do selo queimava também.

Talvez eu tivesse me surpreendido com aquele fogo, não fosse aquela dor, que continuava e me fez cair de costas, próximo do desmaio. Já não entendia mais se a dor era física ou mental. Meus sentidos se misturavam, dando a impressão de que meu corpo e minha consciência eram apenas uma coisa só, dormente.

Eu não sabia se levantaria. Ainda que me curasse um dia, não sabia o que aconteceria depois. Talvez, sem a raposa, as pessoas confiassem em mim e me olhassem diferente. Talvez alguém enxergasse além da raposa.

Talvez não. Aquilo era um consolo também: Talvez eu não suportasse a extração do Bijuu. As chances estavam a favor da minha morte. E, com a dor que rasgava meu peito, talvez isso acontecesse de verdade.

Ao sentir minhas últimas forças se esvaírem, talvez para sempre, comecei a fechar os olhos. A última coisa que percebi foi o sumiço da claridade, substituída pela sombra da enorme raposa que, confiante, saiu lentamente de sua cela e permitia que seu corpo se dividisse em partículas, desaparecendo dali e me deixando só, desfalecendo aos poucos, indo na direção dos braços abertos da morte….

Fim do Capítulo 7

*


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