Fix A Heart escrita por Queen Prophecy


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei mais do que antes, sei que não tem desculpa, mas... Eu sinto muito, eu fiquei bloqueada e para ajudar, bem, Calzona está definitivamente fodida, estou escrevendo outra fanfic Swan Queen, e outras coisas, esse é o último capítulo, mas eu prometo que farei um epílogo, mas não vou dar datas porque eu sempre as ultrapasso, mas enfim, é isso, espero que gostem porque eu definitivamente não gostei.



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Não poderia dizer que estava bem, porque isso seria uma mentira, mas também não poderia dizer que era uma surpresa porque não era. Ela sabia que aquilo era o certo, deixar o caminho livre para elas se ajeitarem, era no final, o certo.

Depois que Callie saiu de sua casa pensou muito no que fazer, em como se sentia, e como faria para esquecer, mesmo achando que aquilo provavelmente demoraria. Ela sabia que amar não era fácil, que era doloroso, mas tudo é mais fácil quando apenas se ouve por aí, lê em livros, e assiste em filmes, quando se sente é absolutamente diferente, quase como se fosse surreal.

Pensou por horas no que fazer, acompanhada de uma garrafa de tequila, e enfim tomou uma decisão, não sabia se era o certo, ou até mesmo se arrependeria depois, mas naquele momento parecia o ideal.

Quando chegou ao hospital no dia seguinte estava certa do que faria, não estava agindo mais pelo efeito da tequila em seu organismo, seus pensamentos estavam claros como água, e sabia que no momento seria o melhor a se fazer.

Andou até o escritório do Chefe de Cirurgia decidida, seus passos eram um pouco rápidos, não queria ver a morena porque sabia que iria simplesmente desmoronar, e ela não era alguém que fazia isso regularmente, tinha medo de expressar qualquer tipo de sentimento na frente das pessoas, é como se isso a tornasse fraca.

Quando enfim chegou ao seu destino, respirou fundo e bateu duas vezes na porta, ouviu a voz de Owen dizer claramente para entrar e assim o fez.

– Bom dia, Chefe. – ela disse sorrindo.

– Bom dia, Dra. Miller. – ele cumprimentou de volta também sorrindo e apontou a cadeira para ela se sentar a sua frente.

Ela balançou a cabeça em negativo ainda sorrindo.

– Vai ser rápido. – disse – Eu queria pedir alguns dias a você para eu poder me resolver.

Ele a olhou um pouco preocupado. – Está tudo bem?

– Está sim. – respondeu sem hesitar nenhum segundo. – Só são problemas familiares, e eu queria pedir alguns dias até conseguir resolve-los.

Ele a olhou por alguns segundos, como se estivesse pensando. – Claro. Sem problemas posso dar alguns dias.

Ela sorriu em agradecimento. – Obrigada.

-Fix a Heart-

Os boatos de que Amber tinha pedido alguns dias de afastamento já tinham circulado o hospital e caído nos ouvidos de Arizona que tinha ficado absurdamente feliz em ouvir aquilo, porque era obvio que aquilo só queria dizer uma coisa: Callie e Amber tinham rompido.

Queria ir até Callie e perguntar o que aquilo significava, se isso tinha alguma coisa relacionada ao beijo, mas sabia que ela não responderia. E também sabia que apressar alguma coisa seria errado, esperaria até Callie vim falar com ela. Enquanto isso continuaria indo a suas sessões com a terapeuta e seguindo alguns de seus conselhos, - o de esperar a morena ir até ela, era um de seus conselhos.

Estava ansiosa. Podia ver alguma esperança, uma luz no fim do túnel, para as duas e isso a deixava quase explodindo de alegria por dentro. Sabia que tinha errado, e admitiu os seus erros, agora estava tentando redimi-los e mostrar que estava arrependida, mas infelizmente arrependimentos não são o suficiente para curar feridas tão profundas... As cicatrizes daquilo muito provavelmente ficariam para sempre nas duas, agora só restava esperar que elas pudessem conviver com elas, supera-las, e deixa-las no passado para que assim pudessem mais uma vez tentar ter um futuro juntas.

-Fix a Heart-

Ficou sabendo sobre Amber quando era tarde demais. Procurou-a quando a loira não havia aparecido no hospital e só então soube que ela havia pedido alguns dias, e sabia que aquilo era em parte culpa sua. Sentia-se de certo modo culpada, mas não poderia ser de outro jeito.

Amava Arizona. Sabia disso com todas as letras, com todo o seu coração. E aquilo por mais que passasse o tempo não mudaria, afinal, diziam que o amor é para sempre. Ainda não sabia ao certo se iria ou não falar com a loira. Se daria a ela mais uma chance... Não tinha a perdoado completamente ainda. Na verdade duvidava que algum dia a perdoaria completamente, mas a amava e queria ficar com ela, seu coração mandava que fizesse aquilo, que a deixasse voltar para sua vida. Mas sua razão dizia que não daria certo, ela sempre faria algo que a machucaria e não sabia se aguentaria outra decepção.

-Fix a Heart-

Havia nascido e crescido em Nova Iorque, estudou, e se formou na cidade, e só depois de formada em medicina resolveu se mudar para Seattle. Por mais que tivesse crescido naquela cidade nunca tinha se sentido em casa ali, muito menos confortável, era como se de algum modo se sentisse presa, quando recebeu a proposta de um dos melhores hospitais dali, recusou imediatamente, queria outros ares para respirar, outras pessoas, menos “confusão”, e assim se mudou para a cidade chuvosa que era Seattle. Nos primeiros dias de sua estadia lá já se sentia em casa, e o mais importante: livre. Por mais que tivesse deixado seus pais e amigos para trás não se arrependia da decisão que havia tomado.

Agora estava ali de volta a Nova Iorque, continuava tudo exatamente igual desde que saiu de lá, a mais ou menos nove anos. Nada havia mudado, a sensação de estar presa era a mesma, mas Seattle também a deixava assim pelo menos naquele momento. A cidade em que morava agora tinha lhe dado muitas coisas, um amor, um emprego maravilhoso, e amigos, mas havia tirado o mesmo que havia lhe dado, e isso era doloroso, o que a fazia se sentir sufocada e um tanto deprimida, por isso resolvera voltar por alguns dias a sua cidade natal.

Quando apareceu lá de surpresa seus pais imediatamente ficaram chocados, e um tanto preocupados, conheciam Amber, ela era do tipo que não voltava para a mãe a não ser que tivesse algo errado, e realmente tinha. Contou resumidamente a história do que tinha acontecido a eles, e ambos – como ela já esperava -, não ficaram chocados, muito menos deram sermão, apenas a aconselharam, a ouviram e a abraçaram – que era o que ela mais precisava naquele momento.

Depois de algumas horas conversando com eles, voltou ao seu apartamento antigo e deixou suas coisas lá para depois sair novamente, foi até o parque que tinha ali perto de sua casa e ficou sentada olhando para o nada, ela não prestava mais atenção no horário, na verdade aquilo era irrelevante no momento.

Ficou apenas ali acompanhando o movimento até uma mulher sentar ao seu lado, no primeiro momento ela não havia notado, só quando a mesma falou algo que ela finalmente notou sua presença.

- Desculpe, não estava prestando atenção. – pediu sorrido um pouco.

- Eu percebi – ela riu – Normalmente Nova Iorque não tem esse efeito nas pessoas.

- Pois é – ela riu também – A menos que você esteja totalmente “estranha” no momento. – disse sorrindo olhando para a mulher de cabelos negros ao seu lado.

A mulher riu – A proposito, meu nome é Charlotte. – disse estendendo a mão que foi aceita pela loira.

Ela sorriu de volta. – Amber.

- Bonito nome. – disse ainda sorrindo – E então o que te traz a NY?

- Bom, meus pais moram aqui, e eu vim visita-los, aproveitando minha pequena folga do trabalho.

Ela balançou a cabeça que sim, sem parar de olhar para a loira a seu lado – Você trabalha em que?

Por um momento ela se lembrou de Callie o que fez seu sorriso se desmanchar um pouco. – Sou cirurgiã.

A morena sorriu. – Parece ser... hm, interessante. – Amber riu.

- Para quem gosta, certamente.

Ambas continuaram conversando por horas, e por aquele tempo a loira se esqueceu de Callie, e de seus problemas amorosos, era bom se sentir em casa uma vez em NY, era bom se sentir leve e bem. A mulher que conversava com ela era inteligente, atraente e muito bonita o que tornava tudo melhor. Quando viram que já passava das oito da noite resolveram tomar cada uma seu rumo, mas claro não sem antes Charlotte passar seu número para Amber, quem sabe o que aquilo poderia as levar?

-Fix a Heart-

Callie estava sentada na sala onde os atendentes ficavam mexendo no computador quando a porta se abriu, olhou rapidamente e então avistou Arizona, parou de digitar na mesma hora, e foi levantar para sair da sala, mas quando passou por ela a loira a segurou pelo braço a parando.

- Arizona... – começou, mas a outra a cortou imediatamente.

- Me escuta. – a morena ainda parecia relutante então Arizona pediu: - Por favor.

Ela concordou com um aceno de cabeça.

- Eu sei que te magoei, eu sei que eu nem mesmo mereço uma segunda chance. – Callie arqueou uma sobrancelha – Mas, eu realmente quero que você pense sobre isso, sobre nós, eu quero me redimir, eu quero ter uma segunda chance com você... Callie, eu amo você. Me perdoa. – ela disse olhando em seus olhos, a morena podia ver a sinceridade neles.

Ela suspirou e começou a falar:

- Eu terminei com Amber a três dias. Três míseros dias eu quebrei o coração de uma pessoa maravilhosa e que não merecia isso... – Arizona a olhava com os olhos um pouco marejados. – E eu fiz isso porque amo você – a loira sorriu – Eu ainda não te perdoei completamente, não esqueci seus atos, e muito menos suas palavras, mas dizem que quem muito ama, muito perdoa... – ela respirou fundo – Talvez seja verdade, e também seja o pior erro e idiotice do ser humano, mas eu não posso evitar. – ela olhou para Arizona se lembrando por alguns segundos de seu casamento, e depois de sua filha, de Mark e quando tudo desabou – Talvez eu me arrependa no futuro por isso, mas eu quero te dar mais uma chance – a loira sorriu mais abertamente, mostrando toda sua felicidade – Não vai ser igual, Arizona. Eu não esqueci, e minha confiança em você nunca vai ser 100% de novo, mas eu quero realmente tentar. – terminou olhando a loira nos olhos e sorrindo um pouco.

Callie andou até Arizona e colocou uma das mãos em seu rosto enquanto a outra pousava gentilmente na cintura a puxando para ela e a beijou.

O beijo era suave, e cheio de amor era quase como se estivessem querendo aproveitar cada segundo daquele beijo. Quando enfim se separaram, se olharam nos olhos e encostaram suas testas uma na outra, sorrindo.

- Eu amo você. – disse Arizona.

- Eu também. – sorriu Callie a beijando mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

Desculpem pelo péssimo final, e bem até uma próxima.
Ou não haha.



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