Meu Grande Amor -LiTor. escrita por Jaqueline


Capítulo 3
Capítulo 3- O Inicio?


Notas iniciais do capítulo

Oi Meus Amores! Tudo bem com você? Agradeço a todas as minhas amigas-leitoras que comentaram no capitulo anterior. Fico muito feliz que vocês estejam gostando.
Capitulo dedicado a todos que comentaram, e quem ainda não comentou, bora comentar? Dedicado também para todos que estão lendo.
Por favor, leiam as notas finais.
Boa Leitura.



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Renda-se como eu me rendi.

Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei.

Não se preocupe em entender,

viver ultrapassa qualquer entendimento.

-Clarisse Lispector.

Continuação...

-Topa ir pra praia comigo? -perguntei usando o melhor sorriso que eu conseguia.

A Lia me olhou, completamente sem saber o que responder. Eu nem consigo imaginar a quantidade de coisas que estavam se passando pela cabeça dela naquele momento.

-Hã... Vitor... Eu não sei se é uma boa ideia. -ela disse sem graça, sem ao menos olhar para a minha cara.

Aonde é que eu estava com a cabeça quando eu perguntei isso pra ela? É claro que eu queria que ela fosse, mais ela é fiel as amizades, e é a melhor amiga da minha namorada.

-Eu não vejo problema nenhum. É só ir pra praia Lia. E pode ficar tranquila que eu não mordo. Também não vou me jogar pra cima de você, com segundas intenções. -disse tomando coragem.

-Eu não sei... A Ju não ia gostar se soubesse que eu estou na praia com o namorado dela... -disse Lia.

-A Ju não tem que saber. E mesmo que saiba, qual é o problema? Ela também já foi a praia com amigos. Agora, você não vai me dizer que não pode sair comigo por quê eu tenho namorada né? -perguntei sorrindo.

-Tá bom. Mais eu não quero saber de mais nada além da praia depois, ok? E aproveite, por quê é a primeira, e ultima vez que você vai pra praia sozinho comigo. E também, eu disse aproveite no bom sentido. -ela disse aceitando o convite, além de estar sorrindo.

Pode deixar, eu vou aproveitar! No bom sentido. Mais quanto a ultima vez... Acho que não tenho tanta certeza assim quanto a isso.

Pov: Lia On.

Não me perguntem como é que eu fui aceitar isso, por quê é uma duvida minha... Também não sei a resposta. Quando eu vi, já estava respondendo a pergunta do Vitor, com a sinceridade que eu tinha pra responder. A resposta? Eu nem sabia o que pensar. Quando eu vi, já tinha aceitado. O Vitor? Ah... Acho que ele estava feliz. Estava com um sorriso no rosto. Só me é triste lembrar que isso vai acabar. Ele era namorado da Ju, e poderia ser meu amigo. Sabe-se que eu estou aqui de viagem, e que isso não é permanente. Faltam apenas quase dois meses. E nesse tempo... Poderia rolar de tudo.

-Bom... Quer ir de moto? -perguntou o Vitor, sem olhar bem para mim.

Provavelmente, ele esperava levar um "sim", mais eu acho que surpreendi tanto ele, como eu.

-Não... Prefiro ir andando. Sentir o vento, é uma sensação ótima. Não sei se você sente. Mas... Ajuda bastante. -disse olhando para ele, sorrindo.

Eu não estava tão tímida assim, mais tudo mudou de uma hora para a outra. Eu não sabia o que falar quando eu estava com ele. E tenho a impressão de que ele também não sabe muito bem o que dizer para mim.

-Sabe Lia... Eu também gosto de sentir a natureza. O Rio de Janeiro é uma cidade linda, e a praia é o que mais me encanta. Eu acho que nós podemos mudar o modo de pensar, pensando como você...-disse Vitor enquanto caminhávamos para a praia.

-Vitor, eu sei que não estamos no momento certo, mais eu queria pedir que não contasse sobre a praia pra Ju. Mais se você for contar, por favor, maneire ok? -pedi.

-Pode ficar tranquila Lia. Eu nunca quis que você ficasse com um clima ruim com a Ju. E eu sei muito bem, que ela quer que nós sejamos amigos um do outro. -disse ele.

-Obrigada.

E assim nós chegamos na praia. Me sentei na areia assim como ele. O céu estava todo estrelado, o mar azul... Aquela noite estava linda, perfeita. O silêncio era quebrado apenas pelas ondas. O Vitor me olhava, com cara de quem queria dizer alguma coisa. Ele conseguia fazer com que eu odiasse-o, mais ao mesmo tempo, me fazia me perder em meus próprios pensamentos. Ele virou um grande amigo, em pouco tempo, e eu estava surpresa, com a permissão que eu dava á ele. Ele quase mandava em mim, e eu não conseguia nunca dizer não.

-Você sempre gostou de praias? -perguntei olhando para ele.

Até agora, eu não sabia nada sobre ele. Durante o jantar, ele só quis saber coisas sobre mim, e eu falei. Não tinha nada o que esconder. A não ser coisas sobre o Dinho, e amigos... Também não falei nada sobre hoje cedo. Falei sobre costumes, manias, estilos musicais, gostos... Mais ele... Ele era o mistério em pessoa. Não me falava dele. Não mostrava nada em seus olhos. Quando olhei para ele, vi apenas o mar, refletindo em seus olhos azuis.

-Sempre. Eu não tenho muito tempo pra vir. Me apaixonei por praias ainda esses últimos anos. Sempre gostei, mais em Brasília não tem praias. -respondeu.

-A Ju me disse que você tem uma irmã e um irmão, assim como você me disse também. -falei.

-Sim. Minha irmã se chama Luana. E meu irmão Sal. Ele se chama Salvador na verdade, mais prefere ser chamado de Sal. E eu sempre morei com eles dois, e a minha mãe, dona Carmem. Ela é uma figura. -ele disse rindo.

O Vitor era quieto. Não falava muito. No restaurante, ele falou mais coisas, mais no momento, ele não parecia querer perguntar, nem falar mais nada.

-E o seu pai? -perguntei.

Pronto! Fiz coisa errada e falei o que não devia. Assim que falei do seu pai, a alegria do olhar dele sumiu. Ele me olhou, sem expressão nenhuma.

-Meu pai, era um idiota. Fez minha mãe de trouxa a vida inteira. Traia ela, tinha filhos com dezenas de outras mulheres, mais que eu conheça só o Sal, e a Lu. Você não faz ideia o quanto a minha mãe sofreu por causa daquele idiota. -ele disse com raiva.

-Desculpa. Não tá mais aqui quem falou. Se eu soubesse... Não teria te perguntado nada. -disse tentando concertar meu erro.

-Não faz mal. É até bom você ter perguntado. Falar e ser ouvido. É isso que é bom. -ele disse sorrindo pra mim.

-Viu Vitor... Mais me fala um pouco mais sobre você... -disse mudando de assunto. -Desculpa se eu faço perguntas demais, mais você já me perguntou sobre varias coisas, e eu também quero saber sobre você. Sem as desculpas ''incríveis'' que você arruma sobre não ter nada de curioso.

-Mais eu não mesmo nada de interessante pra te contar. E fica tranquila que você não faz perguntas demais. Você sabe conversar e isso é bom. Os namorados que você já teve ou tem, devem ter muita sorte.

Não sorri. Apenas olhei com repreensão para ele. Não queria que a conversa tomasse o rumo errado. Aquela noite linda, não poderia acabar mal de jeito nenhum. E eu não queria que o Dinho viesse a tona, tomando tudo o que tem direito.

-Desculpa... Bom... O que eu tenho sobre falar pra você... Ah Lia, o que eu tinha que te falar eu já te falei. -ele disse rindo.

No fim das contas, o Vitor acabou contando quase tudo sobre ele. Tinham algumas coisas que eu sei que ele não contou, mais que tinha vontade. Deixa isso pra lá. Enfim... Depois, ele começou a contar sobre o que ele gostava, o que não gostava... Falou sobre musicas e sons que curtia, e a maioria eu também curtia bastante. Contou também os micos que ele já tinha passado, e ele fazia e falava de um jeito tão engraçado, que quando ele terminou de contar, eu já estava morrendo de rir.

-Poxa Lia, eu não queria que você morresse de rir. -ele disse em tom divertido, se deitando na areia.

-Desculpa Vitor... -disse me deitando na areia também. -Mais eu acho que não me divertia e ria desse jeito á muito tempo. -disse tentando me recuperar.

-Lia... -ele disse se virando para mim, e me olhando nos olhos.

-Oi? -disse olhando para ele, mantendo distância.

-Você é especial. -ele disse me surpreendendo.

-Como assim? -disse sem intender nada.

-Você é muito especial. Você tem uma energia... Alguma coisa que faz você ser muito especial. Você é diferente. Única. Você... Você... Eu vou ser sincero. -ele disse me olhando nos olhos. -Você é uma das garotas mais especiais que eu já conheci.

Eu não tinha o que responder. O Vitor representava sinceridade apenas no olhar. A felicidade que eu sentia naquele momento, era indescritível.

-Vitor...

-Lia, você é diferente por quê nunca conheci ninguém como você nesses últimos tempos. -disse Vitor me interrompendo. -É mais ou menos assim... Periguetes, It-girls, roqueiras... Todas tem seu lado especial, diferente... Mais você tem um pouco de tudo sabe? -ele disse sem saber realmente o que dizer. -Você tem uma palavra que te descreve, mais eu não sei qual é. -ele disse sem me olhar nos olhos, desta vez.

Eu não sabia como ele conseguia dizer isso. Eu não tinha como recuar, não tinha como não mostrar nos olhos que estava impressionada, e que ele era quase a mesma coisa.

-Vitor... Você também é muito especial pra mim... Porém... É o namorado da Ju, e tem que sentir isso por ela. -disse olhando para ele.

-Perfeição. -disse ele sem prestar atenção no que eu tinha acabado de dizer. -Perfeição é a palavra que te descreve. Você não tem nada que não seja perfeito.

-Ninguém é perfeito. E eu sempre fui a garota problema da família. Deve ser isso que me faz ser tão ' 'especial''. -disse sorrindo.

-Deve ser então... Já na minha família não tem ninguém que seja problema. A minha família é problema. É mistério demais. E o problema maior é que eu levo isso, pela minha mãe. -ele disse me olhando novamente.

-Quer falar sobre isso? -perguntei.

Sim. Eu estava curiosa. Queria saber sobre o Vitor. Era diferente. Esses interesses eram diferentes. Sabe quando você tem que intender, mais isso é difícil?

-Eu queria. Eu sei que posso confiar em você, mais não dá... Prometi pra minha mãe, e ela é uma das melhores coisas da minha vida. -disse ele sincero.

-Tudo bem... Agora não é melhor nós irmos? -disse olhando para o relógio, que apontava a meia noite exata. -A hora passou rapido.

-Tá. Mais vai ter que me prometer que essa não foi a ultima vez que viemos aqui. -ele disse se levantando.

-Eu prometo. -disse sorrindo.

Eu sei que disse que seria a primeira e ultima vez que eu iria para aquela praia, mais aquela tinha sido uma noite linda, e eu não queria ver o Vitor sair insatisfeito. Pelo contrario, eu queria que tudo continuasse assim. Porém, eu tenho que conversar seriamente com ele, sobre essa noite assim.

Caminhamos em silêncio até sua moto. Ele sorria. E eu... Eu já não sabia o que fazer direito. Eu olhava para ele, olhava para tudo ao nosso redor.

-E então? -ele disse chegando na moto.

-E então o que? -disse sem intender nada.

-Sobe ai. -ele disse me entregando um capacete.

-Não, eu não vou de moto. -disse devolvendo o capacete para ele. -Eu vou de taxi.

-Tá louca? -ele perguntou rindo. -Há essa hora não passa taxi por aqui não minha queridinha...

-Não sei... -disse indecisa.

-Primeira vez? -perguntou.

-Tá tão na cara assim? -perguntei.

Vitor assentiu.

-Pode deixar que eu te deixo na sua casa, assim como você vai sair daqui. -ele disse.

-Tudo bem. -disse subindo na moto com ele.

Eu me segurava bem forte no Vitor. Eu estava com medo, e feliz. Mais como o prometido, cheguei no meu apartamento, assim como eu sai da praia. Assim que sai, tive que dar um ponto final naquela noite, teríamos que ter uma conversa agora.

-Vitor, eu quero que você saiba que você está confundindo as coisas. Não sente tudo isso por uma pessoa que mal conhece. Você sente isso pela Ju. E nós somos só amigos. -disse descendo da moto.

-Tudo bem Lia. Pode ficar bem tranquila que eu não comento nada com a Ju. E se comentar, digo que apenas conversamos. -disse Vitor.

Ufa! Graças a minha santa Clarisse Lispector, como diria a Fatinha, ele intendeu e não confundiu as coisas.

-Lia, amanhã eu trago o seu IPhone de volta, tá? -ele disse se tratando do meu celular.

-Vitor, já era, não precisa. -disse para ele.

-Vou mandar arruma amanhã. Fica tranquila que eu te trago. - falou Vitor sorrindo.

-Eu já tenho um outro celular Vitor. -falei.

-O celular que a Ju te emprestou. -ele disse sorrindo.

-Tá... Eu te espero amanhã. -disse saindo e entrando no apartamento.

É... Me surpreendi com as coisas que aconteceram comigo essa noite. Não. Isso não poderia rolar novamente. Eu sai de lá me sentindo culpada. E a culpa veio tirando o meu sono. Eu não conseguia pregar meu olho, pensando apenas que o Vitor, era o namorado da minha melhor amiga, e que eu não poderia sentir nada a mais por ele. Decidi então que agiria diferente. Não iria me entregar. A nada, nem ninguém, muito menos para ele, e motivos... Motivos eu tenho de sobra. Ainda mais por quê eu conheci esse garoto, há dois dias atrás, e não dá pra aceitar isso.

Pov: Vitor On.

Saí do apartamento da Lia e fui direto pra minha casa. Eu morava em um apartamento no momento, mais até metade do ano passado, eu morava com a minha tia Rosa, lá na Penha. Eu vivo lá também, o Pilha, sobrinho dela, é como um irmão pra mim.

Eu estava nas nuvens no momento. Eu conheci a Lia dois dias atrás, mais sabe quando você sente que conhece a pessoa a muito tempo? Entrei no meu apartamento, e fui surpreendido pela Ju, sentada no meu sofá, com a maior cara de brava. Ferrou!

-Oi Ju. -disse entrando. -Achei que não pudesse sair de casa por quê ia cuidar da sua mãe com o Bruno.

-Oi Vitor Machado. É... Eu tinha, e parece que você ficou bem feliz com isso né? -perguntou ela me olhando com repreensão.

-Ué Ju, você mandou a mensagem e eu já estava no restaurante, acabei por jantar lá. -disse olhando para ela.

-É... Mais já passam da MEIA NOITE! -disse brava.

-Encontrei uns amigos e fiquei conversando. -disse inventando qualquer desculpa esfarrapada para ela.

-Vitor, o que eu sempre admirei em você, era a sua capacidade de ser sincero, mais você não está sendo sincero neste momento. Está mentindo. -ela disse já alterada.

-Ju desculpa, mais eu estou cansado. E eu não estou mentindo. -disse me sentando no sofá. -Será que você consegue confiar em mim? -perguntei torcendo para ela acreditar.

-Tá Vitor, eu acredito em você. Mais promete que nunca mais vai me assustar desse jeito, por quê eu fiquei desesperada ok? -ela disse indo até mim.

-É tudo que eu te peço Ju. Confia em mim, e eu nunca mais vou te deixar desesperada. -disse.

-Tá, agora eu vou pra casa. -ela disse me dando um beijo.

-Até amanhã. -disse quando ela saiu de casa.

Tomara que ela não confronte a Lia agora. Realmente... Eu acho que não merecia uma namorada ciumenta desse jeito!

(...)

Acordei na manhã seguinte e depois de um banho rápido peguei as chaves da minha moto e sai. Iria levar o celular da Lia até um amigo. Ele arrumava pra mim, e eu poderia arrumar uma desculpa para ter que ir até a casa dela.

Assim que cheguei na loja dele e entrei, entreguei o celular dela para um rapaz. Antes de devolver pra ela, eu iria dar uma olhadinha né? Curiosidade é o que não falta.

-Hum... Sorte do senhor que é só um probleminha fácil de resolver. -disse o rapaz mexendo no celular.

-É... Acabei derrubando esse celular enquanto corria pelas ruas. E a garota, quase me matou. -falei.

-Quem é Dinho? -perguntou ele mexendo em algumas informações do celular.

-Dinho? Como assim? -perguntei.

-É, Dinho. Muitas mensagens, e ligações desse garoto. Deve ser o namorado dessa tal garota que você tanto fala. -respondeu.

-É... Deve ser. -disse meio incomodado com alguma coisa.

Namorado? Dessa eu não sabia. A Ju nunca tinha me dito que ela tinha namorado. Mais é claro, por quê a Ju ia se importar em me dizer alguma coisa? Que droga, ela também não me disse nada.

-Pronto. É só pagar agora.

-Beleza. -disse pegando o celular e saindo.

Pov: Lia On.

Havia acabado de acordar, e agora, iria tentar falar com a Fatinha. Tinha que perguntar que horas eu teria que estar no aeroporto hoje. Já era pra ela ter chegado, mais estamos falando da Fatinha. Assim que peguei o celular, o interfone do apartamento tocou. Eu atendi e era o Severino, avisando que o Vitor queria subir. Pensei bem antes de dizer alguma coisa. Nada seria como ontem. O que eu fiz? Disse sim. Em menos de dez minutos, minha campainha tocou e eu fui atender.

-Oi Vitor. -disse sorrindo ao abrir a porta.

-Oi Lia. -ele disse seriamente.

-Nossa... O que aconteceu? -perguntei estranhando o comportamento dele.

-Nada. Vai querer conversar comigo aqui na porta ou vai me convidar para entrar? -ele perguntou friamente.

O que estava acontecendo com o Vitor? Eu disse que agiria diferente, mais não queria que ele fizesse isso antes de mim. Estava espantada. Cadê aquele menino simpático que eu conheci ontem, e que me disse todas aquelas coisas maravilhosas? Cadê aquele garoto meu Deus?

-Entra. -disse abrindo passagem para que ele entrasse.

Ele entrou e ficou de pé, me olhando. Eu não gostava que ele olhasse pra mim. Queria que ele agisse normalmente. Ele me olhava seriamente.

-Senta. -disse apontando para o sofá.

-Quando eu cheguei ontem em casa a Ju estava lá, me cobrando explicações sobre onde eu estava. -ele disse se sentando, como eu havia pedido.

-E é por isso que está agindo assim? -perguntei. -Olha, a culpa não é minha Vitor. Eu deixei bem claro que não queria que você me levasse até a praia. E deixei bem claro também, que não era pra você confundir as coisas, caso quisesse contar alguma coisa pra Ju. -disse já nervosa.

Eu ficava mais nervosa, a cada palavra que ele dizia. A cada olhar que ele lançava pra cima de mim. Eu tinha medo de tudo o que ele dizia. Tinha medo das respostas que ele estava me dando. Tinha medo de perder a amizade da Ju.

-Fica tranquila que eu inventei qualquer desculpa e ela acreditou. -ele disse friamente.

-E agora você fala como se ela fosse uma boba? Vitor, foi você que me convidou. Eu disse que não era uma boa ideia. Eu fui, mais sabia que não era certo. Ela é minha melhor amiga, e se eu perder a amizade dela, por sua culpa, nunca mais falo com você. -disse já alterada.

Eu nunca iria perder a amizade da Ju, por um garoto. Ela era a minha melhor amiga, e não trocaria minha amizade por ninguém.

-Lia, não é por isso que eu vim aqui. -ele disse me olhando.

-Então o que você veio fazer? Dizer que não podemos mais fazer o que fizemos na noite passada? Que aquela foi a primeira e ultima vez que rolou uma praia? -perguntei. -Pois se foi isso, pode você fazer o favor de ficar tranquilo, por quê eu também acho. Nunca mais pode acontecer aquilo. -disse completamente irritada.

-Nada do que eu disse ontem é mentira. Tudo o que eu disse faz parte da verdade. -ele disse me olhando nos olhos.

-Então se ontem você me deixou aqui e estava tudo bem, posso saber por quê está agindo assim? -perguntei.

-Ainda me pergunta? -disse ele ironicamente.

-Qual é Vitor? Eu não sei. Também não posso perguntar? -disse sem intender nada do que ele estava me falando.

Ele estava me fazendo de idiota, é isso? Se não estava, eu acho que não sei o que ele estava fazendo.

-Está me testando? É isso? -perguntei olhando brava para ele.

-Não é nada disso. -ele respondeu.

-Então por quê não posso te perguntar por quê está me tratando assim? -perguntei brava.

-Por quê a sua resposta, está na pergunta que eu vou fazer. Na verdade está na sua própria resposta. -ele disse também já alterado.

-A é? Pois que pergunta é essa que você não diz logo. -disse.

-Tem certeza de que quer saber? -perguntou.

-PARA DE ENROLAR VITOR! -gritei.

-Só se prometer que vai me responder a verdade, e não vai tentar me enrolar. -disse ele.

-Fala.

-Lia, quem é Dinho? -perguntou ele.

Como assim quem é Dinho? Agora é eu que não estou acreditando no que estou acabando de ouvir. O que ele tinha haver sobre quem era Dinho? Como ele sabia do Dinho?

-Como você sabe do Dinho? -perguntei sem olhar pra ele.

-O cara te liga, te manda mensagens, só falta vir te buscar, e você me pergunta como é que eu sei do Dinho? -disse ironicamente.

-Mexeu no meu celular Vitor? Sinceramente, eu achei que ele não estivesse pegando, mais pelo jeito né... -falei.

-Eu levei seu celular para ver se tinha algum jeito de fazer voltar a pegar, e eu não mexi nele. Fui apenas questionado sobre quem era Dinho. Ah, e aqui está o seu celular. -ele disse jogando meu celular no sofá.

-Vitor, só por causa de um celular? Se você quiser eu jogo no lixo. -disse encabulada. -Já que é um grande problema pra você, por favor, sai da minha casa. -disse apontando para a porta.

-Não saio sem saber que é Dinho. -ele disse parando na minha frente.

-SAI VITOR!

-Custa me falar quem é? -disse ele.

-SAI DE UMA VEZ. -gritei.

-Fala Lia. Quem é ele? Seu namorado? -ele perguntou sem imaginar nada, imagino eu.

-É. -disse.

No momento em que eu disse isso, o Vitor parou de falar qualquer coisa. E de pensar qualquer coisa que ele estivesse pensando.

-ELE É MEU NAMORADO SIM, ALGUM PROBLEMA? -gritei sem paciência, sem ao menos imaginar o que poderia causar.

O Vitor me olhou surpreso. Acho que eu falei de tudo pra ele, menos sobre o Dinho. Eu não intendia a reação dele. Ele era namorado da Ju, e eu posso, ou não posso ficar com quem eu quero?

-Não... Não me falou que tinha namorado. -disse Vitor calmamente.

-A Vitor, faça-me o favor. Acha mesmo que eu tenho que ficar te dando satisfações sobre a minha vida. -disse irritada.

-Você me disse que não tinha mais nada pra me falar. -disse ele.

-E por qual motivo você gostaria de saber dele? -perguntei. -Você é namorado da Ju, e o assunto do Dinho, não te diz respeito. -falei. -Você nem perguntou.

-NÃO PERGUNTEI POR QUE ACHEI QUE VOCÊ TINHA ME DITO TUDO. MAIS PELO JEITO, NÃO. -gritou.

-VITOR, VOCÊ ESTÁ SENDO INFANTIL. E EU NÃO VOU BRIGAR COM VOCÊ POR CAUSA DO DINHO. VOCÊ É NAMORADO DA JU, E PODE DEIXAR QUE DA MINHA VIDA CULDO EU. -reclamei.

-NÃO ESTOU CUIDANDO DA SUA VIDA, SÓ QUERO O SEU BEM. VOCÊ É A MELHOR AMIGA DA MINHA NAMORADA. -falou.

-SE QUER MEU BEM, DEIXA QUE EU CUIDO DA MINHA VIDA, E VAI CUIDAR DA SUA VIDA. -disse.

-PRESTA ATENÇÃO LIA. ESSE CARA, NÃO É CARA PRA VOCÊ. EU TENHO CERTEZA QUE NÃO É. SEI, ATÉ PELAS COISAS QUE ELE TE MANDA. UM CARA QUE TE MERECESSE NÃO TE DEIXARIA VIR PRA CÁ SOZINHA. -disse ele, que parecia estar buscando palavras até de onde não conseguia.

-AH VITOR! ME POLPE DESSAS SUAS CISMAS IDIOTAS. EU NÃO VOU FICAR TE ATURANDO. EU NUNCA TE ATUREI. EU NÃO VOU SER OBRIGADA A TE AGUENTAR, SÓ POR CAUSA DA JU.

-Ou? -ele provocou.

-OU VOCÊ NUNCA MAIS VAI ME VER NA SUA FRENTE. -ameacei.

-E vai fazer diferença? -ele disse ironicamente.

-VAI, POR QUÊ SE EU NÃO FIZESSE DIFERENÇA, VOCÊ NÃO ESTARIA COM ESSA HISTÓRIA DE ''PRO MEU BEM''. -falei.

-E É PRO SEU BEM. ELE NÃO TE MERECE. -ele disse.

-A É? E QUEM ME MERECE? VOCÊ? -falei rindo ironicamente.

-É. EU TE MEREÇO. É UMA PENA QUE A ÚNICA PESSOA QUE EU QUERIA QUE PERCEBESSE, NO CASO VOCÊ, NÃO PERCEBE.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E Agora? O que será que a Lia vai dizer? Quem gostou do momento LiTor? Será que pode ser, O Inicio dos dois?
Quem quer saber, vai ter que comentar.
Gostaria de avisar que amanhã tenho alguns compromissos e por isso estarei postando mais tarde, ok?
Comentem, favoritem... Enfim, façam uma autora feliz.
Sem comentários/Sem FIC.
Até amanhã!
Amo vocês!
BeiJUs!