Meu Grande Amor -LiTor. escrita por Jaqueline


Capítulo 9
Capítulo 9- Eu Faço Tudo Errado!


Notas iniciais do capítulo

Oi Amores da Minha Vida! Vocês sabem que eu adoraria ter postado ontem, mais tive uma festa, e não pude postar pois cheguei tarde. Então, vou postar agora. Eu não posto fins de semana, é por quê eu não postei ONTEM. Quero agradecer a todos os comentários, e gostaria de agradecer a RafinhaMP por ter favoritado a FIC. Obrigada Flor!
Capitulo dedicado para todos que vão ler e acompanham a FIC.
Boa Leitura!



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Todo mundo está aqui,

exceto você.

Parece que todos têm alguém para abraçar,

mas para mim é apenas uma época de solidão.

-Taylor Swift

Pov: Ju On.

Estava anoitecendo, e eu havia acabado de chegar do meu passeio exaustivo com o Dinho. Realmente, eu vou ter que admitir que eu gostei, e gostei muito. Fazia bastante tempo que eu não me divertia, mais como vocês sabem, acabei de me separar do Vitor, e não quero mais ninguém para me magoar no momento.

Assim que entrei, vi o Bruno sentado no meu sofá com cara ''de onde você estava, com quem você estava''. Claro, só por quê não tinha nada pra ele comer, já que é tudo por minha conta.

-Juliana Menezes, posso saber onde é que você se meteu esse tempo todo, enquanto eu fiquei aqui preocupado? -perguntou ele com cara de bravo.

-Eu estava em um passeio super divertido com o Dinho! -falei animada, nem ligando para a seriedade dele.

-Com o Dinho? -ele perguntou surpreso. -Achei que não quisesse falar com ninguém que te lembrasse a Lia. -falou Bruno.

-E não quero, mais com o Dinho é pelo contrario. Ele me faz esquecer da Lia, mesmo sendo ex-dela. -falei.

-Sei...

-Pode saber o que quiser, mais ele é só um amigo. -disse saindo da sala.

E é isso mesmo. Apenas amigos. Nada mais.

Pov: Lia On.

Estava voltando com o Vitor para minha casa, depois de milhões de mensagens da louca da Fatinha dizendo que eu tinha que ir ligo, e tal. Ela me garantiu que eu iria amar o que ela tinha para me dizer. E tomara que ela esteja certa.

-Chegamos meu Amor. -disse Vitor descendo da moto, junto comigo, que o acompanhei.

-Você vai entrar né? -perguntei.

-Eu queria, mais acho que não vai dar... -respondeu.

-Ah Vitor, vamos lá vai? -perguntei.

-Tá bom. O que eu não faço em Lia? -disse ele me dando um beijo.

Segui com o Vitor até meu apartamento, e assim que entrei, vi a Fatinha me esperando, sentada no sofá.

-Oi Fatinha, o que tanto você queria comigo? -perguntei entrando no apartamento.

-Você não vai acreditar no que me aconteceu Lia Martins! -disse Fatinha eufórica.

-No que te aconteceu? -perguntei.

-Sim! Amiga, você não faz ideia do que está te esperando. No que aconteceu para nós duas. -falou ela.

-Anda logo Fatinha. -falou Vitor.

-Adivinha... -disse ela.

-Não faço ideia. -falei.

-Marcelita, pode entrar! -falou ela.

-Marcela? -perguntei assim que vi Marcela na sala.

Como assim? Agora quem não está intendendo nada sou eu.

-O que você está fazendo aqui? -perguntei a abraçando.

-Ai Lia, minha querida... Tanta coisa aconteceu nestes ultimos tempos. Nessas semanas que você esteve aqui, Londres inteira virou de cabeça pra baixo. -falou ela divertida.

-Lia, a minha mãe, tem uma noticia boa e uma ruim pra te dar. Só que se prepara por quê a ruim é ruim... -disse Gil de cabeça baixa.

-É Lia... Sua surpresa era a Marcela, não as notícias que ela tem pra te dar, minha amiga. -disse Fatinha.

-Antes de falar, me apresenta esse garoto lindo de olhos azuis ai com você, dona Lia Martins. -disse ela.

-Marcela, este é o Vitor, meu namorado. -disse apontando para Vitor. -Vitor, está é a Marcela. -disse apontando para Marcela. -Ela é a minha mãe, não é biológica, mais é minha mãe. -disse sorrindo.

-Prazer Marcela. A Lia falava muito de você. De todos vocês alias. -disse Vitor cumprimentando Marcela.

-O prazer é todo meu Vitor. -disse ela também cumprimentando Vitor. -Mais... E o Dinho? -perguntou.

-Ela te explica depois não é Lia? -perguntou Fatinha.

-Claro. -respondi.

Depois de devidamente ter apresentado o Vitor, nos sentamos no sofá, e a Marcela começou a falar. O Vitor segurava minha mão. E eu estava fria com medo do que ela pudesse falar.

-Marcela... Cadê o meu pai? -perguntei.

-Então Lia... -disse ela sem saber o que dizer. -Quer ouvir primeiro a noticia ruim? -perguntou ela.

-Aconteceu alguma coisa com ele? -perguntei desesperada.

-Não minha querida... Seu pai está muito bem. Fique tranquila. -falou.

-Então me diz que noticia boa é essa, e me diz cadê meu pai. -pedi.

-Bom... Você sabe que eu estava desempregada até então não sabe Lia? -perguntou ela.

-Sei. -respondi.

-Então... Acabou me surgindo uma oportunidade como professora de educação física de um colégio aqui no Brasil. Colégio Quadrante na verdade, e eu acabei por aceitar. Precisava demais de um emprego, estava quase doente de ficar em casa sem fazer nada. Sabe como é não é... O seu pai não tinha muito tempo pra ficar em casa, tinha que se dedicar demais ao hospital, e eu ficava muito sozinha. Não tinha companhia. Não aguentava mais aquela vida que eu tinha lá. Quando você e Gil estavam lá, eu me distraia, mais tudo foi piorando muito... E eu acabei conseguindo esse emprego, que já mudou minha vida. -falou Marcela.

-Poxa Marcela... Eu sei como era dificil ficar em casa. Meu pai nunca teve muito tempo, e fico feliz que tenha conseguido esse emprego aqui, mais e ele? -perguntei.

-Então Lia... É que esse emprego teve consequências boas e ruins me intende? -perguntou.

-Fala logo Marcela. -pedi sem paciência.

-A consequência boba, é que eu consegui sair dessa quase depressão que eu estava, e superei tudo da melhor forma possível. -falou.

-ME FALA LOGO! -gritei.

-E a ruim, é que eu tive que escolher entre esse emprego, e o seu pai minha querida... -falou ela já derramando algumas lagrimas.

-Como é que é? -perguntei incrédula. -E você aceitou o emprego ao invés do meu pai? -perguntei.

-Lia... Eu tive que aceitar. Eu não conseguia mais, me intende? Ele era um bom marido, mais dedicava seu tempo ao hospital. Isso me deixava deprimida minha filha... Combinamos que eu viria trabalhar, mais que veríamos como ficaria depois... Nos falamos por telefones. Vai ser difícil, mais vai ser a única forma. O dinheiro dele não é suficiente pra tanta gente. Daqui eu posso mandar dinheiro pra vocês. -respondeu.

-Não mãe. -falou Gil. -Você não me disse que eu teria que voltar pra Londres. -disse ele nervoso.

-Mais vai meu filho. -falou ela.

-Não, eu vou ficar aqui com você. Eu posso continuar meus estudos aqui. No tal colégio Quadrante mesmo. O Vitor estuda lá, pode me ajudar com o que eu precisar para recuperar a matéria. Por favor... -pediu Gil.

-Calma ai sogrinha, se o meu Gil vai ficar aqui, eu também vou. Eu é que não vou ir embora e deixar meu Gil aqui pra esse bando de oferecidas que não sabem o que é se vestir decentemente. -disse Fatinha impaciente.

-Tudo bem... Tudo bem... Eu tomo conta do Gil, e autorizo. Só vou ter que comunicar o Lorenzo. Mais você Fatinha, vai ter que falar com a Vilma, sua mãe. -falou.

-Ih, minha mãe mora por aqui mesmo. Lá em Carambolas. Me mandou por frescura lá pra Londres, pra um ensaio de fotos quando eu fiz 15 anos, e eu acabei ficando sem dinheiro pra passagens, e fiquei por lá. -falou Fatinha fazendo Vitor rir.

Só agora eu comecei a intender minha situação. Quem sabe agora, eu não poderia ter a chance de ficar aqui no Brasil, já que a Marcela também ficaria?

-E será que teria problemas se eu ficasse também? -perguntei, a fazendo olhar pra mim, séria.

-Querida... Eu adoraria dizer que você pode ficar aqui, mais e seu pai? E a Raquel? Nenhum deles vai aprovar. O Gil é minha reponsabilidade, mais você... Você é como se fosse uma filha, mais é o Lorenzo quem deve decidir. -falou.

-Marcela... Tudo o que eu enfrentei pra ficar com o Vitor... Foi fim de amizade, foi tudo... Eu não queria ir embora. Em menos de dois meses isso vai acontecer, e eu sei que se fosse pedir, meu pai pode deixar. -falei, já com lagrimas nos olhos.

-Lia, eu queria muito que você ficasse, mais não sei... O seu pai vai ficar sozinho, e eu tenho certeza que ele não vai aprovar a ideia. Por favor, me entenda. -pediu ela.

-Eu intendo sim... -falei. -De qualquer modo foi uma ótima surpresa te ver aqui Marcela. Você fica aqui, né? -perguntei triste.

-Vou, acho que vou. -falou ela. -Você volta pra Londres em menos de um mês Lia... Sei pai quer companhia, e me mandou fazer isso.

Cada vez tudo ficava mais difícil. Eu via o estado em que Vitor se encontrava. Era péssimo. Ele também estava sofrendo com isso, eu tenho certeza...

-Vitor... Posso falar com você? -pedi quando chegamos na portaria do prédio, já que ele estava indo embora.

-Vai terminar comigo, é isso? -perguntou ele com lagrimas nos olhos.

-Claro que não. -respondi. -Quero aproveitar cada minuto que eu tenho com você aqui no Brasil. E eu vou vir te visitar, assim como você também vai. -falei.

-Eu não quero isso Lia. Eu não quero perder você. Eu não quero viver momentos felizes com você, sabendo que aquilo nunca mais vai acontecer. -falou ele, já derramando algumas lagrimas.

-Vitor... Eu também não quero, mais isso só vai acontecer pra provar que o nosso amor é mais forte. E quando tiver filhos, vai poder contar pra ele sobre o mês mais lindo da sua vida. -falei tentando sorrir.

-Eu te amo. E não vou sorrir nunca mais. -falou ele me abraçando.

-Com o tempo você vai ver que tudo vai ficar mais fácil. Vai aceitar o que vai acontecer. Não terá problemas com isso, eu prometo. -falei retribuindo o abraço.

Sai daquela conversa com ele, com o coração nas mãos. Em mil pedaços. Não tinha nada, nem o que, para fazer aquilo se concertar. Eu sabia que longe não seria a mesma coisa. Seria muito diferente. Mais ele vai conhecer alguém, e vai me esquecer. Com o Gil foi assim também. É só ele encontrar uma Fatinha da vida, que tudo se resolve.

Pov: Vitor On.

Não sentia o que eu estava sentindo a muito tempo. Ninguém sabe como é o sentimento de sentir que pode nunca mais ver a pessoa que ama. Aquilo me deixava atordoado. Liguei para o Sal, e em pouquíssimo tempo, ele estava em frente a casa da Lia, para me buscar.

Durante todo o caminho ele não falou uma palavra sequer, nem me disse nada. Muito menos me perguntou sobre nenhum dos motivos que me deixou daquele jeito.

-Vitor, o que aconte... -dizia minha mãe, quando bati a porta do quarto com força, a fazendo parar de falar tudo o que estava falando.

Dona Carmem chegou a bater varias vezes na porta, e eu acabei por abrir. Lia já avia me ligado milhões de vezes, e deveria estar pensando que o inconsequênte aqui havia tentado se matar de novo.

-Meu filho, a Lia está lá fora, querendo falar com você. -ela disse quando eu abri a porta. -Disse que te ligou, mais você não atendeu nenhuma das ligações. Está desesperada.

-Não quero falar com ninguém agora beleza mãe? -perguntei.

-Vitor, ela te ama muito, e está desesperadamente louca com esse sumiço. Atende a Lia meu filho. Por favor, vocês terminaram, é isso? -perguntou minha mãe.

-Não, nós não terminamos, mais não tá tudo na boa também. -respondi.

-Vitor, eu sei que você está ai. -disse Lia na porta do meu quarto.

-Eu estou sim, mais o que você está fazendo AI? -disse ironicamente.

-Com licença. -disse minha mãe saindo do quarto.

-Me erra vai Vitor. Da ultima vez que o idiota saiu da minha casa, quase se matou. Precisava verificar se tinha feito isso de novo, por quê eu acho que você é meio maluco. E quer me matar de preocupação, por quê existe celular, eu te ligo milhões de vezes, e você não atende nenhuma delas. -disse Lia, quase gritando, e entrando no meu quarto.

-Quase me matei mesmo Lia. E a culpa não era apenas minha, concorda? -perguntei. -Você gastou muito tempo até decidir o que fazer da sua vida, se preocupando com o que as pessoas iriam pensar, mais não pensou em você mesma. Você pensa muito em coisas que não velem um minuto de preocupação. Você está gastando a sua vida, pra agradar pessoas que não estão nem aí para você. -falei, perdendo a paciência.

-Então acho que estou gastando tempo demais com você, não é mesmo Vitor? Só pode ser isso que você está querendo dizer, sobre perder tempo. E eu concordo com isso. Não vou procurar mais fazer nada que te deixe feliz. -disse ela.

-Nunca pedi pra você fazer alguma coisa que me deixasse feliz. Você sempre quis mudar o nosso destino, sempre quis dar um jeito das coisas serem diferentes, mais ninguém, muito menos você vai conseguir fazer isso. Cara, você é irresponsável demais. -disse sem pensar.

-Irresponsável? Eu? Não é eu que fiquei dando em cima da melhor amiga, da minha namorada. -disse ela ironicamente. -Agora, isso é um pouco demais não acha não? -perguntou ela. -Ficar se lamentando por uma coisa que não vele a pena, até por quê, você sabia que eu não vivia no Rio de Janeiro, e que a minha realidade, era bem diferente da sua, e eu acho que é essa realidade, a que eu vivo, o jeito como eu sou, o modo como as coisas funcionam para mim, que te fez fazer o que você fez. Você se encanta por pessoas, e torna isso um desafio. Mais comigo foi diferente não foi? -perguntou. -Acabou acontecendo o que você mais temia, certo?

-É. Foi isso sim. Um desafio, mais eu não escolho gostar de ninguém. E depois virou obsessão, e virou amor também. -falei. -Mais nunca menti. Eu nunca quis enganar a Ju, nem nada. Sempre quis o bem dela, só que ela teve que intender de um jeito mais complicado, enquanto ela poderia ter aceitado na boa.

-E você por acaso iria gostar se eu me apaixonasse pelo seu melhor amigo, sendo sua namorada? Claro que não, por quê só enxergamos as coisas do nosso jeito. Só entendemos quando acontece pra gente. -falou ela, já quase gritando novamente.

-MAIS EU INTENDERIA, E A JU, NO CASO DELA, COMEÇOU A FAZER CENA. ISSO É COISA QUE NÓS PESSAMOS, MAIS TEM MUITA GENTE QUE NÃO PASSA, INTENDEU? TEM MUITA GENTE QUE DESISTI, SÓ QUE COM NÓS DOIS NÃO. FOMOS EM FRENTE. -gritei.

-VOCÊ FOI EM FRENTE. EU NUNCA QUIS TER ALGUMA COISA, OU VIVER ALGUMA COISA PROIBIDA COM ALGUÉM, QUE É PROIBIDO TAMBÉM. SABE POR QUÊ? POR QUÊ EU NÃO SOU SANTA. EU NÃO SOU CERTA COMO VOCÊ. VOCÊ NÃO SABE O QUE EU JÁ FIZ. E EU NÃO SOU A PRINCESINHA DOS CONTOS DE FADAS QUE VOCÊ IMAGINA. VOCÊ É CERTINHO VITOR. EU NÃO. EU NÃO SOU ASSIM. E É POR ISSO QUE AS COISAS FICAM DIFICEIS. EU NÃO QUERO VOLTAR A SER COMO ANTES. EU QUERO SER COMO EU SOU. OU COMO EU ERA ANTES DE TE CONHECER. VOCÊ VAI ESTRAGAR TUDO QUE EU CONSEGUI ATÉ AGORA. -gritou ela.

-E VOCÊ ACHA QUE TODO MUNDO É PERFEITO LIA? CLARO QUE NÃO. VOCÊ É QUEM TEM MANIA DE SÓ OUVIR O QUE QUER, E SÓ ACEITAR O QUE QUER TAMBÉM. OUTRAS OPINIÕES PRA VOCÊ NÃO EXISTEM. VOCÊ SEMPRE VAI TER RAZÃO EM TUDO QUE DISSER. VOCÊ NÃO SUPORTA VER NADA NEM NINGUÉM DUVIDANDO DE VOCÊ. -gritei já sem paciência.

Esse era um dos grandes problemas da Lia. Ela quer o que ela quer, e ninguém mais pode ser diferente. Eu sei que tem gente que é assim, mais ela costuma se dar bem apenas com quem ela quer, não é mesmo? E talvez fosse isso mesmo. Talvez essa paixão seja apenas uma conquista. Talvez eu quisesse a garota da cidade encantada, pra ver se os filmes de romance entre esses tipos de pessoas poderiam ser reais. Porém a Lia era diferente. Mais em todos os sentidos. E era isso que deixava ela cada vez melhor.

-QUER SABER VITOR? EU CANSEI. CANSEI DOS SEUS ARREPENDIMENTOS, DAS PALAVRAS QUE VOCÊ DIZ DA BOCA PRA FORA, DE TUDO. CANSEI DE VER VOCÊ DIZENDO QUE ME AMA, E DEPOIS JOGAR UM MONTE DE COISAS EM MIM. TODA A CULPA, E TODO O ÓDIO, QUE EU NÃO SEI O POR QUÊ DE EXISTIR EM VOCÊ. PRA MIM ESSA HISTÓRIA JÁ DEU. AMOR A PRIMEIRA VISTA NUNCA EXISTIU E NUNCA VAI EXISTIR. QUANDO VOCÊ TIVER ALGUMA COISA QUE FAÇA SENTIDO, ME PROCURE. CASO CONTRARIO, SUMA DA MINHA VIDA. -gritou ela batendo a porta do meu quarto e saindo.

Que droga. Eu faço tudo errado. Eu não consigo destinguir o que eu falo em horas certas, e o que eu falo nas horas erradas. E as consequências disso, ficam todas para mim.

Pov: Lia On.

Mais uma vez eu me vi chorando desesperadamente por conta do Vitor. Como eu poderia odiar e amar aquele garoto ao mesmo tempo? Como eu conseguia ter essa capacidade? Quando sai de Londres, deixei bem claro que o meu namorado era o Dinho, e que era ele que eu tinha que amar. Porém eu não o amo. E amo agora, um garoto que eu nem conheço direito. Eu sou louca. E eu sei disso melhor que ninguém. Eu procuro coisas que eu não vou achar.

Cheguei no meu apartamento, tentando conter as lagrimas, apesar disto ser quase impossivel, pois ninguém é de ferro. As vezes eu aprecio a Fatinha com o Gil. Eles estão sempre sorrindo, felizes. São o tipo de casal perfeito. Que se amam, e nada estraga o seu relacionamento. Era isso que eu havia sonhado para mim durante minha vida inteira. Só que esse sonho, estava se tornando cada vez mais impossivel. Cada vez eu estava mais distante disso. E com o idiota do Vitor, ficava mais complicado ainda.

-Lia, aconteceu alguma coisa? -perguntou Marcela ao me ver chegar em casa.

-Nada. Estou bem. Só que ainda não me conformei com o que está acontecendo. Tá meio difícil. Mais vamos lá. -disse fingindo estar nas nuvens.

-Quer comer alguma coisa? -perguntou Gil.

-Estou sem fome. Sabe como é... Vou dormir. -disse saindo.

-Eu vou... Vou arrumar uma super bagunça que eu deixei no quarto da Lia, e que ela vai me matar se ver. Com licença. -ouvi Fatinha dizendo, para depois vir atrás de mim.

Entrei no meu quarto e me sentei no sofá que havia lá. Minha vontade agora, era de quebrar TUDO. Inclusive a cara do Vitor. A Fatinha entrou logo depois, fechando a porta e se sentando na cama.

-O que aconteceu Lia? -perguntou ela.

-Nada, por quê? -perguntei.

-Me engana que eu gosto. Você saiu com o Vitor, e chegou com a maior cara de quem comeu e não gostou. Pode dizer o que está acontecendo. -mandou.

-Tá bom. Briguei com o Vitor de novo por conta dessa viagem. Eu queria ficar aqui, mais ele sabia que eu não morava aqui. Isso está acabando e machucando todo mundo. -falei.

-Lia... Eu poderia dizer que tudo vai ficar bem... Mais não vai. Você sabe que o tio Lorenzo é o bicho ruim em pessoa, e não vai deixar as coisas fluirem normalmente com você aqui. Mais eu não dou dois dias pra vocês voltarem, me intendeu? -perguntou.

-Eu acho que não tem volta Fatinha. -respondi.

-Tem sim. Aproveita esse ultimo mês que você vai passar aqui, e deixa pra lá o que vai vir. Esquece. Por favor, amiga. -pediu.

-Eu vou tentar... Prometo...

Sinceramente... Se tivesse volta, não seria para sempre. Para sempre é muito tempo tempo. E nunca... Nunca também é muito tempo. Tudo tem seu certo momento, e as vezes dizemos coisas que não vamos cumprir. Prometer também não é fácil. Exigi muito. E nós não temos esse poder.

Pov: Fatinha On.

Na manhã seguinte...

Estava arrumando a casa, que estava uma bagunça. A Marcela não estava ajudando com a arrumação por quê havia ido falar com o diretor do colégio em que trabalharia. A Lia estava no quarto, e o Gil. O Gil sei lá onde estava.

Dançava livremente, quebrando quase todas as coisas quando a campainha toca, e eu vou atende-la. Vitor, é claro. Poderia adivinhar sem abrir a porta e ver quem era.

-Oi anjo. -disse o abraçando.

-Oi Fat. A Lia está ai? -perguntou.

-Está sim. Só não sei se está, pra querer falar com você. -respondi.

-Por favor Fatinha, faz esse favorzinho pra mim vai... -pediu.

-Tudo bem. Ela está no quarto dela. -falei.

O Vitor entrou e se dirigiu para o quarto dela. Boa Sorte...

Pov: Vitor On.

Eu tinha que falar com a Lia. Não importasse o que acontecesse, eu tinha que tomar todas as decisões que eu teria que tomar nesse momento. Tinha que pensar em tudo neste momento, mais eu só via na minha frente, uma decisão mais concreta.

-Com licença. -disse entrando no quarto da Lia, sem nem bater na porta, o que a fez levar um susto.

-A porta serve para que seja tocada, e para que seja permitida a sua abertura. -falou ela desligando a televisão que assistia.

-Mais eu entrei mesmo assim. Tenho muito que falar com você, e decidir como ficamos, se é que me intende. -falei.

-Olha Vitor, eu acho que você não tem o que fazer aqui. Eu vou embora daqui um mês, e você nunca mais vai me ver. Problema resolvido. Nenhum de nós nunca mais vai ter problemas. Daqui um mês tudo o que temos não vai existir mais. A não ser as lembranças, talvez. -disse Lia calmamente.

Enquanto ela transparecia calma, eu estava nervoso. Praticamente tremia a cada palavra que ela dizia. Seja lá o que for, eu vou aceitar sem reclamar.

-Só um mês? -perguntei.

-Sim. Apenas um mês. -respondeu. -Vitor eu... Eu acho melhor terminarmos. Eu quero terminar. Acabou. É melhor assim. Vai ser bom pra todo mundo. -falou ela.

Eu apenas assenti.

-Daqui a um mês, tudo vai estar resolvido e eu não vou estar mais aqui. -falou.

-Problema resolvido... -completei. -Mais não precisa ser assim. Tem que ter um jeito.

-Então terminamos aqui. Com certeza não terá mais nós dois. Nunca mais vamos nos ver mesmo. -disse Lia sem ligar para o que eu havia acabado de dizer. -E já havia acabado ontem. Se não foi pra você, foi pra mim.

Me despedi da Fatinha e sai, mesmo sem querer. Estava completamente encabulado com a facilidade que a Lia teve pra fazer o que fez. Agora, havia tudo terminado entre nós dois.

Pov: Lia On.

Um mês depois...

Hoje era o dia. O Fim do meu pesadelo. Faltava pouco tempo para o inicio das aulas em Londres e assim que começasse a estudar, me esqueceria um pouco do Vitor e seu par de olhos azuis, que me fazia ficar encantada.

Seria difícil me despedir de Fatinha e Gil, mais teria que ser assim. Tinha medo de perder contato. Também não estava nada fácil ter que voltar sem nada na mão.

Depois do fim do meu namoro com o Vitor, nunca mais falei com ele. Soube que ele estava em Brasília. Fatinha e Gil continuavam firmes, e Marcela empenhada nas reuniões escolares, e anciosa para receber os alunos em seu novo emprego. Ju estava saindo com Dinho, enquanto Bruno apenas reprovava esse ato. Sei disso por quê ele era amigo do Gil, e minha unica fonte de noticias sobre Ju.

-Amiga... Vou sentir muito a sua falta. -disse Fatinha, enquanto me ajudava a carregar as malas para a sala.

-Também vou amiga. Tenho muito medo de perder o contato que tenho com você. Tem que tentar me ligar sempre. -falei.

-Pode deixar. -disse ela.

-Onde você e o Gil irão estudar? -perguntei.

-No colégio em que a Marcela vai trabalhar, e eu estou muito animada com isso. -disse ela.

Eu sempre transpareci estar bem, apesar de não estar. Era a menos animada com tudo que acontecia ali.

-Vamos? -perguntei.

-Infelizmente. -respondeu Fatinha.

Combinei com Fatinha, Marcela e Gil, que iria sozinha para o aeroporto. Não queria me atrasar. Queria sair logo do Brasil, e quanto mais cedo eu chegasse em Londres, melhor.

-Tem certeza que não quer que agente vá com você? -perguntou Marcela quando começamos com as despedidas.

-Sim, tenho. -respondi.

-Então vá com Deus minha querida. Venha nos visitar. -disse ela me abraçando.

-Não sei se quero Marcela. Prefiro vocês em Londres. -disse ainda abraçada com ela.

-Maninha, se cuida, e seja feliz lá, agora que não posso te proteger mais. -disse Gil me abraçando.

-Vou me cuidar, desde que você também faça isso. -falei.

-Amiga, vou sentir muito a sua falta. Você é a melhor amiga que poderia existir no mundo. Eu te amo. -falou Fatinha.

-Você também não fica atrás. -falei.

Não queria despedidas. Sai de lá, assim que consegui fazer a Fatinha parar de fazer um escândalo desnecessariamente desnecessario. É, tchau Brasil, partiu Londres.

É uma pena que eu esteja assim... Tão vazia antes de ir.

Pov: Vitor On.

Cheguei no Rio de Janeiro, depois de uma viagem para Brasília. Precisava pensar um pouco. Porém, assim que cheguei, me lembrei de que Lia viajaria naquele dia. Estava no meu quarto, quando Fatinha entra no meu quarto.

-Oi anjo! -disse Fatinha me abraçando.

-Oi Fatinha. Que boa te ver. -falei.

-Senti saudades, é uma pena que esteja com pressa. Preciso de uma informação sobre algumas coisas lá do colégio que eu vou estudar. -falou.

-A Lia viaja hoje não viaja? -perguntei.

-Já viajou. -respondeu ela.

Viajou? Mais tão cedo? Foi ai, que fui movido por algo maior que eu.

-Vitor ,eu queria...

-Tchau Fatinha. -disse a interrompendo.

-Mais aonde você vai?

Nem respondi, apenas sai.

Corri o mais rapido possível para o aeroporto. Não teria nada que eu pudesse fazer, a não ser pedir desculpas. Seria impossível ficar em paz, agora que ela, praticamente, sumiria da minha vida definitivamente.

Entrei correndo no aeroporto. Perguntava sobre os voos para Londres, porém assim que cheguei no lugar destes voos, vi que o voo da Lia já havia partido.

E foi assim... Foi assim que eu perdi por ser idiota, a garota da minha vida. Foi assim que eu vi a minha vida acabar. Eu nunca mais amaria ninguém. E mataria meu amor por ela.


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Notas finais do capítulo

I gente, será que é o fim definitivo de LiTor? Parece que a surpresa da Lia não era tão boa assim não é mesmo? E agora, que ela foi embora, como fica o Vitinho?
Comentem, recomendem, favoritem, enfim... Façam uma autora feliz.
Conto com vocês nos comentários.
Até segunda-feira.
Amo vocês!
BeiJUs!