Meu Grande Amor -LiTor. escrita por Jaqueline


Capítulo 22
Capítulo 22-Adeus?


Notas iniciais do capítulo

Oi Amores da Minha Vida! Senti muita falta de todas vocês! Sinto muito por não postar nesses dias, mais não deu mesmo...
Quero muito agradecer a todos que comentaram no capitulo anterior. Por nunca terem me abandonado! Vocês são umas lindas!
Espero que gostem do capitulo, que tem um fim trágico.
Boa Leitura!



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''A única forma de chegar ao impossível, é acreditar que é possível.''


(Alice no País das Maravilhas)

Lewis Carroll

-O que tá acontecendo aqui? -disse quando vi que as coisas iam piorar.

-Lia? O que você tá fazendo aqui? -perguntou Vitor nervoso.

-Eu é que te pergunto Vitor Machado. O que você está fazendo aqui? -disse irônica. -Não era para estar na porta do meu apartamento? -perguntei sínica.

-Eu estava na porta do seu apartamento. Mas ai eu vi o Gabriel e...

-E estava brigando com ele nesse momento. -interrompi.

-Lia, tenta intender uma coisa, por favor?

-Não. Não vou intender nada. Vitor, nós demos um tempo, pra que você decidisse o que queria. Pra aprender que não quero que você esconda as coisas de mim, e na verdade, você esconde cada vez mais. Cada dia está mais misterioso. As vezes age como se eu não existisse. Será que tudo que você me disse sobre a Alice, e tudo que eu te falei, já não bastou pra você intender que eu gosto de você, e que te intendo? -falei decepcionada. Não acredito que fiz isso. O Gabriel me olhou, e só agora notei sua presença. -O que foi garoto? -perguntei me referindo a Gabriel, que me olhava estranho.

-Contou da Alice pra ela? -perguntou Gabriel para Vitor, sem ao menos me responder, e definitivamente eu não estava intendendo nada.

-Eu tive que...

-Como você sabe da Alice, Gabriel? -perguntei interrompendo Vitor que me olhava com um olhar de quem queria que eu calasse a boca.

-Lia, deixa isso pra lá. -pediu Vitor.

-Não. Agora eu quero saber. Gabriel, como você sabe da Alice? -perguntei novamente. -Desde o inicio eu sabia que você sabia de alguma coisa, mas agora quero saber disse vindo de você. Já que o Vitor não diz nada.

-Sei. Eu sei da Alice sim. -respondeu Gabriel frio. -E você cara. -falou se referindo a Vitor. -Teve coragem de contar pra ela? -disse em tom ameaçador.

-Contei. Eu contei sim. Porque eu ia continuar escondendo essa história toda dela? Pelo menos uma pessoa tinha que saber sobre isso. Contei e não me arrependo. -disse Vitor.

-Espero que você também tenha contado que foi você quem matou ela. -disse Gabriel, dessa vez com olhar triste. -Ou contou aquela mesma história de que não foi a sua culpa?

-Porque diria que fui eu que matei, quando na verdade foi você? -falou Vitor automaticamente, para depois se dar conta de que tinha entregado todo o jogo, e para confessar, eu estava desesperada.

-Eu nunca quis mata-la. Queria matar você. Não tenho culpa se ELA entrou na frente. Impedindo que eu fizesse isso. -falou olhando para mim. -Sabe que eu nunca intendi o que as garotas veem em você Vitor? Um garoto todo certinho, que não faz nada de errado. Um playboy que se acha demais. Não é? Nunca intendi o que a Alice via, e o que a Lia vê. No começo achava que era porque você era popular. Mas ela nunca foi disso. E a Lia também não é. Não aguentava mais ver vocês dois sorrindo. Felizes e essas outras coisas. Não dava mais. Ai tive que arrumar um jeito mais fácil de me livrar de você. Acontece que ela apareceu e estragou meus planos. Ela teria sido feliz comigo. Porque eu ainda me lembro da ultima vez que ouvi a voz doce dela. Mas o que me incomoda, é saber que ela morreu amando, e sendo amada. Por você. E por mim. Mas eu nunca vou desistir Vitor. As coisas ainda vão piorar pro seu lado. -ameaçou, enquanto Vitor permanecia imóvel.

Eu estava quase saindo correndo, e aquelas benditas lágrimas insistiam em cair. Por que as coisas tinham que ser tão complicadas pra mim? Por que tudo não podia ser mais fácil? Toda vez que eu estou feliz acontece alguma coisa. O que mais me incomoda, é saber que esse tempo todo, eu julguei o Vitor sem saber o que se passava com ele. Nunca me importei em saber. Em perguntar. E esse tempo todo fiquei sendo amiguinha do Gabriel, coisa que me arrependo muito, enquanto ele queria apenas o meu bem.

-Eu vim aqui pra me vingar do Vitor, usando o amor da vida dele. Você Lia. -ele disse caminhando até mim, que estava temendo o que ele poderia fazer. -Só não tinha pensado na hipótese de me apaixonar por você. E isso... Estragou meus planos. -confessou Gabriel antes de sair correndo, e me deixar ali, chorando compulsivamente com o que tinha acabado de ouvir.

(...)

-Lia, não fica assim... -pediu Vitor novamente, enquanto tentava me acalmar. Sem sucesso pois era impossível se acalmar com o que acabava de acontecer.

-Não consigo. -disse enquanto escutava a música alta da festa da Fatinha, vinda do Misturama. -Não consigo ficar calma enquanto ver você na minha frente Vitor. Por que não me contou sobre o Gabriel? -perguntei.

-Porque eu sabia que isso iria acontecer, e não queria que você ficasse do jeito que está agora Lia. -respondeu. -A festa da Fatinha tá super animada. Vamos lá vai? -pediu.

-Desde quando você se importa comigo Vitor? -pedi chorando ainda mais. -Não se importou comigo nunca... Não sou mais nada pra você também. O risco que eu corria sabendo de tudo não iria te prejudicar.

-Lia, você não era só minha namorada. Você era muito mais que isso. Você era, e continua sendo, a minha vida. -disse ele me olhando nos olhos.

-Obrigada Vitor. -disse olhando para ele. -Não sei o que faria se você não estivesse aqui comigo, agora... Desejo que você seja muito feliz... -falei sorrindo fraco.

-Só serei feliz se for com você. -falou sorrindo. -Eu prometo mudar Lia. Não vou esconder mais as coisas de você.

-Não quero que mude Vitor... Eu Te Amo do jeito que você é. -disse o beijando.

Pov: Fatinha On.

Poderia afirmar que hoje era o dia mais feliz da minha vida! Tudo estava correndo muito bem. Tirando o fato do jeito com que o Gil dançava com a Paty. Se é que pode-se chamar aquilo de dança. Mas eu e o meu Moreno Lindo também estávamos nos divertindo muito. Assim como todo mundo. Era uma pena o Michelzito não ter conseguido ninguém pra ficar no lugar dele.

-O Fatinha, você viu a Lia por ai querida? -perguntou Marcela em tom alto, provavelmente por causa da música, e aparentemente preocupada.

-Não vi não. Nem ela nem o Anjo... Sei não em... -disse sorrindo. -Será que não teve uma reconciliaçãozinha?

-Maria de Fátima! -repreendeu o tio Lorenzo.

-Que foi? Só quis ser realista... Mas não vi ela não. -disse ainda dançando.

-É que o Vitor estava meio estranho, e ela foi atrás dele sem ele saber. Mas agora ela está demorando um pouco. E tínhamos combinado de encontrar ela aqui. -disse Marcela.

-Lia, Lia... Pode deixar que eu e o meu Moreno vamos atrás dela, e se acharmos, avisamos você, pode ser? -perguntei.

-Pode! -disse Marcela.

Depois de insistir muito para que o Bruno viesse comigo, consegui finalmente passar por todas as pessoas, e não demorou muito para achar a Lia com o Vitor. Sabia que estava tendo uma pegação ali em...

-SABIA! -disse saindo de onde eu estava, o que fez os dois se afastarem rapidamente, super constrangidos claro.

-Fatinha! -repreendeu Bruno.

-Sabia de que Fatinha? -disfarçou Lia.

-Quer que eu fale? -perguntei rindo.

-NÃO. -disse Vitor rapidamente.

-Mesmo assim... Pra vocês não estarem na minha festa, tinham que estar fazendo alguma coisa não é mesmo? -falei rindo. -Agora vamos que a Marcela tá mega preocupada com vocês.

Pov: Vitor On.

Por um lado eu estava contente por não ter que mentir mais para Lia, e por outro assustado, pois não sabia do que o Gabriel seria capaz de fazer, depois do que fez essa noite. Ela ficou bastante assustada com a situação.

Estávamos na festa da Fatinha agora, e a Lia estava bem feliz. Feliz até a hora que a Ju começou a dançar com o Gil, de um jeito que a Fatinha não gostou nem um pouco.

-Gente! -chamou Fatinha. -Isso aqui é uma festa, não uma boate para que as periguetes fiquem se esfregando com os caras! -disse olhando para a Ju.

-Está se referindo a você não é mesmo? -disse Ju percebendo o olhar de Fatinha nela.

-Não. Estou falando de você mesmo! -provocou.

-Nisso concordo com a Fatinha! -se intrometeu Lia. -Paty, se quer ficar dançando, se é que se pode chamar o que você está fazendo de dança, procura uma boate. Aproveita e faz uns shows ao vivo para se mostrar mais.

-Você mexeu com a pessoa errada! -disse Ju brava.

-Não pedi sua opinião! -retrucou Lia irônica.

-Agora chega. -disse Ju pegando uma torta que estava em cima da mesa. Porém, quando ela foi tacar a torta em Lia, ela se abaixou, e acabou na verdade, acertando na cara de Fatinha, o que fez todo mundo começar a rir, enquanto Lia lamentava o ocorrido.

-Agora você me paga! -disse Fatinha pegando outra torta, que dessa vez foi direto na cara de Lia.

-Fatinha! -gritou ela. -Paty, alguém precisa mostrar pra você quem é que manda. -disse tacando outra torta em Ju.

No final quase todo mundo acabou levando torta na cara, inclusive o Orelha. A Paty foi a que saiu pior dali. Tadinha da garota gente... Ou não! Acho que essa ela mereceu!

Pov: Lia On.

-Eu não acredito que vocês fizeram isso comigo! -reclamou Paty assim que entrou, não sei porque, no meu apartamento com o Gil, a Marcela, e o meu pai.

-Ninguém mandou você jogar uma torta inteira na cara da Fatinha... -disse sínica.

-Quem mandou você se abaixar? -disse ela tentando repetir a voz que eu tinha feito para falar com ela.

-Olha aqui Paty, eu não estou nem ai para as coisas que você fala, já você... Não enxerga a verdade, e não deixa as pessoas falarem pra você. Né? -falei irônica.

-Lia, e sobre você e o Vitor? -perguntou Marcela, vendo que as coisas entre mim e Paty não iam nem um pouco bem.

Me lembrei do que tinha acontecido mais cedo, e praticamente tremi. Claro que eu não iria entregar tudo o que eu sabia pra todo mundo, mesmo que essa pessoa fosse a Marcela.

-Nada... Ele estava estranho por estar estranho mesmo... Mas na verdade estava super bem. Ele estava lá fora mesmo, e... Acho melhor ir dormir. Até amanhã. -disse indo para o meu quarto.

Passei a noite inteira em claro, e cheguei a algumas conclusões: O Gabriel estava apaixonado por mim, e ele é perigoso. Capaz de tudo para ter o que quer, principalmente quando isso envolve o Vitor. O que ele seria capaz de fazer comigo? O Vitor nunca esqueceu o que passou, e tem medo desse cara. E eu? Eu acho que o perigo me escolheu... Mas eu faço qualquer coisa pra colocar esse Gabriel no quadrado dele, e isso, eu mandei escrever.

Na Manhã Seguinte...

Estava saindo do meu apartamento, quando dou de cara com a Luana. Hoje o dia começou péssimo. Estava me esperando na portaria, e assim que me viu, sorriu cinicamente.

-Estava mesmo esperando por você Liazinha! -falou ela.

-Fala logo o que você quer e sai fora daqui Luana. -disse sem paciência. -Você já aprontou demais pra cima de mim, e quer o que agora? -perguntei.

-Deixa eu te informar um pouquinho Lia... -disse. -Quem foi que você acha que passou todas as informações ao Gabriel? Acha mesmo que ele viria para cá sem saber nada minha cara. -falou. Eu sabia que ela tinha alguma coisa haver com essa história toda.

-Cuidado com o veneno Luana. Tá escorrendo. -falei.

-Calma Lia, só vim te situar um pouquinho: Isso é apenas uma partezinha, bem pequeninha, do que eu sou capaz de fazer, estamos entendidas? Agora vê se toma cuidado. -ela disse em um tom ameaçador, que não me ameaçava nem um pouco.

Continuei caminhando até a escola, depois de constatar que a Fatinha já tinha ido. Realmente acho que eu estava bem atrasada. Cheguei lá e não vi a Fatinha, provavelmente ela estaria provocando a Paty uma hora dessas, ou o Gil, que também já tinha ido, sem nem me esperar -grande irmão né? O Gabriel estava encostado em uma parede, apenas me olhando, com aquele olhar dele. O Vitor ainda não estava por aqui.

-Lia, posso falar com você? -perguntou Ricardo, se aproximando de mim, acompanhado da chata da Paty.

-Não tenho nada pra falar com você Ricardo. Tudo que tinha que falar, já falei. Não vejo NENHUM motivo para ter que ouvir sua voz ridícula. -respondi sem parar de andar.

-É melhor você ouvir Lia. -comentou Paty.

-Desde quando você se acha no direito de dizer o que é melhor para mim? -perguntei imitando a voz dela.

-Desde que eu sei o que o Ricardo quer te dizer. -respondeu.

-Tá bom, tá bom! Eu dou dois minutos pra você me dizer o que você quer, ao contrário, eu não vou esperar. E não enrola. -cedi.

-Valeu Lia, você sabe que eu te adoro por você ser tão doce. -falou Ricardo.

-Fala logo, antes que eu desista. -falei sem paciência.

-Bom, eu vou atrás do lindo do Gil, pra não deixar a Fatinha trair o meu irmão, com ele! BeiJUs! -disse ela saindo. Alguém já viu alguém mais idiota que essa recalcada?

-Fala Ricardo, o que você quer? -perguntei.

-Lia, eu vou embora. -disse ele frio, me assustando com as suas palavras. -Não tenho mais nada pra fazer aqui. Os estudo faço em outro lugar. Eu gosto realmente da Ju, mas gosto ainda mais de você, o problema, é que você, nem ela, estão nem ai para mim. Eu espero te encontrar novamente um dia. -falou ele me olhando nos olhos.

-Não acredito que estou ouvindo... Isso. -disse tentando parecer ''feliz'' com isso, já que querendo ou não, não queria que ele fosse, se é que me intendem.

-Lia, pelo menos agora né? Voltei pra te conquistar, mas infelizmente, esse sonho não realizei. Não se faça de durona, que eu sei muito bem o que se passa nessa sua cabecinha. -disse ele sorrindo, e me dando um abraço.

O Ricardo se despediu de todo mundo, enquanto o Vitor -que havia chegado- não saia do meu lado. Melhor nem comentar pra ele sobre a Luana ter ido até o meu apartamento.

Depois que o Ricardo saiu, notei um movimento estranho na entrada do colégio, e seguindo naquela mesma direção, vi que duas garotas chegavam naquele mesmo momento. Não só eu, assim como todo mundo que estava ali. Uma não tinha nada haver com a outra, mas pra falar a verdade, assim de ver, não gostei mesmo, é de nenhuma.

Comecei a gostar menos ainda, quando a de cabelos compridos e hobbies, veio correndo na minha direção. Pensei que ela iria querer me matar -errei e mal errado. Seria melhor que ela tivesse feito isso, porque ela veio correndo é na direção do Vitor, para depois abraça-lo. A garota ao lado dela, olhava irônica para aquela cena ridiculamente ridícula.

-To Barbie na Caixa. -disse Fatinha baixo. -Acabou de se livrar de uma coisa ruim, e a outra aparece. Começa a rezar Lia.

-Hey Garota. -falei a tirando de perto do Vitor, enquanto a outra me olhava de longe. -Você vai chegando, e abraçando as pessoas, assim? Ou melhor, o namorado dos outros? -perguntei irônica.

-E ele é namorado de quem? -disse ela sínica olhando para os lados. -Seu? Desculpa, mas nem tinha te visto.

Ok, ela queria morrer.

-Não vai me apresentar a sua amiguinha Vitor? -perguntei.

-A sim, essa é...

-Eu sou Valentina, amiga, bem amiga, quase namorada, do Vitor. -disse ela o interrompendo.

-Olha aqui, Valentina, não parece ser isso, o que o Vitor iria me dizer, não é mesmo? -falei olhando para o Vitor. -E outra, ele não precisa que você responda por ele.

-Não perguntei nada do que você jogou na minha cara. -rebateu. -E outra. -ela disse imitando a minha voz. -Não vou arrumar confusão com ninguém, no primeiro dia de colégio. Até porque vem muitas aventurar por ai, não é Vitinho?

-Valentina, para com essa historinha ridícula. -disse Vitor.

Atraímos bastante plateia, e alguns alunos, já de cara gritavam ''briga''. Bando de idiotas, porque eu não vou perder meu tempo brigando com essa mal informada. Na verdade eu ia partir pra cima dela, quando ela praticamente abraçou o Vitor novamente, só não fiz isso porque a garota que a acompanhava, me segurou, junto com Fatinha, impedindo que eu fizesse alguma coisa.

De qualquer modo, fui parar na diretoria, porque a sereia-paraguaia, foi até lá dizendo que foi quase agredida por mim, e como foi isso que a metade dos alunos viram, acabei me ferrando.

-E então garota, o que é que você ainda está fazendo aqui? -perguntei para a garota de cabelos lisos e compridos que acompanhava a sereia-paraguaia.

-Se não fosse por mim, e pela sua amiguinha loira, você estaria bem mais encrencada agora. Ou acha que a Valentina iria colocar a mão em você, pra se encrencar depois? -falou andando junto comigo, em direção a sala de aula, já que Fatinha não estava lá comigo, não sei porque, no momento. -Ela é esperta, não é desse tipo, me intende?

-Olha, eu nem sequer sei seu nome, para ficar ouvindo coisas que você pensa, ou deixa de pensar, sobre mim e a sereia-paraguaia. -retruquei.

-Sou prima da Valentina, bem de longe, mas infelizmente sou. Minha mãe praticamente me obrigou a vir pra cá acompanhada dela. Assim que ela soube que o tal do Vitor estaria aqui, quis estudar aqui. Nem eu mesma suporto a falsidade daquela uma. Mas não mecha, se não você vai se ferrar. Arme muito bem antes de fazer isso. -disse ela como se fosse a coisa mais natural do mundo.

-Posso pelo menos saber seu nome? -perguntei. -Meu nome é Lia Martins, se quer saber.

-O meu é Mariana Rinaldi. -apresentou-se ela simpática. -Mas todos me chamar de Mar, então pode me chamar assim também.

A sim, essa sim me ajudaria a acabar com aquela sereia-paraguaia, e tiraria ela de perto do meu Vitor de uma vez por todas.

Uma Semana Depois...

Fazia uma semana que aquela sereia-paraguaia insultava minha vida. O Vitor vivia dando foras nelas, mas eu bem sabia que ele iria acabar caindo na história dela. Outra coisa que preciso dizer é que a Mar é uma fofa! -para quem merece é claro. Ela estava hospedada no Hostel, mas apenas temporariamente.

No momento, ela estava em casa, em mais um sábado tedioso. Já que estava chovendo, e a Fatinha estava trabalhando, combinamos de ver filme, mas acabou a força, e acabamos tendo que ficar em casa mesmo.

-Galerinha! -disse Mar pulando no sofá. -O que era pra ser uma mega, super, hiper, supermax tarde de filme com as amigas, está virando um tremendo tédio.

-O pior é que eu concordo plenamente com você. -disse Fatinha com cara de tédio. -Aposto que a Paty está se divertindo muito mais que agente lá no boliche com o lindo do seu irmão Lia...

-Tenho certeza di... -dizia quando fui interrompida pela Paty, que acabava de chegar do boliche. Ultimamente, ela só fica em casa. Não sei o que realmente essa garota esta querendo.

-E ai galerinha? A tarde de vocês está boa? -perguntou ela entrando em casa, sempre com um sorriso sínico ao falar com nós três.

-Claro, não está vendo que estamos felizes e que tem até uma festa aqui? -disse Fatinha ironicamente.

-Não tenho culpa se o Gil quis sair comigo e te deixou aqui. -provocou Paty. -Achei que estivesse feliz com o meu irmão Fatinha.

-Eu estou feliz com o seu irmão Juliana, mas é o quinto do ridículo você ficar fazendo isso o que está fazendo. Eu NÃO vou ter ciúmes de você. NUNCA. -disse Fatinha batendo a porta e saindo com raiva de casa. Ultimamente ela não tem mínima paciência para aguentar a Paty.

-Precisava fazer tudo isso? -disse irônica olhando para Paty.

-Gente! Ela tem que intender a realidade. Agora com licença que eu tenho que arrumar umas coisinhas pra comer enquanto o Gil não chega! -disse ela saindo da sala.

-COBRA! -gritou a Mar se sentando no sofá.

-Vai se acostumando... -aconselhei.

-Lia, o que foi que você fez pro Vitor? -perguntou Gil entrando em casa.

-Como assim? Não fiz nada, porquê? -perguntei.

-Ele está lá na portaria e está com uma péssima cara. -respondeu. -Falei que ia te chamar, e ele está te esperando.

-Vou indo lá. -disse saindo.

Desci para a portaria e realmente o Vitor me esperava com uma péssima cara. O que ele quer dessa vez?

-Vitor? Bom te ver aqui nessa tarde péssima. -disse lhe dando um selinho. -Está tudo o maior tédio por enquanto.

-Lia, porque você não me contou que a Luana esteve aqui dois dias atrás? -perguntou ele frio.

-Quem te contou da Luana? -perguntei.

Mas é claro, tinha que ser! Assim que olhei do outro lado da rua, vi a sereia-paraguaia da Valentina me olhando com aquele sorriso sínico dela. Tinha me esquecido de que agora ela havia virado amiga da chata da Luana.

-Ainda quer que eu fale? -perguntou ele.

-Não acredito que você vai acreditar nessa história ridícula... Tudo bem que isso pode ser verdade, mas você vai ficar ouvindo a sereia-paraguaia da Valentina? Vai preferir saber das noticias por meio dela do que por mim? Vitor, não acredito que vai ficar dando moral pra ela. É exatamente isso que ela quer. -disse irritada.

-Lia, eu quero colocar um fim definitivo nessa história da Luana, sobre isso tudo, mas parece que você não quer me ajudar. Enquanto não me manter informado sobre as conversas que ela tem com você... Não vai ter jeito, intende? -perguntou. -Você não ia me contar disso. Não é mesmo? -perguntou ele cada vez mais perto de mim.

-Não... Eu não ia. -confessei. -Ela veio aqui me dizer que as informações que ela passou pro Gabriel, e tudo o que ela me fez passar, é só uma partezinha de todo o mal que ela pode, e vai, fazer pra mim. -contei. -Mas é claro que eu nunca vou ter medo da Luana. O que mais me assusta é essa ligação que ela tem com ele... Vitor, como ela sabe dele? -perguntei.

-Ela diz que ele era um amigo, mas estou desconfiado de que ela está aprontando alguma... Não vai mais me incomodar no meu apartamento, e quando tento falar com ela, nunca está em casa. O Gabriel está muito quieto também. O Sal sumiu, e a minha mãe está muito preocupada, por isso nem falo muito da Luana e dos meus problemas para ela. -respondeu.

-Você está certo Vitor. Não fica incomodando a sua mãe. Os problemas da Luana, nós mesmo podemos resolver. Eu vou ficar esperta, prometo. Qualquer coisa eu te aviso, e, sei lá... Fazemos alguma coisa. Prometo... -disse enquanto o abraçava e sentia o gostinho da vitória ao ver a sereia-paraguaia sair correndo de raiva dali.

Anoitece...

-Ganhei! -disse Mar depois de mais uma partida de videogame com a Paty, que já estava morrendo de raiva dela.

-Isso não é justo! -reclamou a chata. -Você e a Lia vivem jogando, jogando e jogando, e claro que sempre vão ganhar.

-Já chega! -reclamou Mar se sentando no sofá. -Cansei de ganhar. A Juliana só sabe perder e reclamar.

-Concordo com você! -disse morrendo de rir.

-Vocês duas, são duas chatas, sabia? Não suporto! Vocês são ridiculamente ridículas! -falou.

-Vai ver se eu estou na esquina Paty! -falei irritada.

-Lia, eu vou indo embora, porque já está BEM tarde pra mim continuar aqui. Vou indo pro Hostel, ver se eu ainda encontro a Fatinha. Preciso falar com ela. Tchau Amiga! -disse Mar saindo.

-Tchau Mar, vejo você amanhã! -despedi-me.

A Mar estava ficando no Hostel por enquanto, já que estava super sem vontade de ficar no apartamento com a prima chata dela, a sereia-paraguaia da Valentina.

-Lia, eu vou sair com a Ju. A minha mãe e o Lorenzo foram jantar fora. Não sei que hora eu volto, mas você pode ir com agente se quiser. -disse Gil entrando na sala.

-Não, muito obrigada! Vou ver se o Vitor vem pra cá. Sair com você e com a chata da Paty é uma das coisas que eu menos quero, hein... -falei sem animação.

-Tá, só que comportem-se... Vou passar pegar a Ju e não tenho hora pra voltar. Tchau. -disse ele saindo de casa.

Assim que ele saiu, comecei a fechar as janelas, estava ventando muito ali. Tentei de todos os modos não ter que ligar para o Vitor, mas estava ficando desesperada com aquelas janelas que não paravam de bater mesmo fechadas, por conta do vento.

Peguei meu celular e notei que haviam várias chamadas perdidas do Vitor. Tinha também uma mensagem dizendo que ele não estaria em casa, pois iria visitar um tia em uma cidade próxima, e só voltava no dia seguinte. Que ótimo.

Até tentei dormir, mas era praticamente impossível fazer isso. Piorou ainda mais quando escutei um barulho vindo da cozinha. Me levantei imediatamente, e fui andando devagar até lá. A janela estava entreaberta e a vela que tinha deixado acesa ali havia se apagado. Quando fui acender a luz, percebi que a energia tinha caído. Não poderia ficar pior, ou podia.

Eu senti que tinha alguém atrás de mim... Era a mesma sensação de estar sendo observada. Não tinha mais o que fazer. Tudo estava escuro, e não podia usar nada para me defender.

Por impulso, me virei e sai correndo em direção a porta, que estava destrancada. Sai correndo pelo corredor, em busca de sair dali, mas o elevador não estava funcionando devido a falta de energia. Sai correndo em direção a escada, mais só ai me dei conta de que o piso estava molhado, pois o Severino já havia avisado antes, ainda deu tempo de ouvir alguém gritando meu nome. E de ouvir a ultima voz que eu queria ouvir...

-LIA, NÃO!

-VAI COM DEUS, GAROTA!


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Notas finais do capítulo

Gabriel realmente se revelou agora, hem? Quem ai está morrendo de raiva da Luana? Como ela teve coragem de ameaçar a Lia na porta da casa dela? Ricardo foi embora... Lia ficou um pouco mexida com isso não é mesmo? Some um, aparece o outro. Valentina chegou chegando, e agora já está colocando Lia contra Vitor. Quem ai achou a Mar (Mariana) Uma fofa? Paty sempre arrumando um jeito de provocar. E agora gente, o que será que aconteceu com a Lia? Quem estava lá nesse momento?
A Mar, é uma atriz, cantora, que eu amo demais! Quem quiser saber quem é, pode procurar por Mariana Esposito!
Vou deixar um spoler pra vocês sobre o próximo capitulo:
SPOLER: -Lia... Dizem que recordar é viver... Então devo-lhe dizer, meu amor, que nessa fase difícil que estou vivendo agora, continua te amando incondicionalmente, independente de onde você estiver agora... Não tinha coisa melhor do que ter a certeza de que se tem uma garota fantástica ao seu lado. Você é a minha vida. Passamos tantos momentos maravilhosos juntos que nos instantes em que estou sozinho me perco viajando e relembrando o nosso romance e nossas horas de puro amor. Por isso saiba que eu te amo do jeito que você estiver, onde você. Mas saiba que não vivo sem você. Tenho medo de te perder... Se é que já não te perdi...
O que será que vai acontecer? Será que é o Vitor que vai dizer isso? #claroné? Posso dizer que é o Vitor, mas por qual motivo? Opiniões são sempre bem vindas.
Comentem, recomendem, favoritem, mais não me abandonem, por favor!
Amo Vocês