Insanity escrita por Prince of Blood


Capítulo 9
Capítulo 8 - A praia


Notas iniciais do capítulo

Nova personagem! Mas vão ter que ler para descobrirem.



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Jonathan

Porcaria. Eu não tinha nada contra o Richard e o David terem o seu momento romântico, mas tinham que fazer tanto barulho?

Estava tentando, mas era impossível dormir com os gemidos e batidas que eu ouvia. Que droga, até eles estavam felizes namorando e eu sozinho, se eu achasse alguma namorada... Não, não podia pensar daquela maneira, estava sendo muito banal. Richard e David tinham a desculpa por já estarem juntos há três anos, e já terem feito aquilo antes.

Eu tinha ficado tão chocado e perturbado esses últimos messes que nem me importei com Amber, eu me sentia culpado por telo feito, afinal ela também sofria, as vezes até mais do que eu, mas ela não expressava aquilo com tristeza nem depressão, ela tentava escondê-lo, mesmo que de um jeito na sutil. Ela nunca gostava de chorar, ela se achava fraca por fazê-lo, nem me lembro se ela sequer havia chorado. Não queria que sentissem pena dela.

Quando dei por mim estava explicando tudo isso enquanto eu e David andávamos na beira da praia, ele tinha dito que Felix tinha mandado fazê-lo, mas ele estava aceitando aquilo bem demais para ser uma ordem. Talvez ele tivesse feito isso para me ajudar em alguma coisa.

– Caramba, isso deve ser difícil. Quero dizer, viver toda a vida nas ruas e quando vocês vão para um orfanato finalmente essa merda toda acontece! – Exclamou indignado.

– Não é tão ruim quanto perder toda a família e ter que se virar sozinho – Falei, estava falando dele, ele tinha me contado sobre sua história então sempre achei bem pior que a minha.

– Nunca despreze a sua situação, ela sempre é pior para a sua realidade – Falou ele sendo mais filosófico do que eu estava acostumado – E no final eu nunca estive sozinho, sempre tive Richard para me ajudar – Falou.

– Mas então, depois da AIA, o que você vai fazer? – Perguntei mudando de assunto.

– Como assim? – Perguntou ele confuso.

– Muitos veem a AIA como uma reabilitação, depois quando acham que estão preparados saem da AIA para cuidar da vida de um jeito diferente. Eu não tenho ideia do que fazer, já pensei várias vezes, mas acho que vou continuar aqui, talvez até a Amber venha a sair – Expliquei.

– Eu não sei o que faria. Talvez eu e Richard iremos cuidar das nossas vidas, tentar construir uma família, num lugar bem longe daqui – Falou ele sonhador.

– Parece bem legal essa ideia, mas como vocês pretendem ter uma família já que obviamente não poderão gerar nenhum filho naturalmente? Vão adotar ou vão, sei lá, usar uma barriga de aluguel? – Perguntei, não sei por que, mas aquele tipo de informação me interessava.

– Eu não sei, o tempo nos dirá – Falou.

– Então, você já se decidiu, agora só falta ele, mas eu duvido que ele vá discordar de uma proposta tão atraente – Falei.

– Ah, você não conhece ele, até agora as únicas coisas em que concordamos junto s fora de seguir até aqui e de namorarmos, mas o resto ele nunca concorda. Mas sempre acabamos nossas discussões pacificamente – Falou.

– Caramba, que relacionamento estranho... – Falei.

– Nem me fale – Falou.

Estava indo tudo bem, a conversa era fluente, e até que ele era um cara legal, não era tão grande quanto eu pensei. Mas eu percebi uma coisa. De afeminado ele não tinha nada, ele agia como qualquer um, isso me fez pensar...

– Então, a sua Bissexualidade é psicológica não é? – Perguntei só para ter certeza.

– Acho que sim, isso parece bem claro – Respondeu.

– Então você seria o Seme da relação sua com o Richard, estou certo? – Perguntei.

– Como você sabe dessas coisas? – Perguntou surpreso.

– Desde que Amber achou aquela livraria ela só acha livros e mangás Yaoi, e fica me falando de tudo – Expliquei.

– E você fica numa boa? – Perguntou.

– É, até que fico, tenho que me acostumar com essas coisas, afinal vamos ser colegas por tempo indeterminado, não quero ser o idiota do grupo – Falei, estava realmente tentando entender como aquilo funcionava. Antes eu achava complicado de entender, mas à medida que você se acostuma você acaba nem ligando mais para aquele tipo de coisa. Já até me peguei lendo totalmente interessado um livro daquele tipo, na verdade era o livro atual que estava lendo. O nome do Livro é “It Doesn’t Matter”, era bem interessante e estava já no sétimo capítulo.

Mas meus pensamentos foram interrompidos com a visão estranha de um navio naufragado.


David

Eu estava tão concentrado em achar tópicos para conversar com Jonathan que nem percebi o navio grande naufragado na praia. Era feito de madeira pura e estava com as velas todas rasgadas. Por fora víamos vários cadáveres totalmente ensanguentados e com pedaços do navio atravessando os seus corpos. Eles estavam vestidos com roupas italianas bastante chiques (pelo que Richard me disse) todas esfarrapadas. Parece que aquilo havia acontecido à noite. Eu e ele fomos correndo procurar por qualquer sobrevivente. Mas não tivemos muita sorte, estavam todos os cadáveres com cara de choque, mas tinha algo de estranho, todos tinham cabelo preto. Sei que Italianos não tem uma cor de cabelo definida, mas não entendia porque todos eles tinham a mesma cor.

– Jonathan, vou chamar o Felix por rádio, procure mais por sobreviventes e depois eu venho te ajudar – Falei, pegando o rádio. Ele não estava pegando no lugar então tive que me afastar e procurar sinal. Afastei-me o máximo que pude, mas nada de sinal. Voltei para o naufrágio e ele estava procurando já dentro do navio, onde tinham partes que não quebraram – Achou algo? – Perguntei gritando.

– Nada, tem sangue para todo o lado e tá cheio de água aqui, preciso de uma lanterna, está escuro pra cacete aqui dentro – Respondeu.

– Eu acho que trouxe uma! – Falei para ele. Não era da mais potente, mas era a prova d’água, o que era suficiente.

Ainda era meio dia, mas lá dentro estava realmente escuro, as tábuas de madeira pareciam espessas e muito bem posicionadas para não entrar nenhum raio de luz. Parecia que aquele navio poderia aguentar até a tempestade mais forte do mundo e ainda estaria completo. Então ele só podia ter sido sabotado.

Andamos por vários lugares infestados de água que cobriam até os joelhos. A única coisa que encontrávamos eram mais cadáveres flutuando. De repente eu ouvi um ruído, um “alô” veio do meu rádio, ele estava pegando sinal.

– Alô, Felix? – Perguntei.

– David, onde você está, tentei me comunicar com você faz tempo, o que aconteceu? – Perguntou parecendo preocupado.

– Nós encontramos um naufrágio aqui na praia e viemos procurar por sobreviventes, parece que ele ocorreu ontem à noite – Expliquei.

– Um naufrágio? Ah não... Qual a cor do cabelo dos passageiros que encontraram? – Perguntou ele parecendo muito preocupado, não entendia porque ele queria saber, mas aquela era uma ordem direta, então eu tinha que obedecer.

– São cabelos pretos, até agora só achamos cadáveres, estamos dentro do navio tentando achar agora um sobrevivente.

– Puta que Pariu! Merda! – Amaldiçoou ele do outro lado do rádio – Ah, me desculpe! Eu peguei suas coordenadas vou ai o mais rápido possível! – Falou ele.

– David! Achei algo aqui! – Avisou Jonathan.

Ele abriu uma porta e pareceu muito surpreso e quando fui ver o que tinha lá, eu também fiquei.

Dentro daquele quarto havia uma garota ilesa, que estava debaixo de um corpo de um homem com um furo no seu abdomen.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, deixem seus reviews!



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